153 resultados para Cooperação transfronteiriça
Resumo:
A pesquisa analisa questes pertinentes a polticas pblicas de planejamento urbano em escala metropolitana, especificamente no mbito dos transportes coletivos da Regio Metropolitana de So Paulo, luz da Administrao Pblica, da Cincia Poltica e do Urbanismo. Por meio de uma reviso dos processos de formulao de alternativas e de definio de agenda governamental relativos aos transportes metropolitanos em So Paulo na primeira dcada do sculo XXI, compreende-se um conjunto de condicionantes metropolitanos para polticas pblicas relevantes proposio e implementao de polticas metropolitanas: as diferentes escalas dos problemas, a necessidade de articulao institucional e intergovernamental e a complexidade de relaes urbanas e regionais. So destacados na anlise os valores e aspectos tcnicos de planejamento de transporte e do urbanismo, os atributos fsicos, funcionais, econmicos e sociais das metrpoles contemporneas, a importncia da esfera poltica e partidria, a necessidade de cooperação federativa e a conjugao de questes locais, regionais e globais. Analisa-se o Programa Expanso SP como uma poltica associada a uma policy window para transportes coletivos de massa na metrpole paulistana, vinculado ao Plano Integrado de Transporte Urbano para 2025 (PITU 2025).
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Este trabalho analisa a legislao brasileira de preos de transferncia. O objetivo principal sugerir mudanas que possam aperfeioar a legislao existente, sem que isto afete negtivamente o influxo de investimento estrangeiro direto para o Brasil. A experincia internacional usada como referncia. So utilizados a leqislao-dos Estados Unidos da Amrica (EUA) e as diretrizes da Organizao para Cooperação e Desenvolvimento Econmico (OCDE), como principais fontes' de mudana. As mudanas sugeridas, se adotadas, colocariam a legislao brasileira mais prxima do princpio arm's length e trataria as multi nacionais de forma mais eqitativa, resultando em menor manipulao de lucros via preos de transferncia e em maior receita fiscal para o governo federal brasileiro.
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As empresas esto cada vez mais conscientes de que a competio se d entre cadeias de suprimentos e que a integrao e o gerenciamento bem sucedidos dos processos de negcio entre os membros da cadeia de suprimentos determinar o sucesso final das empresas (SIMON, 2005). Segundo dados da UNICA (2009) o Brasil lidera o mercado mundial de acar com 38% do mesmo na safra 2008/09, exportando 20,8 milhes de toneladas de acar. Segundo dados levantados junto s empresas pesquisadas, somente com gastos logsticos de transporte entre usina e porto e com gastos na operao porturia para carregamento dos navios, estima-se valores em torno de US$ 50,00 por tonelada movimentada, equivalente a mais de US$ 1 bilho na mesma safra com estas operaes logsticas. Como toda commodity agrcola, o acar possui baixo valor agregado, logo a gesto da cadeia focada em custo, buscando a eficincia das operaes. Este trabalho analisou sob tica das incertezas nas cadeias de suprimentos proposta por Van der Vorst e Beulens (2002), cadeias de suprimentos para exportao de acar lideradas por quatro relevantes empresas deste setor, buscando entender se estas cadeias de fato, comportam-se como eminentemente eficientes. Como resultado da pesquisa, o trabalho obteve uma caracterizao destas cadeias que demonstrou alto nvel de incertezas na demanda, no suprimento e junto a importantes fornecedores. Apresentou-se a partir da um conflito e um desafio aos gestores: prover responsividade e flexibilidade exigida pelas incertezas existentes na cadeia, onerando-a e ao mesmo tempo, reduzir custos e buscar a eficincia exigida por uma cadeia de suprimentos de uma commodity agrcola. A concluso deste trabalho que existem vrios pontos a serem trabalhados na reduo e minimizao dos efeitos das incertezas existentes, de forma a conseguir a responsividade exigida a um custo suportado pelas cadeias. Outra sugesto do trabalho para que o conceito de cadeia de suprimentos seja reforado entre seus membros, e estes enfatizem a busca de resultado global e coletivo, tendo na cooperação uma forma para melhorar o resultado das empresas envolvidas.
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Descreve e analisa a indstria de garrafas PET (polietileno tereftalato) no mundo e no Brasil; discute as foras competitivas que atuam na indstria disputando margens; mostra alternativas e perspectivas futuras com base na anlise dos elementos de competio e cooperação nos negcios.
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Como resultado da nfase na minimizao da dependncia de fornecedores e na maximizao do poder de barganha do contratante, os modelos tradicionais de terceirizao tm-se restringido gesto da estrutura de suprimento da atividade-meio. Esta pesquisa tem por propsito contribuir para a mudana desse paradigma tradicional de deciso de terceirizao, descrevendo como os modelos de cooperação no relacionamento contratual podem capitalizar as decises na atividade dos negcios com eficcia, flexibilidade e adaptabilidade. Esta pesquisa em trinta e sete firmas, engajadas em contratos de terceirizao da tecnologia de informao no Brasil, tem por propsito examinar a barreira do relacionamento na transao com ativos especficos e a explicar porque os modelos tradicionais ignoram o processo de relacionamento nas anlises de deciso de comprar ou fazer atividades da cadeia de valor. Integrando-se a teoria econmica dos custos de transao com a teoria da organizao, a teoria de agncia e a teoria jurdica dos contratos, introduziuse nesta pesquisa um modelo de anlise e gesto de relacionamento contratual que complementa as abordagens neoclsslcas.
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Construo de um quadro de referncias que caracterize o que so organizaes coletivas, onde elas so encontradas e seu tipo de gesto. O foco especfico reside nas organizaes coletivas da sociedade civil, o que faz com que a compreenso da relao cooperação-proviso de bens pblicos seja tambm abordada. Apresenta uma classificao possvel das organizaes coletivas e um modelo normativo para a profissionalizao dessas entidades
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Esta tese busca investigar de forma exploratria os relacionamentos que se desenvolvem entre os agentes do canal de distribuio de alimentos no Brasil, descrevendo e explicando o estgio atual desses relacionamentos. Na conduo do trabalho, foram examinados os diversos conceitos relacionados ao tema canais de distribuio/marketing, bem como a influncia do macroambiente e as dimenses comportamentais do comportamento em canais, com nfase em conflito e poder. Adicionalmente, foram investigados aspectos sobre o marketing de relacionamento e a evoluo das trocas de transaes para relacionamentos, bem com a reviso de cinco importantes modelos de relacionamento. Foi conduzida uma pesquisa emprica, sendo que a metodologia utilizada foi a Grounded Theory. O estudo conclui que os relacionamentos no canal de distribuio de alimentos no Brasil so conflituosos, predominando um processo constante de negociao entre os diversos agentes. Indica ainda evidncias e que o poder no canal esteja migrando na direo dos consumidores e, portanto, na direo dos intermedirios, sejam eles atacadistas ou varejistas. Oferece algumas indicaes e especulaes que podem contribuir para a explicao dos relacionamentos conflituosos e que estariam ligadas estrutura e organizao dos canais, a aspectos culturais e do ambiente institucional.
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Comunidades de Prtica (CoPs) so definidas como grupos de pessoas que compartilham um conjunto de problemas, uma preocupao ou paixo sobre um tpico especfico e que aprofundam o conhecimento sobre esse tpico, interagindo com freqncia e regularidade (WENGER; MCDERMOTT; SNYDER, 2002). Um requisito essencial para que a Comunidade de Prtica evolua em seus objetivos que contenha caractersticas prprias de uma Comunidade de Aprendizagem, ou seja, que existam facilidades que motivem a troca entre a competncia do grupo e a experincia individual. Uma vez presentes esses elementos, as Comunidades de Prtica podem se transformar em Comunidades de Aprendizagem e de Prtica . Entre as facilidades para a troca entre competncia do grupo e experincia individual encontram-se elementos como modelos, mapas, discursos, mas principalmente a tecnologia, que facilita a disseminao do conhecimento e da prtica, por meio da cooperação. Incorporadas as facilidades de tecnologia pela Comunidade de Aprendizagem e de Prtica, esta se transforma em uma Comunidade Virtual de Aprendizagem e de Prtica, cuja sustentao importante para que as organizaes elevem o conhecimento, por meio do aprendizado na prtica, gerando inovaes e elevando a produtividade. Muitas dessas comunidades no se sustentam nos seus estgios iniciais porque presenciam muitas controvrsias, provenientes de relaes de poder criadas pelas diversas estratgias adotadas pelas organizaes nas quais se inserem ou porque essas organizaes no lhes provem uma poltica adequada de estmulos. Para lidar com essas controvrsias, as organizaes adotam novas estratgias, que podem trazer mudanas na rede, nas identidades dos membros, e, conseqentemente interferncias no ciclo de vida das Comunidades de Prtica. A fim de colaborar para a anlise dos principais aspectos que contribuem para a sustentao das Comunidades Virtuais de Aprendizagem e de Prtica, ser analisado, em profundidade, o caso de Comunidades Virtuais de Aprendizagem e de Prtica criadas pela Fundap (Fundao do Desenvolvimento Administrativo) , com base na Teoria das Comunidades de Prtica e na Teoria Ator-Rede, sendo esta ltima composta com elementos do Interacionismo Simblico. A principal contribuio desta tese uma descrio, que apresenta as estratgias adotadas por uma organizao para lidar com as relaes de poder nas comunidades que cria e organiza, as controvrsias desenvolvidas em Comunidades Virtuais de Aprendizagem e de Prtica e seus efeitos para a aprendizagem.
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A presente tese tem com foco central de investigao a governana dos canais de marketing por pequenas e mdias empresas (PMEs), sob a tica dos Arranjos Produtivos Locais (APLs). A partir das evidncias tericas a questo de pesquisa aborda a existncia de evidncias da gerao de avanos mercadolgicos por conta das empresas engajadas no processo de cooperação. Optou-se por um trabalho emprico com orientao qualitativa. Foram selecionados para a amostra de pesquisa, casos de consrcios de moda praia localizados em APLs. Atravs do levantamento de dados empricos, pode-se coletar evidncias que corroboram as externalidades positivas da cooperação entre empresas na modalidade de consrcios. Entretanto, os resultados da pesquisa no podem ser considerados como totalmente conclusivos. Desse modo sugere-se ao final do trabalho uma srie de possveis direes de novas pesquisas sobre o tema que ainda muito recente e pouco conhecido.
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A Tese discute as implicaes e desdobramentos da construo de Parcerias Tri-Setoriais na esfera pblica, de forma a avanar na compreenso de suas perspectivas, impasses e armadilhas para a modernizao da gesto de polticas e projetos sociais e a ampliao da cidadania no cenrio brasileiro. So consideradas Parcerias Tri-Setoriais aquelas que envolvem simultaneamente atores governamentais, da sociedade civil e do mercado. Para tanto, so analisadas trs experincias de interveno em projetos sociais apoiadas pela Fundao AVINA no Brasil nas agendas de interveno de educao, meio ambiente, pobreza e infncia e adolescncia. A discusso terica levanta as principais correntes e tradies tericas que analisam a ao do Estado, das organizaes da sociedade civil e das empresas em direo esfera pblica. Em seguida so discutidas e articuladas propostas tericas de interpretao das interaes colaborativas entre atores sociais, de forma construir um quadro analtico capaz de guiar a pesquisa de campo. A investigao se inscreve no mbito do chamado Estudo de Caso Extendido e recorre abordagem metodolgica qualitativa para coleta, tratamento e anlise dos dados. Os resultados indicam que prticas tradicionais de construo de projetos de interveno social e tambm de parcerias perduram dentro dos processos de interao das Parcerias Tri-Setoriais, apontando que modelos lineares e gerencialistas de explicao e interveno na dinmica desse fenmeno so pouco consistentes em termos de capacidade explicativa da realidade. As interaes entre atores da sociedade civil, do Estado e de mercado so marcadas pela complexidade e pela construo de uma prxis no linear e marcada simultneamente pela ocorrncia de processos de conflito e cooperação, engajamento e distanciamento, e resistncia e adeso. Frente a isso, as melhorias na proviso de polticas e projetos sociais advindas das Parcerias Tri-Setoriais nem sempre se fazem acompanhadas de avanos na construo da cidadania e de uma esfera pblica mais plural e democrtica no cenrio brasileiro. Todo esse quadro informa a necessidade de se problematizar as Parcerias Tri-Setoriais a partir de modelos tericos que incorporem a discusso da esfera pblica e dos encontros e desencontros entre atores nessa dimenso, a fim de se melhor compreender as promessas, desdobramentos e armadilhas que tal perspectiva traz para a gesto social.
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Os estudos sobre o federalismo brasileiro ainda no incorporaram significativamente as implicaes das relaes interestaduais para as polticas pblicas. Alm disso, poucas pesquisas tm tratado do problema da coordenao intergovernamental, tanto no plano mais geral como em reas governamentais especficas. A presente Tese pretende, a partir do estudo de quatro Conselhos Estaduais de polticas pblicas, analisar a evoluo dos processos de coordenao federativa desde a redemocratizao at os dias de hoje. A hiptese principal do trabalho que dois fatores determinam este processo. O primeiro o cenrio mais geral da Federao, norteado por duas conjunturas crticas durante o perodo redemocratizao e Plano Real. O segundo, e mais importante, diz respeito origem, construo e formato das polticas nacionais em cada setor, de modo que o grau de institucionalizao da articulao intergovernamental (1), o consenso entre os atores (2) e a efetividade dos instrumentos de coordenao intergovernamental (3) levariam a resultados distintos nas reas Tributria, de Sade, na Educao e na Administrao Pblica. Para entender esta dinmica federativa, o estudo tem como foco a explicao do fenmeno da expanso de Conselhos Estaduais de polticas pblicas, concentrando-se em quatro casos, a saber, o Conselho Nacional de Poltica Fazendria (CONFAZ), o Conselho Nacional de Secretrios de Sade (CONASS), o Conselho Nacional de Secretrios de Educao (CONSED) e o Conselho de Nacional de Secretrios de Estado da Administrao (CONSAD), selecionados por serem os mais importantes no conjunto dos setores governamentais. Estas entidades preocupam-se com a articulao dos estados e do Distrito Federal para debater questes de interesse comum, elaborar estratgias de ao coordenada e influir nas polticas que vm do Governo Federal. Diante do surgimento desses Conselhos em um ambiente inicialmente competitivo entre os estados e de confronto e pouca coordenao com a Unio, o objetivo desta pesquisa resgatar a gnese e a evoluo desses colegiados tendo como pano de fundo a seguinte questo: quais fatores levaram articulao horizontal e quais seus resultados em termos de coordenao entre os entes? Em linhas gerais, conclui-se que as polticas nacionais influenciam a cooperação interestadual, bem como todo o processo coordenador na Federao.
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O objetivo da presente tese analisar a poltica de Segurana Pblica do Estado de So Paulo entre os anos de 1995 e 2006 gestes, respectivamente, de Mario Covas, Geraldo Alckmin e Cludio Lembo , sob a tica da formao de agenda. No se trata aqui apenas da elaborao inicial da agenda de polticas pblicas de uma determinada rea; tal arcabouo analtico trata de todo o ciclo de gesto de uma poltica pblica, envolvendo planejamento das aes, sua implementao, a avaliao e posterior correo de rumos. Buscou-se mapear os atores relevantes da rea de segurana pblica, identificando suas preferncias frente aos problemas da rea e suas alternativas de resposta e suas posies relativas; as interaes entre estes atores, identificando os momentos de conflito e de cooperação; os resultados e a aprendizagem dos atores, o que tende a mudar a dinmica de interao novamente nos momentos subseqentes. Conclui que as diferentes posies dos atores implicam diferentes naturezas de influncia na conduo da agenda da segurana pblica, variando entre as mudanas na gesto da segurana pblica e as mudanas na operao da polcia. Esta alterada, ainda, pelas crises de segurana (mega-rebelies no sistema penitencirio, crimes brbaros etc.), o que pode tanto provocar constrangimento poltico no nvel estratgico do governo (governador, secretrio) quanto um constrangimento moral nos operadores da segurana pblica (ex.: casos de corrupo ou de abuso policial). Os trs secretrios da pasta no perodo analisado representaram trs momentos distintos da poltica de segurana pblica, corroborando a hiptese das trs agendas. Apesar disto, foram observadas continuidades importantes, aprendizado dos atores e incrementalismo das polticas. Quanto ao poder Legislativo, a Assemblia estadual desempenha um papel quase nulo, enquanto que o Congresso Nacional cumpre um papel apenas marginal na formulao e alterao da agenda de segurana pblica, contribuindo com iniciativas pontuais, casusticas e, invariavelmente, reativas ao problema, ajudando a agravar mais do que a resolver os problemas da rea.
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Este estudo teve como objetivo verificar a existncia de campo profissional do desenvolvimento rural na Regio do Sisal, no semi-rido baiano, analisando de que forma este processo contribuiu para a institucionalizao de idias sobre o que vem a ser desenvolvimento rural, e como ele, tambm, abriu espaos para a criao de novas lgicas locais. Como estratgia metodolgica buscou-se integrar anlises macro e micro sociais, utilizando-se noo de campos sociais como nvel de anlise, com o objetivo de trabalhar com teorias de mdio alcance para explicao de fenmenos sociais, em especial as teorias neo-institucionais e as teorias de movimentos sociais. O levantamento emprico fundamentou-se em dados primrios, recolhidos em diferentes momentos a partir de entrevistas e observaes, aliado a uma ampla gama de dados secundrios, recolhidos a partir de relatrios, boletins, newsletters, vdeos, jornais, e outros trabalhos acadmicos. Foi utilizada a tcnica da anlise de discurso para trabalhar com os dados fazendo uma reconstituio histrica do campo do desenvolvimento rural entre a dcada de 70 e os dias atuais, buscando caracterizar os atores participantes, suas principais lgicas de ao, em especial aquelas relacionadas profissionalizao. Esclarecer o que se entende por profissionalizao e o que foi considerado como campo do desenvolvimento rural fizeram parte de um esforo de conceituao do trabalho. Foram identificadas quatro principais foras que se contrastavam no campo e que influenciaram na sua profissionalizao: a Solidariedade Insurgente; os conflitos entre insero econmica e a solidariedade insurgente; formas particulares de relacionamento entre sociedade e Estado; e a insero de temticas e prticas absorvidas atravs de mecanismos mimticos, regulativos e normativos de atores/campos localizados em nveis meso e macro. A partir da identificao e anlise das foras envolvidas na profissionalizao do campo, so propostas sugestes para a ampliao do entendimento sobre profissionalizao e empreendedorismo institucional, que podero ser pertinentes para futuros estudos que busquem integrar as anlises sobre agncia-estrutura e as dimenses individual e coletiva da ao.
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As organizaes de assistncia sade tm sido pressionadas por melhoras no gerenciamento de resduos e outros aspectos ambientais. O setor sade movimenta cerca de 6% do PIB nacional e se constitui um importante consumidor de insumos e recursos naturais, gerando impactos, tanto na prestao da assistncia, quanto ao longo da cadeia de fornecedores de produtos e servios. No Brasil, as aes desse segmento na rea ambiental tm se revelado ainda bastante tmidas, situao agravada pela falta de recursos e de conhecimento. No entanto, observamos que existe grande procura por servios de tratamento para os resduos perigosos de servios de sade, em grande parte motivada pelas exigncias legais que recaem sobre essa atividade. Infelizmente, medidas menos onerosas e mais racionais, envolvendo reduo, reciclagem ou eliminao de resduos so pouco difundidas, a identificao das fontes de riscos e impactos bastante falha e os estabelecimentos de sade contam com pouca colaborao dos fornecedores para reconhecer e encontrar solues para esses problemas. Quanto aos agentes financiadores do sistema de sade, assim como os consumidores diretos, ou seja, a prpria populao, no parecem se dispor a diferenciar os servios que invistam no meio ambiente, menos ainda pagar por eventuais custos adicionais. O objetivo geral deste trabalho identificar possibilidades para aplicao de conceitos e tcnicas de gerenciamento de cadeias produtivas (Supply Chain Management) na melhoria do desempenho ambiental da indstria da sade no Brasil. Para isso, realizamos uma anlise do setor sade, incluindo sua origem, evoluo e a estrutura atual cadeia produtiva do complexo industrial da sade tendo como nvel focal os prestadores e suas relaes com os nveis acima e abaixo, visando identificar aspectos que favoream ou dificultem o desenvolvimento de melhorias no desempenho ambiental do setor, dentro de um conceito de desenvolvimento sustentvel. Esta pesquisa foi complementada com a anlise de alguns dos modelos e ferramentas de gesto ambiental empresarial tais como: anlise de ciclo de vida, seleo de fornecedores (green purchasing), gesto da qualidade total ambiental e produo mais limpa, assim como e com duas experincias internacionais de sucesso, o projeto Health Care Without Harm e o Hospitals for a Health Environment. Conclumos com uma sugesto de que, tanto modelos e ferramentas, como as experincias bem sucedidas, so relacionados cooperação e integrao ao longo da cadeia produtiva e que outros estudos so necessrios para subsidiar a aplicao dessas ferramentas e estabelecer modelos para o desenvolvimento integrado da sustentabilidade ambiental no setor sade no Brasil.
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A opo pelas alianas estratgicas como forma de sobrevivncia empresarial tem se tornado cada vez mais comum, principalmente a partir da dcada de 1980. Dentre as alianas que vm sendo formadas, um modelo chama a ateno por suas caractersticas peculiares: as alianas estratgicas entre empresas concorrentes. Essas alianas, tambm conhecidas como Alianas Horizontais, trazem em si um elemento de cooperação e competio simultneos, criando um aparente paradoxo. Compreender como os gestores lidam com essa dualidade uma tarefa interessante que nos leva a trafegar em um espectro de posies estratgicas que vo desde a competio extrema at a irrestrita cooperação, passando por uma viso co-opetitiva, onde as relaes de mercado podem ser, ao mesmo tempo, de competio e cooperação, em um complexo jogo de percepes e impresses onde a fronteira da concorrncia torna-se cada vez mais nebulosa. Esta pesquisa buscou compreender como se d a criao de sentido (sensemaking) nos processos de formao e gesto de alianas estratgicas entre empresas concorrentes atravs das etapas de busca, percepo e interpretao propostas por Daft e Weick (1984). Para tal, foi necessrio compreender os conceitos de Alianas Estratgicas e de criao de sentido (sensemaking), bem como entender o processo de criao de sentido acerca dessas oportunidades de alianas. Foi tambm importante investigar se essas alianas so formadas com intuitos instrumentais e imediatos ou se so vistas como estratgicas para a organizao e de longo prazo. Utilizou-se neste trabalho uma estratgia de pesquisa com base em Estudo de Casos Mltiplos, valendo-se para tal de Anlises de Antenarrativas e utilizou-se o Mtodo do Incidente Crtico para orientar a anlise. Anlises de Antenarrativas buscam construir a narrativa dos casos atravs de fragmentos de falas e notcias. Por se tratar de uma construo focada na cognio dos gestores e reconhecendo a dificuldade de se captar essas questes, as antenarrativas forneceram um arcabouo material valioso para a construo dos casos. Foram estudadas as alianas entre TAM e Varig, quando realizaram operaes de code-share durante cerca de 2,5 anos no incio da dcada, e a Credicard, joint venture formada na dcada de 70 por Ita, Unibanco e Citibank, para a expanso do mercado de cartes de crdito no pas. Os casos utilizados foram escolhidos por duas razes principais: fornecem um ciclo completo de duas alianas diferentes, em setores diferentes, porm realizadas entre concorrentes; so casos emblemticos na economia brasileira, com desfecho recente. Foi possvel verificar que, para os casos citados, o sentido da aliana se altera ao longo do tempo, alterando tambm as aes tomadas por cada um dos parceiros em funo da percepo que eles tem do ambiente e dos prprios parceiros. Enquanto muda a percepo, muda o proprio jogo da aliana. Dessa forma, possvel supor que o significado das alianas que vai mudando ao longo do tempo pode ser, em dado momento, instrumental e, em outro, estratgico.