55 resultados para Gestão ambiental


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O objetivo principal desta tese compreender o funcionamento de um mosaico de reas protegidas e unidades de conservao o Mosaico Bocaina. Entende-se hoje que a poltica de conservao de biodiversidade depende da criao e adequada gestão de reas protegidas. No entanto, a apropriao estatal de pores do territrio se deu por meio de decretos de criao de unidades de conservao num perodo em que no era obrigatria a consulta populao que habita essas localidades, o que acabou gerando inmeros inconvenientes para ambos os lados e um verdadeiro imbrglio jurdico quando se trata do reconhecimento dos direitos difusos. O Mosaico Bocaina foi criado por uma portaria do Ministrio do Meio Ambiente no final de 2006. Desde 2007 vem tentando se firmar como um instrumento de planejamento e gestão integrada e participativa de um conjunto unidades de conservao. Tenta-se tambm mitigar e buscar possveis solues para conflitos fundirios histricos criados pela sobreposio de territrios oficiais e tradicionais. Por meio da anlise sistemtica dos documentos produzidos no mbito do seu Conselho Consultivo, e do acompanhamento das discusses de temas caros aos atores interagindo nesse frum de governana hbrida, procuramos entender por que certos temas avanam e entram na agenda, sendo encaminhados para as instncias decisrias competentes, e outros nem sequer conseguem ser processados, sendo bloqueados assim que entram na pauta. Identificamos que tal processo resultado da dinmica de configurao de foras de duas coalizes de defesa que disputam, mais que compartilham, espaos no territrio, e sempre polarizaram as discusses. De um lado, a coalizo pr-biodiversidade, que agrega gestores de unidades de conservao (tanto de proteo integral quanto de uso sustentado) e outros atores cujo foco nem sempre uma agenda claramente conservacionista, mas excludente. De outro, a coalizo pr-sociodiversidade, que luta pela adoo de uma agenda socioambientalista e alternativa, com a incluso e garantia do protagonismo das comunidades tradicionais nos projetos de desenvolvimento local sustentvel. Acreditamos que essa polarizao e dificuldade de construo de consensos baseados em princpios de colaborao e cooperao resultado da prpria complexidade da gestão da governana em fruns hbridos como esse, complexidade esta derivada da coexistncia de valores, preferncias e interesses muitas vezes divergentes. Mas tambm conseguimos identificar outros fatores especficos, resultados de caractersticas locais e/ou escolhas realizadas pelo coletivo de atores ao longo da trajetria. A enorme assimetria de informao e poder entre os atores participantes, por exemplo, dificulta o desenvolvimento de confiana e mecanismos de reciprocidade. A adoo de uma coordenao colegiada, por outro lado, acabou comprometendo o surgimento de uma liderana ou instncia neutra que funcionasse como mediadora dos processos de negociao entre as partes. O profundo desconhecimento das possibilidades mas, sobretudo, tambm dos limites dos mosaicos de reas protegidas e unidades de conservao como instrumento de gestão territorial dentro do amplo Sistema Nacional de Unidades de Conservao gera expectativas de soluo de conflitos que dependem de decises que so tomadas alhures, o que acaba frustrando e desmobilizando os participantes de ambos os lados. A imagem de aparente apatia dos rgos ambientais federais e estaduais, por sua vez, derivada da morosidade dos processos pblicos, tende a infundir ainda mais incerteza no relacionamento entre os atores.

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A Lei 11.284/2006 um importante marco legal da atividade de gestão florestal do Brasil. O manejo florestal sustentvel de florestas pblicas, at ento exercido exclusivamente pelo Estado, passou a ser passvel de concesso com o advento dessa Lei. A chamada concesso florestal se insere, portanto, na nova orientao poltico-econmica brasileira de desestatizao, privilegiando o princpio da eficincia. Como resultado, a atividade de explorao sustentvel de produtos florestais passa a ser transferida pelo Estado, por intermdio do Servio Florestal Brasileiro, iniciativa privada. Para o sucesso de uma concesso florestal, os licitantes interessados precisam de uma estimativa da capacidade produtiva da Unidade de Manejo Florestal. O estudo disponibilizado pelo Servio Florestal Brasileiro para fazer essa estimativa o inventrio florestal que, resumidamente, tem a importante misso de antecipar s caractersticas vegetais de rea que ser objeto da concesso. E os resultados desse estudo so a principal fonte de informao para que o licitante calcule o valor que ir ofertar ao Poder Concedente. Ocorre que, por questes tcnico-metodolgicas que fogem ao conhecimento jurdico, os estudos de inventrio florestal esto sujeitos a erros de grande escala, retratando, de maneira ilusria, a realidade da vegetao que compe rea que ser concedida. Isto um risco intrnseco atividade de explorao sustentvel de produtos florestais. Diante desse contexto, caberia ao Servio Florestal Brasileiro administrar o risco do inventrio florestal da maneira mais eficiente possvel. Entretanto, no isso que vem ocorrendo nos contratos de concesso florestal. Sobre a distribuio de riscos em contratos de concesso, a doutrina especializada no tema oferece critrios que, quando seguidos, possibilitam uma alocao dos riscos peculiares a cada atividade parte que melhor tem condies de geri-los. Esses critrios aumentam a eficincia da concesso. Contudo, os contratos de concesso florestal at hoje celebrados no vm considerando esses importantes critrios para uma eficiente distribuio de riscos. Como consequncia, o risco do inventrio florestal , igualmente a outros inmeros riscos, negligenciado por esses contratos, aumentando-se a ineficincia dos contratos de concesso. Diante desse panorama, os licitantes interessados na concesso adotam duas posturas distintas, ambas igualmente rejeitveis: a postura do Licitante Conservador e a postura do Licitante Irresponsvel. Esses perfis de licitantes geram, respectivamente, ineficincia concesso e, caso o erro do inventrio florestal efetivamente ocorra, a possibilidade de inviabilidade da concesso. Como resposta a isso que exatamente o problema que pretendo resolver , proponho uma soluo para melhor administrar o risco do inventrio florestal. Essa soluo, inspirada em uma ideia utilizada na minuta do contrato de concesso da Linha 4 do Metr de So Paulo, e baseando-se nos critrios oferecidos pela doutrina para uma distribuio eficiente dos riscos, prope algo novo: a fim de tornar a os contratos de concesso florestal mais eficientes, sugere-se que o risco do inventrio florestal deve ser alocado na Administrao Pblica, e, caso o evento indesejvel efetivamente ocorra (erro do inventrio florestal), deve-se, por meio do reequilbrio econmico-financeiro do contrato, ajustar o valor a ser pago pelo concessionrio ao Poder Concedente. Como consequncia dessa previso contratual, as propostas dos licitantes sero mais eficientes, permitindo-se alcanar o objetivo primordial da Lei 11.284/2006: aumento da eficincia da explorao florestal sustentvel e preservao do meio ambiente e dos recursos florestais.

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A participao de atores sociais na governabilidade e na aplicabilidade de polticas pblicas no Brasil tema recorrente em debates da gestão pblica (SANTANA, 2011; TENRIO, 2002; NASCIMENTO, 1967), e tem sido defendida por organismos de defesa da sustentabilidade e da preservao ambiental como elemento imprescindvel para a gestão de territrios naturais (VAN DE KERKHOF, 2006; UICN, 2011; HOCKINGS ET AL, 2006; BRASIL, 2013; ERVIN, 2003a; BRASIL, 2002; 2014). Para a poltica ambiental em vigncia no Brasil, os conselhos gestores de polticas pblicas, tradicionais espaos de consulta e controle social das polticas pblicas, encontram-se legalmente institucionalizados como fruns para garantir a participao de atores sociais na gestão das chamadas unidades de conservao, as UCs (BRASIL, 2000; 2002). Entretanto, o respaldo institucional no se traduz por si s em participao social na gestão destes territrios e o cenrio o de um grau reduzido de conselhos gestores em atividade. O presente trabalho assumiu o desafio de identificar os aspectos que caracterizam a efetividade dos conselhos gestores em sua atuao, sob a perspectiva dos atores que integram estes espaos. Para tanto, foi aplicada uma metodologia de carter exploratrio, adotando-se mtodos de anlise qualitativa a partir da aplicao de entrevistas semiestruturadas em profundidade. Com o apoio de especialistas em gestão socioambiental, identificou-se conselhos gestores apontados como referncias por sua efetividade. E, a partir da perspectiva de especialistas e dos atores que integram tais conselhos gestores em atividade (stakeholders), foi possvel compreender variveis determinantes e fatores como instrumentos e dinmicas que contribuem para uma atuao efetiva. Concluiu-se que o arcabouo legal e institucional que respalda a existncia dos conselhos em unidades de conservao significativo ao favorecer o envolvimento da sociedade civil, organizaes sem fins lucrativos e poder pblico na gestão de reas naturais, mas no se traduz por si s em conselhos gestores autnomos e em atividade como fruns de consulta ou deliberao de questes de interesse para a gestão. Sob a tica dos stakeholders, a efetividade engloba tanto as aes que geram resultados para a preservao e para o manejo sustentvel dos recursos naturais quanto a prpria capacidade de existir como um frum legtimo de debates e de participao social local.

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O objetivo desta tese identificar como ocorre a gestão da inovao de produto ambientalmente sustentvel. Pelo mtodo de estudo de caso e sob a perspectiva de trs vertentes da teoria organizacional (estrutura do setor de negcios, viso baseada em recursos e viso relacional) foi realizada uma anlise abrangente de como os condicionantes externos do ambiente competitivo, os condicionantes internos empresariais e os relacionamentos organizacionais impactaram no projeto de desenvolvimento e difuso de duas inovaes de produto com atributos favorveis sustentabilidade ambiental: uma esponja de banho com fibras amaznicas e PET reciclado e um lava-louas lquido para o pronto-uso de fontes renovveis. Os dois casos apresentam marcantes diferenas em relao ao porte das empresas, s estruturas, competncias e culturas organizacionais, maturidade das respectivas plataformas tecnolgicas de fontes renovveis e s abordagens utilizadas na gestão dos projetos de desenvolvimento de novo produto. Alm disso, os dois casos so distintos na competitividade dos atributos de produto ambientais e funcionais em relao ao preo ante os produtos concorrentes. Apesar destas diferenas, construtos da viso relacional foram utilizados para identificar similaridades entre os dois estudos de caso na gestão da inovao. Redes informais internas realizaram uma inovao organizacional ao criarem um departamento de sustentabilidade, o qual realizou diagnsticos e recomendaes para minimizar os riscos scio-ambientais e regulatrios decorrentes do suprimento da fibra amaznica para a esponja de banho. E um relacionamento colaborativo complementou a inovao de produto e realizou inovaes de marketing que proporcionaram o melhor desempenho na difuso do lava-louas pronto-uso de fontes renovveis no varejo. Portanto, apesar das diferenas nos condicionantes internos e externos, a gestão da inovao nos dois casos se utilizou de relacionamentos colaborativos a fim de gerar inovaes empresariais que solucionaram as restries ao processo de inovao de produto ambientalmente sustentvel.

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O trabalho prope aos cursos de graduao em administrao, de empresas e pblica, um corpo incremental de conhecimento, objetivando capacitar seus alunos a gerir a funo Sade Ambiental, levando suas organizaes a obter uma vantagem competitiva sustentvel. Defende a relevncia do problema e procura esclarecer os conceitos envolvidos. Questiona as estatsticas que tendem a evidenciar uma situao controlada ou equacionada. Discute o corpo de conhecimento atualmente disponvel ao administrador. Aborda a questo da responsabilidade no mbito do governo, trabalhadores e empresas. Discute a importncia de se obter uma vantagem competitiva sustentvel num arcabouo de planejamento estratgico

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Desde o sculo XIX, quando foi institudo o primeiro parque nacional, a gestão de reas protegidas foi evoluindo e se aprimorando, sendo um importante mecanismo para a conservao da biodiversidade e uma das aes de maior interveno estatal. Neste sentido, esta dissertao apresenta uma anlise dos arranjos institucionais da poltica ambiental que impactam o uso comum dos recursos naturais por populaes residentes do Parque Estadual da Serra do Mar. Para esta discusso, so analisados: o embate terico entre ambientalismo e socioambientalismo; a problemtica do uso de acesso comum, associada a necessidade, ou no, de interveno governamental; os programas e aes do Governo do Estado de So Paulo para a consolidao das unidades de conservao de proteo integral; e as variveis que compe os arranjos institucionais da poltica ambiental dos casos avaliados, na Cota 400 e gua Fria, no municpio de Cubato. Face aos arranjos institucionais da poltica ambiental para gestão de reas protegidas, esta dissertao busca compreender qual a melhor situao para a conservao dos recursos naturais, com estudos aplicados a luz do modelo proposto por Elinor Ostrom. A anlise dos casos permitiu verificar uma performance institucional frgil da comunidade para o uso sustentvel dos recursos de acesso comum.

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Looking for solutions for the preservation of the biological wealth, important for the man's life on earth, the units of conservation were created and they have as objectives the conservation, the accomplishment of scientific researches, the environmental education and the leisure. So that their objectives are reached, their use and administration should be drifted so that their perpetual preservation is guaranteed. it is essential the presence of a determined administration in looking for improvement alternatives, support of the society and important financial resources for their maintenance. The objective of this work is of analyzing, through the case study, the problems faced in the administration of the units of conservation, what take to a deficient administration of the protected areas committing their preservation. Using concepts and beginnings of general domain and bibliographical citations, themes are discussed such as planning, paper of the handling plan, human training, administration responsibility in the units of conservation and the tourism in the units of conservation. After the study of the bibliographical referencial an accompaniment of the problems as was as accomplished faced by the state park of Vila Velha and in the way as it has been administered, well with a relationship among the principal problems faced by the park and for the other units of conservation in the administration of the patrimony of the biodiversity.

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possvel coexistncia cooperativa entre crescimento urbano e proteo ambiental? Partindo dessa indagao o estudo busca apreender e explicitar maneiras de pensar e agir, aes e intenes de atores sociais e institucionais diversos envolvidos em processos de interveno urbana em So Paulo. A anlise privilegia os contextos emergentes neste final de sculo na cidade (1983 - 1993): a emergncia da questo scio-ambiental (a pobreza moderna e o fim da natureza) e da transio democrtica (ampliao do espao pblico e busca da cidadania). Aborda a introduo da idia de Desenvolvimento Sustentado como base terica das intervenes no espao urbano, discute as mutaes da questo urbana e o florescimento de polticas pblicas scio-ambientais no espao urbano em So Paulo. A base emprica do estudo assenta-se na Regio Administrativa de Itaquera, enfocando o caso do Plo Industrial e Ecolgico de Itaquera. O argumento central que a percepo que atores diversos tem das mutaes no espao urbano e nas questes pblicas os influenciam na elaborao de instrumentos de interveno e gestão da cidade, a partir de critrios de desenvolvimento econmico e proteo ambiental.

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Trata do problema da perda de hegemonia da tecnocracia da CETESB na conduo da poltica pblica de meio ambiente no estado de So Paulo. Aborda as mudanas ocorridas no aparato institucional estadual neste setor, tecendo consideraes sobre os vrios organismos responsveis por saneamento bsico, controle da poluio e conservao do meio ambiente. Aponta para as dificuldades enfrentadas pela CETESB na atualidade.

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Esta tese tem como objetivo propor um modelo de gestão para as organizaes que participam de clusters ecotursticos. Os arranjos produtivos locais tm se destacado crescentemente como forma de se buscar vantagens das economias de concentrao, no apenas no setor secundrio, mas tambm como disposies locais e regionais mais produtivas para o setor de servios. O turismo tem crescido nas ltimas dcadas, tanto nos seus moldes tradicionais de massa, como principalmente na suas novas formas, assim chamadas de alternativas. Uma destas categorias que tm se destacado na preferncia de alguns segmentos da demanda turstica o ecoturismo, acompanhando a tendncia de aumento do grau de conscientizao ambiental e da busca por ambientes que proporcionem contato mais estreito com a natureza. As caractersticas sistmicas do servio turstico, abrangendo dos pontos de emisso at o destino dos turistas, sugerem a necessidade de um modelo de gestão mais adequado sua complexidade. A estas condies gerais do sistema turstico, acrescentam-se peculiaridades dos clusters ecotursticos, pelas restries ambientais e pela intensificao das relaes entre os agentes participantes da prestao desta categoria especial de turismo. A metodologia utilizada no trabalho foi o estudo comparativo de casos mltiplos, compreendendo clusters ecotursticos formados nas localidades de Bonito MS, Brotas SP e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, na regio de Canania.

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Sistemas de Business Intelligence ou Inteligncia de Negcio e Responsabilidade Social Corporativa (RSC), enfocados em separado, representam questes-chave da contemporaneidade que levaram ao crescente interesse e aumento substancial do nmero de estudos. Entretanto, tomados em conjunto, esto praticamente ausentes da literatura. Com o objetivo de iniciar a preencher essa lacuna, a contribuio desse estudo apresentar um modelo terico para a concepo de sistemas de Inteligncia de Negcio, mais especificamente na fase de identificao das necessidades informacionais, integrando o conceito de responsabilidade social corporativa, o qual passa a compor o conjunto de informaes relevantes a serem gerenciadas pelas empresas. O mtodo de pesquisa utilizado a Grounded Theory, sendo conduzida em cinco organizaes reconhecidas pela sua atuao voltada para a sustentabilidade. A questo de pesquisa de como integrar a gestão das informaes relativas a RSC aos indicadores de desempenho tradicionais na concepo dos sistemas de Inteligncia de Negcio levou-nos a um modelo terico baseado em dois eixos, os quais denominamos Contexto Institucional e Indicadores em Perspectiva. Por um lado, a incorporao da sustentabilidade estratgia empresarial depende fundamentalmente de variveis relacionadas organizao, as quais foram identificadas no eixo denominado Contexto Institucional. Por outro lado, o eixo Indicadores em Perspectiva trata de como categorizar os indicadores de desempenho de tal forma que a gestão e a estratgia da empresa possam ser avaliadas e analisadas em um nico modelo que integre no somente as dimenses social e ambiental, mas tambm dimenses tradicionais de negcio. Finalmente, essa estrutura multidimensional para integrao dos indicadores econmicos, sociais e ambientais mostrou-se como uma etapa final em um processo que leva a uma organizao verdadeiramente sustentvel.

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Concomitantemente produo de etanol, a partir da fermentao de diferentes matrias-primas (cana-de-acar, beterraba, milho, trigo, batata, mandioca), produz-se a vinhaa. A vinhaa da cana-de-acar gerada na proporo mdia de 12 litros para cada litro de etanol. O Brasil o maior produtor mundial de cana-de-acar (570 milhes de toneladas, em 2009) com a produo de 27 bilhes de litros/ano de etanol, no ciclo 2009/2010, basicamente para fins carburantes, e, portanto, a quantidade de vinhaa produzida da ordem de 320 bilhes de litros/ano. Dentre as possveis solues para a destinao da vinhaa, tais como: concentrao, tratamento qumico e biolgico ou produo de biomassa, sua aplicao no solo a forma mais usual de disposio. No entanto, sua aplicao no solo no pode ser excessiva nem indiscriminada, sob pena de comprometer o ambiente e a rentabilidade agrcola e industrial da unidade sucroalcooleira. A necessidade de medidas de controle sobre a aplicao de vinhaa no solo do Estado de So Paulo, que concentra a produo de 60% do etanol produzido no Brasil, levou elaborao da Norma Tcnica P4.231, em 2005. A constatao do cumprimento dos itens desta Norma uma das aes do agente fiscalizador, no monitoramento da gerao e destinao da vinhaa pelos empreendimentos produtores de etanol. Os itens 5.7.1 e 5.7.2, desta Norma, tornam obrigatrio o encaminhamento CETESB (Companhia Ambiental do Estado de So Paulo), para fins de acompanhamento e fiscalizao, at o dia 02 de abril de cada ano, o PAV (Plano de Aplicao de Vinhaa). Com o intuito de proporcionar melhor entendimento da Norma P4.231, contribuir para otimizao de sua aplicabilidade e melhoria e perceber a realidade prtica da aplicao da vinhaa, foram analisados PAVs protocolados na Agncia Ambiental de Piracicaba, licenas concedidas, processos de licenciamento e realizadas vistorias a campo. Conclui-se que a Norma P4.231 representa um avano no gerenciamento do uso da vinhaa no Estado de So Paulo, por disciplinar a disposio de vinhaa no solo, tornando obrigatrios: demarcaes de reas protegidas e ncleos populacionais, caracterizao de solo e da vinhaa, doses mximas a serem aplicadas, estudos da geologia e hidrogeologia locais, monitoramento das guas subterrneas, impermeabilizao de tanques e dutos. Estabelece critrios a serem obedecidos por lei, e todos so condutas de boas prticas de proteo ao meio, que repercutem em maior rentabilidade agrcola e industrial. A Norma P4.231 bem elaborada, complexa e extensa, o que a torna de difcil execuo. Para facilitar sua aplicabilidade, sugere-se o estabelecimento de um cronograma de prioridades: impermeabilizao dos tanques e dutos, drenos testemunha com funcionamento otimizado e boa caracterizao do que est sendo aplicado, se vinhaa pura ou se misturada a guas residurias. Das oito empresas deste estudo, apenas quatro (as maiores) vm protocolando os PAVs com regularidade, desde 2005. As informaes apresentadas foram incompletas e, em alguns casos, precrias. Mesmo com lacunas, os dados fornecidos, desde o incio da obrigatoriedade do PAV, foram de utilidade para esboar o perfil da atividade sucroalcooleira na regio estudada.

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Diante das presses sociais pela diminuio dos altos ndices de degradao ambiental, novos conceitos ganharam fora e, assim, novas tendncias surgiram no mundo contemporneo dos negcios entre elas a da sustentabilidade. Nesta perspectiva, dada realidade da economia brasileira relativamente ao nmero de empresas certificadas, considerando a evoluo da certificao em nvel mundial e, a importncia do setor sucroenergtico no agronegcio brasileiro, o presente trabalho teve como objetivo identificar a importncia das certificaes da Usina Alta Mogiana, tendo por base a ISO 9001, ISO 14001, BONSUCRO, CRDITO DE CARBONO, OHSAS 18001 e FSSC 22000, que so esquemas adotados. Foi aplicado um questionrio com intuito de capturar a percepo dos gestores sobre a influncia e impacto que estes seis certificados causaram, procurando identificar quais os principais aspectos na adoo de cada certificao. A anlise do questionrio nos permitiu extrair concluses referentes motivao na busca de certificaes, impactos no mercado e na gestão da usina, resultados mensurveis e aspectos negativos.

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A mandioca (Manihot esculenta Crantz) uma planta cultivada predominantemente para a subsistncia dos trabalhadores rurais sendo uma das principais fontes de carboidratos disponveis aos estratos sociais de baixa renda e tem importante participao na gerao de emprego e renda. O Estado do Par destaca-se pelo volume de produo de mandioca, mas o cultivo ainda est voltado essencialmente para a subsistncia sendo pouco explorado como matria prima em derivados industriais e insumo para enfrentar problemas globais como a fome, a degradao ambiental e a produo de energia, gerando emprego e renda para comunidades locais e rurais. Este estudo tem como objetivo avaliar como est se desenvolvendo a organizao de produtores rurais de mandioca da Associao de Desenvolvimento Comunitrio e Rural Bom Jesus, atravs do modelo de gestão de cadeia produtiva e compreender em que medida se justifica economicamente o cultivo de mandioca. A pesquisa de natureza exploratria e descritiva e por meio do questionrio e entrevista aplicado a 17 produtores rurais juntamente com a fundamentao terica sobre o entendimento contemporneo de cadeia produtiva foram percebidos evidncias que justificam economicamente, em parte, o cultivo da mandioca. A gerao de postos de trabalhos para as mulheres, a utilizao de resduos como incremento no arranjo produtivo, a apoio da extenso e do crdito rural, e as vantagens advindas da organizao dos produtores rurais proporcionando renda e produo constantes no campo, foram os fatores considerados. Porm, a necessidade de inovaes tecnolgicas, parcerias com os setores industriais, arranjos produtivos mais rentveis, mecanizao do plantio e da colheita, os problemas ambientais (resduos txicos e desmatamento) e de acesso pesquisa, o nvel de escolaridade, e a cooperao entre os agricultores, so desafios reais a serem enfrentados e o fator decisivo o apoio governamental. Este estudo demonstra a realidade de uma sociedade quase sempre marginalizada e esquecida pelas polticas pblicas. Alm da varivel econmica, a avaliao das culturas produtivas deve passar pelos filtros de anlise social e ambiental, pois assim, nos permite com maior exatido compreender os problemas reais da nossa sociedade, em especial da vida na Amaznia.

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O propsito deste estudo compreender como os diferentes membros gerenciam o risco na cadeia de suprimentos global. Por meio de um estudo multicaso na cadeia de exportao da manga brasileira para os Estados Unidos foram investigados os elos fornecedor, exportador, operador logstico e importador. Foi desenvolvido um protocolo de pesquisa conforme sugestão de Yin (2010) e adaptao de instrumento de coleta de dados semi-estruturado de Christopher, et al. (2011). A partir de entrevistas com organizaes de apoio ao objeto da pesquisa, foi selecionado a amostra de empresas nas quais o fenmeno de gestão do risco poderia ser melhor observado. Baseado nas classificaes de tipo de risco elaboradas por Christopher et al. (2011), sugerida uma nova organizao das categorias de risco (demanda, suprimentos, processo e controle, ambiental e sustentabilidade). Este trabalho apresenta uma descrio da cadeia de exportao de manga, bem como os principais riscos e as estratgias mitigadoras de risco empregadas pelos quatro membros da cadeia estudados. Conforme regra de Sousa (2001), foram realizadas comparaes entre os tipos de risco e estratgias mitigadoras observadas na cadeia de suprimentos. Por fim, o estudo mostrou que a gestão do risco heterogenia entre os membros da cadeia, o exportador o mais penalizado pela consequncia de risco cadeia e a colaborao a principal forma observada de mitigao.