9 resultados para Cotidiano e não-cotidiano

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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Esta pesquisa investigou a construção de um cotidiano organizacional intercultural a partir da convivência entre brasileiros e estrangeiros em três organizações multinacionais que possuem sedes administrativas em Curitiba-Pr. A interação entre profissionais cria um cotidiano intercultural que é constituído de aspectos estruturais como as relações hierárquicas, o processo decisório, a metodologia de trabalho e os indicadores de desempenho. Também é formado por aspectos subjetivos e informais que englobam a percepção e o compartilhamento de valores e normas, os elementos do relacionamento inter e intrapessoal, a negociação e a gestão de conflitos, a motivação e o comprometimento. As referências teóricas foram formadas por uma base interdisciplinar que contou com contribuições da Psicologia Social, Sociologia, Antropologia e História para interpretação e análise do cotidiano, além dos fundamentos e pesquisas do campo dos Estudos Organizacionais, especificamente sobre a administração intercultural. A pesquisa foi do tipo exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa e interpretativista. O método empregado foi a etnometodologia, pois ela visa o conhecimento e interpretação de um grupo de indivíduos acerca de suas interações e atividades cotidianas. Foi utilizada a entrevista semi-estruturada como instrumento principal de coleta de dados. Ao todo, foram realizadas trinta e três entrevistas com três tipos de respondentes: a) gestores de mobilidade internacional; b) profissionais estrangeiros; e c) profissionais locais que convivem com estrangeiros no ambiente de trabalho. Também foram coletados documentos oficiais das três organizações que tratavam de suas diretrizes oficiais e suas políticas de mobilidade internacional. Foram encontradas representações, estratégias e táticas comuns as três organizações, bem como alguns aspectos específicos de cada cotidiano organizacional. Concluiu-se que quanto mais o indivíduo participa de ambientes multiculturais e de interações interculturais, mas ele trata com desembaraço as questões ligadas às rotinas de trabalho e a convivência com chefias, subordinados e colegas de outras culturas. Isto reforça o conceito de mobilidade como capital apresentado por Freitas (2009). Este tipo de interação demanda abertura e desprendimento, principalmente quando em missão internacional, na qual o indivíduo precisa adaptar comportamentos e costumes. As missões internacionais auxiliam no processo de capacitação intercultural dos profissionais e no desenvolvimento de competências culturais no que diz respeito à melhoria da leitura do cenário organizacional e de negócios; à superação de preconceitos culturais e forma etnocêntrica de ver o mundo, o trabalho e as pessoas; à condução de ações derivadas de estratégias globais; ao entendimento das capacidades e limitações dos outros e as suas próprias; ao entendimento e aceitação das diferentes formas de perceber as tarefas cotidianas de trabalho. Isto ocorre não somente com aqueles que aceitam o desafio de viver no estrangeiro, mas também com aqueles que recebem estes profissionais e com eles convivem cotidianamente.

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Trata dos resultados obtidos pela Coordenação Norte do Projeto QUALlS II Fundação Zerbini, mediante ações de saúde implementadas junto às famílias portadoras de hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes melito. Aborda o comportamento das equipes de saúde da família com base na Teoria de Liderança Transformacional e aponta possível relação entre este e as mudanças obtidas no cotidiano das famílias estudadas

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Este trabalho tem sido realizado com a mais motivadora das motivações: descobrir-me. Entender quem sou eu, e como assim fui me tornando, nos dois prismas que me foram revelados como os mais primordiais em minha socialização: o ser mulher e o ser profissional. Busco respostas nos demais seres que comigo compartilham características especificas dentro destas duas determinações. A possibilidade de vislumbrar e entender “iguais” produz em mim a alegria antecipada de responder a questões antigas e prementes, que têm permeado o meu dia a dia

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Partindo da confirmada existência de racismo na educação, este trabalho investiga como se dá a sua produção e reprodução no cotidiano escolar, através de observações sistemáticas e assistemáticas de escolas, especialmente públicas, de discussões com profissionais de educação e da aplicação de questionários aos professores de três escolas públicas observadas sistematicamente. Abordando o racismo numa perspectiva microssocial e micropolítica, percorre o cotidiano escolar, destacando práticas e discussões que veiculam o racismo, percebendo, contudo, que a maior parte das pessoas do universo escolar não são vistas, nem se vêem como racistas e eurocêntricas. Finalizando com o repto de que ou a escola se abre para a diversidade racial e cultural, para as realidades diferentes vividas por seus usuários, ou corre o risco de fossilizar-se e tornar cada vez mais intenso o seu papel de produtora e reprodutora de desigualdades sociais, discriminações, preconceitos, enfim, de racismo.

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o tema pesquisado: "O trabalhador do Setor Terciário - sua representação do cotidiano, do trabalho e da sociedade" - é uma forma de explicitação de minha prática concreta. Compreender o terciário, a partir da ótica das relações de produção, para desvendar, ao nível da representação, como funciona o fetiche, ao nível através das explicações produzidas e do próprio discurso do trabalhador ligado a esta área de produção não material. Inicia-se por discutir as conjunturas brasileiras de trinta (1930) a oitenta (1980), para entender a oscilação entre o nacionalismo e o liberalismo econômico, entre o desenvolvimento nacional e o desenvolvimento associado ao capital estrangeiro. Estudam-se, neste contexto, diferentes explicações para a expansão do terciário, passando pela estrutura de ocupações, pelos seus efeitos marginais e pela divisão social do trabalho, onde o desenvolvimento e o subdesenvolvimento encontram sua funcionalidade no capitalismo em escala mundial. O estudo nos leva a compreender que todos estes acontecimentos de natureza sócio-econômica se refletem, não como relação mecânica, mas enquanto íntima articulação entre o sócio-político e o econômico. E esta indissociabilidade está viva na representação que o trabalhador faz do seu cotidiano, do trabalho e da sociedade, ainda que não se dê conta e que não possa desvendar o fetiche, o qual, no seu discurso e na sua consciência, revela e encobre a realidade ao mesmo tempo.

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O objetivo dessa dissertação é analisar a memória de seis ex-prisioneiros políticos do Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna do Rio de Janeiro (DOI-CODI/RJ), entrevistados recentemente, entre os anos de 2002 e 2004, sobre o cotidiano vivido nessa instituição em 1970. Naquele ano, dentro do Sistema de Segurança Interna (SISSEGIN), os DOI-CODI haviam sido criados e distribuídos por todas as Regiões Militares do país, tornando-se a principal instituição de repressão aos opositores políticos que optaram pela luta armada como forma de derrotar a ditadura militar brasileira. Assim, as narrativas desses seis ex-prisioneiros são, além de fontes essenciais, o principal objeto de estudo deste trabalho. Através delas, torna-se possível acessar aspectos cruciais para a caracterização do cotidiano vivido pelos presos em um desses órgãos, ― o DOI-CODI do Rio de Janeiro ―, uma vez que esse passado se liga ao presente por meio de suas memórias. Diante disso, a fim de melhor entender tais memórias, a formação e a atuação dos DOI-CODI também são aqui analisadas, colocando as narrativas dos ex-prisioneiros políticos entrevistados em diálogo com uma bibliografia especialmente selecionada, além de uma fonte a respeito do DOI feita por um de seus agentes quando este órgão ainda estava em atividade, em 1978. Para que a essas memórias seja aplicada uma crítica efetiva, necessária a todo trabalho histórico, o estudo se debruça ainda sobre as interferências que o presente exerce na construção que fazem com relação ao passado vivido no DOI-CODI/RJ, com o objetivo de esclarecer as bases sobre as quais são construídas cerca de trinta anos depois.

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Este trabalho tem por objetivo estudar a tomada de decisão dos indivíduos de diferentes nacionalidades, que atuam na gestão de projetos organizacionais, em sua vida fora do âmbito profissional. Dado que as metodologias existentes na área de gestão de projetos atentam para a necessidade de um processo decisório racional, lógico e objetivo, este estudo pretende explorar até que ponto os sujeitos organizacionais extrapolam este mesmo processo decisório linear, advindo do mundo profissional, para o seu cotidiano. Os estudos acadêmicos ao longo dos anos trataram de discutir esta temática da decisão racional, linear e lógica, os quais foram capazes de refutar esta hipótese com novas perspectivas para o julgamento cognitivo dos humanos. Portanto, além deste trabalho apresentar o campo de estudo da gerência de projetos e seus conceitos, ele também aborda as diversas evoluções teóricas acerca da tomada de decisão ao longo do tempo. A partir da consideração do caráter subjetivo nas teorias de decisão apresentadas, e a limitação cognitiva que muitas vezes se impõe, este estudo busca então explorar as diferentes heurísticas (estratégias simplificadoras, atalhos mentais) de julgamento e seus respectivos vieses cognitivos. As três principais meta-heurísticas, expostas por Tversky e Kahneman em seu trabalho acadêmico de 1974 e também foco deste estudo são, respectivamente: da representatividade, da disponibilidade e da ancoragem e ajustamento. Neste trabalho é realizada uma pesquisa quantitativa com sujeitos organizacionais que trabalham com gestão de projetos, ou que tiveram alguma experiência em algum projeto nas empresas em que trabalham. Ressalta-se que este estudo não se limita ao Brasil, extendendo-se também a outros países com o mesmo público-alvo de pesquisa. Os resultados da pesquisa revelaram que os profissionais que atuam em gestão de projetos estão sujeitos a vieses cognitivos fora do âmbito organizacional, sendo que os brasileiros são os menos propensos a estes vieses, em comparação com as demais nacionalidades estudadas. Também revelou-se que o tempo de experiência profissional não contribui de modo significante para uma tomada de decisão mais racional e lógica no cotidiano pessoal.

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Essa dissertação busca compreender processos de implementação de orçamento participativos pelo viés da burocracia de nível de rua. Para tal, foram estudados os casos de Guarulhos e São Bernardo do Campo, utilizando como metodologia a análise de interface proposta por Long. Parte-se do pressuposto que é possível identificar, através do cotidiano destes profissionais, pontos de inflexão da participação popular no Brasil, que, além de ainda se encontrar em desenvolvimento, já apresenta diversos desafios para ser bem sucedida. Assim, como problema de pesquisa, tem-se “qual é o papel dos servidores públicos dos orçamentos participativos que estão em contato direto com o público na implementação dos mesmos?”. O estudo do dia a dia desses atores demonstra, com grande força, uma desconfiança da sociedade civil para o governo, sendo necessário recriar uma imagem do poder municipal enquanto parceiro; a força do orçamento participativo enquanto processo pedagógico, tanto para questões de funcionamento da máquina pública, quanto para a própria cidadania; a necessidade de mobilização da população para além dos momentos das plenárias; a relativa dependência da organização e legitimação interna do orçamento participativo na estrutura de governo, para um trabalho orientado da burocracia de nível de rua; a legitimação do governo nas comunidades através da ação dessa categoria; e a constatação que estes profissionais configuram, na verdade, uma nova categoria, que serão aqui chamados de agentes de interface, por não se enquadrarem na lógica tradicional da burocracia. Também pelo seu papel fundamental na criação de novos sentidos, propõe-se a interface enquanto lugar.

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Esta dissertação propõe analisar o programa das Bibliotecas Parque do Governo do Estado do Rio de Janeiro por meio do estudo de caso da biblioteca da Rocinha, terceiro equipamento cultural deste gênero inaugurado no segundo mandato da gestão do governador Sérgio Cabral (2011-2014) e o primeiro a ser instalado dentro de uma favela carioca. Entre os objetivos específicos deste trabalho estão entender como se deu o processo de negociação do poder público com lideranças da comunidade para a implementação da biblioteca na Rocinha; identificar as práticas dos usuários do equipamento público e as percepções destes usuários em relação ao espaço cultural bem como compreender a dinâmica de funcionamento da unidade, levando em consideração aspectos como planejamento versus demanda, usos não programados, conflitos e as alternativas criadas a partir do entendimento da realidade dos usuários e de suas necessidades, já que a biblioteca é essencialmente um equipamento cultural em construção permanente.