203 resultados para Brasil Relações Exteriores
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a descentralização fiscal ocorrida no passado recente, esse estudo propõe-se a analisar a composição e o comportamento da receita rópria ou transferida e da despesa, por natureza econômica e por função, no perÃodo 1980-93, em cinco municÃpios paulistas de pequeno porte populacional (entre 25 mil e 35 mil habitantes - Censo Demográfico de 1980), a partir de bases econômicas especificas: agrÃcola, agroindustrial, industrial, turÃstico e dormitório.
Resumo:
Esta dissertação apresenta uma análise sobre o lugar dos governos estaduais na federação brasileira, mais especificamente no que diz respeito ao papel que lhes cabe no âmbito da produção de polÃticas públicas. Para empreender essa discussão, os objetivos especÃficos da dissertação se desdobram na análise da trajetória de uma determinada polÃtica pública – a polÃtica social de habitação. Parte-se do pressuposto de que, embora o peso das transformações ocorridas em nÃvel nacional impacte significativamente o conjunto dos estados, suas respostas a tais impactos, o curso de suas instituições e suas formas de atuação têm se dado de maneira muito heterogênea. Tomando como base estes pressupostos e as hipóteses que orientam a presente pesquisa, busca-se mostrar que: (1) a trajetória de determinada polÃtica pública pode imprimir diferenciações nas funções e no desempenho dos nÃveis de governo; e (2) o desenvolvimento institucional das diferentes unidades estaduais faz diferença e produz efeitos em sua atuação nas polÃticas públicas. Em sÃntese, a dissertação mostra como os estados têm buscado seu lugar na federação brasileira no que diz respeito à execução de uma determinada polÃtica pública e como este papel é diferenciado e heterogêneo no plano horizontal.
Resumo:
Trata da questão do federalismo fiscal, focalizando os critérios de proporcionalidade do Fundo de Participação dos MunicÃpios - FPM. Para o desempenho do FPM nos municÃpios do Estado de São Paulo na década de 80. Considera-se nesta avaliação o papel dos municÃpios no processo produtivo
Resumo:
Esta dissertação objetiva primordialmente fornecer uma visão panorâmica da relação entre governo e as empresas públicas
Resumo:
Os estudos sobre o federalismo brasileiro ainda não incorporaram significativamente as implicações das relações interestaduais para as polÃticas públicas. Além disso, poucas pesquisas têm tratado do problema da coordenação intergovernamental, tanto no plano mais geral como em áreas governamentais especÃficas. A presente Tese pretende, a partir do estudo de quatro Conselhos Estaduais de polÃticas públicas, analisar a evolução dos processos de coordenação federativa desde a redemocratização até os dias de hoje. A hipótese principal do trabalho é que dois fatores determinam este processo. O primeiro é o cenário mais geral da Federação, norteado por duas conjunturas crÃticas durante o perÃodo – redemocratização e Plano Real. O segundo, e mais importante, diz respeito à origem, construção e formato das polÃticas nacionais em cada setor, de modo que o grau de institucionalização da articulação intergovernamental (1), o consenso entre os atores (2) e a efetividade dos instrumentos de coordenação intergovernamental (3) levariam a resultados distintos nas áreas Tributária, de Saúde, na Educação e na Administração Pública. Para entender esta dinâmica federativa, o estudo tem como foco a explicação do fenômeno da expansão de Conselhos Estaduais de polÃticas públicas, concentrando-se em quatro casos, a saber, o Conselho Nacional de PolÃtica Fazendária (CONFAZ), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e o Conselho de Nacional de Secretários de Estado da Administração (CONSAD), selecionados por serem os mais importantes no conjunto dos setores governamentais. Estas entidades preocupam-se com a articulação dos estados e do Distrito Federal para debater questões de interesse comum, elaborar estratégias de ação coordenada e influir nas polÃticas que vêm do Governo Federal. Diante do surgimento desses Conselhos em um ambiente inicialmente competitivo entre os estados e de confronto e pouca coordenação com a União, o objetivo desta pesquisa é resgatar a gênese e a evolução desses colegiados tendo como pano de fundo a seguinte questão: quais fatores levaram à articulação horizontal e quais seus resultados em termos de coordenação entre os entes? Em linhas gerais, conclui-se que as polÃticas nacionais influenciam a cooperação interestadual, bem como todo o processo coordenador na Federação.
Resumo:
Trata dos critérios utilizados na alocação dos recursos orçamentários do Ministério da Saúde aos governos estaduais e municipais. Apresenta os principais documentos utilizados na regulamentação do relacionamento entre governo federal e demais nÃveis de governo no âmbito do Sistema Único de Saúde. Identifica os principais critérios de alocação de recursos financeiros no perÃodo 1991 a 2002 e as tendências identificadas.
Resumo:
Esta dissertação tem como objetivo descrever e analisar as ações do governo federal (MEC) em um contexto de descentralização das polÃticas sociais. O argumento central é que um novo papel o de coordenador foi desenvolvido pelo ente federal com o estabelecimento do diálogo com os estados e municÃpios. Para verificar esta questão, temos como objeto de estudo os programas de formação de professores em exercÃcio desenvolvido pelo MEC, com foco no processo de formulação e implementação dos mesmos. São discutidos o desenho dos programas, a sua dinâmica interna e a forma como operaram. Para compreender as ações deste perÃodo, contextualizamos o setor educacional dentro das questões federativas, uma vez que envolve o relacionamento do MEC com os governos subnacionais. E também porque o ensino fundamental brasileiro constituiu-se, tradicionalmente, como um serviço de responsabilidade tanto dos estados quanto dos municÃpios. A estrutura federativa e a forma de interação de seus componentes influenciam diretamente no desenvolvimento de polÃticas sociais. Este trabalho verifica de que forma a estratégia do governo central em atuar na coordenação, indução, controle e avaliação dos programas descentralizados influenciou no desenho dos programas de formação de professores. Analisa o duplo desafio que se apresenta ao governo federal: o de formular programas de alcance nacional e que, ao mesmo tempo, tenham flexibilidade para se adaptar à s diferentes realidades dos estados e municÃpios que compõem o pacto federativo brasileiro.
Resumo:
Esta dissertação tem como objetivo contribuir para a reflexão sobre as relações entre Estado e sociedade civil no Brasil. Trata-se de um estudo exploratório sobre o modelo das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e do Termo de Parceria, figuras jurÃdicas criadas pela Lei nº 9790, em 24 de março de 1999. De acordo com os idealizadores da lei, seu principal objetivo era proporcionar o fortalecimento do Terceiro Setor brasileiro por meio da reforma de seu marco legal. A nova legislação procurou introduzir mecanismos mais modernos para o reconhecimento institucional das organizações da sociedade civil por meio da qualificação de OSCIP. Uma vez qualificada, a organização fica apta a firmar Termos de Parceria com os órgãos do Poder Público. O Termo de Parceria, por sua vez, foi o instrumento criado para regular de forma mais adequada as relações de cooperação entre as OSCIPs e o Estado na provisão de serviços públicos. Depois de quase 5 anos da vigência da Lei nº 9.790/99, procuramos descobrir quem são as OSCIPs existentes e analisar se a aplicação do instrumento do Termo de Parceria trouxe mudanças ou inovações à s articulações entre o poder público e as OSCIPs. Numa análise geral, concluÃmos que os modelos das OSCIPs e do Termo de Parceria trouxeram mudanças pontuais significativas à relação entre Estado e organizações da sociedade civil no Brasil. O reconhecimento institucional de organizações envolvidas em áreas antes não abarcadas pelos outros modelos, a possibilidade de remuneração de dirigentes, de contratação de pessoal e de aquisição de bens permanentes nas parcerias com o Poder Público foram uma das principais inovações destacadas nas entrevistadas. Conduto, os resultados desta pesquisa demonstraram que a aplicação da Lei nº 9.790/99 ainda não conseguiu alcançar as altas expectativas de mudança levantadas quando de sua introdução. Por fim, procuramos apontar as principais causas para esse cenário e propor algumas sugestões de iniciativas alternativas para o fortalecimento do terceiro setor no Brasil, bem como para futuras pesquisas que procurem estudar o campo da relação entre Estado e sociedade civil.
Resumo:
Este trabalho apresenta um estudo sobre as polÃticas de educação escolar e saúde indÃgena no Brasil, buscando verificar a presença das tendências de modificação observadas nas polÃticas sociais do paÃs, a partir das décadas de 1980 e 1990: descentralização das polÃticas para as esferas subnacionais de governo; criação de mecanismos de participação da sociedade civil nos processos decisórios; estabelecimento de parcerias com instituições privadas para a provisão de serviços públicos; institucionalização de canais de controle; alteração no conteúdo das polÃticas e ampliação de seu alcance. O estudo foi realizado a partir de uma análise comparativa das duas polÃticas no nÃvel federal e no nÃvel local de governo. A análise no nÃvel local foi realizada a partir do estudo de caso do Parque IndÃgena do Xingu. Buscou-se verificar, na trajetória das polÃticas, a influência dos fatores relacionados aos processos de Redemocratização e Reforma do Estado, das dinâmicas próprias das áreas de saúde e educação, da questão indÃgena e da agenda estatal indigenista. A partir da análise, verificamos, no nÃvel federal, um avanço na legislação de ambos os campos, comparado com os princÃpios existentes antes da Constituição Federal de 1988. No que se refere à legislação, a educação escolar indÃgena apresenta-se mais consolidada quando comparada à saúde que ainda apresenta muitas indefinições. No Parque IndÃgena do Xingu percebemos uma inflexão nas duas polÃticas, a partir da década de 1990, que passam a buscar um crescente protagonismo indÃgena e a valorização de uma abordagem intercultural. No Xingu estes avanços foram resultado, sobretudo, da iniciativa das comunidades indÃgenas da região, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, na área da saúde, e com o Instituto Socioambiental, na área da educação, e com recursos, a principio, de fundações internacionais.
Resumo:
O presente trabalho busca analisar os motivos pelos quais o Estado realiza parceria com organizações da sociedade civil na prestação de serviços públicos. Para tanto, tomamos como exemplo a polÃtica pública nacional de combate ao HIV/Aids, capitaneada pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, tido como referência na realização de parcerias com estas organizações. A análise é conduzida tentando responder três questões básicas: os motivos da parceria, as áreas ou as modalidades de serviço onde esta parceria ocorre e como se dão os mecanismos de contratualização. O trabalho mostra a construção de uma polÃtica de parcerias a partir da constatação das dificuldades do Estado em prestar diversos serviços dentro desta polÃtica, serviços estes que já eram executados com sucesso por muitas organizações não-governamentais. A partir disso se estabelece uma espécie de divisão de trabalho, na qual as ONGs desempenharão diversas atividades no campo da prevenção, assistência e direitos humanos, notadamente com as chamadas populações mais vulneráveis à epidemia. Após vários anos centralizada no governo federal, esta polÃtica passa por um processo de descentralização, inserindo de forma mais definitiva os nÃveis estadual e municipal de governo. No bojo deste processo, percebe-se um conflito ainda não resolvido a respeito da ¿titularidade¿ destes serviços: se serão incorporados pelo Estado ou se continuarão sendo executados pelas ONGs. Apesar disso, a polÃtica de descentralização foi pactuada de forma a se garantir que um percentual mÃnimo de recursos destinadas a cada unidade da federação seja destinado ao apoio de projetos destas organizações, representando uma institucionalização desta polÃtica de parcerias.
Resumo:
Esta pesquisa procurou compreender como se dão as relações entre os povos indÃgenas no Brasil e o Estado federativo a partir da perspectiva das lideranças indÃgenas, tendo dois objetivos especÃficos: explicitar as demandas ainda existentes em relação à s terras indÃgenas e ampliar a discussão acerca das relações polÃticas e administrativas entre as populações indÃgenas e os municÃpios, estados e o governo federal. A análise focalizou os nove documentos finais das conferências regionais dos povos indÃgenas realizadas nos anos de 2004 e 2005, como também três entrevistas com lideranças indÃgenas das etnias Baniwa, Tupi-Guarani e Krenak. A partir de uma discussão teórica sobre o federalismo e sua dimensão étnica, buscamos apontar a constitucionalização dos direitos indÃgenas e das instituições federativas nas constituições brasileiras desde a formação da federação brasileira em 1891. A seguir, discutimos o processo de descentralização no Brasil e delineamos um panorama, a partir da década de 1990, das principais mudanças ocorridas na estrutura estatal e nas polÃticas públicas indigenistas, com ênfase para as polÃticas de demarcação de terras, saúde e educação escolar indÃgena. Esta pesquisa buscou trazer algumas contribuições da Administração Pública para a ampliação da reflexão acerca da necessidade da inclusão da diversidade étnica nas polÃticas públicas e nos arranjos federativos brasileiros. Observou-se que, apesar dos avanços nas últimas décadas, em muitas localidades do paÃs as populações indÃgenas não têm seus direitos assegurados, o que leva à s lideranças indÃgenas a embates para a garantia desses direitos, não somente com o governo federal, mas também com os entes subnacionais. Observou-se que há não somente uma diversidade de situações e posicionamentos acerca das polÃticas públicas, mas também uma série de proposições para que as populações indÃgenas sejam incluÃdas nas estruturas polÃticas e administrativas brasileiras.