5 resultados para Administração Hospitalar
em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal
Resumo:
A educação para a saúde é desenvolvida pelos enfermeiros no contexto hospitalar procurando responder às necessidades da pessoa confrontada com a doença, com o internamento e com a alteração do autocuidado. Esta investigação tem por objectivo compreender como é que os enfermeiros de um serviço hospitalar educam a pessoa adulta para o autocuidado. Neste sentido, desenvolvemos um estudo de âmbito qualitativo. Observamos cinco situações de educação para o autocuidado, realizando posteriormente entrevistas semi estruturadas. Empregamos a amostra teórica. Os dados foram analisados recorrendo à grounded theory de Strauss e Corbin (1990). Os resultados obtidos na análise dos dados permitem concluir que os enfermeiros quando realizam a educação para a saúde organizam a sua intervenção segundo um processo lógico, organizado e sistemático, traduzido nas sub categorias avaliar, planear e implementar. A elaboração formal da etapa do diagnóstico não foi referida pelos enfermeiros. Os enfermeiros mobilizam diversas estratégias tais como: avaliar a causa, os conhecimentos, a linguagem utilizada pelo cliente, a receptividade manifestada, bem como as dificuldades apresentadas pelo mesmo. Na fase da execução da educação emergiram as categorias transmitir conhecimentos, informar, explicar, ensinar, demonstrar, repetir, instruir, reforçar, mediar e motivar. A educação para o autocuidado tem por finalidade: promover a aceitação da limitação, efectuar a preparação para a alta, resolver ou minimizar o problema e mudar comportamentos. Os cuidados são centrados no prestador (Tones e Tilford, 1999). Emergiram também as categorias fomentar a gestão da saúde/doença, promover a qualidade de vida e incentivar a progressão para a independência, abordagem centrada no cliente (Tones e Tilford, 1999), no modo de trabalho pedagógico do tipo incitativo, de orientação pessoal (Lesne, 1977) e na classe das intervenções facilitadoras (Heron, 2001). O espaço físico, a falta de privacidade e os meios audiovisuais insuficientes foram apontados como factores que dificultam a educação para o autocuidado no meio hospitalar.
Resumo:
Orientador: Robson Luiz de França
Resumo:
A Qualidade do Ar Interior (QAI) revela-se de grande importância no ambiente hospitalar devido à disseminação aérea de bactérias potenciar as infecções nosocomiais. Os estudos nesta temática são raros em Portugal e inexistentes na Madeira. Este trabalho tem como objectivos identificar com elevada precisão a flora bacteriana aerosolizada no Hospital Dr. João de Almada (HJA) utilizando técnicas moleculares, determinar a sua origem, disseminação e especificidades e analisar globalmente a QAI. O ar exterior e de 15 locais no interior do HJA foi amostrado em Abril de 2009. Foram medidas a temperatura, humidade e concentração de CO2 e NO2 e quantificadas as bactérias e fungos no ar. Utilizaram-se testes bioquímicos e técnicas moleculares para caracterização e identificação de bactérias e foram comparadas comunidades bacterianas. A biodiversidade bacteriana no ar interior do HJA é dominada pelo género Staphylococcus (68%), sendo as espécies mais frequentes S. cohnii urealyticus, S. haemolyticus, S. capitis ou S. caprae e Micrococcus luteus. A maioria das espécies encontradas é comum em ambiente hospitalar e na flora comensal humana. As Staphylococcus spp. detectadas são consideradas patogénicas oportunistas envolvidas em infecções nosocomiais. A QAI é conforme com a legislação na maioria dos locais, havendo microorganismos em excesso em 12 das 72 amostras. O excesso de fungos relacionou-se com eventos de bruma no exterior e o excesso de bactérias correlacionou-se com a actividade humana e foi potenciado pela fraca ventilação e a presença ou manipulação de materiais contaminados. O ar exterior tem boa qualidade para ventilação do HJA, excepto durante eventos de bruma. As comunidades bacterianas aerosolizadas têm maior similaridade entre locais do mesmo tipo, sendo os ocupantes o principal foco de contaminação. São propostas medidas correctivas como o aumento da ventilação dos locais com elevada actividade humana e cuidados na manipulação de roupa suja e resíduos.
Resumo:
O presente estudo, de natureza exploratória, descritiva e correlacional, pretende compreender e possibilitar a reflexão sobre os aspetos que possam ser predicativos da situação em que se encontram os idosos hospitalizados na Região Autónoma da Madeira (RAM) com dificuldades de reinserção social - denominadas por “altas problemáticas”. Para o efeito foram estudadas a componente cognitiva ( Mini Mental State Examination), a dependência nas atividades de vida ( Indíce de Barthel) e a rede de suporte social (Lubben). Correlacionamos estas variáveis e as variáveis sociodemográficas de forma a analisarmos a significância das relações. A população é constituída pela totalidade dos idosos hospitalizados (97) dos quais participaram 94. A maioria dos inquiridos é do género feminino (68%), com idades entre os 60 e 97 anos e com uma média de 82 anos, hospitalizados no serviço de Medicina (87,6%) e provenientes do concelho do Funchal (52,6%). A maioria dos participantes (80,9%) é totalmente dependente para as atividades de vida diária e 75,5% apresentam uma rede social muito limitada, sendo que, os homens têm menor rede de apoio social do que as mulheres (96,6%). Dos 18 idosos que não têm dependência total, 72,2% apresentam défice cognitivo. Os resultados apontam para uma correlação não significativa nesta população, nas variáveis estudadas. Aferimos que entre os idosos com dependência moderada, 50% tem rede social menos limitada enquanto que nos restantes níveis de dependência apresenta com maior frequência uma rede social muito limitada e que a ocorrência das altas problemáticas acontecem independentemente do acumular de situações com dependência e défice cognitivo. Resultado idêntico apuramos, na relação estudada entre o défice cognitivo e a rede de apoio social, uma vez que podemos afirmar que não existe associação entre a presença de défice cognitivo e rede social de apoio, pois 60% dos idosos sem défice cognitivo apresentam uma rede social muito limitada e 69% dos idosos com défice cognitivo apresentam resultado similar. Constata-se, assim que apesar de não serem observados coeficientes de correlação significativos, os parâmetros estudados indicam que um idoso pode incorrer numa situação de alta problemática independentemente do grau de dependência, rede social e/ ou presença de défice cognitivo, sem que seja possível aferir do efeito aditivo destes fatores.
Resumo:
O presente relatório evidencia duas partes do nosso trabalho; uma primeira sobre o estágio onde registamos todas as atividades desenvolvidas durante o decorrer do mesmo no Gabinete do Ensino Superior (GES) da Região Autónoma da Madeira (RAM) e na qual utilizamos a investigação-ação como metodologia recorrente, reflexiva e autocrítica. A segunda parte debruça-se sobre o estudo de investigação empírica, cujo objetivo era avaliar a importância de prosseguir os estudos para o nível de ensino superior. Neste sentido, realizámos o estágio no GES com o intuito de perceber o papel da administração e liderança deste Gabinete na valorização deste ensino, ganhando uma experiência prática de liderança educacional. Este relatório de estágio está inserido no âmbito do Mestrado em Administração Educacional (AE) da Universidade da Madeira (UMa). No decorrer do estágio, o Diretor do GES partilhou a sua liderança e exemplificou o seu quotidiano, fazendo perceber quais são os problemas mais frequentes com que tem de lidar, e qual a sua relação com os técnicos superiores, restante equipa e comunidade educativa. Através das técnicas de investigação, investigação-ação e observação utilizadas durante o estágio, percebemos o que é realmente liderar, consolidando assim toda a teoria aprendida com uma realidade prática, onde pudemos verificar que o líder “ideal” é o que combina a gestão com a liderança. Realizamos um estudo de investigação empírica de interesse para o GES onde se pretendeu saber quais são as motivações dos estudantes de 12º ano em prosseguirem os seus estudos para o ensino superior, para que desta forma fosse possível identificar o nível de motivação dos jovens, podendo assim tirar conclusões e encontrar possíveis soluções. Este estudo surgiu com base nas dúvidas e incertezas inerentes à nossa sociedade devido à conjuntura económica atual que questiona o prosseguimento ou não dos estudos para o ensino superior. A metodologia utilizada foi a qualitativa e a quantitativa, tratando-se de uma metodologia mista porque baseamo-nos na recolha de dados através de seis entrevistas realizadas a diretoras de turma de (9º e 12º ano) e 58 questionários implementados, bem como de pesquisas bibliográficas, documentais e legislativas. Concluímos que o Diretor do GES é um líder democrático pois toma a atitude de projetar e concretizar as atividades que têm de ser desenvolvidas, tendo sempre em atenção problemas e necessidades que surgem no grupo. Relativamente ao estudo de investigação empírica algumas das soluções encontradas para que a motivação de prosseguir os estudos continue e aumente passa por criar perspetivas de futuro mais positivas, haver mais oferta de cursos na nossa Universidade da Madeira e também mais emprego. Trabalhar esta motivação depende sobretudo das forças políticas, das famílias e dos professores. Assim, entendemos que os professores são líderes porque têm o papel de motivar os estudantes. Concluímos que a maioria dos estudantes do ensino secundário inquiridos estão motivados em ingressar no ensino superior, sobretudo pela motivação de obterem melhores condições de vida. Os que não se encontram motivados justificam que não o estão sobretudo pela atual condição do país. Todas as entrevistadas e a maioria dos inquiridos concordam que, e tal como a nossa revisão de literatura revela, estudar no ensino superior ainda compensa.