6 resultados para multi-purpose services
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Este trabalho discute a implementação da estratégia de postponement, um conceito que vem crescendo de importância nos últimos anos. Postponement é um conceito operacional que consiste em retardar a configuração final de produtos até que os pedidos dos consumidores sejam recebidos. Apesar da atratividade teórica e relevância do tema, pouco ainda se sabe sobre seu processo de implementação, especialmente no ambiente de negócio brasileiro. Este trabalho investigou em profundidade a implementação do postponement em cinco conceituadas empresas no Brasil procurando identificar os motivos que levaram seus respectivos executivos a adotarem tal estratégia, quais foram os agentes facilitadores e os obstáculos à implementação e, finalmente, até que ponto o postponement contribuiu para um aumento da competitividade.
Resumo:
O estudo busca investigar a atuação das grandes empresas varejista brasileiras com relação à Responsabilidade Social Empresarial (RSE), procurando levantar o estágio em que estas se encontram, e se são aproveitadas as características do varejo de capilaridade geográfica, contato direto com a comunidade, forte vinculo com os clientes, interação entre funcionários e clientes e proximidade física de Organizações Não Governamentais e instituições públicas. Para tanto, foram utilizados conceitos relacionados à gestão, como comprometimento da cúpula, incorporação de valores de RSE na administração e no planejamento estratégico, autonomia e gestão de RSE nas lojas. A gestão foi avaliada pela ótica do contínuo de colaboração de Austin, e as práticas de RSE por meio da teoria dos stakeholders (públicos interessados), utilizando como base as dimensões dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social. A teoria de Kotler e Lee, para a classificação das iniciativas conforme os conceitos do marketing, também foi empregada. Conduziu-se uma pesquisa exploratória com cinco grandes empresas do setor varejista. Os resultados encontrados apontam que na maioria das empresas a incorporação dessas práticas é recente. Constata-se que as empresas diferem quanto ao estágio de RSE e que as características próprias do varejo não são aproveitadas em sua totalidade. Hipóteses são levantadas para que estas aproveitem a estrutura das lojas para atender às necessidades da comunidade local.
Resumo:
This paper investigates the competitive aspects of multi-product banking operations. Extending Panzar and Rosse (1987)’s model to the case of a multi-product banking firm, we show that the higher the economies of scope in multi-product banking are, the lower Panzar-Rosse’s measure of competition in the banking sector is. To test this empirical implication and determine the impact of multi-production/conglomeration on market power, we use a new dataset on Brazilian banking conglomerates. Consistent with our theoretical prediction, we find that banks offering classic banking products (i.e., loans and credit cards) and other banking products (i.e., brokerage services, insurance and capitalization bonds) have substantially higher market power than banks that offer only classic products. These results suggest a positive bias in the traditional estimates of competition in which multi-output actions are not considered.
Resumo:
In this paper we measure inequality of opportunity in daycare and preschool services in Brazil. For this purpose, we construct an opportunity index that modifies the human opportunity index proposed in the literature and used in Barros et al. (2009) to measure inequality in basic opportunities in Latin America and the Caribbean. Specifically, we construct an opportunity measure that includes not only attendance but also parental choice not to enroll children in daycare or preschool, using data from a supplementary questionnaire included in the 2006 version of Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). The results show that there are large differences between our opportunity index and the human opportunity index for children aged 0-3 years old and considerably smaller differences for children aged 4-6 years old, which suggests that preschool may be closer to a basic opportunity than daycare.
Resumo:
A economia compartilhada teve origem na década de 1990 nos Estados Unidos impulsionada pelos avanços tecnológicos que propiciaram a redução dos custos das transações on-line peer-to-peer (SHIRKY, 2008), viabilizando a criação de novos modelos de negócio baseados na troca e no compartilhamento de bens e serviços entre pessoas desconhecidas (SCHOR, 2015). A economia compartilhada é constituída por práticas comerciais que possibilitam o acesso a bens e serviços, sem que haja, necessariamente, a aquisição de um produto ou troca monetária (BOTSMAN; ROGERS, 2011). Atualmente, a economia compartilhada está tomando forma no Brasil, por meio da expansão de modelos de negócio que visam ao compartilhamento, à troca e à revenda de produtos e serviços. Assim, objetivando expandir o conhecimento sobre este fenômeno econômico, realizou-se um estudo de caso múltiplo em quatro empresas representantes dessa economia, com o objetivo de conhecer os seus modelos de negócio, enfatizando uma abordagem holística para compreender como essas organizações realizam seus negócios (ZOTT; AMIT; MASSA, 2011). Como resultado deste estudo, constata-se que a economia compartilhada abrange uma extensa gama de modelos de negócio (SCHOR, 2014), dentre os quatro casos estudados foram observados três modelos de negócio distintos. Ademais, por meio dos casos estudados, evidencia-se que as empresas da economia compartilhada tendem a desenvolver sinergias com empresas da economia tradicional para garantir sua sustentabilidade, visto que, das quatro empresas estudadas, três já estão desenvolvendo transações business-to-business com parceiros da economia tradicional, constatando-se assim o surgimento de uma economia híbrida constituída pelo mercado capitalista e pelas iniciativas de compartilhamento (RIFKIN, 2014). Todavia, verifica-se que a aproximação com empresas tradicionais não significa o abandono da essência de compartilhamento e sustentabilidade socioambiental, inerentes às propostas de valor das atividades da economia compartilhada.