O plano de marketing e a pequena empresa: um estudo explorat��rio sobre o planejamento de marketing em pequenas empresas varejistas de materiais de construção da Grande S��o Paulo

presente trabalho tem como objetivo oferecer uma contribui����o ao conhecimento do marketing em um campo ainda pouco estudado, por��m de grande relev��ncia. Iremos investigar a utiliza����o do planejamento de marketing em empresas de pequeno porte, sua import��ncia e influ��ncia na defini����o de estrat��gias e a����es de marketing, bem como os resultados e eventuais beneficios e limites decorrentes desta utiliza����o.

VMI na cadeia de suprimentos de materiais de construção brasileira : considera����es sobre o relativo atraso na sua utiliza����o pelo setor

Mostra a import��ncia que a gest��o das cadeias de suprimentos tem alcan��ado nos meios acad��micos e empresariais. Exp��e os conceitos te��ricos da gest��o tradicional de estoques e do VMI. Explica como est�� estruturada a cadeia de suprimentos de materiais de construção no Brasil e estuda a utiliza����o do VMI no setor. Estuda um caso de aplica����o de VMI no setor varejista de materiais de construção

O potencial de mercado de empresas atacadistas atrav��s do varejo de materiais de construção nos munic��pios paulistas, no segmento de materiais el��tricos, entre 1997 e 2002

A pesquisa que se segue representa um estudo sobre o potencial de mercado de empresas atacadistas atrav��s do varejo de materiais de construção nos munic��pios paulistas. O per��odo de an��lise da pesquisa compreende os anos entre 1997 e 2002, focando a demanda por materiais el��tricos. O trabalho contempla a revis��o da literatura pertinente ao assunto; a realiza����o de uma pesquisa de campo com os varejistas de materiais de construção; a utiliza����o de dados secund��rios diversos; e a estima����o do potencial de mercado atrav��s da utiliza����o de modelos hier��rquicos lineares. O modelo proposto comp��e-se de quatro partes. A primeira estima o volume de emprego no varejo de materiais de construção em cada munic��pio, com base na massa salarial dos munic��pios e no dinamismo populacional das microrregi��es e mesorregi��es paulistas. Para tanto, utiliza-se de modelo hier��rquico em tr��s n��veis. A segunda parte estima a receita do varejo de materiais de construção com base no emprego gerado por estes estabelecimentos, utilizando-se de modelo hier��rquico em dois n��veis. A terceira parte, com base na pesquisa de campo, relaciona a receita do varejo ao potencial de mercado para o atacado. Por fim, na ��ltima parte se valida a estimativa, comparando-a ao faturamento de um atacadista de refer��ncia. Os resultados encontrados confirmam a adequa����o do modelo proposto. Ainda, as pesquisas realizadas, sejam elas atrav��s da coleta de dados diretos ou indiretos, apontam para a import��ncia do atacado, principalmente como fornecedor do pequeno varejo, fortalecido este ��ltimo pela estabiliza����o econ��mica. Assim, mesmo em vista do acirramento do ambiente competitivo, fruto do fortalecimento do varejo e do desejo da amplia����o das vendas diretas por parte dos fabricantes, o atacado preserva sua import��ncia na economia. Por fim, observou-se que a distribui����o espacial do potencial de mercado relativo n��o divergia significativamente da distribui����o da densidade do emprego estimado e da distribui����o da densidade da receita l��quida de revenda do varejista estimada, sugerindo que estas vari��veis possam ser utilizadas como vari��veis proxies.

Confian��a como antecedente da escolha de compra na ind��stria da construção civil

o conceito de confian��a como antecedente �� decis��o de compra tem sido introduzido em estudos emp��ricos sobre marketing no Brasil a partir do referencial te��rico adotado principalmente nos Estados Unidos e Europa. A presente disserta����o examina a confian��a, tanto no vendedor como na sua empresa, como fator que influencia a decis��o de compra em relacionamentos business to business. O estudo se baseia no artigo de Doney e Cannon (1997) sobre a confian��a no relacionamento entre empresas e seus vendedores. O estudo emp��rico trata de um levantamento de corte transversal, no qual foram testadas hip��teses espec��ficas para examinar as rela����es entre as vari��veis, em um processo de pesquisa formal e estruturado, com uma amostra de 170 lojas e revendas de materiais de construção no estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados a partir da base de clientes de uma ind��stria sider��rgica sediada no interior do estado do Rio de Janeiro com forte atua����o nas regi��es sul e sudeste do pa��s. A an��lise dos dados foi feita com base no Modelo de Equa����es Estruturais (SEM), atrav��s do software Lisrel 8.30. Os resultados n��o s��o id��nticos aos obtidos no estudo original, mas apontam para a import��ncia de se estabelecerem relacionamentos com os clientes. A pesquisa conclui que as caracter��sticas da empresa fornecedora como tamb��m seu relacionamento e o do vendedor, influenciam a decis��o de compra de seus clientes. No entanto, as caracter��sticas do vendedor n��o t��m impacto sobre a confian��a no mesmo. Este estudo fornece subs��dios a futuras pesquisas sobre a confian��a como antecedente �� decis��o de compra. S��o discutidas as limita����es da pesquisa e as implica����es de seus resultados para a gest��o de marketing no Brasil.

Desenvolvimento de m��dulos para habita����o popular no Brasil : gera����o de valor no processo de co-cria����o com o cliente

O mercado brasileiro da construção civil tem sofrido profundas transforma����es nos ��ltimos anos, principalmente na rela����o fornecedor-cliente, que afetam de maneira significativa a lucratividade e o posicionamento de mercado dos fabricantes de insumos. Por conseguinte, as empresas t��m buscado novas formas de criar valores, voltadas para o seu capital humano. Considerando-se a necessidade de os funcion��rios anteciparem e compreenderem as novas demandas do mercado, o objetivo neste trabalho �� estudar o processo de co-cria����o como gera����o de valor na empresa Deca, avaliando-se os seus efeitos estrat��gicos diante da nova realidade e, ainda, seu impacto na rela����o com o cliente. Com o processo de co-cria����o, a empresa visa a utilizar seus recursos intang��veis para agregar valor a seus produtos, conhecer com profundidade a realidade de seus clientes e diferenciar-se dos concorrentes em um mercado com tend��ncia �� comoditiza����o. Al��m disso, visa a reavaliar as estrat��gias existentes, tendo em vista o seu reposicionamento com base em suas compet��ncias centrais de fabricante de lou��as e metais sanit��rios e em conceitos de inova����o e co-cria����o, no intuito de aumentar o valor percebido por clientes potenciais e expandir sua fronteira de atua����o atual. Na avalia����o dos resultados dessa tentativa de reposicionamento estrat��gico, utiliza-se um indicador n��o financeiro, o Customer Lifetime Value, com o objetivo de mensurar os impactos no longo prazo.

A (des) construção dos modelos regulat��rios no setor de energia el��trica do Brasil: instabilidades, incertezas e a reforma institucional de 2004

Nos ��ltimos anos, a ind��stria el��trica brasileira passou, basicamente, por duas reestrutura����es setoriais, implantadas segundo pol��ticas e ideologias divergentes, mas que convergiram para o mesmo objetivo final: a busca por investimentos privados para dar suporte �� expans��o do sistema. Esse �� o grande desafio do novo modelo institucional de 2004, que surge em um ambiente conturbado, de forte percep����o de riscos e incertezas. A pr��pria instabilidade regulat��ria �� a grande respons��vel pelo recuo e pondera����o na hora de investir. Contudo, a pergunta que se faz na presente pesquisa objetiva identificar os fatores motivadores da nova reestrutura����o setorial. S�� assim, pode-se correlacionar os fatos do passado com a recente reforma, identificando poss��veis defici��ncias e fatores cr��ticos de sucesso. Para tanto, o presente estudo recorreu �� literatura existente, assim como a entrevistas semi-estruturadas com especialistas do setor el��trico brasileiro. Os dados foram analisados qualitativamente, por meio de categorias estabelecidas a posteriori, buscando-se aceitar ou refutar suposi����es. As evid��ncias sugerem que, apesar de a nova reforma institucional ter realizado avan��os, ao introduzir mecanismos absorvidos, principalmente, a partir das experi��ncias regulat��rias dos ��ltimos anos, dificuldades ainda permanecem e devem ser enfrentadas, especialmente no que tange �� mitiga����o dos riscos ambientais e regulat��rios, este ��ltimo, percebido com maior intensidade a partir de 2004. Sendo assim, cabe ao governo federal, representado pelo Minist��rio de Minas e Energia (MME), conseguir atrair investimentos e proporcionar estabilidade regulat��ria, a fim de afastar o ���fantasma��� do racionamento.

A tecnologia na ind��stria de gera����o de energia el��trica: o caso do Brasil

Neste trabalho realizamos um estudo sobre a produtividade total e as produtividades individuais dos fatores de produ����o para o setor de gera����o de energia el��trica no Brasil, usando dados do per��odo ] 978 a 1992 das cmpresas ELETRONORTE, CHESF, FURNAS e ELETROSUL. Utilizando a abordagem da estima����o econom��trica da fun����o dc custo, constru��mos um modelo do tipo trallslog que inclui a restri����o sobre a taxa de retorno do capital, onde os insumos vari��veis s��o m��o-de-obra, materiais el��tricos e energia e o ��nico insumo fixo �� o capital. Os resultados da estima����o de m��nimos quadrados de tr��s est��gios iterativos para o modelo b��sico mostraram que o aumento m��dio na produtividade total foi de 9,9% ao ano, sendo que a contribui����o m��dia da m��o-de-obra foi de 0,3% ao ano, a dos materiais el��tricos foi de 2,6%) ao ano e a da energia foi de 7,0% ao ano no per��odo de estudo. A situa����o muda bastante quando estimamos o mesmo modelo sem considerar o interc��mbio do insumo energia el��trica no processo de produ����o, tendo em vista que o aumento m��dio na produtividade total cai para 2,4% ao ano, com uma contribui����o negativa da m��o-de-obra de 1,0% ao ano c contribui����es positivas dos insumos materiais el��tricos e energia de, respectivamente, 1,4% e 2,0% ao ano. Como trabalhos complementares, usando este arcabou��o te��rico, sugerimos a verifica����o a n��vel regional da exist��ncia do monop��lio natural, a determina����o do tamanho ��timo da empresa de gera����o de energia el��trica e a exist��ncia de economias de integra����o vertical entre os segmentos de gera����o, transmiss��o e distribui����o para o Brasil.

Administra����o p��blica orientada para o desenvolvimento sustent��vel : um estudo de caso : os ventos das mudan��as no Cear�� tamb��m geram energia

Esta disserta����o de mestrado faz uma construção te��rica do desenvolvimento sustent��vel com base nas dimens��es da sustentabilidade - ecol��gica, econ��mica, social, espacial, cultural, tecnol��gica e pol��tica - e no papel da administra����o p��blica e da sociedade civil. No ��mbito de um estudo de caso, as dimens��es da ustentabilidade s��o utilizadas como par��metros para analisar o Projeto de Energia E��lica do Cear��, com o prop��sito de avaliar a viabilidade desse projeto alternativo, que visa contribuir para a supera����o dos atuais problemas de abastecimento do setor energ��tico brasileiro. Ao final, este trabalho de pesquisa estabelece um novo discernimento sobre administra����o p��blica e suas rela����es com a sociedade civil, o Estado e o mercado, no contexto do desenvolvimento sustent��vel, apresentando as bases de uma nova estrutura de administra����o p��blica orientada para o desenvolvimento sustent��vel, na tentativa de somar esfor��os para o surgimento de novas formas de administra����o p��blica que promovam um desenvolvimento mais equilibrado, justo e inclusivo da sociedade em harmonia com o meio ambiente.

Projeto de reestrutura����o organizacional de uma empresa de construção civil : um projeto de consultoria

The managerial diagnostic carried out at Construtora e Incorporadora A. Bueno Ltda. �� CIAB, points to an administrative structure within the concepts of the Classic Theory of Administration. We believe that, to the solution of its operations, it is necessary to turn to the main principle of the Theory of Administration (preview, organize, command, coordinate and control) as a way of finding, according to Taylor and Fayol studies, one possible solution to this case. Nevertheless, the companies adopt other administrative approaches on its operational process although, we understand that nothing has changed, they are still dependent and/or are connected to the principles of these classic authors. So, to the solution of the internal disorganized problems, it is priority the introduction of administrative processes and also the restructuring of the operational processes such as: the study of the time and movement, the rationalization of the physical and material efforts, the supplement of objectives and profitability. Then, according to Fayol the administration is not an exclusive privilege and a personal responsibility of the boss or the leaders of the company; it is a function that shares, like other essential functions, among the head and the members of the company. Consequently, to Fayol, the administration is the search of the maxim prosperity to all involved. So, this study has the aim to elaborate a consultant project to the organizational structurate of the CIAB company, according to the Theory of the Administration.

Trajet��ria de desenvolvimento tecnol��gico na ind��stria de transmiss��o de energia el��trica: a experi��ncia das Centrais El��tricas do Norte do Brasil S.A. - ELETRONORTE

Esta disserta����o estuda as implica����es dos processos de aprendizagem para acumula����o de compet��ncias tecnol��gicas no n��vel de firmas. Este relacionamento foi examinado nas Centrais El��tricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte, ao longo dos anos de 1990 a 2003. A empresa tem sua sede administrativa em Bras��lia e a sua ��rea de atua����o �� caracterizada pela Amaz��nia Legal (Acre, Amap��, Amazonas, Maranh��o, Mato Grosso, Par��, Rond��nia, Roraima e Tocantins). A Eletronorte �� uma empresa concession��ria de gera����o e transmiss��o de energia el��trica, contudo, o presente trabalho enfocou apenas as atividades de transmiss��o, quer dizer, a gera����o est�� fora do escopo do estudo. A acumula����o de compet��ncias tecnol��gicas para adaptar, modificar ou criar novas tecnologias �� essencial para a sobreviv��ncia e o desempenho competitivo das empresas. Para descrever o modo e a velocidade de acumula����o de compet��ncias tecnol��gicas na Eletronorte, foram utilizadas estruturas anal��ticas existentes na literatura. Entretanto, tais estruturas foram adaptadas especificamente para a ind��stria de transmiss��o de energia el��trica. A acumula����o de compet��ncias foi estudada para tr��s fun����es tecnol��gicas: "engenharia, projetos e equipamento"; "opera����o e manuten����o"; "processos operacionais". Os processos de aprendizagem foram examinados �� luz de quatro caracter��sticas-chave: variedade, intensidade, funcionamento e intera����o. Durante o per��odo de 1990 e 2003, a empresa construiu e acumulou diferentes n��veis de compet��ncias tecnol��gicas nas fun����es estudadas. Com base nas evid��ncias emp��ricas, verificou-se que a partir de 1995, quando a empresa passou a coordenar sistematicamente esfor��os para adquirir e converter conhecimentos do n��vel individual para o n��vel organizacional, a construção de capacita����o tecnol��gica foi acelerada. Contudo, a partir do ano de 2000, em que foram diminu��dos investimentos no setor el��trico brasileiro, o processo de capacita����o tecnol��gica permaneceu estagnado. Assim, aliando-se a estudos anteriores realizados para outros tipos de ind��stria, a conclus��o deste estudo sugere que o modo e a velocidade com que a firma acumulou capacita����o tecnol��gica podem ser explicados pelos processos de aprendizagem (aquisi����o interna e externa, socializa����o e codifica����o do conhecimento) e pelas caracter��sticas-chave de como esses foram utilizados ao longo do tempo (variedade, intensidade, funcionamento e intera����o).

Licenciamento ambiental, energia e desenvolvimento : caso da usina hidrel��trica Jirau

Esse �� o caso do licenciamento ambiental do aproveitamento hidrel��trico Jirau, parte do Complexo Hidrel��trico do Rio Madeira. O ponto de partida da pesquisa foi a alega����o de que o licenciamento ambiental de usinas hidrel��tricas atrapalha o desenvolvimento brasileiro. Para enfrentar o argumento mencionado, levantei a suspeita de que o mesmo est�� parcialmente equivocado. Se por um lado, h�� problemas no procedimento administrativo do licenciamento ambiental e na estrutura e funcionamento do ��rg��o licenciador; por outro lado, os interessados no sucesso da obra fizeram o planejamento do empreendimento sem levar em considera����o exig��ncias legais relativas ao ambiente. Para confirmar ou negar minha suspeita, fiz um levantamento dos atos do processo administrativo e das a����es judiciais movidas por diferentes partes referentes ao licenciamento da UHE Jirau, conduzi entrevistas semiestruturadas com algumas pessoas envolvidas nesse processo, e consultei documentos dos ��rg��os estatais relacionadas ao caso, bem como documentos dos cons��rcios de empresas que concorreram ao leil��o de gera����o de energia. O caminho metodol��gico adotado me fez dividir o trabalho em quatro cap��tulos e uma conclus��o. No primeiro cap��tulo, apresento o problema da pesquisa, explico qual �� o contexto da construção da UHE Jirau, e menciono os principais atores envolvidos. Tamb��m explico o funcionamento do argumento enfrentado. Por fim, explico como e quais s��o as hip��teses que ser��o testadas: hip��tese da falha no sistema de controle e hip��tese da inefici��ncia do procedimento. No segundo cap��tulo, trato do sentido jur��dico-econ��mico do licenciamento ambiental, mapeio as regras que disciplinam esse instrumento de pol��tica ambiental e mostro o funcionamento da teoria e das regras na pr��tica do licenciamento da usina Jirau. No terceiro cap��tulo, descrevo o funcionamento da burocracia do ��rg��o licenciador para avaliar se o licenciamento ambiental da usina hidrel��trica Jirau foi ineficiente. Assim, descrevo as compet��ncias, a estrutura e a capacidade de atendimento do ��rg��o licenciador, bem como as obriga����es do empreendedor e demais ��rg��os. Por fim, identifico quais foram os pontos sens��veis da din��mica do licenciamento ambiental que podem ter eventualmente impedido a administra����o de cumprir prazos legais. No quarto cap��tulo, busco identificar eventuais falhas no sistema de controle do processo do licenciamento ambiental da UHE Jirau a partir dos embates administrativos e judiciais que ocorreram a partir da altera����o do projeto da usina ap��s a realiza����o do leil��o, assim como das inova����es processuais ocorridas no caso. O cap��tulo derradeiro retoma os pontos chave da pesquisa; aponta caminhos para a melhoria do licenciamento ambiental de usinas hidrel��tricas no ��mbito do ��rg��o federal; e indica algumas exig��ncias pr��prias da natureza das leis de conserva����o ambiental, as quais n��o devem ser confundidas com fatores de produ����o de inefici��ncia do procedimento. O caso de Jirau n��o pode ser acusado de criar embara��os temporais �� expans��o da oferta da energia necess��ria para o desenvolvimento brasileiro em raz��o de burocracia excessiva e fragilidades institucionais do ��rg��o. O temor de criminaliza����o dos t��cnicos aumentou o grau de exig��ncias e o sistema de controle administrativo e judicial exp��s �� sociedade quest��es do licenciamento sem fazer com que o mesmo demorasse ainda mais. Palavras-chave: Usina hidrel��trica Jirau. Licen��as ambientais. Direito Ambiental. Desenvolvimento Econ��mico.

O sentido do sucesso: uma construção social made in USA

Este trabalho investiga o sucesso como um processo de construção social, a partir da an��lise de mais de seiscentas edi����es da revista Exame ao longo de tr��s d��cadas. O argumento proposto na pesquisa �� que o conceito de sucesso faz parte da cultura do management que, em conjunto com tecnologias administrativas, foi introduzida no Pa��s, sobretudo a partir dos anos cinquenta. A perspectiva p��s-colonialista adotada permite contextualizar a importa����o de pr��ticas e princ��pios gerenciais que compreendem o gerencialismo, a cultura do empreendedorismo e o culto da excel��ncia. Nesse processo, destacamos o papel da m��dia na difus��o, legitima����o e co-produ����o desse ide��rio, a partir da descri����o do desenvolvimento do conceito de sucesso nos Estados Unidos e de sua reprodu����o no imagin��rio social brasileiro. Ressaltando os problemas trazidos por uma defini����o do sucesso ligada a aspectos extr��nsecos e materiais, e reconhecendo que estudos funcionalistas ainda n��o ofereceram caminhos para ampliar o termo com elementos de ordem subjetiva, propomos que o sucesso seja visto como uma institui����o. Por atribuirmos posi����o central �� linguagem no processo de construção social, a base emp��rica desta pesquisa est�� fundamentada nas pr��ticas discursivas ��� mais precisamente, nos repert��rios lingu��sticos ��� da m��dia de neg��cios, dado seu papel na circula����o de conte��dos simb��licos. A an��lise dos editoriais do per��odo de 1971 a 1998 mostrou tr��s fases da publica����o: uma em que ela se promovia; outra em que se legitimava como porta voz das empresas e uma terceira, marcada pela personaliza����o, quando os respons��veis pelo ve��culo apareciam com toda sua pessoalidade, refletindo um deslocamento do foco da revista, das organiza����es para os indiv��duos ��� movimento pelo qual a ideia de sucesso tamb��m passou. A an��lise das reportagens demonstrou que o sucesso ganhou relev��ncia nos anos noventa e permitiu tra��ar um retrato do bem-sucedido segundo a Exame, a saber: como um homem empreendedor e ambicioso, branco, magro e bem aparentado, maduro nos anos setenta e jovem nos noventa, que tem alto cargo, bom sal��rio e empregabilidade, mas vida pessoal conturbada. A an��lise das capas refor��ou essas impress��es. Se n��o encontramos discrep��ncias na defini����o do sucesso ao longo da an��lise, percebemos a valoriza����o do conceito e tamb��m que o sentido assumido para o termo corresponde ao sucesso norte-americano a partir dos anos trinta, relacionado �� capacidade do indiv��duo de impressionar, mais do que a seu car��ter. No contexto brasileiro do fim do s��culo XX, esse sucesso atende demandas de flexibiliza����o do trabalho: cada um �� um neg��cio e precisa se vender. A cultura do management, t��o presente na publica����o, justifica essa din��mica com uma vis��o de mundo que sustenta um sentido do sucesso com repercuss��es individuais reconhecidamente negativas. Tudo isso evidencia que o Brasil absorveu um sucesso made in USA, adotado e difundido pela revista Exame. Ligado a recompensas objetivas, diante de tantas possibilidades interpretativas, esse sucesso institucionalizado atendeu interesses organizacionais, formando individualidades voltadas para esfor��os produtivos. Na descri����o dessa din��mica est�� nossa contribui����o para a desnaturaliza����o do sucesso, convidando a configura����es in��ditas e alternativas para o termo.

Um estudo da intera����o m��e-bebe segundo uma vis��o psicanal��tica: a interfer��ncia dos canais sensoriais na construção das rela����es objetais

Acompanhando o trabalho de pesquisadores das ��ltimas duas d��cadas, como T.Berry Brazelton, Klaus, Kenne, Cramer Bertrand, M. Soul��, a nossa pesquisa veio confirmar a evid��ncia da participa����o ativa do beb�� na intera����o com a m��e desde o nascimento. Foi poss��vel tamb��m verificar o elevado grau de mutualidade e as reciprocidades decorrentes que comp��e o di��logo inconsciente entre a m��e e o rec��m-nascido. Finalmente a investiga����o realizada mostrou que, acima de qualquer limita����o nos canais e nos instrumentos materiais de comunica����o, �� a linguagem que traduz as rela����es afetivas e que organiza e constr��i a personalidade de cada ser humano.

Potencial de produ����o de cana-energia em ��reas agr��colas marginais no Brasil

A descoberta e utiliza����o do petr��leo provocaram significativas mudan��as na sociedade ao longo do tempo, sendo ele um dos mais importantes fatores de transforma����o socioambiental e cultural no mundo ao longo do ultimo s��culo. Sua grande gama de possibilidades de utiliza����o acabou criando um sistema de produ����o baseado em um ��nico agente energ��tico, principalmente nos pa��ses que n��o possuem recursos h��dricos nem outras fontes renov��veis. Por��m, nas ultimas d��cadas do s��culo passado, come��aram a surgir in��meras discuss��es sobre a necessidade de se alterar a composi����o da matriz energ��tica global. Como resultados das preocupa����es quanto �� escassez daquele recurso natural, v��rios pesquisadores direcionaram seus estudos para a busca de alternativas que pudessem de forma sustent��vel se prestar como substituto ao petr��leo. Uma delas seria o uso de biomassa, de forma a aproveitar a capacidade das plantas em transformar a energia solar em carbohidratos. O Brasil, al��m de possuir uma das matrizes energ��ticas mais diversificadas e limpas do mundo, possui grande extens��o de terras agricult��veis o que o coloca em lugar de destaque quanto ao potencial de produ����o de culturas agroenerg��ticas. Considerando as caracter��sticas da cana-de-a����car e a sua adapta����o a ��reas de cultivo do Brasil e impulsionados pela demanda de produ����o de biomassa moderna, a ser aplicada em processos de transforma����o mais complexos e que possibilitem a obten����o de outros produtos al��m de a����car, ��lcool e energia, estudou-se neste trabalho plantas de cana-de-a����car melhoradas com a finalidade exclusiva de produzir biomassa moderna, a chamada ���cana- energia���. Esta �� uma planta que, contrariamente �� tradicional cana-de-a����car, melhorada para produzir sacarose, �� direcionada para produzir fibra, e que, al��m disso, por possuir maior participa����o de esp��cies ancestrais de maior rusticidade, est��o aptas a suportar condi����es ambientais mais estressantes. Os resultados obtidos demonstraram que os h��bridos de cana-energia apresentam grande potencial de produ����o de biomassa e massa seca por ��rea, a custos altamente competitivos considerando as an��lises comparativas de custo de produ����o de massa seca por ��rea. Quanto a produ����o foi poss��vel observar que al��m de ser mais produtiva em primeiro corte, nos resultados de colheita de soqueira (segundo corte), o melhor h��brido de cana- energia chegou a produzir uma vez e meia mais massa seca que a cana-de-a����car tradicional, e apresentou maiores produtividades que outras culturas energ��ticas tais como o eucalipto e o capim-elefante, sendo que, considerando as produtividades m��dias observadas, a partir do terceiro corte com estes n��veis de produtividade, a cana-energia passa a ser a mat��ria prima de mais baixo custo de produ����o de massa seca por ��rea, denotando o seu alto potencial como mat��ria prima para a produ����o de bioenergia. No Zoneamento agroecol��gico realizado para a cana energia foi poss��vel identificar 32,3 milh��es de hectares de ��reas de produ����o agr��cola marginais aptas ao cultivo deste material, sendo que de acordo com os resultados do zoneamento agr��cola e as caracter��sticas das regi��es em estudos, identifica-se que deste total, pode-se considerar que os materiais que se destacaram em produtividade neste estudo, apresentam boas condi����es de ocupar uma ��rea de 2,0 a 8,0 milh��es de hectares.

Uma t��cnica para modelagem de cen��rios consistentes na previs��o da demanda por energia el��trica

As t��cnicas qualitativas disponiveis para a modelagem de cen��rios t��m sido reconhecidas pela extrema limita����o, evidenciada no principio das atividades do processo, como a fase inicial de concep����o. As principais restri����es t��m sido: ��� inexist��ncia de uma ferramenta que teste a consist��ncia estrutural interna do modelo, ou pela utiliza����o de rela����es econ��micas com fundamenta����o te��rica mas sem interface perfeita com o ambiente, ou pela ado����o de varia����es bin��rias para testes de valida����o; ��� fixa����o "a priori" dos poss��veis cen��rios, geralmente classificados sob tr��s adjetivos - otimista, mais prov��vel e pessimista - enviesados exatamente pelos atributos das pessoas que fornecem esta informa����o. o trabalho trata da utiliza����o de uma ferramenta para a intera����o entre uma t��cnica que auxilia a gera����o de modelos, suportada pela l��gica relacional com varia����es a quatro valores e expectativas fundamentadas no conhecimento do decisor acerca do mundo real. Tem em vista a construção de um sistema qualitativo de previs��o explorat��ria, no qual os cen��rios s��o obtidos por procedimento essencialmente intuitivo e descritivos, para a demanda regional por eletricidade. Este tipo de abordagem - apresentada por J. Gershuny - visa principalmente ao fornecimento de suporte metodol��gico para a consist��ncia dos cen��rios gerados qualitativamente. Desenvolvimento e estrutura����o do modelo s��o realizados em etapas, partindo-se de uma rela����o simples e prosseguindo com a inclus��o de vari��veis e efeitos que melhoram a explica����o do modelo. o trabalho apresenta um conjunto de rela����es para a demanda regional de eletricidade nos principais setores de consumo residencial, comercial e industrial bem como os cen��rios resultantes das varia����es mais prov��veis das suas componentes ex��genas. Ao final conclui-se que esta t��cnica �� ��til em modelos que: ��� incluem vari��veis sociais relevantes e de dificil mensura����o; ��� acreditam na import��ncia da consist��ncia externa entre os resultados gerados pelo modelo e aqueles esperados para a tomada de decis��es; ��� atribuem ao decisor a responsabilidade de compreender a fundamenta����o da estrutura conceitual do modelo. Adotado este procedimento, o autor aqui recomenda que o modelo seja validado atrav��s de um procedimento iterativo de ajustes com a participa����o do decisor. As t��cnicas quantitativas poder��o ser adotadas em seguida, tendo o modelo como elemento de consist��ncia.