6 resultados para 04071258 TM-50

em Repositório Digital da UNIVERSIDADE DA MADEIRA - Portugal


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O elevado crescimento da frequência do Ensino Superior, cerca de 30% nos últimos 30 anos, (Lencastre, L. et al., 2000) e as altas taxas de insucesso a nível universitário(40.6%) têm despertado a atenção quer de investigadores sociais quer da sociedade em geral. No nosso entender, é fundamental tentar perceber se esse insucesso se situa logo no primeiro ano e se está relacionado com a adaptação ao mais alto nível de ensino, no sentido de se desenvolverem estratégias de promoção duma boa adaptação e, consequentemente, do sucesso académico. É neste sentido, que nos propomos, neste estudo, tentar analisar os possíveis factores que contribuem para uma adaptação bem sucedida à Universidade, bem como os possíveis factores de risco. Esta análise centra-se necessariamente no conhecimento e caracterização da população alvo (alunos do 1º ano da Universidade da Madeira no presente ano lectivo) assim como das implicações da transição entre níveis de ensino e da consequente adaptação ao ambiente Universitário.

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Pedro Manuel Augusto

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As pessoas viajam cada vez mais em busca de novas experiências, novas vivências associadas a diversas práticas activas. O uso do desporto como uma mais-valia para o turismo tem vindo a aumentar desde a década de oitenta, aliado ao aparecimento de uma nova filosofia de gestão do conceito que combina “aventura”, ecoturismo e os aspectos culturais do destino turístico. O turismo activo constitui-se como uma forma de organização que enfatiza a actividade do próprio turista. O presente estudo decorre de um trabalho de campo realizado na Região Autónoma da Madeira cujo propósito passa por aferir a percepção que terá o turista activo (em geral) que procura as levadas, perfazendo estas, um dos mais fortes atractivos da região. Como instrumento de pesquisa, recorremos ao questionário, aplicado numa amostra de cento e cinquenta turistas. A entrega dos questionários aos turistas decorreu em vários locais, a saber: unidades hoteleiras; empresas de animação turística desportiva; guias de montanha, assim como in loco, nas próprias levadas, objecto de estudo. Os objectivos do trabalho incidem sobre um conjunto de itens, tais como caracterizar o perfil do turista activo das levadas; apreender que motivações afectam a escolha do destino Madeira; perceber se o turista, quando opta pelo destino Madeira, considera a prática de actividade física como um factor decisivo e identificar quais os atributos das levadas mais valorizados pelos turistas. Pretende-se também determinar aproximadamente o impacto económico dos turistas das levadas no desenvolvimento da economia e do turismo da Madeira. Após a análise de dados, constatamos que 51,6% dos inquiridos são do sexo feminino, 23,9% têm idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos e 24,5% são de nacionalidade alemã. Relativamente aos gastos efectuados durante a estadia, 51,6% dos inquiridos afirmaram despender até cem euros/dia. No que diz respeito aos atributos que os turistas mais valorizam nas levadas/veredas, 72,5% referem o contacto com a natureza. À pergunta “concorda com o pagamento de uma quantia simbólica, para uma taxa ecológica em benefício da natureza?”, a esmagadora maioria, cerca de 80,6% dos inquiridos, respondeu afirmativamente.Após a análise cuidada dos resultados obtidos, podemos realçar, então, a existência de um segmento de mercado de turista activo das levadas, que contribui para o desenvolvimento da economia e do turismo da Madeira, como uma das conclusões retiradas do estudo. O real contributo desta comunicação no âmbito do turismo activo deriva do facto de se tratar de um trabalho pioneiro nesta área específica, além de permitir estabelecer um roteiro de análise da problemática.

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Este estudo é de carácter descritivo e tem como objectivos principais descrever e analisar o consumo de tabaco em alunos do ensino secundário de duas escolas da RAM (urbana e rural) e procurar conhecer a existência ou não de outros consumos. A amostra foi constituída por 320 alunos do ensino secundário de uma escola urbana e 318 alunos do ensino secundário de uma escola periférica, de ambos os sexos (56,4% de raparigas e 42,5% de rapazes), com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, num total de 638 indivíduos. O instrumento utilizado foi um questionário construído na base de um projecto e reelaborado, contendo 21 questões fechadas. O tratamento estatístico inclui a análise estatística não paramétrica às questões do instrumento. E os resultados indicam que a idade média de iniciação tabágica em ambas as escolas é de 14 anos. Na amostra total existem 69,7% de não fumadores e 30,3% de fumadores, havendo mais fumadores na escola urbana, mas sem diferenças significativas entre o género. Há uma tendência para encontrar mais alunos a consumir maior número de cigarros por dia, na escola urbana, e são os alunos fumadores desta escola que possuem progenitores fumadores; e são estes mesmos alunos que têm mais amigos fumadores. Mais de 50% dos alunos referem ter tido outros consumos, sendo o do álcool o mais elevado. Os fumadores são os que menos reprovam de ano e quem mais pratica desporto.

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O presente estudo, de natureza exploratória, descritiva e correlacional, pretende compreender e possibilitar a reflexão sobre os aspetos que possam ser predicativos da situação em que se encontram os idosos hospitalizados na Região Autónoma da Madeira (RAM) com dificuldades de reinserção social - denominadas por “altas problemáticas”. Para o efeito foram estudadas a componente cognitiva ( Mini Mental State Examination), a dependência nas atividades de vida ( Indíce de Barthel) e a rede de suporte social (Lubben). Correlacionamos estas variáveis e as variáveis sociodemográficas de forma a analisarmos a significância das relações. A população é constituída pela totalidade dos idosos hospitalizados (97) dos quais participaram 94. A maioria dos inquiridos é do género feminino (68%), com idades entre os 60 e 97 anos e com uma média de 82 anos, hospitalizados no serviço de Medicina (87,6%) e provenientes do concelho do Funchal (52,6%). A maioria dos participantes (80,9%) é totalmente dependente para as atividades de vida diária e 75,5% apresentam uma rede social muito limitada, sendo que, os homens têm menor rede de apoio social do que as mulheres (96,6%). Dos 18 idosos que não têm dependência total, 72,2% apresentam défice cognitivo. Os resultados apontam para uma correlação não significativa nesta população, nas variáveis estudadas. Aferimos que entre os idosos com dependência moderada, 50% tem rede social menos limitada enquanto que nos restantes níveis de dependência apresenta com maior frequência uma rede social muito limitada e que a ocorrência das altas problemáticas acontecem independentemente do acumular de situações com dependência e défice cognitivo. Resultado idêntico apuramos, na relação estudada entre o défice cognitivo e a rede de apoio social, uma vez que podemos afirmar que não existe associação entre a presença de défice cognitivo e rede social de apoio, pois 60% dos idosos sem défice cognitivo apresentam uma rede social muito limitada e 69% dos idosos com défice cognitivo apresentam resultado similar. Constata-se, assim que apesar de não serem observados coeficientes de correlação significativos, os parâmetros estudados indicam que um idoso pode incorrer numa situação de alta problemática independentemente do grau de dependência, rede social e/ ou presença de défice cognitivo, sem que seja possível aferir do efeito aditivo destes fatores.