8 resultados para Crianças de aprendizagem lenta

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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O presenté trabalho estuda o aluno de aprendiza~ gem lenta no âmbito da marginalização cultural, utilizando literatura específica e amostra de educandos da rede escolar oficial do Município do Rio de Janeiro. A literatura específica procurou esclarecer pontos importantes relativos ao desenvolvimento intelectua~ i marginalização cultural, aos distúrbios de aprendizagem, i relação da criança com a família, ã relação do aluno com o professor bem como estudos relativos ao aluno de aprendiz~ gem lenta. Com base na literatura específica foram elaboradas entrevistas com as mães e os professores dos alunos, assim como escolhidos testes objetivos para aferição do ní vel mental e nível de prontidão para a aprendizagem de lei tura, escrita e números .dos alunos. Os resultados da analise confirmaram as hipóteses levantadas de que a carência de estimulação ambiental prejudica o desenvolvimento intelectual e acarreta maior difi culdade de aprendizagem, que a relação professor-aluno tan to pode reforçar como minimizar a problematica apresentada e que a criança oriunda de classe de baixa renda econ~mica tem maiores possibilidades de enquadrar-se na marginalização cultural. Ao final do trabalho, algumas sugestoes foram tra çadas quanto a procedimentos que possam ser adotados tanto com a população estudada como com populações semelhantes.

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A proposta básica de nosso estudo está na preocupação de identificar os princípios de uma modalidade de educação: o atendimento compensatório/remediativo, destinada às crianças das classes "desfavorecidas", os alunos "carentes", e a criação de um espaço necessário ao processo de educação dessas crianças, designado oficialmente de "Classes de Adaptação". Para dar conta de tal proposta, definimos como objeto de estudo o discurso pedagógico, como discurso dominante, dando relevo às formulações referentes à "carência", às questões levantadas em torno da criação das "Classes de Adaptação" e ao discernimento da função social de sua criação e utilização. A análise das formulações passa pela compreensão das categorias pertinentes: "marginalização cultural", "privação cultural", "marginalizado cultural", "cultura da pobreza". " Rede teórica" (cf. Foucault) que nos ajudou a pensar a importância do tema da "carência" (e do seu complemento, a "compensação"). A análise mostra que, a pretexto de "compensar" as "privações" (ou "carências") das crianças "desfavorecidas", pelas dificuldades de aprendizagem que apresentam na escola, essas crianças são encaminhadas às Classes de Adaptação, que visam disciplinar, ou seja, torná-los úteis e dóceis, em função do sistema de produção. O entendimento dessa perspectiva leva-nos a perceber as dificuldades que essas crianças apresentam na escola, não como "inadaptação cultural", concepção que em geral reproduz a versão da ideologia dominante, difundida pela escola, e sim como um problema político, em que a origem social tem um peso fundamental na sua identificação, enquanto "carentes".

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Este estudo tem por objetivo levantar algumas explicações para o fracasso escolar de uma parcela definida de alunos das escolas pGblicas Ao Rio de Janeiro. São ana lisadas, através de uma abordagem transdisciplinar, situa- çoes de sala de aula onde o material básico é o diálogo tr~ vado entre professores e estud~ntes da Escola Tia Ciata. Buscou-se, nas falas dos sujeitos, a possibilidade de uma relação dialógica. A Escola Tia Ciata reunia características singul~ res, tanto com relação à sua clientela, quanto à metodologia adotada. Ela teria como meta atender a meninos recusa dos por outras escolas da Rede Oficial de ensino, ou por terem ultrapassado a idade fixada como limite para a alfabetização, ou por terem mantido um comportamento classificado como inadequado aos padrões dessas instituições. Esses meninos carregam o estigma da J[~arginal i dade e são nomeados pela sociedade, "pivetes", "meninos de rua", "menores" , "favelados", etc. Os fundrunentos da pesquisa que informaram inicia! mente esta dissertação faziam parte da proposta pedagógica da escola: a procura da "interdisciplinariedade" dos conteGdos, através da pesquisa da história de vida dos alunos. Teve seus procedimentos discutidos pela equipe de coordenação até 1989. O grupo pesquisado constitui-se de 69 alunos, cog centrados na faixa etária de 12 a 18 anos e seus 7 respectivos professores. As conclusões decorrentes limitam-se ao contexto investigado. No entanto, poderão servir como subsídio a outras iniciativas semelhantes.

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o presente estudo constituiu-se na primeira tentativa de aproximação das teorias de comparação social de Festinger (1954) e de aprendizagem social de Rotter (1966), também, o primeiro estudo conhecido no Brasil investigando locus de controle e comparação social com crianças. O objetivo do trabalho foi testar as hipóteses de que: (a) o locus de controle dos sujeitos, a oportunidade de comparaçao social e o resultado de desempenho (sucesso e fracasso) afetam a atribuição de causalidade ao desempenho de uma tarefa; e (b) sujeitos de locus de controle interno, quer tenham sido bem ou mal sucedidos na tarefa experimental, têm expectativas futuras mais semelhantes a seu próprio desempenho do que ao desempenho do grupo, enquanto que sujeitos de locus de controle externo, quer tenham sido bem ou mal sucedidos na tarefa experimental, têm expectativas mais semelhantes ao desempenho do grupo de pares do que ao seu próprio desempenho. As conclusões deste estudo foram: (a) a atribuição de causalidade, de acordo com a formulação de Rotter (1966), aplica-se também a brasileiros, especialmente a crianças brasileiras; (b) no desempenho bem-sucedido internos e externos não se diferenciam na assunção do crédito pessoal pelo sucesso; (c) a comparação social funciona para internos como ratificadora na situação de sucesso e modificadora na situação de fracasso do locus de controle do sujeito, e o inverso se , dá com os externos; (d) é válida a aproximação entre os construtos de locus de controle e comparação social; e (e) na previsão de resultados futuros, o papel da comparação social é de ratificacão do locus de controle.

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Este estudo versa sobre a controvertida relação elitre a desnutrição e a aprendizagem procurando identificar os pontos em comum, ou não, entre essas duas áreas. O objetivo deste trabalho é contribuir com fundamentos teóricos e práticos que possibilitem a análise e reflexão do tema apresentado. Observamos que há diferentes abordagens sobre a relação desnutrição e aprendizagem e, p~ ra cada dimensão do problema estudado, procuramos oferecer as reflexões necessárias ao processo ensino-aprendizagem. O trabalho apresenta, também, alguns dados provenientes de uma pesquisa de campo realizada pela autora com professores e orientadores educacionais de diversas escolas do Município do Rio de Janeiro. Embora a pesquisa, em si, não tenha sido o fio condutor deste estudo, seus resultados, entretanto, poderão servir como colaboração e subsídio aocontextualmente, a partir de sua própria realidade. Sem ter a pretensio de ter esgotado ~odo o referencial teórico sobre o assunto, esse estudo teve, também, a finalidade àe provocar o debate sobre'o tema, oferecer subsídio aos professores, assim como propiciar meios novas pesquisas nesta área. para Há que ressaltar que o problema da desnutriçio envolve variáveis de outros setores tais como: social, poli tica, econômica e cultural, portanto, ele nao pode ser analisado isoladamente; e seu estudo requer, por conseguinte, aprofundamento também nas outras áreas. As duas suposições de trabalho, levantadas no iní cio do estudo, continuam em aberto porque, apesar da desnutriçio nao ser a única responsável pelo fracasso escolar, ela,.a desnutriçio, provavelmente, será u~ dos fatores prejudiciais ao desempenho satisfatório do aluno. tema estudado.em trabalhos posteriores. De acordo como levantamento teórico, podemos con cluir que não existe um consenso a respeito da relação desnu trição e aprendizagem, pois, os próprios autores, nao excluem de suas análises os pontos referenciais das outras abordagens. Observa-se, então, que este tema, tão rico e tão polêmico, ainda não oferece uma dimensão única sobre seus resultados, devendo o educador, por isso mesmo, trabalhá-lo,

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Neste estudo discutem-se as influências da forma de composição do grupo (turma escolar), entre crianças da primeira série do 1º Grau, em função da maturidade necessária à aprendizagem da leitura e da escrita, relativamente à estrutura e mudança da estrutura sócio-afetiva. O problema teve origem no questionamento em torno do valor da prática e suas possíveis influências sobre o desenvolvimento social da criança que, por volta dos sete anos de idade - coincidindo com a entrada para a escola - é mais fortemente incrementado. O suporte teórico do estudo é dado pela Teoria de Campo de Kurt Lewin. O percentual de indicações positivas (PIP) , o percentual de indicações negativas (PIN) , o destaque da posição sociométrica (D), a qualidade do destaque (Qd) , e a mudança das posições sociométricas dos indivíduos nos grupos (MPS) , - constituiram-se em indicadores da variável composição do grupo. Do estudo realizado conclui-se que as formas homogênea e heterogênea de composição do grupo influenciaram de maneira não significativamente diferente em relação à estrutura e a mudança da estrutura sócio-afetiva do grupo, sendo, portanto, injustificada a prática da homogeneização das classes escolares em relação a estes aspectos.

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Neste artigo fazemos a avaliação do impacto da adoção do regime de ciclos ao longo da distribuição intra-classe de proficiência em matemática e em língua portuguesa. A população de interesse é o das crianças matriculadas nas 4ª e 8ª séries (5º e 9º ano). Os resultados indicam que há fraca relação entre a mudança de um regime seriado para o de ciclos sobre o desempenho, seja em média ou ao longo da distribuição. Contudo, entre escolas que adotaram o sistema de ciclos no passado, mas que retornaram ao regime seriado, a adoção das séries gerou impactos positivos no desempenho de matemática na 4ª série para todos os pontos da distribuição de desempenho. Pode-se concluir que, em geral, a reprovação não parece ser um mecanismo forte para gerar aumentos de esforço dos alunos, sobretudo entre alunos mais velhos.

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Até que ponto a falta de infraestrutura pode atrapalhar a aprendizagem de crianças e jovens? Ainda não existe uma resposta definitiva para esta pergunta, feita há várias décadas por especialistas em educação em todo mundo, mas pesquisadores da FGV começaram uma série de estudos sobre o tema denominada Universo Escolar.