5 resultados para Male dominance
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Esta pesquisa está inserida em um contexto de crescente participação feminina no mercado de trabalho, especialmente com relação à ascensão da mulher a cargos estratégicos, além de um processo acelerado de envelhecimento populacional, constituindo uma das mais significativas transformações dos últimos anos. A participação feminina em cargos executivos e o processo de envelhecimento são tópicos pouco abordados na literatura acadêmica, tanto isolados quanto inter-relacionados, o que justifica a originalidade deste trabalho. Essas transformações coincidem ainda com o fato de que é a primeira vez que mulheres envelhecem em cargos executivos. Portanto, esta pesquisa tem por objetivo explorar como as mulheres executivas experimentam o processo de envelhecimento. A discussão se mostra relevante na medida em que esta mulher está inserida em um contexto organizacional de dominação masculina, predominantemente jovem, onde se espera que a mulher não ocupe cargos estratégicos. A pesquisa tem como base a perspectiva teórica do construcionismo social de Berger e Luckman (1999) e a abordagem metodológica qualitativa fundamentada nos dados (grounded theory), com base na perspectiva interacionista simbólica de Charmaz (2009). Os dados foram obtidos de 58 entrevistas com mulheres de 40 anos ou mais de idade que ocupam ou ocuparam posição executiva em organizações no Brasil. A pesquisa conclui que, por serem consideradas profissionais mais velhas antes do que os homens e devido aos estigmas associados à idade, as mulheres tendem a omitir o envelhecimento e buscar formas de não o aparentar no ambiente de trabalho. A teoria substantiva apresenta que o envelhecimento é compreendido a partir das noções de morte física, social e executiva e que o renascimento simbólico é uma forma de lidar com as concepções de mortes que persistem no imaginário das mulheres executivas. A teoria é provisória e contingente e reflete a interpretação de uma pesquisadora em particular. Espera-se que ela amplie o campo de estudos da Administração e estimule pesquisadores na continuidade da investigação acerca do envelhecimento de mulheres executivas.
Resumo:
Nesta dissertação, o objetivo é identificar e analisar as representações sociais acerca das masculinidades referidas por homens executivos, gestores do mundo de negócios. Onde o foco maior é conseguir evidências para os seguintes questionamentos: o que é ser homem no mundo dos negócios? Quais as representações sociais da masculinidade? Quais as formas privilegiadas, ou hegemônicas dessa masculinidade? Este trabalho está baseado no projeto de pesquisa do Dr. Alexandre de Pádua Carrieri sobre “Masculinidades Contemporâneas: Representações da Masculinidade na Ótica de Homens e Mulheres Executivos”. Como contribuição teórica para os estudos organizacionais, esta pesquisa possibilita um olhar sobre a masculinidade contemporânea no ambiente empresarial, e não apenas a dominação do masculino sobre o feminino. Como o mundo dos negócios é um termo abrangente a pesquisa não se concentrou em setores específicos da sociedade, ou mesmo desse “mundo de negócios”, se buscou alcançar uma concepção analítica que atingisse a representação social sobre esse mundo. O objeto alvo deste estudo são os executivos, diretores, gerentes, assessores e coordenadores, pois esses sujeitos dentro da dinâmica do capitalismo contemporâneo são móveis dentro dos controles das organizações. Trata-se de uma pesquisa exploratória, onde foi realizada entrevistas a fim de se obter dados qualitativos sobre objeto de estudo e que tem como suporte metodológico a Teoria das Representações Sociais e a análise do discurso. As entrevistas foram realizadas com 10 homens de negócio, tais quais coordenadores de Instituição de Ensino Superior; coordenador de investimento e operações industriais; diretores executivos; gestor de unidades e assessor jurídico, todos da cidade do Rio de Janeiro. Dessa forma, foi possível analisar as representações sociais da masculinidade no que diz respeito ao homem de negócios. Os avanços dos estudos sobre a masculinidade tornará possível à desconstrução da masculinidade hegemônica exercida sobre todos nós, homens e mulheres. Tal análise possibilita um aumento do conhecimento sobre as organizações, assim como, ajuda entender as influências do comportamento dos funcionários na empresa. Através das entrevistas foi possível conhecer o ambiente de trabalho do executivo homem, suas responsabilidades, o contexto social em que está inserido e as representações sociais que o conduzem na sociedade. Como a sociedade brasileira, em sua maioria, diz-se capitalista e cristã a dominação e o poder exercido pelos mais fortes continuaram a existir. Porém, com a pesquisa é possível verificar quais as representações sociais da masculinidade marcantes nos homens de negócio, as quais direcionam todo o contexto organizacional, independente do sexo. Dessa forma se fez possível entender um pouco melhor esse “capitalismo selvagem” corporativo em qual a sociedade optou viver.
Resumo:
This paper examines the evolution of wage inequality in Brazil in the 1980s and 1990s . It tries to investigate the role played by changing economic returns to education and to experience over this period together with the evolution of within-group inequality. It applies a quantile regression approach on grouped data to the Brazilian case. Results using repeated cross-sections of a Brazilian annual household survey indicate that : i) Male wage dispersion remained basically constant overall in the 1980's and 1990' s but has increased substantially within education and age groups. ii) Returns to experience increased significantly over this period, with the rise concentrated on the iliterate/primary school group iii) Returns to college education have risen over time, whereas return to intermediate and high-school education have fallen iv) The apparent rise in within-group inequality seems to be the result of a fall in real wages, since the difference in wage leveIs has dec1ined substantially over the period, especially within the high-educated sample. v) Returns to experience rise with education. vi) Returns to education rise over the life-cycle. vii) Wage inequality increases over the life-cycle. The next step i~ this research will try to conciliate all these stylised facts.
Resumo:
This paper defines “balance of payments dominance” as a macroeconomic regime in which the short-term macroeconomic dynamics is essentially determined by external shocks, positive or negative. It argues that this is the predominant regime in emerging and developing countries. Trade shocks play an important role but the major procyclical shocks are associated with boom-bust cycles in external financing. Policy challenges are associated not only with the management of such shocks but also with the need to enhance the space for countercyclical macroeconomic policies, as boom-bust cycles tend to pressure macroeconomic policies to behave in a procyclical way. Under these conditions, the best bet is to design policies to reduce external vulnerabilities through a mix of administered exchange rate policies, very active foreign exchange reserve management, reduced reliance on external borrowing, and macroprudential regulations, including those directly affecting capital flows. Countercyclical fiscal policy can also play a role but face strong economic and political economy challenges.
Resumo:
This paper defines “balance of payments dominance” as a macroeconomic regime in which the short-term macroeconomic dynamics is essentially determined by external shocks, positive or negative. It argues that this is the predominant regime in emerging and developing countries. Trade shocks play an important role but the major procyclical shocks are associated with boom-bust cycles in external financing. Policy challenges are associated not only with the management of such shocks but also with the need to enhance the space for countercyclical macroeconomic policies, as boom-bust cycles tend to pressure macroeconomic policies to behave in a procyclical way. Under these conditions, the best bet is to design policies to reduce external vulnerabilities through a mix of administered exchange rate flexibility, very active foreign exchange reserve management, reduced reliance on external borrowing, and macroprudential regulations, including those directly affecting capital flows. Countercyclical fiscal policy can also play a role but face strong economic and political economy challenges.