27 resultados para Rectificador de tensão trifásico
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
O presente estudo tem por objetivo a anlise do modelo jurdico e organizacional da Investe So Paulo Agncia Paulista de Promoo de Investimentos e Competitividade (ISP), um servio social autnomo, pessoa jurdica de direito privado, sem finalidade lucrativa, criada por lei, visando implantar a poltica de desenvolvimento formulada pelo Governo do Estado de So Paulo para incrementar a competitividade e alavancar a atrao e a promoo de investimentos no Estado de So Paulo. Alm disso, o trabalho visa sugerir recomendaes destinadas a minimizar a tensão encontrada na relao da ISP com alguns setores do governo e rgos de controle, porm sempre buscando manter o grau de autonomia de gesto e de flexibilidade operacional atualmente desfrutado pela ISP.
Resumo:
Este trabalho inicia-se com o estudo a homofobia enquanto conceito polissmico, com o fito de entend-la profundamente. Para tanto, recorremos ao livro do autor franco-argentino Daniel Borrillo, que contm tanto a histria deste fenmeno quanto o tratamento scio-cultural a ele dispensado. A seguir, explicaremos as bases e os Princpios do Direito Penal Clssico, cuja misso a proteo de bens juridicamente relevantes, que asseguram a perpetuao da vida em sociedade. Faremos uma comparao entre ele e o Direito Penal Simblico, presente em legislaes de emergncia; sendo uma estratgia do Estado para fornecer respostas rpidas (e simblicas) para certa demanda social. Abordaremos os prs e os contras da criminalizao, sua viabilidade e necessidade. Por fim, analisaremos as alternativas disposio do Poder Pblico para lidar com o preconceito sexual, que podem ser de cunho preventivo ou repressivo.
Resumo:
Esta pesquisa tem como principal objetivo descrever e analisar a atuao do Supremo Tribunal Federal (STF) em casos que envolvam veto presidencial a projeto de lei (veto), a fim de identificar como se constri a relao do STF com os poderes Legislativo e Executivo, nessas situaes. Reflexamente, a partir disso, esta pesquisa tambm analisa quais so as regras criadas pelo STF na delimitao do papel do Executivo e do Legislativo ao decidir os casos sobre o veto presidencial a projeto de lei e para a sua prpria competncia para resolver esses casos. Para isso, esta pesquisa apresenta a construo do raciocnio terico sobre o papel do Judicirio dentro dessa fase da separao dos poderes (veto) e a analisa cinquenta e cinco decises do STF sobre o tema; diversos documentos do poder Legislativo quanto a projetos de leis e lei e; diversos documentos com justificativas quanto ao veto presidencial. Constatou-se que a forma de deciso do STF, nesses casos, diversificada, sendo possvel identificar perfis para cada um dos sete grupos de casos criados na pesquisa; tambm foi constatado que, por regra, os casos que chegam ao STF representam algum rompimento de entendimento quanto tomada de deciso poltica entre os atores polticos envolvidos e fica a encargo do STF a resoluo do conflito; constatou-se, tambm, que o STF claro quanto ao limite da sua competncia para o controle desse tipo de casos, reservando amplo espao para esse seu poder, contudo, na prtica, apenas em casos excepcionais este rgo decide julgar invlido (inconstitucional) o caso. Concluiu-se que, mesmo sendo excepcional, os casos em que o STF atua de maneira enftica as consequncias que essas decises podem causar so graves e, que, por isso, deveriam haver limites legais para a sua atuao e at mesmo responsabilizao pelas suas decises. Concluiu-se, tambm, que os estudiosos da separao dos poderes, mais especificamente quanto ao veto, no analisam a importncia que o Judicirio tem nesse processo.
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O presente artigo oferece um panorama de alguns dos desdobramentos da cultura do remix, tendo como foco a tensão entre legalidade e ilegalidade que emerge a partir de prticas emergentes de produo de contedo a partir de obras pretritas protegidas pelo direito autoral.
Resumo:
Ao longo da dcada de 1990, as decises sobre endividamento pblico no Brasil passaram por processo de institucionalizao, no qual se destacou a atuao do Senado Federal. A Cmara Alta tem a prerrogativa constitucional de fixar os limites de endividamento das trs esferas de governo, bem como tem a competncia de analisar e autorizar os pedidos de cada ente federativo. O fato de essas prerrogativas estarem sujeitas a uma intensa disputa poltica, evidenciada nas presses irrecusveis exercidas pelos governadores e mesmo prefeitos, motivou os senadores a delegarem a anlise tcnica das autorizaes de endividamento para o Executivo Federal, como forma de se protegerem das presses polticas e ampliarem o comprometimento com o ajuste fiscal. Dessa forma, as autorizaes s so examinadas no Senado depois de passarem pelo crivo da Secretaria do Tesouro Nacional, rgo do Ministrio da Fazenda, que faz avaliaes prvias das possibilidades de endividamento seguindo normas bastante rgidas. primeira vista, a delegao da anlise tcnica para a burocracia parece ter configurado o afastamento dos polticos do controle do endividamento. No entanto, um olhar mais aprofundado permite identificar a presena da ao poltica nesse processo. Nesse sentido, com base nas proposies weberianas acerca da relao entre polticos e burocratas, e na conseqente necessidade de controle poltico sobre a burocracia, o presente trabalho procurou examinar a problemtica fiscal no presidencialismo brasileiro a partir do ngulo especfico das relaes entre o Senado e a burocracia governamental ligada ao controle do endividamento pblico. A metodologia qualitativa, atravs de um estudo de caso exploratrio, mostrou-se mais adequada, pois mesmo perdendo em generalizao, permitiu ganhar em profundidade, possibilitando observar como os vnculos de tensão entre polticos e burocratas se configuram concretamente e se desdobram para situaes ora de conflito, ora de acomodao. Foram analisados os casos de dois pedidos de autorizao de crdito por parte dos governos estaduais que foram autorizados pelo Senado Federal, com uma diferena significativa entre eles: o pleito de Minas Gerais utilizado como exemplo de um caso tpico foi aprovado pela STN, enquanto o pedido do Rio Grande do Sul utilizado como exemplo de um caso fora dos padres institucionalizados no passou pelo crivo da avaliao tcnica daquela secretaria, no devendo, portanto, pelas normas estabelecidas, ser encaminhado ao Senado. Da anlise dos casos foi possvel lanar luz, ainda que na forma de hipteses, sobre novos aspectos que devem ser considerados em futuros estudos sobre as relaes entre poltica e burocracia no federalismo fiscal brasileiro. Primeiramente, a dimenso poltica demonstrou ainda desempenhar um papel importante nas autorizaes de endividamento estadual. No entanto, a ao poltica foi mais acentuada em momentos nos quais a tensão entre polticos e burocratas se exacerbou, como por exemplo, quando a deciso tcnica contrariou a vontade poltica. Ademais, a participao do Poder Judicirio mostrou-se importante para a soluo do conflito entre polticos e burocratas, sugerindo que a incluso desse Poder nos futuros estudos pode enriquecer o debate terico no Brasil. E, por fim, foi possvel detectar uma sinalizao de que a flexibilizao das regras fiscais j seria desejvel no novo contexto fiscal brasileiro.
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O objetivo desse artigo refletir sobre o debate especialmente desenvolvido no mbito da imprensa e do Congresso que presidiu a definio do futuro poltico da cidade do Rio de Janeiro por ocasio da transferncia da capital para Braslia. A idia bsica demonstrar que as diversas proposies ento apresentadas ligaram-se, ao mesmo tempo, em duas sintonias: no passado centenrio de capital da cidade e nos interesses mais imediatos da conjuntura poltica. Partindo dessa hiptese, o artigo pretende mostrar a tensão entre o passado de capital e o presente de estado, entre a continuidade e a ruptura em relao herana do Distrito Federal que marcou a instituio de uma experincia nica na federao, a cidade-estado da Guanabara.
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A evoluo da PoHtica de Previdncia Social no Brasil no pode ser estudada isoladamente. Cabe situ-Ia no contexto histrico do pas e perceber suas conexes com o movimento "poltico" de cada poca. o presente trabalho visa abordar o tema como um modelo sob constante tensão, onde o antagonismo de interesses leva a uma espcie de "equilbrio" mais ou menos estvel, dentro do qual se manifestam energias opostas. Trata-se de uma pesquisa eminentemente bibliogrfica, cuja estrutura demonstra fases relativamente distintas da evoluo previdenciria, alternando momentos de legitimao com os interesses da ~cumulao, sem que, no entanto, fosse alcanado um grau de superao que levasse a um considervel salto qualitativo em relao etapa anterior. Este raciocnio vlido mesmo para o perodo posterior Constituio de 1988, que introduziu o conceito de Seguridade. Outros "eixos" identificados no decorrer do trabalho so: - a questo da extensão/tipo de vinculao para fins de cobertura previdenciria e - o regime financeiro privilegiado - repartio ou capitalizao - caracterizando mais uma vez o contexto de tensão entre o desenvolvimento de um modelo caracterstico de "Seguridade" e uma estrutura prpria do "Seguro". Sem pretender ser conclusivo em relao ao tema abordado. o estudo tece consideraes sobre o momento atual de "crise" da Previdncia pblica e incentivo da Previdncia privada. Insere-se nesta discusso a questo do que "bsico" - devendo, supostamente ser garantido pelo Estado - ou "complementar'. Esta definio depende, mais uma vez, de uma deciso "poltica".
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O ERRO, fenmeno sempre presente nas nossas vidas, e a LIDERANA, tpico mais estudado em Cincias Sociais, so o foco e os temas desta dissertao. Com uma abordagem moderadamente positivista, dois questionrios (EOQ e MLQ) foram aplicados a 125 lderes em 27 organizaes no Brasil. A partir dos dados coletados, buscou-se avaliar exploratoriamente as correlaes entre os fatores de tratamento do erro e os fatores que medem os estilos de liderana, segundo um dos modelos da Escola Transformacional. Tambm foram realizadas mltiplas regresses para se verificar de que forma os fatores de liderana poderiam predizer os de tratamento do erro. A pesquisa exploratria produzida neste trabalho traz importantes relaes entre os fatores que compem os dois construtos: por exemplo, Considerao Individual significativo ao estimular o Aprendendo com os Erros, este achado pode ser facilmente aplicado em diferentes organizaes e de forma independente de grupos. O receio e o medo, causados pelo erro, crescem com uma Gesto por Exceo (passiva) e, diminuem, caso haja o compartilhamento dos objetivos e da viso de longo prazo pelo lder. A Antecipao ao Erro tambm apresenta diferenas entre fatores caractersticos da Liderana Transformacional e do estilo Laissez-Faire. Enquanto o desafio das idias, valores e crenas pelo lder eleva a Antecipao ao Erro, uma Gesto por Exceo (passiva) reduz a mesma. Pensando sobre Erros tambm apresenta relaes inversas para os estilos de Liderana Transacional e Laissez-Faire. O tempo como gestor e o tempo na posio tambm apareceram como significativos para Tensão Causada pelo Erro, Antecipao ao Erro e Pensando sobre os Erros, todos eles fatores do Questionrio de Orientao para o Erro (EOQ). Os resultados encontrados so muito teis, por terem aplicao para as organizaes e para os indivduos, e podem ser usados em processos de seleo, treinamento e na avaliao da adequao do estilo dos lderes para o ambiente da organizao. O estudo conclui com argumentos que fundamental que o ERRO faa parte da agenda das organizaes, bem como que os lderes o assumam no seu dia a dia.
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Este estudo reflete uma preocupao pessoal com a efetividade da jurisdio na questo do direito fundamental sade e os dilemas que se apresentam ao juiz, o- brigado a decidir sobre questes complexas e que transcendem matria jurdica. A Constituio Federal de 1988 estabeleceu, no artigo 6o, que a sade um direito social a ser disponibilizado pelo Estado. J o artigo 196 diz que a sade direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante polticas sociais e econmicas. O acesso s aes e servios universal e gratuito, constituindo o SUS em patrimnio social e o nico respaldo da maioria da populao em caso de doena. A realidade dos servios oferecidos est distante das formulaes constitucionais. H aspectos, contudo, em que ele funciona e elogiado, como a poltica pblica de medicamentos para portadores de AIDS. As demandas judiciais so crescentes, em especial em busca de medicamentos, sempre dispendiosos e diferentes dos disponibilizados pelo servio pblico. Esta atuao judicial tem se dado de forma pouco racional, no havendo uma fundamentao das decises, causando fortes impactos nos oramentos. O Judicirio passa a ser visto como um elemento perturbador, criando pontos de tensão com os gestores pblicos. Para contribuir com algum elemento, sem ter a pretensão de esgotar a matria, a- presento um resumo do percurso histrico-social da matria na evoluo da socie- dade brasileira. A construo das polticas pblicas em sade e seus formuladores. Os princpios em direito sanitrio e as polticas em torno dos medicamentos. Reunidos estes elementos, verificam-se as decises judiciais, procurando identificar os fundamentos e os critrios que orientaram os julgados e as tendncias observa- das. Investiga-se sobre a Audincia Pblica no 4, percebida como prtica inovadora na administrao da Justia, que no se esgota em si, e prossegue gerando repercusses. Constata-se e conclui-se que o direito sade se afirma de forma preponderante por polticas pblicas e o Poder Judicirio esfora-se por construir uma poltica institucional para melhor cumprir o seu papel.
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O CEPED (Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do Direito) foi uma experincia inovadora de ensino do direito no Brasil. Criado pela Resoluo n. 284/66 do Conselho Universitrio do Estado da Guanabara, em 15 de abril de 1966, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, seu fundador foi Cio Tcito S Vianna Pereira de Vasconcelos, na poca, vice-diretor da Escola de Direito da Universidade do Estado da Guanabara (UEG). O primeiro curso de aperfeioamento para advogados de empresa do CEPED comeou em 18 de maro de 1967 e terminou em novembro de 1967. O ltimo curso teve incio no dia 2 de maio de 1972 e terminou no dia 6 de dezembro de 1972. O Centro realizou seis cursos de aperfeioamento para advogados de empresa e formou duzentos e vinte e oito alunos. O CEPED nasceu da convergncia dos anseios de alguns professores e estudantes brasileiros com os propsitos de acadmicos e agentes de financiamento norte-americanos (AID aliana norte-americana para o desenvolvimento internacional e Fundao Ford), alguns deles entusiastas do movimento Direito e Desenvolvimento. O Centro foi criado para experimentar novas tcnicas de ensino e pesquisa, relacionadas ao Direito e s cincias sociais; preparar material didtico brasileiro e traduzir material estrangeiro; produzir o intercambio acadmico entre brasileiros e instituies estrangeiras. O CEPED foi uma experincia, tratava-se de um curso de ps-graduao para advogados de empresa que pretendia introduzir e testar novas metodologias de ensino e pesquisa do Direito, para depois, disseminar um novo conceito, uma nova viso do Direito, sobretudo uma viso instrumental do Direito, uma viso preocupada com o desenvolvimento do pas, mais precisamente, com o desenvolvimento econmico do Brasil. Porm, no foi um mero curso de ps-graduao para advogados de empresa, o CEPED marca a primeira vez que agncias envolvidas com a promoo do desenvolvimento na Amrica Latina deram suporte modernizao do ensino jurdico no Brasil. Cercado por conturbada conjuntura scio-econmica e cultural, guerra fria no mundo, ditadura militar no Brasil, tradies e tenses no sistema jurdico, o CEPED foi experincia emblemtica. Teria sido o CEPED ato de imperialismo norte-americano ou simples proposta de modernizao do ensino jurdico brasileiro? A verdade que a histria do CEPED foi pouco debatida no meio acadmico brasileiro e acabou sendo mitificada. Ademais, pelo CEPED passaram (como consultores, professores ou alunos) nomes importantes do cenrio jurdico atual, que podem contar o que foi o CEPED na prtica. Portanto, fao a seguinte questo: O que foi o CEPED? Como os sujeitos que participaram desta experincia de ensino (como consultores, agentes de financiamento, professores, alunos, ou espectadores) viam e vem o CEPED no contexto histrico e cultural dado? Quais foram os motivos para a criao e para o fim do CEPED? Tenho como hiptese que o CEPED foi uma experincia de ensino do direito, fruto de ideais e interesses de americanos e brasileiros, com dois objetivos determinados: primeiro, a realizao de um curso de ps-graduao para jovens advogados de empresa, e segundo, disseminao nas demais instituies de ensino do pas de uma nova viso do direito atrelada a uma nova forma de ensinar. Contudo, por mais que o Centro tenha se destacado como um importante curso de aperfeioamento de advogados, entendo que o CEPED falhou em seu segundo objetivo (o de promover a disseminao da modernizao do ensino jurdico no Brasil). Concentro minha ateno em dois motivos: primeiro, uma tensão ocorrida entre brasileiros e americanos (que na segunda fase do desenvolvimento do CEPED divergiram quantos aos principais objetivos do Centro) e segundo, a inrcia por parte dos brasileiros com relao ao ideal reformista americano. Contar a histria do CEPED o objetivo principal deste trabalho. O primeiro captulo foi dedicado a metodologia utilizada nesta pesquisa. Nos segundo e terceiro captulos da presente dissertao, apresento o CEPED, fao um trabalho de reconstruo desta experincia de ensino jurdico. Trato dos motivos para sua criao; objetivos; financiamento; local; cursos/programa; perfil dos alunos; mtodos de ensino; material didtico e sobre a questo da pesquisa emprica. Nos quarto e quinto captulos, relato desde os primeiros momentos de crise do Centro de Estudos at o seu declnio, apontando minha verso para o trmino do CEPED. No sexto e ltimo captulo, apresento minhas concluses e as lies extradas do CEPED. Por fim, no Anexo A, apresento o plano de reforma do ensino do direito de San Tiago Dantas, j nos Anexos B e C, trago a degravao e o roteiro das entrevistas realizadas com os atores do CEPED.
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o tema deste trabalho - o professor do magistrio de Primeiro Grau - foi analisado em um estudo de caso, realizado em urna escola da rede pblica do municpio do Rio de Janeiro. Optamos por um quadro de referncias dentro da concepo dialtica da educao, o que possibilitou articular o ambiente pedaggico totalidade social mais ampla. Isto nos pareceu fundamental uma vez que pretendamos estudar o assunto em torno de categorias gerais - a origem social, a viso de mundo e a prtica docente, entendidas em conexo e interdependncia. A anlise do desenvolvimento histrico da educao elementar no Brasil serviu de base para que se pudesse distinguir o contexto no qual se deu a elaborao de teorias e pesquisas pedaggicas sobre o terna em questo. Na investigao foi utilizada a observao participante, questionrio e entrevistas gravadas com os professores da escola. O ncleo em torno do qual se deu a pesquisa foi: - a origem do professor de Primeiro Grau, entendida em sua dimenso de classe social e envolvendo a especificidade de suas fraes; - a forma de conceber a sociedade, a educao e o trabalho escolar, enquanto conscincia do professor, permeada por suas limitaes e avanos, e enquanto ideologia deste grupo; - a prtica docente, entendida de forma mais ampla que o mero aspecto didtico-pedaggico. No texto, observou-se a forma imbricada em que se apresentam estas trs categorias e as contradies que se interpem prtica docente. Esta se realiza em um ambiente onde o conflito entre as classes, a tensão entre os diferentes valores culturais e,em especial, a estratgia poltica do Estado de oferecer escolas sem realizar a real democratizao do ensino acabam por estabelecer a ciso entre professores e alunos. A percepo, em termos do processo de conscientizao, da identidade de interesses entre professores, alunos e pais, intermediados por intelectuais orgnicos e por movimentos sociais, a forma de romper esta cadeia de impasses e forar a sada das promessas de democratizao do ensino bsico do discurso vazio do poder dominante para a realidade da relao poltico - pedaggica.
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Este um estudo de caso acerca do processo de planejamento de um dos maiores sindicatos do Estado do RJ e de toda a Amrica Latina, com aproximadamente 100.000 trabalhadores na base, o Sindicato dos Trabalhadores Metalrgicos. Mas, alm disso, consiste na demarcao da gnese histrica do planejamento atravs do debate sobre a crise da ideologia liberal e do mercado como sujeito da regulao social, discute-se tambm o processo conflitante da racionalidade capitalista na modernidade. A anlise do processo de planejamento desse Sindicato levou-nos a discutir a proposta cutista de gesto sindical elaborada pela Secr. Nacional de Formao da CUT e pela Escola Sindical 7 de Outubro, entre 1989 e 1990, condensada e sistematizada por extensa bibliografia dessa Escola e, principalmente, no Programa de Planejamento e Administrao Sindical. Levou-nos tambm a analisar algumas experincias em administrao sindical, permitindo visualizar de maneira mais ampla a gesto sindical cutista, embora no seja possvel ainda tirar concluses definitivas. Essa proposta de planejamento, se levada implementao pelos dirigentes sindicais cutistas, pode produzir mudanas radicais nas organizaes sindicais, formar dirigentes com a personalidade do produtor. Nesse sentido o planejamento pode ser considerado muito mais do que um instrumento de trabalho auxiliar na gesto sindical, ele assume as caractersticas daquilo que Gramsci denomina de princpio educativo do trabalho: ou seja, que o planejamento sindical proposto pela Escola Sindical e a SNF-CUT um princpio educativo. Como princpio educativo o planejamento pode superar o autoritarismo imperante nas relaes capitalistas de trabalho pois ele no resume-se nessa concepo ao mero cumprimento de direitos e deveres estabelecidos pelo contrato de trabalho. O planejamento passa a ser um meio de elevar a personalidade do trabalhador a um estgio superior, de servil e subalterna, petrificada assim pelas filosofias taylorista e toyotista da organizao e do processo de trabalho uma personalidade de dirigente ou produtor alcanvel pela participao dos trabalhadores em todos os nveis do processo de deciso. A dinmica da racionalidade capitalista, o conflito dialtico entre a racionalidade corporativa e a racionalidade societal, consiste no principal obstculo do planejamento efetivar-se como princpio educativo. Trata-se ento de desvelar essa tensão entre uma racionalidade instituda pelas foras capitalistas, a racionalidade corporativa ou privatista, e uma racionalidade instituinte, a racionalidade societal, produzida por foras sociais que agem em sentido contrrio lgica e dinmica do capital. Essa tensão entendida como desdobramento do conflito entre as classes sociais fundamentais do capitalismo e entre as fraes de classes. Nosso pressuposto bsico que racionalidades distintas, considerando-se os conflitos de hegemonia e a pluralidade de poderes, produzem subjetividades e ticas distintas, e que elas emergem principalmente do processo produtivo, da tecnologia e das formas de organizao do trabalho, de onde irradiam-se para outras esferas sociais. Constatamos uma crise de direo no movimento sindical cutista, entre a proposta de gesto sindical da CUT, contida em seu Estatuto e Resolues e a forma concreta em que os sindicatos cutistas so geridos. Estes recusam-se, de uma forma geral, a implementar em suas estruturas organizacionais os princpios, diretrizes e fundamentos da CUT. Entretanto, o que tornou-se revelador com essa pesquisa foi o fato de que mesmo em Centrais Sindicais e Sindicatos que declaram-se oponentes ao corporativismo e a favor de uma gesto participativa, democrtica, combativa, autnoma e pela base, como no caso da proposta cutista de gesto sindical, continua imperando a hegemonia da racionalidade corporativa e privatista sobre a racionalidade societal. Revela-se ento que a conscincia dos fatos no suficiente para transform-los. Dessa constatao emergiu uma problemtica que pretendemos abordar em um outro momento, a relao entre a conscincia crtica e poder, entre saber e vontade. Segundo Carlos Matus o planejamento uma reflexo que precede e preside a ao, ou seja, ele orienta a vontade estratgica dos atores sociais. Com essa definio Matus critica a metodologia e aplicabilidade do planejamento normativo, por sua demasiada centralizao e desconsiderao dos conflitos institucionais. Da trilogia metodolgica e operativa de Matus trabalhamos nessa pesquisa apenas o Mtodo Altadir de Planificacin Popular, adaptado e utilizado no planejamento sindical dos sindicatos cutistas. Por ltimo constatamos que a proposta de Planejamento e Administrao Sindical (PASC) da Escola Sindical 7 de Outubro e da SNT-CUT, subestima a gesto sindical, e que uma proposta que se preocupe em aprofund-la fundamental para a superao dos problemas crticos das organizaes sindicais cutistas.
Resumo:
O enfoque fenomenolgico de Alonso Fernandes foi a base deste estudo. O autor tenta provar que houve uma evoluo qualitativa na forma de descarga da tensão excessiva, um desembocar somtico da angstia. Melhor definindo, nos dias de hoje, no h mais lugar para a histeria demonstrativa, teatral, necessitando palco para bem resultar. A vida atual, impessoal, ativa e materialista tornou obsoleto o mecanismo transformador da angstia reprimida em smbolo corporal. O endeusamento do jovem, a falta de espao, o nvel de aspirao muito elevado e o estresse em alta doses torna compreensvel que seja sobre este mesmo corpo que ele lance todo o excesso de tensão e angstia que ensejado pela vida urbana. O presente estudo indaga a existncia de uma patologia especifica para os indivduos que reagem desta forma. Para tal verificao usou-se 3 grupos de 30 indivduos subdivididos em: doentes de "fundo nervoso", doentes "orgnicos" e sadios. Dois tipos de instrumento foram aplicados com o objetivo de estudar o perfil de personalidade da amostra: O Inventrio de Personalidade MHPI e um questionrio que abrangesse o tipo de vida, costumes, hbitos, renda, escolaridade, etc do grupo em estudo. A hiptese bsica que no h uma patologia mental especfica nos pacientes com doenas de "fundo nervoso" e que fatores tais como a exiguidade do espao vital, o nvel de aspirao, a preocupao com a autoimagem e o nvel de estresse influenciam predominantemente a personalidade dos sujeitos pertencentes ao grupo das doenas psicossomticas. Comprovou-se com boa margem de certeza a ideia de que a fuga para o corpo no um quadro patolgico delimitado mas sim um mecanismo de defesa, uma ajuda ao indivduo obrigado a sobreviver as presses de nossos dias. Alm disto, a existncia de respostas relativas a um nvel de aspirao exagerado no grupo de doentes de "fundo nervoso" comprova ser tal varivel uma das grandes vertentes propiciadoras da escolha da via somtica como forma de descarga da angstia.
Resumo:
O julgamento das intenes e consequncias como um critrio moral, medido sob duas ordens de apresentao (ordem 1: inteno-consequncia, ordem 2: consequncia-inteno) e trs modos de apresentao (s verbal; verbal mais figuras com inteno implcita e verbal mais figuras com inteo explcita) usando o paradigma de Hebble. Quatro histrias, combinando tensão e consequncia, positivas e negativas, foram julgadas numa escala de 1 a 5 (de mau para bom) por dois grupos de crianas. O grupo menor com mdia de idade de 4 anos e 3 meses e o grupo maior com mdia de idade de 7 anos e 3 meses. Os dados evidenciaram os seguintes resultados: a) ordem e modo de apresentao, isoladamente, no apresentaram efeitos; b) os dois grupos de idade fazem uso da inteno em seus julgamentos; c) ambos os grupos demonstram efeito recentividade em seus julgamentos. Estes resultados sugerem: que modo de apresentao somente influencia o julgamento de crianas menores de 4 anos de idade; crianas com 4 anos e 3 meses de idade em mdia julgam em funo da inteno e cr1anas at 7 anos e 3 meses de idade em mdia so influenciadas pela posio da inteno e consequncia nas histrias-estmulos para realizarem seus julgamentos.
Resumo:
O presente estudo pressupe que os conceitos de tensão, stress e situaes geradoras de ansiedade ti, no so suficientes e apropriados, no estgio atual da pesquisa, para explicar em termos de varivel antecedente, o aparecimento de distrbios denominados psicossomticos. O conceito de Locus de controle, conforme formulado por Rotter aqui utilizado e investigado, atravs da Escala Interno-Externo, na medida em que interpretamos situaes experimentais, numa srie de pesquisas relatadas, como tendo um denomina dor comum: a dificuldade em perceber o controle dos eventos que ocorrem ao sujeito, como dependendo de sua ao. Investigamos tambm o grau de incidncia de distrbios orgnicos, possveis diferenas de fatores de personalidade e a associao com a ordem de nascimento. Os dados coletados indicam que portadores de, ulcera e/ou hipertensão tendem a responder mais externamente na Escala I-E, o que refora nossas interpretaes sobre as pesquisas relatadas. Verificou-se ainda que a ordem de nascimento (primognitos e no primognitos) est associada com a presena desses distrbios. Ocorre tambm, de acordo com nosso instrumento (IDO), uma maior incidncia de distrbios orgnicos nesses' sujeitos. Finalmente, observou-se que, entre os fatores de personalidade investigados somente um distingue sujeitos que so portadores de lcera e/ou hipertensão dos que no tem: a tendncia ao neuroticismo, que predominante no grupo experimental.