1 resultado para Perversão sexual Psicanálise lacaniana

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Iniciando-se por uma descrio longitudinal, seguida de interpretao "a posteriori", obteve-se categorias relativas a cada dimenso do psiquismo. Estas, em seu carter de transversalidade, foram tomadas como esteios para as explicaes acerca da passagem do sujeito da condio biolgica condio de sujeito falante. O norteamento dessa anlise teve como ponto de partida a postulao acerca dessas dimenses, dos aspectos relativos as mesmas, e dos efetores referentes por essa passagem, cujo incio tem a esses aspectos que respondem lugar quando a me se dispe a apontar para o sujeito o limite entre o ncleo filogentico e as transformaes scio-histrica. A partir dessa delimitao, ocorre a assimilao de caractersticas, tipicamente humanas para, enfim, serem fixados pela lei paterna, os limites do tornar-se humano. Nesse nterim, so observadas ocorrncias relativas as dimenses mencionadas. Tratando-se de permanncia de contedos mantidos fora do campo da simbolizao, e excludos da matriz imaginria, tem-se ento a caracterizao do real ~elo seu mecanismo especfico: a foracluso. Ainda se situa a pulso no seu carter impensvel e inominvel. J as aes resultantes do recalcamento originrio concorrem para a formao de marcas no-simbolizveis que, como faceta do imaginrio, se vinculam s informaes do ncleo filogentico referentes aos protofantasmas, aqui considerado corno outra faceta desta dimenso. No que concerne ao simblico, registra-se a significao como fundante da condio humana, resultante do recalcamento propriamente dito. Sendo assim, a humanizao enquanto explicada pelo conceito de recalcamento, conforme evidencia a metapsicologia freudiana, no aambara todas as nuances relativas ao humano; visto englobar apenas aquilo que imaginado corno fantasma ou aquilo que e apresentado simbolicamente. Por isso, a utilizao do conceito de foracluso, da perspectiva lacaniana, justifica-se pelo fato de oferecer uma viso mais completa dessa dinmica. Desse modo, se pode incluir no escopo do "tornar-se humano", aqueles elementos no passveis de simbolizao, bem como aqueles da realidade pulsional que no se apresentam no texto do fantasma; mas que, ao se constiturem como um "pano-de-fundo", possibilitam que a contedos simblicos e imaginrios viabilizem a socializao. De resto, a socializao um processo que, originado do simblico, se assenta no imaginrio tomado como base. Para isto, o real, em seu efeito marginal, possibilita o retorno ao simblico. A partir da, se verifica a utilizao dos elementos culturais, que so descobertos em funo daquilo que a atividade fantasmtica suscita.