435 resultados para Brasil política e governo 1964-1985
Resumo:
O presente trabalho busca analisar os motivos pelos quais o Estado realiza parceria com organizações da sociedade civil na prestação de serviços públicos. Para tanto, tomamos como exemplo a polÃtica pública nacional de combate ao HIV/Aids, capitaneada pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, tido como referência na realização de parcerias com estas organizações. A análise é conduzida tentando responder três questões básicas: os motivos da parceria, as áreas ou as modalidades de serviço onde esta parceria ocorre e como se dão os mecanismos de contratualização. O trabalho mostra a construção de uma polÃtica de parcerias a partir da constatação das dificuldades do Estado em prestar diversos serviços dentro desta polÃtica, serviços estes que já eram executados com sucesso por muitas organizações não-governamentais. A partir disso se estabelece uma espécie de divisão de trabalho, na qual as ONGs desempenharão diversas atividades no campo da prevenção, assistência e direitos humanos, notadamente com as chamadas populações mais vulneráveis à epidemia. Após vários anos centralizada no governo federal, esta polÃtica passa por um processo de descentralização, inserindo de forma mais definitiva os nÃveis estadual e municipal de governo. No bojo deste processo, percebe-se um conflito ainda não resolvido a respeito da ¿titularidade¿ destes serviços: se serão incorporados pelo Estado ou se continuarão sendo executados pelas ONGs. Apesar disso, a polÃtica de descentralização foi pactuada de forma a se garantir que um percentual mÃnimo de recursos destinadas a cada unidade da federação seja destinado ao apoio de projetos destas organizações, representando uma institucionalização desta polÃtica de parcerias.
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Esta pesquisa analisa as relações entre a polÃtica doméstica e a polÃtica internacional na questão do acesso a medicamentos para o tratamento de HIV/AIDS, focalizando o caso pátrio. Argumenta-se que há um descompasso na estratégia brasileira que, se por um lado, resultou em uma posição de liderança e significativas vitórias no plano externo, por outro lado, não refletiu a mesma preocupação na criação de capacidades internas para a efetiva implementação desses avanços.
Resumo:
O presente trabalho analisa a formulação das polÃticas culturais no Brasil a partir da análise de dois casos bastante distintos: as leis de incentivo, formuladas no inÃcio da década de 1990, na esteira do neoliberalismo, e o Programa Cultura Viva, formulado no ano de 2004, no primeiro mandato do Presidente Lula. A partir da análise detalhada do contexto de formulação de cada uma das polÃticas culturais, bem como dos públicos efetivamente atendidos e dos valores disponibilizados, mostramos tratarse de duas formas de polÃticas culturais que apontam para diferentes horizontes em termos de cidadania cultural. Na questão das leis de incentivo, analisamos a passagem do modelo fordista de acumulação para a acumulação flexÃvel, relacionando a importância das estratégias de branding para as novas formas da cultura do consumo. No caso do Programa Cultura Viva, analisamos quais os grupos privilegiados, delimitando os alcances e limites dessa polÃtica. Em nossa abordagem, apoiamo-nos no referencial gramsciano de hegemonia, relacionando-a fortemente com a cultura numa sociedade de classes. Dada à singularidade do conceito de sociedade civil na abordagem do pensador italiano, além da evidente relevância que essa esfera assume com o ideário neoliberal, faz-se necessário uma análise histórica de sua evolução, na busca de evidências que apontem para uma polÃtica emancipatória a partir das ações nessa esfera, e no seu relacionamento com o Estado e o mercado.
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O projeto Uma Biblioteca em cada MunicÃpio, concebido e implementado pelo Ministério da Cultural, gestão Francisco Weffort, governo FHC (1995-2002), objetivou ampliar o acesso ao livro através da abertura e revitalização de bibliotecas públicas por todo o Brasil, mediante convênio com municÃpios. Reconstruindo as suas origens, o processo de implementação e os debates suscitados, o texto analisa o projeto considerando as especificidades do campo cultural no Brasil e as dificuldades, comumente encontradas pela administração pública, na elaboração e implementação de polÃticas para o campo cultural. Escolheu-se, para a realização da análise, apenas os municÃpios do Estado de São Paulo.
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Este trabalho tem por objetivo a análise do sistema de arrecadação tributária no Brasil do ponto de vista de sua transparência. Este tema é discutido no contexto das reformas do Estado e à luz da problemática democrática. Nessa perspectiva, é analisada a administração tributária quanto ao aspecto da transparência como requisito da democracia, na relação entre fisco (Estado) e contribuinte (cidadãos). Tomam-se como ponto de referência as medidas adotadas a partir de 1995, que tinham por finalidade dotar a administração pública de melhores instrumentos de gestão, visando ao aumento da arrecadação dos tributos, buscando, ao mesmo tempo, colocar à disposição da sociedade melhores formas de acesso ao aparato tributário. O ICMS no estado de São Paulo é utilizado como a referência principal. Justifica-se o estudo pelo fato de que, no processo de redefinição do papel do Estado, a área tributária é uma das menos estudadas sob o aspecto democrático e é, ao mesmo tempo, uma das que mais atingem a sociedade brasileira.
Resumo:
O objetivo geral desta dissertação é analisar a influência do crédito imobiliário no desenvolvimento habitacional do Chile e Brasil, considerando também as diferenças institucionais e econômicas dos dois paÃses. O capÃtulo 1 inicia a discussão dos fatores determinantes do desenvolvimento habitacional descrevendo a história de financiamento imobiliário nos dois paÃses. É dado destaque também para as polÃticas sociais e os arcabouços institucionais que afetam a dinâmica do desenvolvimento habitacional. O segundo capÃtulo apresenta os modelos tradicionais de equilÃbrio no mercado habitacional, todos baseados na premissa de mercado de capitais perfeito. Na seqüência da análise, é apresentada teoria de mercado de crédito racionado, proposta de Stiglitz e Weiss (1981), da qual se deriva um modelo de racionamento de crédito para projetos imobiliários. Nessa abordagem, a assimetria de informação, as restrições de riqueza, a falta de liquidez, a não satisfação de direitos de propriedade e de salvaguardas legais que garantam o adimplemento de contratos tornam o crédito imobiliário racionado. Por fim, propõe-se um modelo de equilÃbrio no mercado habitacional em que o crédito é racionado. A taxa primária de juros, a disponibilidade de fundos e o desenvolvimento institucional determinam a taxa de juros de empréstimo, de forma independente do nÃvel de demanda por crédito, caracterizando um mercado em que a taxa de juros não opera como um instrumento automático de eliminação da escassez relativa de habitações. O capÃtulo 3 avalia, do ponto de vista quantitativo, em que medida há racionamento de crédito no Chile e no Brasil. Primeiramente, é discutida a metodologia empregada para medir o déficit habitacional e são apresentadas suas estimativas para os dois paÃses a partir de dados censitários das últimas três décadas. Então, são apresentados o modelo econométrico e a metodologia empregada na pesquisa empÃrica, prosseguindo com a discussão de seus resultados. Nessa etapa da pesqu
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Trata do problema da desigualdade regional no brasil e dos impactos da abertura comercial no mercado de trabalho regional, apresentando modelo teóricos interpretativos e análise empÃrica dos dados de emprego.
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A dissertação trata do problema de polÃtica de dividendos com informação assimétrica. Discutiu-se sobre os pagamentos de dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio no Brasil. Foi compatibilizado um modelo, que foi desenvolvido inicialmente com base na realidade americana (Allen Bernardo & Welch), para a realidade institucional brasileira. Para isso, houve mudanças em algumas hipóteses do modelo original e, além disso, foi feito um desenho de um teste estatÃstico para testar algumas implicações do modelo adaptado ao caso brasileiro.
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O objetivo da tese é analisar questões relativas à coordenação entre as polÃticas monetária e fiscal no Brasil após a adoção do regime de metas de inflação. Utiliza-se de um modelo de metas de inflação para uma economia pequena e aberta para a incorporação um bloco de equações que descrevem a dinâmica das variáveis fiscais. Tendo por base os conceitos de Leeper (1991), ambas as entidades, Banco Central e Tesouro Nacional, podem agir de forma ativa ou passiva, e será este comportamento estratégico que determinará a eficiência da polÃtica monetária. Foram estimados os parâmetros que calibram o modelo e feitas as simulações para alguns dos choques que abalaram a economia brasileira nos últimos anos. Os resultados mostraram que nos arranjos em que a autoridade fiscal reage a aumentos de dÃvida pública com alterações no superávit primário, a trajetória de ajuste das variáveis frente a choques tende a ser, na maioria dos casos, menos volátil propiciando uma atuação mais eficiente do Banco Central. Nestes arranjos, o Banco Central não precisa tomar para si funções que são inerentes ao Tesouro. Também são analisadas as variações no comportamento do Banco Central e do Tesouro Nacional em função de diferentes composições da dÃvida pública. Os resultados mostram que a estrutura do endividamento público será benéfica, ou não, à condução das polÃticas monetária e fiscal, dependendo do tipo de choque enfrentado. O primeiro capÃtulo, introdutório, procura contextualizar o regime de metas de inflação brasileiro e descrever, sucintamente, a evolução da economia brasileira desde sua implantação. No segundo capÃtulo são analisados os fundamentos teóricos do regime de metas de inflação, sua origem e principais componentes; em seguida, são apresentados, as regras de polÃtica fiscal necessárias à estabilidade de preços e o problema da dominância fiscal no âmbito da economia brasileira. O terceiro capÃtulo apresenta a incorporação do bloco de equações fiscais no modelo de metas de inflação para economia aberta proposto por Svensson (2000), e as estimações e calibrações dos seus parâmetros para a economia brasileira. O quarto capÃtulo discute as diferentes formas de coordenação entre as autoridades monetária e fiscal e a atuação ótima do Banco Central. O quinto capÃtulo tem como base a mais eficiente forma de coordenação obtida no capÃtulo anterior para analisar as mudanças no comportamento da autoridade monetária e fiscal frente a diferentes estruturas de prazos e indexadores da dÃvida pública que afetam suas elasticidades, juros, inflação e câmbio.
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O objetivo central desta dissertação consiste em avaliar as possibilidades para a validação da hipótese de paridade de poder de compra em sua versão absoluta no Brasil, no perÃodo que se estende desde 1980 a 2007. Este perÃodo se caracterizou por diversas alterações de polÃtica econômica bem como das condições macroeconômicas da economia brasileira, que acabam por gerar séries mais suscetÃveis a quebras estruturais. Para a verificação da existência da hipótese da paridade de poder de compra, foram aplicados testes de raiz unitária e análises de co-integração para séries distintas de taxa de câmbio real. Os resultados obtidos mostram que tanto os testes de raiz unitária quanto a análise de co-integração não suportam a validade da hipótese da Paridade de Poder de Compra em sua versão absoluta.
Resumo:
Essa dissertação busca identificar os determinantes da duração da dÃvida pública brasileira no perÃodo posterior ao plano Real. Primeiramente foi feita uma análise sobre o que sugere a literatura a respeito da gestão da dÃvida pública, especificamente, quais devem ser a composição e estrutura de vencimentos da dÃvida para atingir os objetivos da autoridade fiscal. Examinamos também as mudanças no perfil da dÃvida pública brasileira após a introdução do plano Real, que causou uma melhora na duração da dÃvida emitida em ofertas públicas inferior à quela registrada pelo prazo médio no mesmo perÃodo. Essa divergência se deu por conta da massiva emissão de tÃtulos indexados à taxa Selic, LBCs e LFTs. Esses tÃtulos, segundo cálculo do Banco Central, apresentam duração de 1 dia e prazo médio igual ao seu prazo de vencimento. Nesse sentido, a estratégia adotada pelo Tesouro Nacional tem como objetivo diminuir a participação da dÃvida indexada à Selic e aumentar as parcelas em tÃtulos pré-fixados e aqueles corrigidos por Ãndices de preços. Tendo em vista a investigação teórica e as experiências internacionais e a brasileira, realizamos um estudo empÃrico dos determinantes da duração da dÃvida pública brasileira para o perÃodo entre janeiro de 1997 e setembro de 2007. Vimos que quanto maior o esforço fiscal, ou seja, menor razão dÃvida/ PIB e maior superávit primário, maior será a duração da dÃvida pública. Por outro lado, existe uma relação positiva entre a taxa de inflação e a duração. No que se refere ao risco de mercado ou externo, quanto maior a medida de risco do Ãndice VIX, menor será a duração da dÃvida pública.
Resumo:
A monografia tem como objetivo analisar e tentar mensurar a Credibilidade do Banco Central do Brasil através da formação das expectativas inflacionárias dos agentes no regime monetário de metas de inflação. A credibilidade da autoridade monetária é um dos pilares do atual regime, diminuindo o custo de desinflação e ajudando a conter a inflação em patamares baixos. A credibilidade só pode ser adquirida gradativamente com um histórico de comprometimento de combate à inflação e autonomia na condução da polÃtica monetária. Um dos grandes problemas práticos encontrados atualmente é a mensuração quantitativa da credibilidade da autoridade monetária. O estudo tanta mensurar a credibilidade através do peso da meta central da inflação na formação da expectativa inflacionária, ou seja, quanto mais crÃvel for o Banco Central, maior o peso da meta. O estudo se baseia na hipótese central de que as expectativas da meta de inflação no Brasil ainda apresentam um efeito da indexação da inflação passada que vem diminuindo com o ganho de credibilidade do Banco Central, ao mesmo tempo em que a meta vem ganhando significância. Testes econométricos foram realizados de forma a empiricamente modelar a formação das expectativas 12 meses à frente no regime de metas de inflação contemplando os efeitos históricos, dados de mercado, desvalorização cambial e a meta central do regime. Os resultados empÃricos mostram que os fatores presentes na previsão da inflação vêm mudando ao longo do regime, mas os participantes de mercado levam em consideração o IPCA acumulado nos últimos três meses, a desvalorização cambial e a meta de inflação. O estudo mostra que mesmo com as diversas crises sofridas ao longo do regime, a significância da meta vem aumentando e o peso da inércia vem diminuindo ao longo ao tempo, representando um ganho de credibilidade do Banco Central brasileiro no regime de metas de inflação.