2 resultados para Borlaug, Norman E. (Norman Ernest), 1914-2009
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
A proposta realizada nesta Dissertação de evidenciar participação do Instituto Superior de Administração Economia do Mercosul da Fundação Getulio Vargas, no desenvolvimento empresarial regional do Paraná. Seis anos, desde sua criação no Estado, em 1996, perÃodo de tempo focalizado descrito mediante as diversas evidências coletadas no Estudo de Caso. Os focos da contextualização do trabalho são os processos de inserção atuação do Instituto na comunidade paranaense, com ênfase no meio empresarial. estudo aponta as iniciativas empreendimentos integrantes de sua memória institucional. Como categorias de análise no estudo, foram caracterizados na literatura, em seus conceitos principais, explicitados na prática do ISAE, os eixos de Internacionalização, Articulação Promoção Institucional, Customização Regionalizada Empreendedorismo Inovação, cujas ações possibilitaram conhecimento, aceitação, reconhecimento sentido de pertencimento do ISAE pela comunidade, também inserção atuação da própria comunidade, com ênfase no meio empresarial, no cotidiano do Instituto. papel de refletor da marca FGV como integrador dos produtos de suas diversas Unidades proporcionou quebra de resistências iniciais de uma cultura avessa influências estranhas. investigação empÃrica realizada no Estudo de Caso.com os alunos, egressos lideranças da comunidade evidencia ressalta, nos resultados obtidos, valorização do espÃrito inovador, credibilidade confiança, bem como modernidade e o respeito que Instituição conquistou em sua trajetória. As conclusões do estudo realizado demonstram que forma de condução que ISAE, como uma instituição de modelo organizacional descentralizado, vem implementando atende supera as expectativas que levaram sua criação.
Resumo:
Inserido no contexto contemporâneo de reestruturações produtivas e reconfigurações das relações entre capital e trabalho, o tema empreendedorismo vêm sendo valorizado como a principal base do crescimento econômico e da geração de emprego e renda para indivÃduos, empresas e paÃses. Considerado veÃculo ideal para inovar, aumentar a produtividade e melhorar modelos de negócios, alguns autores arriscam-se a afirmar que estamos vivendo a era do empreendedorismo (AIDAR, 2007; DORNELAS, 2008), a substituição do homo economicus pelo homo entreprenaurus (BOAVA; MACEDO, 2009) ou testemunhando o alvorecer de um capitalismo empreendedor (SCHRAMM; LITAN, 2008). Assumindo que a linguagem (de forma mais especÃfica o discurso) produz visões de mundo hegemônicas (FAIRCLOUGH, 2001), que enquadram, moldam e constituem as relações entre os atores sociais (muitas vezes sem nem mesmo aparentar isso para os próprios atores) esta tese tem por objetivo identificar e analisar quais ordens de discurso emergem das convergências, divergências e silêncios entre o discurso do empreendedorismo das empresas juniores e das revistas de negócios. De forma a alcançar este objetivo, buscou-se: (a) identificar e analisar - por meio de diferentes interpretações e apropriações da idéia de empreendedorismo na história do capitalismo - o papel do empreendedor e do empreendedorismo na contemporaneidade; (b) entender as relações entre empreendedorismo e empresas juniores e empreendedorismo e revistas de negócios; e (c) examinar a dÃade linguagem e ideologia em um contexto histórico-social por meio do discurso, em geral, e das práticas discursivas das empresas juniores e da mÃdia de negócios, em particular. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com alunos e professores participantes de empresas juniores de seis Instituições do Ensino Superior do Rio de Janeiro e a partir de matérias publicadas nas revistas Você S.A., Exame, Carta Capital e HSM Management entre março de 2004 e setembro de 2010. De forma a proceder a análise dos dados, a abordagem escolhida foi a análise crÃtica de discurso - critical discourse analysis – e de forma mais especÃfica, a perspectiva de Norman Fairclough (2001). No que diz respeito à s revistas de negócios, foram identificados 13 objetos discursivos agrupados em 5 categorias que expressam a formação discursiva empreendedorismo: espÃrito empreendedor, inovação e geração de riquezas, capitalismo empreendedor, herói global e empresarização do mundo. O mesmo procedimento foi feito a respeito das empresas juniores, o que permitiu o reconhecimento de 23 objetos discursivos agrupados em 7 8 categorias que expressam a formação discursiva empreendedorismo: articulação universidade-mercado, espÃrito empreendedor, diferenciação no mercado, aprender fazendo, geração de riquezas, empreendedor como produto organizacional e modelos sociais de empreendedores. Assim, como resultado, após serem analisadas as interdiscursividades entre as formações discursivas, foram identificados três discursos hegemônicos ou ordens de discursos, quais sejam: (1) o consenso acerca da centralidade da empresa na constituição do pensar e do agir do indivÃduo no mundo; (2) a exemplaridade dos modelos empreendedores capitalistas neoliberais; e (3) a ausência de alternativas viáveis ao modelo capitalista contemporâneo. O reconhecimento destas ordens de discurso – que elegem a empresa capitalista contemporânea como único modelo possÃvel de geração de riqueza, de renda e de trabalho na sociedade - permitiram problematizar possÃveis desdobramentos ideológicos nas relações entre educação, empreendedorismo e mercado de trabalho.