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em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Outliers so observaes que parecem ser inconsistentes com as demais. Tambm chamadas de valores atpicos, extremos ou aberrantes, estas inconsistncias podem ser causadas por mudanas de poltica ou crises econmicas, ondas inesperadas de frio ou calor, erros de medida ou digitao, entre outras. Outliers no so necessariamente valores incorretos, mas, quando provenientes de erros de medida ou digitao, podem distorcer os resultados de uma anlise e levar o pesquisador concluses equivocadas. O objetivo deste trabalho estudar e comparar diferentes mtodos para deteco de anormalidades em sries de preos do ndice de Preos ao Consumidor (IPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundao Getulio Vargas (FGV). O IPC mede a variao dos preos de um conjunto xo de bens e servios componentes de despesas habituais das famlias com nvel de renda situado entre 1 e 33 salrios mnimos mensais e usado principalmente como um ndice de referncia para avaliao do poder de compra do consumidor. Alm do mtodo utilizado atualmente no IBRE pelos analistas de preos, os mtodos considerados neste estudo so: variaes do Mtodo do IBRE, Mtodo do Boxplot, Mtodo do Boxplot SIQR, Mtodo do Boxplot Ajustado, Mtodo de Cercas Resistentes, Mtodo do Quartil, do Quartil Modicado, Mtodo do Desvio Mediano Absoluto e Algoritmo de Tukey. Tais mtodos foram aplicados em dados pertencentes aos municpios Rio de Janeiro e So Paulo. Para que se possa analisar o desempenho de cada mtodo, necessrio conhecer os verdadeiros valores extremos antecipadamente. Portanto, neste trabalho, tal anlise foi feita assumindo que os preos descartados ou alterados pelos analistas no processo de crtica so os verdadeiros outliers. O Mtodo do IBRE bastante correlacionado com os preos alterados ou descartados pelos analistas. Sendo assim, a suposio de que os preos alterados ou descartados pelos analistas so os verdadeiros valores extremos pode inuenciar os resultados, fazendo com que o mesmo seja favorecido em comparao com os demais mtodos. No entanto, desta forma, possvel computar duas medidas atravs das quais os mtodos so avaliados. A primeira a porcentagem de acerto do mtodo, que informa a proporo de verdadeiros outliers detectados. A segunda o nmero de falsos positivos produzidos pelo mtodo, que informa quantos valores precisaram ser sinalizados para um verdadeiro outlier ser detectado. Quanto maior for a proporo de acerto gerada pelo mtodo e menor for a quantidade de falsos positivos produzidos pelo mesmo, melhor o desempenho do mtodo. Sendo assim, foi possvel construir um ranking referente ao desempenho dos mtodos, identicando o melhor dentre os analisados. Para o municpio do Rio de Janeiro, algumas das variaes do Mtodo do IBRE apresentaram desempenhos iguais ou superiores ao do mtodo original. J para o municpio de So Paulo, o Mtodo do IBRE apresentou o melhor desempenho. Em trabalhos futuros, espera-se testar os mtodos em dados obtidos por simulao ou que constituam bases largamente utilizadas na literatura, de forma que a suposio de que os preos descartados ou alterados pelos analistas no processo de crtica so os verdadeiros outliers no interra nos resultados.
Resumo:
O texto analisa os critrios que compem o ndice de participao dos municpios paulistas na cota-parte do Imposto Sobre Circulao de Mercadorias e Servios ICMS, e tambm prope mudanas em sua definio. Esses critrios geram distores no valor per capita destinado a cada municpio, caminhando na contramo da justia fiscal e do equilbrio federativo. De natureza estadual, o ICMS o tributo que mais arrecada no pas e uma das mais importantes fontes de recursos dos estados e municpios. partilhado com os municpios conforme definido pela Constituio Federal de 1988: 75% para estado e 25% para municpios. Esses 25% que compem a cota-parte municipal so distribudos da seguinte forma: trs quartos devolvidos na proporo do valor adicionado de suas operaes e um quarto, conforme lei estadual.
Resumo:
O estudo da capacidade fiscal dos municpios indispensvel para urna avaliao de polticas pblicas e resolues de problemas fiscais dos municpios, dado que, por exemplo, no Rio Grande do Sul, 2/3 deles esto com dficit oramentrio. proposto um modelo de arrecadao dos municpios gachos, usando um modelo estrutural, para os anos de 1990-1994. Destacamos como caractersticas bsicas do modelo a medio de um indice de esforo fiscal e a considerao do papel das transferncias intergovernarnentais (FPM em particular) no esforo fiscal. Identificamos que muitos municpios gachos podem melhorar sua arrecadao de IPTU, inclusive municpios grandes, e que as transferncias, em mdia, no podem ser responsabilizados pelo baixo esforo fiscal destes municpios, ao contrrio da opinio de vrios autores.
Resumo:
Neste artigo desenvolvemos um modelo de otimizao que permite determinar curvas de oferta para produtos perecveis. As informaes disponveis ao produtor(vendedor) sobre a demanda so sumarizadas por uma distribuio de probabilidade, a qual lhe permitir determinar a oferta que maximiza seu gannho esperado. A funo objetivo levar em conta, conjuntamente, as perdas decorrentes de um estoque excedente e parcelas do custo de oportunidade de um estoque insuficiente. Esta formalizao inclui a funo lucro (contbil) como um caso particular. Aplicaes do modelo terico so feitas para demandas absolutamente contnuas com distribuio admitindo inversa explcita, tais como a exponencial truncada, Pareto, Weibull e uniforme. Estimativas empricas so obtidas para a oferta de tomates, chuchus e pimentes no mercado varejista Carioca (Julho/94 Nov/00). Os resultados obtidos confirmam as hipteses racionais do modelo terico. As elasticidades-preo da oferta (no varejo) e da demanda (no atacado) so estimadas, assim que o valor da oferta contratual , nos casos em que parte dos custos dos saldos de estoque so recuperados por vendas em liquidao. A anlise grfica das curvas de oferta e de densidade da demanda sugerem a presena de significativo poder de mercado na comercializao do pimento. Duas extenses imediatas do modelo formal so desenvolvidas. A primeira delas incorpora a existncia de poder de mercado no mercado varejista. A segunda introduz uma estrutura de jogo simultneo no mercado oligopolista onde cada produtor escolhe a curva que maximiza seu lucro esperado condicional, dado que as ofertas dos concorrentes igualam suas demandas. No equilbrio de Nash, curvas de oferta timas so obtidas. Comparaes so feitas com as curvas timas obtidas em regime de autarquia.