214 resultados para organizações turísticas
Resumo:
Esta tese tem como objetivo propor um modelo de gesto para as organizações que participam de clusters ecotursticos. Os arranjos produtivos locais tm se destacado crescentemente como forma de se buscar vantagens das economias de concentrao, no apenas no setor secundrio, mas tambm como disposies locais e regionais mais produtivas para o setor de servios. O turismo tem crescido nas ltimas dcadas, tanto nos seus moldes tradicionais de massa, como principalmente na suas novas formas, assim chamadas de alternativas. Uma destas categorias que tm se destacado na preferncia de alguns segmentos da demanda turstica o ecoturismo, acompanhando a tendncia de aumento do grau de conscientizao ambiental e da busca por ambientes que proporcionem contato mais estreito com a natureza. As caractersticas sistmicas do servio turstico, abrangendo dos pontos de emisso at o destino dos turistas, sugerem a necessidade de um modelo de gesto mais adequado sua complexidade. A estas condies gerais do sistema turstico, acrescentam-se peculiaridades dos clusters ecotursticos, pelas restries ambientais e pela intensificao das relaes entre os agentes participantes da prestao desta categoria especial de turismo. A metodologia utilizada no trabalho foi o estudo comparativo de casos mltiplos, compreendendo clusters ecotursticos formados nas localidades de Bonito MS, Brotas SP e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, na regio de Canania.
Resumo:
Construo de um quadro de referncias que caracterize o que so organizações coletivas, onde elas so encontradas e seu tipo de gesto. O foco especfico reside nas organizações coletivas da sociedade civil, o que faz com que a compreenso da relao cooperao-proviso de bens pblicos seja tambm abordada. Apresenta uma classificao possvel das organizações coletivas e um modelo normativo para a profissionalizao dessas entidades
Resumo:
O uso da Tecnologia de Informao tem se tornado cada vez mais presente no dia-a-dia das organizações, o que provoca, dentro das empresas, investimentos cada vez maiores. Investimentos que so variveis, de setor para setor da economia e de organizao para organizao. A TI tem sido utilizada pelas organizações de forma diferenciada. Algumas organizações destacam-se pelo uso intensivo de TI, enquanto outras a utilizam de forma modesta e existem tambm organizações que praticamente no investem nela. Esta mesma anlise pode ser expandida em termos de setores e ramos da economia. Vrios so os estudos e trabalhos que analisam o uso da TI nas organizações, de uma forma cada vez mais ampla. Entende-se que o uso da Tecnologia de Informao, h muito tempo, deixou de ter sua deciso pautada apenas em aspectos puramente tcnicos. Partindo dos estudos j existentes e da viso de diferenciao dos nveis e formas de investimento, o presente trabalho tem como objetivo elaborar uma estrutura de anlise, que seja capaz de explicar os fatores que afetam o uso de TI em uma organizao. Entretanto, para tornar este objetivo factvel, foi necessrio delimitar o objeto de estudo, sendo este definido como o varejo de Confeco (vesturio). Embora o objeto de estudo tenha sido limitado ao varejo de moda, a estrutura identificou os fatores em diversas dimenses, realizando uma ampla anlise da questo em estudo.
Resumo:
Esta tese procura discutir a atualidade do paternalismo enquanto trao cultural das organizações brasileiras. Resgatando as razes culturais brasileiras e apoiando-se em trabalhos de fundamentao antropolgica, sociolgica e psicanaltica, estabelece uma hiptese central de que o paternalismo possa ser encontrado hoje, no Brasil, tanto em empresas pequenas, onde predomina o controle de tipo paterno, quanto em empresas maiores e mais complexas, com tendncia ao desenvolvimento de um sistema de controle de tipo materno, onde o paternalismo daria origem a uma verso abrasileirada deste. Pesquisa de campo de cunho etnogrfico, realizada em trs empresas de portes distintos do Plo Txtil de Americana-SP, mostrou indcios favorveis hiptese central, apresentando, todavia, importantes peculiaridades que, ao passo que permitem refin-la, indicam trilhas para novos estudos. Na empresa de menor porte e complexidade, o paternalismo mostrou-se da maneira mais conhecida, nas prticas ora carinhosas, ora severas dos diretores da empresa. Nas empresas mais complexas, pudemos notar a expresso da ao dos pais que regulam o gozo dos filhos. A face protetora e a face violenta se revelam na medida em que se d ou se restringe acesso ao amor da me. Nos trs casos estudados, o paternalismo aparece com sua face afetiva predominado significativamente em relao face violenta, o que parece ser elemento associado ao sucesso experimentado por tais empresas.
Resumo:
Essa tese tem como objetivo contribuir para a compreenso da ocorrncia de prticas associadas ao intra-empreendedorismo em organizações no-governamentais (ONGs). Elaborou-se um referencial de anlise preliminar a partir da reviso bibliogrfica sobre os conceitos de intra-empreendedorismo, organizações no-governamentais e teoria institucional. Esse arcabouo terico orientou a realizao de pesquisa emprica, qualitativa e de natureza exploratria, empreendida por meio de estudo de caso, tendo como objeto de estudo organizações no-governamentais. Foram realizados dois estudos de casos. O primeiro analisou uma ONG localizada na cidade do Rio de Janeiro, cujo foco principal de atuao a rea da sade, e que emprega o trabalho voluntrio de forma intensiva. O segundo estudo de caso foi voltado anlise de uma ONG localizada na cidade de So Paulo, cujo foco principal de atuao a educao, que desenvolve suas atividades valendo-se basicamente de trabalho remunerado, e que se enquadra na categoria de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP. Com os estudos de casos, foi possvel obter subsdios para analisar e refinar o referencial previamente elaborado. So levantadas, tambm, consideraes referentes adoo de prticas associadas ao intra-empreendedorismo e ao discurso empreendedor legitimador das organizações no-governamentais.
Resumo:
Este estudo tem por objetivo apreender como a diversidade de orientao sexual se manifesta e percebida nas organizações brasileiras. Ontologicamente, o mesmo se valeu da ps-modernidade crtica, especificamente da Queer Theory, a qual traz no seu bojo a desconstruo de todas as categorias convencionais de sexualidade e gnero. A pesquisa de campo se dividiu em 4 visitas a treze grandes empresas, no Rio de Janeiro e So Paulo, entre julho de 2005 e novembro de 2007, e a entrevistas com 95 indivduos htero, homo e bissexuais, divididos em quatro grupos. O primeiro foi composto por heterossexuais e o segundo por homo e bissexuais, que foram informados sobre o real objeto da pesquisa. Como foram observadas discrepncias entre o que os heterossexuais declararam na entrevista e seus comportamentos no ambiente de trabalho, bem como comentrios em grupo, foram trabalhados dois grupos de controle. O primeiro, composto por heterossexuais e o segundo, por homo e bissexuais, aos quais foram informados que o objetivo da pesquisa era a questo da sade no ambiente de trabalho. As anotaes de campo e as entrevistas foram transcritas e submetidas anlise do discurso e anlise conversacional. As revelaes da pesquisa de campo foram apresentadas em 5 partes: a dimenso individual, na qual se analisou o que significa no ser heterossexual; a dimenso social; o ambiente de trabalho em si; a estratgia de no assumir publicamente a orientao sexual e, finalmente, os resultados da pesquisa-controle feita tendo a sade organizacional como pergunta investigativa. Este estudo revelou que, quando perguntados sobre prticas discriminatrias em funo da orientao sexual, os homo e bissexuais masculinos e femininos, em sua maioria, confirmaram a existncia das mesmas na sociedade e no ambiente de trabalho,bem como afirmaram j terem sido vtimas. J os heterossexuais apresentaram um discurso politicamente correto e minimizaram a existncia das mesmas. No entanto, ficou evidente que este ltimo grupo, reproduzindo a lgica da hegemonia masculina, introjetou os esteretipos dos homossexuais, os quais foram construdos socialmente. No raramente, esta discriminao mascarada pelo senso de humor. Por outro lado, na pesquisa que teve como questo investigativa a sade no ambiente de trabalho, os heterossexuais no hesitaram em externar mais sua viso heterocntrica; os homo e bissexuais, por sua vez, no focaram as suas falas em prticas discriminatrias. No limite, em comum, ficou patente que a orientao sexual de um indivduo, por si s, apenas um dado categrico, que no necessariamente fator isolado de discriminao, j que esta tambm abrange questes como gnero, etnia, classe social e senso esttico.
Resumo:
Com esse trabalho me propus a abordar o seguinte problema de pesquisa: como as organizações religiosas incentivam o empreendedorismo e apiam o empreendedor-adepto. A estratgia de pesquisa adotada foi o estudo de caso qualitativo e comparativo de duas organizações religiosas: uma evanglica (Igreja Renascer em Cristo) e outra catlica (Movimento dos Focolares). Os dados foram coletados por meio de observao, entrevistas e pesquisa documental. Viu-se que, de modo geral, as estruturas religiosas das organizações investigadas formam um tipo especial de capital social, denominado de capital espiritual por meio de fechamento de redes sociais, organizao social aproprivel, obrigaes e normas, canais de informaes e redes religiosas de ajuda mtua capaz de criar e sustentar recursos organizacionais quais sejam, recursos culturais/simblicos, espaos de formao, informao e apoio espiritual/motivacional e que so mobilizados de modo a facilitar as aes de seus empreendedores. Tais recursos do vantagens relativas a esses empreendedores por oferecerem benefcios tais como: tecnologias religiosas; apoio psicolgico; reduo dos custos da coleta e acesso informao, de negociao e do estabelecimento de contratos; informaes especficas e interpretadas de acordo com a viso de mundo religiosa; um sistema de significados que cria essa viso de mundo e sustentada pelas estruturas de plausibilidade, dando-lhes maior grau subjetivo de certeza, esperana e f acerca de seus negcios; prestaes de servios tcnicos por parte de membros da organizao; desenvolvimento do capital humano devido aprendizagem contnua por meio de cursos, seminrios, palestras, congressos; trocas de experincia; e possibilidades de negcios, incluindo possveis parceiros, fornecedores e clientes.
Resumo:
Esse trabalho se insere no campo de estudos sobre organizações sem fins lucrativos. Nas duas ltimas dcadas do sculo XX, essas organizações conheceram grande crescimento em receita, volume de trabalho e exposio na mdia. Tal crescimento foi motivado por fatores sociopolticos, socioeconmicos e sociodemogrficos. Observa-se que o crescimento veio acompanhado por mudanas em seus modelos de gesto, particularmente nas estruturas organizacional e de governana. O objetivo principal desse trabalho desenvolver relaes entre modelos de gesto de organizações sem fins lucrativos e gerao de inovao social. O quadro terico foi construdo a partir de reviso bibliogrfica nos seguintes conceitos: nonprofit sector, cujo referencial tem origem anglo-sax, economia social, de origem francesa, inovao organizacional e inovao social. Trata-se de estudo qualitativo, exploratrio, cujos meios de investigao so estudos de dois casos de organizações sem fins lucrativos. Os estudos de casos envolveram pesquisa de campo, investigao documental, observao participante e entrevistas com atores-chaves que trabalham nas respectivas organizações. O primeiro caso ocorreu em uma associao localizada em So Paulo, Brasil, que possui uma escola de artes; o outro, deu-se em uma cooperativa de solidariedade localizada em Montreal, Quebec, Canad. Ao final do trabalho so indicados os resultados das anlises sobre as relaes entre modelos de gesto e gerao de inovao social.
Resumo:
Este trabalho estuda inovao nas organizações sob uma perspectiva da dinmica da cultura e utiliza como base conceitual o modelo de dinmica da cultura da professora americana Mary Jo Hatch. Esta perspectiva parece facilitar a compreenso de inovao nas dimenses subjetiva e objetiva da organizao, atravs dos quatro processos propostos pelo modelo, os quais so: manifestao, realizao, simbolizao e interpretao. A inovao pode ser inserida nestes quatro processos, da seguinte forma: modela-se influenciada pelos pressupostos e valores da cultura, transforma-se em realidade material como artefato, o qual passa a ser simbolizado e interpretado de acordo com os pressupostos e valores, fechando-se assim um crculo. Este processo dinmico foi objeto de pesquisa de campo em trs organizações tidas como inovadoras, utilizando-se grounded research como metodologia. Buscou-se identificar os fatores que esto presentes em organizações que inovam sistematicamente, bem como a inter-relao entre estes fatores. Criouse a metfora razes e asas, no sentido de que as organizações pesquisadas apresentaram, por um lado, fatores de base e amlgama, como razes, e por outro lado, fatores de mobilidade, como asas.
Resumo:
O presente estudo visa determinar quais os fatores de sofrimento e os fatores de resilincia (de proteo) utilizados pelos trabalhadores de duas unidades industriais de um mesmo grupo multinacional, buscando compreender um pouco mais a relao entre o trabalho, seus sentidos e significados, e a sade fsica e mental das pessoas encarregadas de execut-lo, explorando o fato de que os indivduos, em geral, conseguem evitar a doena e o sofrimento apesar das presses que devem enfrentar em seu dia-a- dia. O problema fundamental da pesquisa era o de identificar, as causas mais freqentes de sofrimento entre os trabalhadores de uma empresa e os mecanismos ou fatores de suporte existentes que lhes garantissem obter, atravs das atividades desempenhadas, o senso de utilidade, conferindo-lhes assim dignidade e a possibilidade de auto-realizao. Procurava-se ainda definir, se possvel, aes capazes de alterar o destino de sofrimento dos mesmos e favorecer sua transformao, de modo a fortalecer a identidade dos indivduos, aumentando assim suas resistncias aos riscos de desestabilizao psquica e somtica. Os resultados indicaram que entre as principais causas de sofrimento nas organizações encontram-se a presso e responsabilidade do trabalho, a incapacidade de aceitar prprias falhas, a culpa pela desinformao, a falta de tempo para a famlia, a falta de apoio de pares / superiores, a frustrao e a falta de domnio sobre o futuro, a falta de reconhecimento, o contedo significativo" do trabalho insuficiente (pouca liberdade de criao, autonomia das atividades, rotina), tarefas estafantes, repetitivas e pesadas e que demandem esforo fsico elevado, doena e suas conseqncias (discriminao, vergonha e sentimento de inutilidade), medo da perda do emprego, obrigao de ter que efetuar cortes, enxugamento ou reduo de pessoal e por fim, assdio Moral. Por ltimo, foi possvel identificar nas falas dos entrevistados os mesmos fatores de proteo encontrados na literatura clssica sobre sobreviventes de situaes traumticas, conhecidos como fatores de resilincia, isto : vontade de viver, auto-estima, amor-prprio, respeito prprio, esperana, crena, autonomia, iniciativa pessoal, autodeterminao, busca de significado para a vida, auto-afirmao, preservao da identidade, curiosidade e capacidade de estabelecer bons relacionamentos.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa era identificar se o processo de negociao para a implantao de duas empresas multinacionais no Estado do Paran influenciou a formao dos relacionamentos das empresas. Foram analisados os processos de negociao tendo como base a literatura sobre Investimento Direto Externo, em especial o Modelo do Poder de Barganha. Duas diferenas essenciais foram encontradas nos dois processos. A globalizao e decorrente abertura do mercado brasileiro fez com que o poder de barganha do pas e do Estado do Paran fossem menor na negociao ocorrida na dcada de 90. A mudana de regime poltico e a descentralizao fiscal que tiveram como conseqncia a guerra fiscal fizeram com que o poder de barganha do estado do Paran fosse menor na dcada de 90. O menor poder de barganha da Volvo frente ao pas e ao Estado na dcada de 70 influenciou-a a formar mais relacionamentos com os fornecedores locais. J na dcada de 90 a Renault no foi influenciada a formar relacionamentos com os fornecedores locais. Portanto, ao serem analisados os relacionamentos das duas empresas com as organizações locais, os dados demonstraram que existia diferena significativa apenas com relao aos relacionamentos com fornecedores nacionais e multinacionais. A Volvo possui maior proporo de fornecedores nacionais que a Renault, especialmente quando utilizada a varivel de controle estar instalado no Paran. Esses resultados evidenciam mais uma das conseqncias da guerra fiscal que uma menor integrao com as organizações locais. Dentro da perspectiva da imerso social, a menor integrao com as organizações locais pode levar a uma menor troca de informao entre empresa e organizações locais, e por conseqncia menor desenvolvimento de competncias dessa subsidiria e a uma menor possibilidade de desenvolvimento econmico da regio.
Resumo:
O interesse pelo tema foi motivado pelo debate sobre questes ticas em todas as reas de atividade das organizações e pela ateno dada confiana em contextos organizacionais. Esta Tese tem por objetivo verificar se uma relao entre as pessoas apoiada na tica e na confiana promove uma melhora no desempenho do empregado nas organizações. O trabalho apresenta uma reviso bibliogrfica dos fundamentos sobre tica e confiana, visando uma contribuio terica para esses conceitos. Oferece um panorama desses conceitos com vistas organizao: a tica profissional, a tica na organizao, a empresa tica, o cdigo de conduta, a cultura organizacional e o clima tico, a importncia da confiana e a confiana cognitiva. Faz tambm um resgate histrico, aborda os conceitos e as diferenas entre tica e moral. Na Tese so levantados os aspectos positivos e negativos que a tica e a confiana geram para as organizações. Algumas discusses foram elaboradas com a finalidade de ampliar os conceitos tradicionais dentro das organizações. O referencial terico proporcionou um direcionamento na elaborao das questes da pesquisa para estudar a hiptese central da Tese, que verificar se a existncia de tica e da confiana nas relaes entre as pessoas promove um clima organizacional adequado, resultando em uma melhora no desempenho dos empregados. Foi realizada uma pesquisa com profissionais que atuam em empresas localizadas na Grande So Paulo. Foram estipulados escores padronizados, em que os resultados foram submetidos e analisados. Estes resultados da pesquisa sugerem que os respondentes acreditam, de forma moderada, que a existncia de tica e de confiana nas relaes interpessoais na empresa resultam em uma melhora no desempenho dos empregados. Merecem destaque as afirmaes feitas pelos autores citados, das contribuies que a tica e a confiana trazem para as organizações. A Tese ainda aponta as limitaes do estudo e sugere caminhos a serem explorados por novas pesquisas na rea.
Resumo:
Realizamos um inventrio sobre a produo acadmica com base em Michel Foucault em anlise das organizações, problematizamos esta produo, de acordo com o pesamento do filsofo e sugerimos possveis desenvolvimentos.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo comparar o modelo de gerenciamento de hospitais pblicos da Secretaria de Estado da Sade de So Paulo por meio das organizações sociais de sade com o modelo de gerenciamento realizado diretamente pelo governo nos aspectos administrativos operacionais. Os dois modelos so comparados sob o enfoque de suas prticas gerenciais nas reas de recursos huanos, gesto oramentria e financeira, de contratos de servios e de materiais. Foi realizada pesquisa qualitativa, sendo entrevistados diretores de 10 hospitais, 5 de cada modelo. Os resultados mostraram vantagem das organizações sociais em todas as reas, exceto na de gesto de contratos. Como concluso temos a necessidade da reforma da administrao pblica e a necessidade de estabelecer mecanismos adequados de responsabilizao e de controle social no modelo das organizações sociais de sade.
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo descrever o processo de implantao Organizações Sociais de Sade na Secretaria de Estado da Sade de So Paulo enquanto caso especial de reforma do Estado no setor da sade, identificando os fatores motivadores e as justificativas referidas por parte do Estado e dos parceiros envolvidos, e descrever o processo de negociao e implantao das Organizações Sociais de Sade caracterizando, a) regulamentao/legislao especfica; b) negociao e formalizao das parcerias; c) etapas de implantao; d) mecanismos de financiamento; e) fatores facilitadores e dificuldades; f) consideraes sobre os processo obtidos por parte dos envolvidos. A reviso bibliogrfica sobre o tema seguida de estudo de caso envolvendo a Secretaria de Estado da Sade e sete organizações sem fins lucrativos com quem constituem parceria para gerenciar hospitais pblicos na Regio Metropolitana de So Paulo. As organizações, com diferentes perfis assistenciais, constituem parceria mediante contrato de gesto. Identificam-se as diferenas entre este contrato e os propostos pela Reforma do Aparelho do Estado, as motivaes que orientaram os parceiros. os mecanismos de financiamento utilizados e o cuidadoso processo de negociao desenvolvido que permitiu dar estabilidade parceria. A percepo dos dirigentes das Organizações Sociais de Sade, da Secretaria de Estado da Sade e dos diretores dos hospitais sobre o desenvolvimento da parceria, seus pontos fortes, os problemas identificados e as perspectivas de municipalizao so relatados e analisados. A parceria implicou em significativos ganhos institucionais para ambos os lados, bem como propiciou condies para o desenvolvimento de modalidades assistenciais diversificadas e outras parcerias com a comunidade envolvida. Entretanto, faz-se necessrio o contnuo aprimoramento do contrato de gesto e da articulao entre os gestores do sistema para permitir que as eventuais melhorias de desempenho alcanadas se reflitam no restante da rede e sejam sustentveis ao longo do tempo.