3 resultados para human nature

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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A sociologia das organizações ainda é realizada sob a construção de esquemas analíticos livres de tempo (CLARK, 1985; HASSARD, 2000; GIDDENS, 2003). No entanto, questões temporais permeiam toda e qualquer organização, o que torna o conceito de tempo de central importância para os estudos organizacionais. Com base nisso, esta pesquisa teve a ambição de abordar a dimensão temporal do trabalho nas organizações; sob a perspectiva dos indivíduos. E, dado que os gerentes médios vivenciam um duplo foco de pressão: originado da alta gerência e do nível operacional da organização, decidiu-se investigar como os gerentes médios experimentam o tempo no trabalho. Para desvendar a experiência temporal dos gerentes médios, foram analisadas, com a metodologia de análise de conteúdo, entrevistas com 20 profissionais de média gerência que trabalham em empresas que operam na cidade de São Paulo. A coleta do material de pesquisa ocorreu com entrevistas em profundidade semi-estruturadas. A análise das entrevistas sugere que embora o tempo no trabalho seja, por todos os profissionais entrevistados, definido como um recurso econômico, cuja utilização dever ser otimizada ao máximo, a experiência temporal entre os gerentes médios não é homogênea. Há fatores ambientais comuns a todos os entrevistados, que tendem a aproximar as experiências temporais dos mesmos. Tais fatores, que são a compressão do tempo, o sentido de urgência, as novas tecnologias, características intrínsecas ao papel de gerente e a organização de si próprios, das empresas e colaboradores, estão associados ao cenário econômico e social contemporâneo. No entanto, características relacionadas à idade, gênero, valores e experiências pessoais, além do segmento de atuação da empresa também impactam a experiência temporal dos gerentes médios e contribuem para a diversificação da maneira como os gerentes médios experimentam e lidam com as pressões temporais. Em síntese, a despeito dos fatores ambientais compartilhados, com destaque para a crescente compressão do tempo, a natureza humana e a impermanência dos fenômenos sociais desnudam a complexidade da experiência temporal dos gerentes médios no trabalho. E revelam que – apesar da homogeneidade, objetividade e linearidade representadas pelo relógio, ícone do tempo nas sociedades ocidentais contemporâneas – heterogeneidade, subjetividade e ciclicidade fazem parte da experiência temporal dos trabalhadores.

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Este trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão epistemológica das bases filosóficas da Gestalt-terapia, procurando relacioná-las com suas técnicas e procedimentos terapêuticos. A Gestalt-terapia é apresentada a partir de sua origem, incluindo-se uma biografia de Fritz Perls, onde fica evidenciada a influência de outras abordagens no seu pensamento. Os pressupostos filosóficos são enfocados procurando relacionar alguns conceitos centrais da fenomenologia e do existencialismo com a Gestalt-terapia. Inseriu-se uma breve apresentação dos pressupostos te6ricos básicos, a fim de colaborar para uma melhor compreensão da abordagem como um todo. A atitude terapêutica é investigada tomando-se por base a visão de homem exposta nos fundamentos filosóficos. Finalizou-se com algumas considerações críticas à Gestalt-terapia. Esta análise conduz às seguintes conclusões quanto à linha terapêutica enfocada: Filosoficamente, baseia-se numa visão existencialista de homem, que valoriza a vivência, a subjetividade e a singularidade, deixando emergir a dor, a angústia e o sofrimento. Afirma que não há natureza humana. O homem é um ser inter-relacional, que confirma sua existência na relação com o outro e a sua essência última é o mistério. O ser humano só se revela em liberdade; um ser responsivel por suas escolhas. - A atitude terapêutica adotada fenomenológica existencial. Os fenômenos da situação terapêutica são vistos isentos de qualquer a priori. O terapeuta acompanha o fluxo de consciência do cliente, buscando compreender o que lhe está sendo desvelado e captar seu sentido.

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In this paper, we investigate the nature of income inequality across nations. First, rather than functional forms or parameter values in calibration exercises that can potentially drives results, we estimate, test, and distinguish between types of aggregate production functions currently used in the growth literature. Next, given our panel-regression estimates, we perform several exercises, such as variance decompositions, simulations and counter-factual analyses. The picture that emerges is one where countries grew in the past for different reasons, which should be an important ingredient in policy design. Although there is not a single-factor explanation for the difference in output per-worker across nations, inequality, followed by distortions to capital accumulations and them by human capital accumulation.