3 resultados para Solidariedade - Aspectos religiosos

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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o objetivo deste trabalho foi mostrar como o corpo considerado "templo do Espírito Santo" -ê trabalhado na prática religiosa protestante. Secundarizado diante da alma, deve este corpo ser objeto de disciplina rigorosa. Este aprendizado -do corpo dócil e submisso -é obtido através de intensa doutrinação e renúncia aos prazeres da vida terrena, transformando o crente num ser diferente, separado e exemplo vivo de fé cristã. Inicialmente, foi apresentada a origem do protestantismo brasileiro, sua caracterização e implantação, seguida pela descrição da prática protestante através dos ritos, dos demônios e do mundanismo. Finalmente, foi levantada a evolução histórica do corpo e sua expressão no ambiente religioso, analisando teorias psicológicas sobre mente/corpo, comparando-as com os conteúdos da doutrina protestante e examinando as formas como o controle e a repressão são exercidos sobre corpo/mente do crente.

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O tema sentido do trabalho é algo que vem sendo estudado por vários autores, internacionais e nacionais. Essa atenção a ele dedicada decorre das importantes transformações que têm ocorrido no mundo do trabalho, onde novas formas de organização surgem, atreladas a modificações em sua natureza. Diante disso, entender o sentido que trabalhadores contemporâneos atribuem ao seu trabalho é algo relevante, mormente se considerado que estes trabalhadores desenvolvem suas atividades produtivas em empresas que apresentam alguns aspectos peculiares dentro do contexto capitalista. Trata-se de empresas que buscam uma alternativa ao modelo administrativo vigente na maioria das organizações, que propõem um estilo de agir econômico com as características da gratuidade, da abertura ao outro e da solidariedade, apesar de atuarem, principalmente, em setores econômicos com fins lucrativos. São elas conhecidas como empresas participantes da proposta de economia de comunhão, a qual visa ao oferecimento de uma resposta ao drama da extrema pobreza das populações, que estão privadas dos direitos humanos mais fundamentais, e constitui-se, ainda, em um esforço de integração entre a gestão de empresas e os princípios contidos em uma base religiosa para transformar o modelo econômico dominante. Não se confunde a proposta da economia de comunhão, portanto, com um simples caso de filantropia ou de participação nos lucros. Assim, esta pesquisa busca investigar qual o sentido que funcionários e proprietários de empresas de economia de comunhão atribuem ao trabalho que realizam. Para desvendar esta questão, foram analisadas, a partir da metodologia de análise de conteúdo, entrevistas com 36 funcionários, 2 diretores e 2 proprietários de 2 empresas, totalizando 40 entrevistas. Realizou-se um estudo de dois casos e a coleta dos dados da pesquisa ocorreu com entrevistas semi-estruturadas. A análise das entrevistas permite dizer que o trabalho é tido como algo fundamental na vida dos entrevistados e que é dotado de muito sentido, conclusão que corrobora com outras pesquisas, as quais também identificaram resultados semelhantes. Contudo, no que tange às empresas de economia de comunhão, foi possível observar que favorecem, em relação ao sentido deste trabalho, aspectos que circundam fatores direcionados a questões pessoais, tais como a valorização da pessoa dentro do ambiente de trabalho, a autonomia concedida para a realização das tarefas e, principalmente, ao relacionamento interpessoal desenvolvido dentro da organização. Portanto, verifica-se que as empresas de economia de comunhão contribuem para o relacionamento e a valorização das pessoas no meio empresarial.

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O modelo de desenvolvimento sustentável trata de questões como a iniqüidade social, as limitações ambientais e a necessidade de compatibilizar o presente com as expectativas das gerações futuras. O consumo contemporâneo, hedonista e individualista, de troca de informações, de diferenciação social e de vocação consumista, parece dificultar que essas questões sejam ponderadas e se priorize a sustentabilidade ambiental. Como uma direção de comportamento em que o consumidor está orientado pelo senso de integração coletiva, de responsabilidade com os outros e o ambiente, o consumo ético estabelece uma ponte entre consumo contemporâneo e sustentabilidade. Como objetivo deste estudo, de caráter exploratório, busca-se conhecer tendências de comportamento para o consumo ético, um tema ainda incipiente no campo das ciências sociais. No levantamento bibliográfico, procurou-se integrar conteúdos que delimitassem a interdisciplinaridade entre consumo, desenvolvimento sustentável e ética, gerando as variáveis de estudo. Foram pesquisados estudantes como “líderes do amanhã” por sua influência nas organizações. A amostragem foi não probabilística por julgamento. O instrumento de pesquisa, baseado em escala de Likert de sete pontos, foi aplicado para alunos de graduação e pós-graduação em Administração. Foram utilizadas as análises multivariada fatorial e de agrupamento. Como resultado, obteve-se uma taxonomia da amostra pesquisada, como: “consciente cético”, “seguidor independente”, “teórico não praticante” e “individualista dissonante”. Este estudo reforça o achado prévio do levantamento bibliográfico de que há um paradoxo no individualismo contemporâneo, sendo concomitantemente consumista e ecológico. Também sugere a hipótese de que o sexo, trabalhar ou não e a escolaridade materna influenciam a aprendizagem do consumidor para questões ambientais, a decisão de participar em um pacto global sobre o consumo e a responsabilidade com as gerações futuras. Concluiu-se que a ética do discurso pode ser uma referência para a compreensão da troca de informações para o desenvolvimento sustentável e que o consumidor pesquisado não conforma um consumo ético, estabelecendo estágios de comportamento que não associam teoria e prática para a sustentabilidade ambiental