7 resultados para HRM capabilities
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Countries differ in terms of technological capabilities and complexity of production structures. According to that, countries may follow different development strategies: one based on extracting rents from abundant endowments, such as labor or natural resources, and the other focused on creating rents through intangibles, basically innovation and knowledge accumulation. The present article studies international convergence and divergence, linking structural change with trade and growth through a North South Ricardian model. The analysis focuses on the asymmetries between Latin America and mature and catching up economies. Empirical evidence supports that a shift in the composition of the production structure in favor of R&D intensive sectors allows achieving higher rates of growth in the long term and increases the capacity to respond to demand changes. A virtuous export-led growth requires laggard countries to reduce the technological gap with respect to more advanced ones. Hence, abundance of factor endowments requires to be matched with technological capabilities development for countries to converge in the long term.
Resumo:
Na década de 80, o sucesso das empresas japonesas tem atraído a atenção dos pesquisadores para o seu sistema de gestão e produção. Como resultado desses estudos, kaizen, a ideologia de melhoria contínua, e as ferramentas da qualidade foram difundidas nas empresas ao redor do mundo. Quase trinta anos depois, ainda há fortes evidências dessas formas de produção japonesa nas organizações. Como as firmas necessitam melhorar constantemente para criar ou, pelo menos, para não ficar para trás em um ambiente competitivo e em constante mudança, a melhoria contínua pode ser considerada uma das capabilities essenciais de uma organização; no entanto, a elevada taxa de insucesso das iniciativas de melhoria contínua fez com que essa capability seja difícil de ser alcançada. Considerando-se este fenômeno, a presente pesquisa, baseada nos trabalhos do Bessant et al (2001) e Peng et al (2008), teve como objetivo explorar a dinâmica de como essa capability, sob perspectiva das rotinas operacionais, se desenvolve nas organizações. A estratégia de pesquisa adotada é o estudo de casos múltiplos. Os casos foram compostos por um caso representativo de capability de melhoria contínua sustentada e outros dois, por, duas empresas que apresentaram evidências da capability estudada. Os dados foram coletados mediante visitas técnicas e entrevistas multi-hierárquicas. As análises de dados foram feitas via técnicas de análise de conteúdo empregando software Nvivo e conceitos de transformação de dados qualitativos/quantitativos sugeridos por Miles e Huberman (1994). Os resultados da análise indicaram quatro principais conclusões. Primeira, a capability de melhoria contínua, além das rotinas organizacionais de aprendizagem, das rotinas de liderança e processos padrões para detectar e resolver problema, deve incluir o fator "envolvimento dos funcionários" ao operacionalizar este construto de segunda ordem. Segunda, o desenvolvimento dessa capability segue o modelo evolutivo como sugerido por Bessant et al (2001); verificou-se que, no entanto, o desenvolvimento dos padrões comportamentais de cada estágio não segue a forma linear como preconizado por Bessant et al (2001). Terceira, a decisão de desenvolver determinado conjunto particular de padrões de comportamento no modelo evolutivo pode ser influenciada por variáveis contingenciais, tais como estrutura organizacional, tipo de processo e volume de produção. Finalmente, a definição da maturidade da capability de melhoria contínua é mais do que a presença de dados conjuntos de padrões de comportamento; deveria-se, também, levar em consideração a abrangência e extensão das rotinas e práticas desses padrões de comportamento, dado que a capability de melhoria contínua, por definição, são processos que envolvem a organização toda. Em resumo, o processo de desenvolvimento da capability de melhoria contínua parte do pressuposto de uma ideologia gerencial que preze o valor das pequenas mudanças, locais e incrementais, para as quais todos na organização possam contribuir. Dentro deste processo, os líderes devem estabelecer claramente os objetivos estratégicos de longo prazo para gerir as iniciativas de melhoria contínua e os recursos humanos serão revalorizados mediante delegação de autonomia, investimento em aprendizagem e incentivo à aprendizagem. As ferramentas da qualidade, a gestão da qualidade ou qualquer outro processo padronizado para detectar e resolver problemas são os meios de externalizar o conhecimento dos funcionários para a melhoria contínua, sendo assim, quanto mais os funcionários estiverem envolvidos, mais esta capability estará evidente.
Resumo:
Este trabalho analisa o desenvolvimento de dynamic capabilities em um contexto de turbulência institucional, diferente das condições em que esta perspectiva teórica costuma ser estudada. É feito um estudo de caso histórico e processual que analisa o surgimento das Dynamic Capabilities nos bancos brasileiros, a partir do desenvolvimento da tecnologia bancária que se deu entre os anos 1960 e 1990. Baseando-se nas proposições da Estratégia que analisam as vantagens competitivas das empresas através de seus recursos, conhecimentos e Dynamic Capabilities, é construído um framework com o qual são analisados diversos depoimentos dados ao livro “Tecnologia bancária no Brasil: uma história de conquistas, uma visão de futuro” (FONSECA; MEIRELLES; DINIZ, 2010) e em entrevistas feitas para este trabalho. Os depoimentos mostram que os bancos fizeram fortes investimentos em tecnologia a partir da reforma financeira de 1964, época em que se iniciou uma sequência de períodos com características próprias do ponto de vista institucional. Conforme as condições mudavam a cada período, os bancos também mudavam seu processo de informatização. No início, os projetos eram executados ad hoc, sob o comando direto dos líderes dos bancos. Com o tempo, à medida que a tecnologia evoluía, a infraestrutura tecnológica crescia e surgiam turbulências institucionais, os bancos progressivamente desenvolveram parcerias entre si e com fornecedores locais, descentralizaram a área de tecnologia, tornaram-se mais flexíveis, fortaleceram a governança corporativa e adotaram uma série de rotinas para cuidar da informática, o que levou ao desenvolvimento gradual das microfundações das Dynamic Capabilties nesses períodos. Em meados dos anos 1990 ocorreram a estabilização institucional e a abertura da economia à concorrência estrangeira, e assim o país colocou-se nas condições que a perspectiva teórica adotada considera ideais para que as Dynamic Capabilities sejam fontes de vantagem competitiva. Os bancos brasileiros mostraram-se preparados para enfrentar essa nova fase, o que é uma evidência de que eles haviam desenvolvido Dynamic Capabilities nas décadas precedentes, sendo que parte desse desenvolvimento podia ser atribuído às turbulências institucionais que eles haviam enfrentado.
Resumo:
O objetivo deste trabalho e compreender como se formam cadeias resilientes. De maneira específica esta compreensão é analisada sob o olhar das diferentes capabilities que contribuem para a formação da resiliência. Com base na revisão da literatura, este trabalho considera que as capabilities de Percepção de Risco, Colaboração, Flexibilidade, Visibilidade e Agilidade são importantes. Além disso, o trabalho coloca estas diferentes capabilities sob o olhar das fases da ruptura – mitigação, preparação, resposta e recuperação. A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso único. A unidade de análise do trabalho se refere à cadeia de saúde, formada pelos elos do governo federal, governo estadual, indústria farmacêutica, hospital e profissionais de saúde. Esta cadeia foi analisada no contexto da pandemia de H1N1 que atingiu o país em meados de 2009, levando uma grande quantidade de pessoas a procurarem o sistema de saúde para atendimento, além de ocasionar diversos outros impactos operacionais, como, por exemplo, o aumento de absenteísmo de profissionais de saúde. A coleta de dados foi realizada a partir de 16 entrevistas realizadas com profissionais dos diferentes elos diretamente envolvidos no contexto analisado, além da utilização de dados secundários provenientes de reportagens e relatórios.
Resumo:
The general idea of this research is to analyze overall firm performance before and after the global financial crisis of 2008. The main question is: What kind of strategies did companies adopt that led to positive business performance after the crisis? Are there any particular competitive advantages that bring better performance in the case of an economic downturn? This research focuses on competitive advantage gained by resource-based view attributes of a product (quality, durability and prestige) and dynamic capabilities (strategic flexibility in product development and technological innovation ability). The economic crisis setting provides a proper background to analyze the competitive advantage strategies in a dynamic, low-probability environment to determine which are most worth adopting in the business world. I employ an OLS regression analysis in order to measure the business performance of 136 Brazilian firms across four years – 2002, 2005, 2008 and 2012. The findings indicate that even though all of the strategic resources and capabilities positively influence firm performance in expansionary periods, only the superior product characteristics are pertinent in surviving an economic downturn.
Resumo:
Centenas de milhões de pessoas são afetadas por desastres a cada ano. Para alguns países da Ásia, os desastres naturais se tornaram algo comum para os quais eles precisam estar preparados. A cadeia de fornecedores humanitária é um conceito logístico recente, que se refere a todo o processo de ajuda que acontece uma vez que ocorre um desastre, desde os doadores até os beneficiários finais. Por causa de tensões econômicas recentes, e por causa de uma maior cobertura da mídia sobre os desastres naturais mortais tal como o Typhoon Yolanda em 2013-2014; organizações humanitárias precisam mostrar transparência em suas ações e precisam provar a capacidade de resistência da cadeia de abastecimento para melhorar ainda mais os programas de doação. Resiliência tem sido estudada no contexto da cadeia de fornecedores de uma empresa comercial. No entanto olhar para essa noção dentro do sector humanitário que tem características diferentes, é um novo conceito raramente explorado antes. O objetivo desta tese será contribuir com novos insights e contributos, a fim de enriquecer ainda mais pesquisas sobre a capacidade de resiliência das cadeias de fornecedores humanitários. Vamos analisar as provas desses recursos para a resiliência através de uma pesquisa qualitativa sobre o caso Typhoon Haiyan (Yolanda), que já foi o tufão mais mortal das Filipinas.
Resumo:
Operational capabilities são caracterizadas como um recurso interno da firma e fonte de vantagem competitiva. Porém, a literatura de estratégia de operações fornece uma definição constitutiva inadequada para as operational capabilities, desconsiderando a relativização dos diferentes contextos, a limitação da base empírica, e não explorando adequadamente a extensa literatura sobre práticas operacionais. Quando as práticas operacionais são operacionalizadas no ambiente interno da firma, elas podem ser incorporadas as rotinas organizacionais, e através do conhecimento tácito da produção se transformar em operational capabilities, criando assim barreiras à imitação. Apesar disso, poucos são os pesquisadores que exploram as práticas operacionais como antecedentes das operational capabilities. Baseado na revisão da literatura, nós investigamos a natureza das operational capabilities; a relação entre práticas operacionais e operational capabilities; os tipos de operational capabilities que são caracterizadas no ambiente interno da firma; e o impacto das operational capabilities no desempenho operacional. Nós conduzimos uma pesquisa de método misto. Na etapa qualitativa, nós conduzimos estudos de casos múltiplos com quatro firmas, duas multinacionais americanas que operam no Brasil, e duas firmas brasileiras. Nós coletamos os dados através de entrevistas semi-estruturadas com questões semi-abertas. Elas foram baseadas na revisão da literatura sobre práticas operacionais e operational capabilities. As entrevistas foram conduzidas pessoalmente. No total 73 entrevistas foram realizadas (21 no primeiro caso, 18 no segundo caso, 18 no terceiro caso, e 16 no quarto caso). Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas literalmente. Nós usamos o sotware NVivo. Na etapa quantitativa, nossa amostra foi composta por 206 firmas. O questionário foi criado a partir de uma extensa revisão da literatura e também a partir dos resultados da fase qualitativa. O método Q-sort foi realizado. Um pré-teste foi conduzido com gerentes de produção. Foram realizadas medidas para reduzir Variância de Método Comum. No total dez escalas foram utilizadas. 1) Melhoria Contínua; 2) Gerenciamento da Informação; 3) Aprendizagem; 4) Suporte ao Cliente; 5) Inovação; 6) Eficiência Operacional; 7) Flexibilidade; 8) Customização; 9) Gerenciamento dos Fornecedores; e 10) Desempenho Operacional. Nós usamos análise fatorial confirmatória para confirmar a validade de confiabilidade, conteúdo, convergente, e discriminante. Os dados foram analisados com o uso de regressões múltiplas. Nossos principais resultados foram: Primeiro, a relação das práticas operacionais como antecedentes das operational capabilities. Segundo, a criação de uma tipologia dividida em dois construtos. O primeiro construto foi chamado de Standalone Capabilities. O grupo consiste de zero order capabilities tais como Suporte ao Cliente, Inovação, Eficiência Operacional, Flexibilidade, e Gerenciamento dos Fornecedores. Estas operational capabilities têm por objetivo melhorar os processos da firma. Elas têm uma relação direta com desempenho operacional. O segundo construto foi chamado de Across-the-Board Capabilities. Ele é composto por first order capabilities tais como Aprendizagem Contínua e Gerenciamento da Informação. Estas operational capabilities são consideradas dinâmicas e possuem o papel de reconfigurar as Standalone Capabilities.