2 resultados para companies act
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
A competitividade e a responsabilidade social têm sido temas de constante discussão nos meios acadêmicos e econômicos. De um lado, as empresas buscam a competitividade através da eficiência, da excelência e da melhora constante de desempenho. Este desempenho, conforme já colocado por Bateman e Strasser (1984), encontra entre suas bases o comprometimento dos empregados com a sua organização. De outro lado, a sociedade, e todos os grupos nela atuantes, cobram de maneira cada vez mais forte e ampla que as empresas ajam de forma socialmente responsável. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar um modelo de comprometimento organizacional e um de responsabilidade social corporativa que fornecessem as bases para a compreensão desses dois construtos e as possíveis relações entre eles. A partir dos modelos estudados, obtiveram-se quatro grupos de interesse para os quais as atividades de responsabilidade social corporativa podem ser direcionadas – stakeholders sociais e não sociais, empregados, consumidores e governo – e três dimensões do comprometimento organizacional – afetiva, normativa e instrumental. Através de análises de correlação e de regressão linear simples e algumas ponderações teóricas, concluiu-se que, para a amostra obtida, as atividades de responsabilidade social corporativa voltadas aos empregados e aos consumidores possuem relação positiva com os comprometimentos afetivo e normativo, enquanto que as ações de responsabilidade social corporativa voltadas a stakeholders sociais e não sociais e ao governo possuem relação direta apenas com o comprometimento afetivo. As demais relações entre a variável dependente e independente se mostraram inexistentes. Desta forma, este trabalho propõe que os gestores das organizações, conhecedores dos possíveis efeitos benéficos sobre o comprometimento organizacional de seus empregados e, conseqüentemente, seus resultados e desempenho, atuem no sentido de esclarecer e melhorar a percepção de seus empregados sobre as atividades de responsabilidade social corporativa. Além de aprofundar o conhecimento sobre as causas e antecedentes do comprometimento organizacional, acredita-se que os resultados demonstrados possam direcionar as organizações em suas ações de conscientização sobre responsabilidade social corporativa de forma mais efetiva.
Resumo:
O objeto deste trabalho é a compreensão do financiamento de empresas em crise, mais especificamente, o financiamento concedido após o pedido de recuperação judicial, como forma de permitir que a empresa saia da situação de crise e retorne à condição de normalidade. Para tanto, nos apropriando do termo cunhado pela doutrina norte-americana, para fazer referência ao aporte de recursos em empresas em dificuldade, utilizaremos o termo DIP financing ou financiamento DIP. Para uma compreensão adequada do objeto, é necessário que entendamos a origem do DIP financing nos Estados Unidos e como é a regulação norte-americana sobre a matéria atualmente. O segundo passo será avaliar a possibilidade de aplicação da mesma estrutura de aporte de recursos no Brasil. Ao estudarmos a origem desse mecanismo nos Estados Unidos, veremos os problemas que surgiram ao longo dos anos e como foram superados jurisprudencialmente e doutrinariamente para que o financiamento DIP se consolidasse como uma das formas de aporte de capital em empresas em crise, culminando no desenvolvimento de uma verdadeira indústria de crédito às empresas em dificuldade. Uma análise dos problemas enfrentados pelo sistema falimentar americano nos levará a hipótese de que, a menos que sejam afirmados mecanismos que assegurem a quem concede o financiamento após o pedido de recuperação judicial, uma super prioridade no recebimento após a recuperação judicial, será possível o desenvolvimento de um mercado de DIP financing no Brasil.