54 resultados para Ave Reprodução


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O presente trabalho teve por objetivos: i) examinar por meio de que mecanismos se d a inculcao da cultura secundria na escola primria; ii) verificar os efeitos desta inculcao nas representaes da clientela que frequenta a escola; iii) verificar at que ponto a escola est cumprindo sua funo de reprodução das classes culturais dominates da sociedade. Neste estudo, consideramos o processo educacional como a inculcao, nos alunos, dos valores da classe dominante da sociedade por meio do exerccio da Violncia Simblica, que caracteriza a ao pedaggica, e a escola como o ambiente formal e institucional onde se processam, de modo legtimo, as relaes de dominao e de inculcao dos padres culturais desses grupos ou classes, por intemdio das professoras, agentes tambm legtimos desse processo de inculcao do arbitrrio cultural. Todo o estudo foi caracterizado por um enfoque antropolgico, guiado pela observao participativa junto ao grupo e rea selecionados para estudo. Verificou-se que a escola, atravs de suas prticas, inculca nos alunos aspiraes que so tpicas da classe dominante da sociedade. Estas aspiraes foram manifestadas em suas representaes. Observou-se, ainda, que a escola, por intermdio de seus agentes, atribui o fracasso escolar dos alunos unicamente a seu ambiente cultural (primeira socializao), que no refora os contedos que a escola ensina. Alm disso, observou-se que, aps muitos anos de magistrio, a tendncia das professoras tambm se aculturarem ao meio onde trabalham, gerando no processo de ensino a possibilidade da ocorrncia daquilo que chamamos de transgresso do cdigo de violncia simblica. Como este trabalho trata-se de um estudo de caso, seria conveniente que o mesmo tema fosse pesquisado em outras configuraes, principalmente se se tiver como objetivo testar o grau de generalidade das caractersticas constatadas a partir deste estudo particular.

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A presente dissertao centra-se na anlise do processo de "excluso" - integrao" a que esto submetidas as populaes ribeirinhas no estado do Amazonas, e busca reconhecer o seu campo de autonomia como mecanismo bsico de sua reprodução, isto , como vivenciam e respondem as formas concretas de subordinao." O trabalho foi desenvolvido na regio do mdio Amazonas, no municpio de Iranduba onde ocorreu uma interveno do Estado atravs da criao de um Ncleo de Colonizao. Dirigida em terra firme e da implantao do Projeto Cidade Hortigranjeira de Iranduba, em 1976. Essa interveno aqui tratada como Travessia dos Ribeirinhos.

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O objetivo deste estudo foi o de investigar a criao de uma "cultura" pedaggica, com e sem a influncia do professor, sujeito de status definido institucionalmente. Com tal finalidade, foi montado um cenrio experimental com sujeitos distribudos em Grupos de Controle e Experimentais, estes ltimos contando com a participao de uma professora, previamente instruda, para exercer influncia. Segundo a estratgia usada, os sujeitos realizaram o Exerccio de Deciso por Consenso, atravs de interpretaes e classificaes, que foram consideradas as "culturas" criadas pelos grupos, com e sem a influncia do professor. Os dados emprico recolhidos e analisados segundo uma Abordagem Fenomenolgica permitiram concluir que a atuao do professor decisiva para influenciar o comportamento dos alunos e que esta influncia pode ser atribuda preponderadamente ao status a ele conferido. A literatura revista possibilitou ainda uma anlise crtica do papel de modelador exercido pelo professor (Abordagem Modernizante), bem como do processo de reprodução da cultura dominante nesta tarefa (Abordagem Alternativa). Desta forma, os dados empricos e as teorias analisadas permitiram concluir que a "cultura" pedaggica, criada seja na presena seja na ausncia do professor, no isenta e tampouco apoltica.

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A experincia da vida escolar no magistrio pblico da rede oficial de ensino em bairros populares do Rio de Janeiro conduz a uma reflexo sobre os limites e possibilidades desta instituio. As normas que nela prevalecem, praticadas como se pensadas desde sempre, inibem desde o incio os espaos de escolha, criatividade e pensamento das crianas. O prprio "saber escolar", apresentado como eterno, a-histrico e nico possvel, segue caminhos que nada tm a ver com os questionamentos e as experincias dos alunos. A maneira pela qual a Escola se encontra estruturada em nossa sociedade conduz desvalorizao do pensamento concreto - do pensar fazer - e impe formas abstratas para a aquisio de conhecimentos acabados. A Escola tem-se mostrado incapaz, tambm, de repensar uma forma de organizao que no seja a repetio mecnica ou reprodução das formas de organizao social j estabelecidas nessa sociedade. A cultura oficial impe Escola a predominncia da razo lgica como a nica forma possvel para o pensamento. Mas o pensar encerra possibilidades mais amplas que apenas a sua forma de raciocnio lgico. Experincias concretas, realizadas em sala de aula no municpio do Rio de Janeiro, apontam para uma nova forma do fazer/pensar no processo educativo.

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no interior das relaes sociais capitalistas que situamos e buscamos compreender a Formao e a Prtica do Educador. Marcadas pelas contradies inerentes s relaes de dominao, a Formao e a Prtica do Educador refletem e expressam essas contradies. Assim, a formao que o educador recebe e a prtica que ele desenvolve como trabalhador da educao, ao mesmo temoo em que reproduzem as relaes de dominao, podem contribuir para a transformao dessas relaes. Partindo deste pressuposto, o nosso trabalho prope uma reflexo sobre a interferncia da formao do educador na sua prtica diria junto s classes populares. A suposio de que o instrumental terico/metodolgico veiculado pelos cursos de formao pouco contribui para o educador desenvolver e analisar a sua prtica junto s classes populares e de que, assim, pode contribuir para o fracasso escolar dessas crianas foi trabalhada, tendo como base de informaes a experincia de dois projetos educativos. Um deles envolve o Curso de Pedagogia da Universidade Santa Ursula, e o outro, o "MEC/USU", integrando a Universidade e escolas pblicas de 1o grau no Municpio do Rio de Janeiro. O processo de anlise nos permitiu, por um lado, concluir que existe uma coerncia, unificada pela ideologia do sistema, entre o tipo de formao alienada e diluda dos educadores e sua prtica junto as classes populares, evidenciando que esta formao e esta prtica contribuem para a reprodução do "status quo". Por outro lado, constatamos a presena de elementos indicadores de postura critica, o que revela a existncia de contradies no interior do curso de Pedagogia e das escolas de 1o grau, demonstrando a possibilidade de a Formao e a Prtica do Educador contribuir para as transformaes educacionais, sociais, politicas, econmicas e culturais no bojo das contradies do processo histrico, na medida em que estes indicadores forem trabalhados e reforados.

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Este trabalho resultado de uma pesquisa exploratria. Pesquisa esta, que tem como pressuposto bsico, a vinculao entre educao e reprodução da fora de trabalho. E tambem como educao e conscincia/no-conscincia andam juntas. Preocupamo-nos basicamente como a questo conscincia/educao colocada para as camadas populares. Fizemos ento a anlise de caso para o "Jardim da Esperana". Conjunto feito para as camadas populares em Aracaju/Se. Observamos ento como um dos elementos fundamentais para a reprodução do trabalho - a habitao, pela importncia estratgica que assu me diante das outras necessidades, local privilegiado de educao/conscincia. Local que tomado pela burguesia. Levantamos a histria do "Jardim da Esperana", atraves dos jornais, o que nos levou a uma constatao prelimi nar, qual seja: os projetos educativos, destinados as camadas populares, so sempre desmobilizantes polticos dessas mesmas camadas.

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Esta monografia tem como objetivo principal o exame da tendncia ao esgotamento do modelo de crescimento da agricultura nordestina baseado nas atividades de subsistncia. Procura, a partir de uma base terica calcada no recente desenvolvimento das relaes de produo capitalistas no Nordeste, explicar a perspectiva da perda de dinamismo do processo de crescimento agricola extensivo na regio, cujo suporte tem sido a pequena unidade familiar de produo. Dessa forma, ao se substituir as ditas relaes de produo "pre-capitalistas" ainda vigentes tipo pequeno arrendamento; parceria, morador, etc. pelo trabalho assalariado, o resultado tem sido o aumento do desemprego rural e a queda no ritmo de crescimento da produo bsica de alimentos. Neste sentido, .contesta-se a teoria atraves da qual o fraco desempenho, em anos recentes, do setor agrrio regional reputa do completa ausncia de modernizao do setor. Na realidade, o cerne da questo se assenta cada vez mais na crescente impossibilidade d acesso terra pelo pequeno agricultor do Nordeste . As .consequncias desse processo tem sido a expulso do homem do campo e a sua subproletarizao no espao urbano. Dessa forma contesta-se, tambem, a concepo pela qual se explica que o deslocamento de populaes de reas rurais para as cidades ~ devido s melhores oportunidades de emprego e a possibilidade de uma vida mais confortvel nestas Na verdade, o chamado xodo rural ~ uma forma de mistificar a expulso pura e simples .do pequeno agricultor do campo. Procura-se, enfim, luz da bibliografia existente e a partir de dados empiricos, mostrar que est tendendo para a inexequibilidade a reprodução extensiva do crescimento histrico da agricultura nordestina.

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O trabalho destina-se a caracterizar e a delinear o contedo expresso no texto das Leis Orgnicas dos Ensinos Industrial, Comercial e Agricola, respectivamente, Decreto-lei n9 4.073 de 30 de janeiro de 1942, Decreto-lei n9 6.141 de 28 de dezembro de 1943 e Decreto-lei n9 9.613 de 20 de agosto de 1946 e a sua vinculao com o contexto politico-socio-econmico-administrativo-educacional. O estudo e esquematizado em quatro capitulos. Os dois pr1me1ros capitulos seguem a linha de investigaao historica, sendo focalizadas as evolues do ensino profi~ sional brasileiro e dos variados aspectos do contexto para posicionar o texto das Leis Orgnicas dos Ensinos Industrial, Comercial e Agricola. Os dois ltimos capitulas tem como escopo aflorar a ideologia do texto dessas leis orgnicas, sendo que o terceiro capitulo apresenta a anilise de discurso do texto em evid~ncia, enquanto que o quarto capitulo analisa e interpreta as premissas ideologicas entre o texto das leis organicas e o contexto. Os quatro capItulas visam aos fatos e as ideias formuladas e sedimenta das pelo contexto, atravs do texto das Leis Orgnicas dos Ensinos Industrial, Comercial e Agricola. A pesquisa evidencia que o texto das Leis Orginicas dos Ensinos Industrial, Comercial e Agricola empreende perfeitamente as funes ideologicas elaboradas pelo gover no para atender i realidade do Estado Novo atraves da sedi mentao da ordem vigente e dos mecanismos de conservaao e de reprodução sociais, apesar de ser constatada eial alienao is necessidades da efetivao do a parprocesso de industrializao no Pais e da construo de um modelo de sistema educacional adequado ao sistema geral de produao e de acordo com o progresso social exigido pelo contex to.

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Esta dissertao evidencia que existe uma importante parcela dos setores populares na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, cuja ao no se limitou a aceitar passivamente as decises e aes do Estado. Mas, nas tentativas de se tornarem protagonistas ativos de seu processo histrico esbarraram em vrias dificuldades das quais, talvez a maior, tenha sido o "esvaziamento " das formas organizativas de seus movimentos. Por outro lado, objetivamos identificar nesta regio e, principalmente no seu meio rural, a dimenso histrica da educao, no sentido desta no apenas ser modificada no curso do prprio processo histrico mas, tambm, da possibilidade real de ser um dos agentes modificadores. Alm disso, este estudo se desenvolveu apontando para a necessidade de se analisar as "relaes de fora", em momentos ou graus, que na dinmica do movimento histrico da sociedade, combinam-se, alternam-se e entrelaam-se. Assim, procuramos desvendar o inventrio da regio partindo desde os seus primrdios, passando pelos primeiros imigrantes europeus e a sua absoro pelas fraoes de classe na dinmica histrica que se desenvolveu, contextualizando a problemtica nacional e internacional. Analisamos, tambm, as tentativas de organizao dos movimentos sociais tomando como referencial a "Comuna de Paris" e as anlises de Marx a seu respeito, bem como os conceitos de qualidade e pobreza poltica. No relato e estudo dos diversos casos fomos levados discusso do papel do Estado e de suas variadas formas de interveno, onde afloram o c1ientelismo e o assistencialismo. Ao analisar as relaes e representaes da escola com a sociedade civil, deparamo-nos com o movimento reivindicatrio dos professores por melhores salrios, melhoria da educao e outras propostas. Na nsia de obter recursos mnimos para o seu funcionamento, a escola apelou para a comunidade que a cerca, porm, determinando o padro de participao comunitria resultando da, um rompimento. Assim, na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, como no resto do Brasil, a escola e as instituies em geral. vm cumprindo seu papel de reforo e reprodução da estrutura de classes da sociedade. Durante a pesquisa e na construo desta dissertao adquirimos uma convico que no diz respeito somente regio estudada: a formao da cidadania passa pela educao. Mas ela no ensinada na escola. Ela surge da luta construda objetiva e obstinadamente nas reais possibilidades do dia a dia, no universo do qual a escola faz parte. A luta por uma escola melhor e parte da luta por uma sociedade melhor.

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O objetivo deste trabalho entender o processo de institucionalizao do curso de graduao em Administrao de Empresas da Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade da Universidade de So Paulo (FEA-USP), tendo como referencial terico o modelo de Barley e Tolbert (1997). Explorando aspectos histricos para tentar explicar o esprito do tempo (Zeitgeist) e ilustrar o processo de surgimento de uma nova graduao para a USP, a metodologia do estudo de caso (YIN, 2001) foi a escolhida por permitir uma maior gama de recursos de pesquisa. Dessa forma, o trabalho analisou as Atas de Reunio da Congregao da poca (1946-1965), entrevistas colhidas com quinze pessoas entre protagonistas e observadores da histria desta instituio durante o perodo analisado, jornais publicados pelos prprios alunos da Faculdade e bibliografia sobre o assunto. Utilizando-se de conceitos presentes em Giddens (1979, 1986), Machado-da-Silva, Fonseca e Crubellate (2005), DiMaggio e Powell (1983), Hardy e Maguire (2008), Khurana (2007), entre outros autores que trabalham com a Teoria Institucional, o processo de institucionalizao do curso de Administrao de Empresas na FEA-USP analisado, relacionando-se a literatura disponvel com os fatos encontrados em documentos e depoimentos colhidos. Alguns acontecimentos chamam a ateno, como a demora em mais de uma dcada para a fundao da FEA dentro da USP, a ligao da cadeira de Cincia da Administrao com o Instituto de Administrao (IA), que teve sua gnese a partir do Departamento do Servio Pblico (DSP), rgo ligado ao Governo do Estado de So Paulo. Singularidades parte, houve pessoas e situaes necessrias para que o curso surgisse na USP apenas a partir da dcada de 1960. Nesse sentido, os papis desempenhados pelo Prof. Antnio Delfim Netto e pelo Prof. Ruy Aguiar da Silva Leme so explorados com maior detalhamento, tendo em vista o grande impacto que suas decises tiveram no processo de criao e estabelecimento da carreira de administrao. De fato, tem-se que as instituies, com nfase nesta pesquisa sobre a FEA-USP, so locais propcios para o estudo da mudana e que os atores sociais atravs de suas aes empreendidas so capazes de gerar modificao ou reprodução do status quo dentro destes estabelecimentos. As instituies constituem possibilidades para aqueles que a compem ao mesmo tempo em que constrangem aes e so necessrias na sociedade tal qual como apresentada na modernidade.

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Os nveis de julgamen to dos alunos de 1 2 , 22 e ,:3 2 graus de ensino da Rede de E'sco las Particulares e da ~~ndao Universitria da cidade de Lages - Santa Catari ~a -, um estudo terico e de investigao prtica, que -pretende verificar e discutir as relaes entre a quali~ . dade ou maturidade de julgamento .. ' . e as var~ave~s idade grau de escolaridade, capacidade intelectual e nvel s- --ci.o-econmico dos alunos ,sujeitos da pesquisa. A amostra foi sorteada aleatoriamente entre to- dos os alunos da 8! srie do 12 grau, 2~' srie do 29 grau e 3! srie do 3 2 grau, num percentual aproximado de 20% da populao total visada. Constituiu-se, assim, uma amos tra de 152 sujeitos, extTa{da de uma populao de 898 a~ . . lunos. Os objetivos especficos que orientaram o estu- , ." ... . .' ,.., . do resumem-se na anal~se e discussao das relaoes entreo nvel de julgamento e as demais variveis, isto , ida~ de, grau de escolaridade, capacidade intelectual e nvel scio-econmico dos ,alunos pesquisados. Os resultados indicam que: 1) a maioria absolu- , ta dos sujeitos tanto de 12 e 22 graus qcinnto os de .j2 grau no alcanou'os nveis de julgamento mais maduros - ou seja - julgamento imaginativo-explicativo e imaginati vo-explicati vo-compreensi vo. .2) Os sujei tos revelam -a- centuada dificuldade de raciocnio e julgamento' em ,rela o ao texto-teste de estrutura lgica. 3) As variveis' ~dade, grau de escolaridade, nvel 56cio~ecortmico rela- ',c~onam-se,. em geral, positivamente com o nvel de julga- ~mento, embora, no caso desta pesquisa, essa relao seja :fraca, possivelmente em funo da pou.ca disperso ougra!! de homog'eneic.ade' dos escores obtidos pelos sujeitos. Es- -sa homogeneidade de resultados levanta problemas que me- receriam novos estudos para maiores esclarecimentos sobre as condi;es de desenvolvimento do processo de julga- mento, sejam internas ou externas escola. so levantadas questes relativas, principalmen- te, ao da escola, aos livros textos nela utilizados s condies precrias dos professores, concepo tradi cinal de educao e sobre o sistema ou contexto social a tual dentro do qual a escola um sub-sistema. so sugeridas, no final do trabalho, pesquisas e estudos que visem amplioar o c onhecimento a raspei to do d~ senvolvimento do processo de julgar, bem como, pesquisas que procurem relacionar o nvel scio-econmico do profes sor e a quantidade e qualidade de leituras feitas por ele com o desempenho dos alunos.

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Este trabalho investiga o sucesso como um processo de construo social, a partir da anlise de mais de seiscentas edies da revista Exame ao longo de trs dcadas. O argumento proposto na pesquisa que o conceito de sucesso faz parte da cultura do management que, em conjunto com tecnologias administrativas, foi introduzida no Pas, sobretudo a partir dos anos cinquenta. A perspectiva ps-colonialista adotada permite contextualizar a importao de prticas e princpios gerenciais que compreendem o gerencialismo, a cultura do empreendedorismo e o culto da excelncia. Nesse processo, destacamos o papel da mdia na difuso, legitimao e co-produo desse iderio, a partir da descrio do desenvolvimento do conceito de sucesso nos Estados Unidos e de sua reprodução no imaginrio social brasileiro. Ressaltando os problemas trazidos por uma definio do sucesso ligada a aspectos extrnsecos e materiais, e reconhecendo que estudos funcionalistas ainda no ofereceram caminhos para ampliar o termo com elementos de ordem subjetiva, propomos que o sucesso seja visto como uma instituio. Por atribuirmos posio central linguagem no processo de construo social, a base emprica desta pesquisa est fundamentada nas prticas discursivas mais precisamente, nos repertrios lingusticos da mdia de negcios, dado seu papel na circulao de contedos simblicos. A anlise dos editoriais do perodo de 1971 a 1998 mostrou trs fases da publicao: uma em que ela se promovia; outra em que se legitimava como porta voz das empresas e uma terceira, marcada pela personalizao, quando os responsveis pelo veculo apareciam com toda sua pessoalidade, refletindo um deslocamento do foco da revista, das organizaes para os indivduos movimento pelo qual a ideia de sucesso tambm passou. A anlise das reportagens demonstrou que o sucesso ganhou relevncia nos anos noventa e permitiu traar um retrato do bem-sucedido segundo a Exame, a saber: como um homem empreendedor e ambicioso, branco, magro e bem aparentado, maduro nos anos setenta e jovem nos noventa, que tem alto cargo, bom salrio e empregabilidade, mas vida pessoal conturbada. A anlise das capas reforou essas impresses. Se no encontramos discrepncias na definio do sucesso ao longo da anlise, percebemos a valorizao do conceito e tambm que o sentido assumido para o termo corresponde ao sucesso norte-americano a partir dos anos trinta, relacionado capacidade do indivduo de impressionar, mais do que a seu carter. No contexto brasileiro do fim do sculo XX, esse sucesso atende demandas de flexibilizao do trabalho: cada um um negcio e precisa se vender. A cultura do management, to presente na publicao, justifica essa dinmica com uma viso de mundo que sustenta um sentido do sucesso com repercusses individuais reconhecidamente negativas. Tudo isso evidencia que o Brasil absorveu um sucesso made in USA, adotado e difundido pela revista Exame. Ligado a recompensas objetivas, diante de tantas possibilidades interpretativas, esse sucesso institucionalizado atendeu interesses organizacionais, formando individualidades voltadas para esforos produtivos. Na descrio dessa dinmica est nossa contribuio para a desnaturalizao do sucesso, convidando a configuraes inditas e alternativas para o termo.

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o tema central da presente monografia "Para a construo do espao geogrfico na criana". Na realizao deste estudo , tentou-se atravs da anlise do conceito do espao-tempo , da aplicao da epistemologia gentica e da pesquisa realizada sobre um espao concreto-real, aclarar o processo de construo dos conceitos ao nvel da cincia e do desenvolvimento da criana, para chegar a uma concepo de espao, objeto de estudo Geografia. Essa concepo de espao, em que ressalta o "aspecto construtivo" do conhecimento poder ser utilizada nas escolas, possibilitaro ao aluno atuar como sujeito deste processo. A pesquisa quarta sries do 19 foi realizada com alunos de terceira e Grau (quarenta alunos) entre a faixa etria de nove a quatorze anos de idade , de quatro escolas, trs escolas pblicas municipais e uma escola particular de orientao montessoriana , situadas nos bairros de Ipanema e Copacabana , do Rio de Janeiro, no perodo de maro a dezembro de 1980 . Para anlise dos "aspectos figurativos e operatrio" relacionados construo do espao pelo criana foram construdos instrumentos ligados s atividades escolares e experimentos de J. Piaget adotados para o espao m::-bano escolhido. Para interpretao dos dados coletados foram empregados estudos e pesquisas realizadas por Jean Piaget. e seus colaboradores, bem como as seguintes contribuies~ de Luquet Piaget sobre o espao grfico; de Kelvin Lynch sobre a imagem urbana, e a de Gilberto velho para a comparao dos aspectos ideolgicos na representao do bairro de Copacabana.

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A Constituio da Repblica, em seu artigo 215 determina que o Estado garanta a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, alm de apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais. Este trabalho tem como objetivo analisar como a festa oficial utilizada para fins polticos-eleitoreiros. A pesquisa de campo contou com a observao no participante nas festas juninas de Mossor, Patos, Campina Grande, Caruaru e So Luis. A partir dos resultados da fase de observao, a coleta dos dados primrios ocorreu nos municpios de So Luis e Campina Grande, sem a inteno de comparao entre os respondentes. As informaes obtidas com as entrevistas foram alvo de uma anlise de contedo, momento em que se revelaram percepes, valores e novos elementos a serem analisados a partir da categorizao das falas dos informantes. Sob a alegao do apoio e incentivo s manifestaes, o governo vem consolidando um processo de apropriao da cultura tradicional e popular, criando nos atores e grupos culturais uma dependncia que leva sujeio. Como resultado, o governo passa a dominar a cena cultural classificando e comandando a reprodução das manifestaes da cultura tradicional e popular, com favorecimentos e discriminaes, na constante campanha que se desenrola de forma explcita, em discursos e na prpria atuao dos atores polticos. O governo deve agir no campo cultural, de modo que permita o pleno exerccio dos direitos culturais de todos, conforme mandamento constitucional. Entretanto, sua atuao como produtor cultural prescinde da participao social, e a festa oficial, mais do que atender s necessidades e demandas culturais, vem justificando uma interveno indevida e direcionada a questes de interesse poltico, principalmente para vincular a imagem do governo cultura, na qualidade de seu protetor. Essa comprovao ajuda a responder o problema formulado e confirma a tese de que a festa oficial o meio de apropriao da cultura tradicional e popular para fins de uso poltico-eleitoreiro.

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A possibilidade da economia se tornar mais matematizada se iniciou com a revoluo marginalista no final do sculo XIX. Entretanto, efetivamente, o processo de matematizao do discurso econmico apenas teria se propagado, segundo MIROWSKI (1991), a partir de 1925. A fim de tentar elucidar como se deu esse processo e quando teria ocorrido no Brasil que escrevemos trs ensaios crticos sobre o tema. O objetivo do primeiro ensaio o de tornar mais acessvel aos estudantes e pesquisadores brasileiros uma questo que tratada de maneira pouco orgnica em nosso pas, e tambm incentivar novas pesquisas. Trata-se da discusso sobre as principais influncias da crise da matemtica e da fsica do final do sculo XX sobre o discurso econmico. Para verificar como isso se deu, investigamos os textos de alguns dos principais autores que tratam do tema. E da buscamos elucidar as diferenas de rigor entre os diferentes modelos fsicos matemticos antes e depois da fsica quntica e da geometria no euclidiana, bem como seus impactos na teoria do equilbrio geral. No segundo ensaio, iniciamos definindo os principais benefcios gerados pela matematizao da economia, proclamados por alguns dos defensores do avano do processo de formalizao matemtica sobre o discurso econmico. Em seguida, apontamos as crticas mais tradicionais a esse processo de matematizao. Depois nos concentramos nas crticas mais recentes de GILLIES (2005) sobre a prevalncia de nmeros operacionais em economia. Para afinal, analisarmos a crtica de BRESSER-PEREIRA (2008) que considera o mtodo hipottico-dedutivo utilizado pelo mainstream inadequado economia. Por ltimo, de maneira tentativa, tendo em mente as definies de BRESSER-PEREIRA (2008), buscamos associar a reprodução do mtodo hipottico-dedutivo a um processo metaterico deflagrado pela teoria do equilbrio geral. No nosso terceiro ensaio, buscamos verificar como a formalizao matemtica avanou na cincia econmica brasileira nas trs ltimas dcadas. Para observar isso, classificamos em diversas categorias todos os artigos publicados em trs das principais revistas de economia do pas (Revista Brasileira de Economia, Estudos Econmicos e Revista de Economia Poltica), bem como as publicaes efetuadas nos encontros da ANPEC (Associao Nacional dos Centros de Ps-graduao em Economia) desde 1981 at 2010, de acordo com o tipo de argumentao utilizada. O total de artigos analisados soma 5.733. Procuramos observar quando houve um ponto de inflexo na trajetria do discurso econmico, tornando-o mais matemtico. Por fim, para atestar nossas concluses, focamos o processo de matematizao na observao da varivel quantitativa: equaes por artigo.