5 resultados para Arte e doença mental

em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV


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o presente estudo objetiva realizar uma análise da estrutura organizacional de u~n hospital psiquiátrico no úmbito público, o Hospital Municipal Jurandyr Manti·edini. visando a discutir criticamente a preponderância do modelo médico-orgânico como forma de abordagem e tratamento das doenças mentais. A esquizofrenia serviu como referencial de doença mental por. em função de suas múltiplas manifestações, permitir de forma mais rica a análise do modelo vigente. Através da descrição de um caso clínico, levantou-se o problema: como a rigidez e a estrutura hierárquica de poder. em lugar de propiciarem formas de tratamento da doença compatíveis com os avanços tecnológicos e as retormas psiquiátricas que preconizam a desospitalização e a maior humanização na relação terapeutapaciente. tornam essa relação cada vez mais distante e resistente à mudanças. Por meio de pesquisa documental e de campo. em que o problema pôde ser transformado em hipótese de trabalho, os dados coletados sob a forma de questionários e entrevistas corroboraram a hipótese de que teoria e prática permanecem ainda distantes no que se refere à necessária inclusão abordagens complementares que permitam não só um tratamento mais eficaz, mas também Lima estrutura administrativa/organizacional mais tlexível e conseqüentemente mais eficiente. Longe de ser um trabalho conclusivo. pretende abrir caminho para novas discussões. desdobrando-se em pesquisas futuras.

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O objetivo desta pesquisa é o de descrever as bases teóricas que fundamentam a utilização da atividade em Psiquiatria e na Psicologia Dinâmica como o recurso terapêutico. Damos ênfase as possibilidades que esta utilização apresenta na ampliação da consciência, que consideramos como essencial no processo de intervenção psicoterápica. Em psiquiatria, abordamos a evolução da compreensão do papel da atividade no processo terapêutico e relacionamos tal compreensão às transformações do conceito de doença mental que foram concomitantemente tendo lugar nesta área. Para tanto, descrevemos duas linhas de trabalho especificamente vinculadas à questão da atividade: a Terapia Ocupacional e a Arte terapia. Abordamos, também, as diferentes formas de utilização da atividade como recurso terapêutico na Psicologia Dinâmica. Procuramos identificar em cada uma das teorias estudadas, - na Psicanálise, no Psicodrama, na Gestalt Terapia e na psicologia Analítica - a forma de utilização da atividade, sempre relacionando a à compreensão de ser humano e à compreensão dos objetivos do processo terapêutico por elas explicitados. Concluímos que no estágio atual da utilização da atividade como recurso psicoterápico, não podemos descartar em totalidade nenhuma das contribuições desenvolvidas até o momento, pois se algumas nos oferecem fundamentação sobre as vantagens da atividade enquanto fazer organizador e socializante, outras nos oferecem fundamentação sobre seus efeitos no psiquismo em termos de integração de conteúdos inconscientes à consciência: dos aspectos recalcados, dos papéis introjetados, dos sentimentos e formas de lidar com o mundo (em sua intencional idade), dos aspectos do inconsciente pessoal e do inconsciente coletivo não necessariamente recalcados, mas em forma de potencialidades de ser.

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Neste trabalho, procuramos analisar fatores que contribuem para o sucesso ou insucesso de determinadas práticas terapêuticas em instituições psiquiátricas. Como prática social, que se realiza através de instituições, a psiquiatria e as relações sociais e humanas dela decorrentes, são, um campo privilegiado de aplicação de descobertas das ciências sociais e do comportamento e seu estudo dificilmente se fará a partir de uma só perspectiva, que nos possibilita referendar este trabalho sob uma abordagem institucional, considerando o hospital estudado como fazendo parte de um contexto mais amplo da sociedade. A análise foi realizada através da comparação de dados referentes aos pacientes e à equipe de atendimento do hospital psiquiátrico que ilustra este trabalho. Estes se referem a dois períodos diferentes de atendimento psiquiátrico. Consideramos o primeiro período como de terapêutica clássica e o segundo como o da implantação e expansão da experiência de comunidade terapêutica. Colocamos este segundo momento como o mais relevante na história das práticas terapêuticas daquele hospital, posto que marca o início de um período bastante diferente do anterior , tanto no que concerne às ideias e à abordagem dos problemas psiquiátricos em geral, quanto à atenção dispensada aos pacientes especificamente, deixando cada vez menor a margem para um tratamento unilateral da doença mental, não somente em termos teóricos, mas também, em termos práticos em virtude da tentativa de fortalecimento da vinculação paciente/família/comunidade. Entretanto a comparação realizada nos permite concluir que de acordo com os dados apresentados pelo hospital os dois períodos não diferem significativamente no que se referem aos pacientes e a equipe de atendimento. Considerando ainda que a prática terapêutica em hospitais públicos está organizada em função de objetivos da política de saúde vigente.

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O presente trabalho objetivou conhecer a percepção de profissionais de nível superior e religiosos sobre as causas e o controle da doença mental. Levantou-se opiniões de 360 profissionais (psicólogos, médicos e médicos psiquiatras, enfermeiros e enfermeiros psiquiatras, assistentes sociais, sociólogos, técnicos de administração, economistas e engenheiro s) e 60 religiosos (padres e freiras). Foram utilizadas duas escalas em forma de questionário: a Mental Health of Locus of Origin (MHLO) e a Mental Health Locus of Control (MHLC). Foi feita a distribuição dos sujeitos de acordo com os pontos obtidos em cada escala; discriminou-se o número de sujeitos que acreditam mais nas causas orgânicas da doença mental e o número de sujeitos que acreditam nas causas ambientais, segundo cada item da MHLO. Também discriminou-se quantos sujeitos acreditam que o sucesso da psicoterapia depende mais do comportamento do cliente e os que acreditam que tal sucesso depende mais da capacidade do terapeuta, segundo cada item da MHLC. Caluulou-se o coeficiente de correlação entre locus de origem e locus de controle da doença mental, e coeficiente de confiabilidade das duas escalas. As principais conclusões indicam que os psicólogos, assistentes sociais e ·sociólogos acreditam mais que os médicos e enfermeiros e estes mais do que os religiosos e os tecnólogos que a doença mental e causada por fatores ambientais e que o seu controle depende mais do comportamento do cliente do que d a capacidade do terapeuta.

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Esta dissertação analisa a relação existente entre o modelo médico dominante na sociedade moderna e o surgimento contra-hegemônico de outras racionalidades médicas alternativas. Tento mostrar como estes outros modelos médicos têm a intenção de superar o reducionismo biomédico, através do desenvolvimento de processos terapêuticos alternativos, que se têm convertido em novas soluções para o “complexo-sofrente” que constitui o ser humano. Inclui uma reflexão crítica que em uma pesquisa realizada do final de 90 a meados de 91, colheu depoimentos em entrevistas com profissionais homeopatas e pacientes do serviço de Homeopatia do CSECSF, da ENSP/FIOCRUZ (Centro de Saúde-Escola Germano Sinval Faria, Escola/Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz). Procurou-se enfatizar a questão da Educação e Saúde, como geratriz de transformações conceituais e vivenciais: a saúde, a doença, a cura e a relação médico-paciente. Assim como, dar destaque à ação “educativa” específica de fazer homeopático – o processo de “singularização” (“não há doenças e sim, doentes”), que envolve os atores sociais do ato médico homeopático.