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em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Do reconhecimento de que a. prática educativa tem uma especificidade no interior do conjunto das relações sociais, decorre a concepção de que a educação não pode ser encarada como um problema em si, mas articulada à realidade social em que se insere, enquanto uma prática contraditória que medeia interesses antagonicos. Partindo desse pressuposto, o presente trebalho se propõe a refletir sobre a questão da formação dos educa,dores e, mais especificamente, a questão da prática educativo do educador, seus condicionamentos e suas contradições. Para fazer um levantamento das questões e impasses que estão presentes na formação e na prática dos educadores, analisou-se os relatos das experiências de dois projetos educacionais; um envolvendo o 'Centro de ~ducêção da Universidade SlUlta '6~sula e outro o "Projeto NEC/USU", nos sub-projetes integrando a Universidade e escolas de Ensino Supletivo e, em escoléls de lQ grau da Rede Nunicipal do Hio de Janeiro. Nesse processo, desvendou-se a função que a forma- ção de educadores vem desempenhando, uma função de n=S-:DUCAÇÃO, onde um dos pontos-chave e contraditórios da questão seria a relação entre teoria e prática.'~ Propõe-se assim, um repensar desta relação dentro da escola.
Resumo:
Com a descentralização que caracterizou a federação brasileira nas últimas décadas, os municÃpios receberam maiores atribuições e responsabilidades, implementando polÃticas públicas e provendo serviços básicos à população. Contudo, uma vez que as receitas próprias municipais são capazes de custear apenas parcialmente estas atividades, torna-se necessário um volume elevado de transferências que fluem dos nÃveis centrais aos municÃpios. Além do mais, o Brasil é um paÃs de território vasto e heterogêneo, em que municÃpios com distintas capacidades de autofinanciamento, bem como diferentes demandas por serviços públicos, convivem no mesmo regime federativo. Diante deste quadro, torna-se fundamental estudar a distribuição dos recursos das transferências, verificando se os municÃpios que mais necessitam de suporte financeiro têm sido os efetivamente beneficiados. À este processo de reduzir as disparidades horizontais provenientes de diferenças nas bases tributárias e demandas locais dá-se o nome de equalização fiscal. A equalização fiscal permite que municÃpes de diferentes jurisdições recebam o mesmo nÃvel de serviços públicos para dada carga tributária assumida por eles (net fiscal benefit), ou seja, a equalização promove a equidade na provisão dos serviços públicos, além de evitar a criação de ineficiência alocativa derivada de migrações motivadas por benefÃcios fiscais. Para criar a equalização fiscal as transferências devem beneficiar aqueles municÃpios com menor capacidade de autofinanciamento e maiores necessidades fiscais atreladas à custos e demandas pelos serviços públicos. Neste sentido, este trabalho busca avaliar o efeito das transferências intergovernamentais na equalização fiscal dos municÃpios, considerando as principais proxies de capacidade fiscal – potencial de geração de receita própria – e necessidade fiscal – volume de recursos demandados em virtude das caracterÃsticas da região e da população do municÃpio. A análise é realizada para cada grupo de transferências, desde aquelas com finalidade essencialmente redistributiva como o FPM até aquelas predominantemente devolutivas, como a cota-parte de ICMS. Os resultados mostram que algumas transferências como o FPM contribuem pouco para a equalização fiscal, apesar do objetivo de natureza redistributiva implÃcito neste repasse, assim como algumas transferências condicionais, como o FUNDEB, apesar de não almejarem especificamente corrigir as disparidades horizontais na capacidade dos municÃpios realizarem suas funções, podem significar um efeito positivo para a equalização fiscal no nÃvel municipal da federação. Outro resultado importante que desponta na análise é o efeito da transferência do Bolsa-famÃlia na equalização, pois esta transferência consegue atenuar as distorções realizadas pelas demais transferências distribuÃdas aos municÃpios. O Bolsa-famÃlia, apesar de não ser uma transferência intergovernamental, foi incorporada na análise por representar um expressivo volume de recursos, por concorrer com recursos de outras transferências e ainda ter efeito potencial semelhante ao das demais transferências intergovernamentais no âmbito da equalização fiscal, uma vez que libera recursos no orçamento do governo local que, do contrário, poderiam estar comprometidos com a polÃtica local de assistência social. Outro resultado é a observação de que as transferências voluntárias afetam menos a equalização, ou seja, não contribuem para a consecução deste objetivo nem prejudicam a redução das disparidades horizontais, sendo relativamente neutras ou menos intervenientes em relação à s demandas e capacidade de arrecadação dos municÃpios, provavelmente por não seguirem critérios, nem econômicos, como o ICMS, nem redistributivos, como o FPM, e sim critérios polÃticos, como apontado pela literatura de ciência polÃtica.