171 resultados para Memória Aspectos sociais
Resumo:
A dissertao nos expe um histrico do desenvolvimento da agricultura, e de fertilizantes desde seus primrdios. Apresenta os principais fatores econmicos, polticos e sociais que afetam a agricultura, e por conseguinte o consumo de fertilizantes, e seu comportamento no passado recente. Discorre sobre o que so fertilizantes, seu processo de obteno, e seu consumo em perodos recentes. Situa o setor de fertilizantes, dentro de um composto de Marketing atualmente praticado, pelas empresas no Brasil. Projeta, a demanda de fertilizantes do Brasil para os prximos 10 anos, com base em variveis externas e internas ao setor, e tambm adaptando-se curvas aos valores histricos de consumo
Resumo:
Focaliza as questes de cultura organizacional, de poder e de contrapoder nas organizaes enquanto fenmenos estruturados como uma linguagem. Destaca aspectos significativos da linguagem como forma de a social, caracterizando as diversas estratgias utilizadas pela organizao, no sentido de controlar e prever o comportamento de seus membros participantes como um idioma, e as formas de comportamentos divergentes ou de resistncia a essas estratgias como dialetos
Resumo:
A presente dissertao utilizou a abordagem da Sociologia Econmica para a realizao de um estudo de caso sobre empreendedorismo e redes sociais na cidade de So Carlos (SP), tendo como unidade de anlise os projetos beneficiados por um programa pblico da Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP): o Programa Inovao Tecnolgica na Pequena Empresa (PIPE). Este trabalho foi baseado nos estudos de Mark Granovetter sobre a imerso social da ao econmica, redes sociais e seu papel no desenvolvimento do Vale do Silcio (EUA) para a identificao, no caso de So Carlos, dos vnculos que importam entre empreendedores e pesquisadores, das redes sociais construdas em torno do empreendedorismo de base tecnolgica e dos arranjos institucionais entre atores pblicos, privados e no-governamentais que contribuem para que a cidade seja considerada uma fbrica de PIPEs e um dos principais plos de inovao tecnolgica do pas. O estudo apontou que os empreendedores de base tecnolgica em So Carlos, sob a tica da Sociologia Econmica, constituem uma rede social endgena e focada na pesquisa cientfica, pouco se conectando com instituies de suporte de mercado, o que limita o desenvolvimento da atividade empreendedora, entendida como a criao de empresas que faam interaes formais com o mercado. Acredita-se que os resultados desta pesquisa permitiro um melhor entendimento da realidade empreendedora na regio de So Carlos sob o ponto de vista sociolgico e contribuiro para o desenvolvimento de iniciativas governamentais que levem em considerao a necessidade de compreender a estrutura social e as redes de relaes sob as quais se implantaro futuras polticas pblicas de incentivo ao empreendedorismo.
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Trata do processo de elaborao de polticas pblicas de carter ambiental, atravs de uma avaliao poltico-institucional do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga, que envolveu identificar os atores e seus recursos organizacionais e polticos; o arranjo institucional montado para formular e implementar o programa, os modos de representao de interesses dos atores sociais e os mecanismos de deciso; e quem perde e quem ganha com a nova poltica. O estudo busca introduzir novas perspectivas de anlise do processo de formulao e implementao de polticas pblicas
Resumo:
Trata da experincia brasileira de privatizao, com nfase ao Programa Nacional de Desestatizao. Analisa a alternativa do uso das moedas sociais no financiamento do Programa. Aborda ainda as razes terico - empricas da privatizao, alguns aspectos da interveno do Estado na economia e a questo do desempenho relativo entre o setores pblico e privado.
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O presente trabalho tem como objetivo comparar o modelo de gerenciamento de hospitais pblicos da Secretaria de Estado da Sade de So Paulo por meio das organizaes sociais de sade com o modelo de gerenciamento realizado diretamente pelo governo nos aspectos administrativos operacionais. Os dois modelos so comparados sob o enfoque de suas prticas gerenciais nas reas de recursos huanos, gesto oramentria e financeira, de contratos de servios e de materiais. Foi realizada pesquisa qualitativa, sendo entrevistados diretores de 10 hospitais, 5 de cada modelo. Os resultados mostraram vantagem das organizaes sociais em todas as reas, exceto na de gesto de contratos. Como concluso temos a necessidade da reforma da administrao pblica e a necessidade de estabelecer mecanismos adequados de responsabilizao e de controle social no modelo das organizaes sociais de sade.
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A partir de reviso bibliogrfica sobre o conceito de carreira e suas transformaes ao longo dos ltimos vinte anos, vimos que at meados da dcada de 80 o conceito de carreira vinculada era complementar ao cenrio organizacional vigente e que a partir da dcada de 90 este conceito se tornou disfuncional ao novo cenrio organizacional que se apresentava. Surge ento, o conceito das carreiras sem fronteiras em que o indivduo no mais desenvolve sua trajetria profissional nos limites de uma mesma organizao, objetivando galgar nveis hierrquicos superiores. Diante deste quadro, este trabalho teve como objetivo principal investigar qual era o conceito de carreira no imaginrio de alunos do ltimo ano de graduao da Escola de Administrao de Empresas de So Paulo da Fundao Getulio Vargas. E comparar este conceito quele trazido pela literatura. Alm disso, como existiam estudos anteriores em diferentes momentos histricos com a mesma populao (mesmo no tendo como seus objetivos conhecer o conceito de carreira) pudemos obter parmetros de comparao das transformaes das idias deste grupo ao longo do tempo. Para conhecer o significado de carreira no imaginrio da populao pesquisada utilizamos o conceito de representaes sociais de Serge Moscovici, definido como o substrato que forma o conhecimento do senso comum. A fim de capturar estas representaes sociais aplicamos 119 questionrios nos alunos da graduao tanto do perodo da tarde quanto da manh. Inicialmente analisamos os dados coletados de forma isolada e posteriormente os comparamos aos dados obtidos nas pesquisas anteriores realizadas com a mesma populao. A partir desta anlise e comparao pudemos concluir que as transformaes do conceito de carreira apresentadas pela literatura se confirmaram no imaginrio da populao pesquisada.
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Esta pesquisa trata da memória tendo como campo de observao as entidades de preservao ferroviria enquanto organizaes civis juridicamente constitudas que interpelam o poder pblico preservao da memória ferroviria. No levantamento inicial foram identificadas 17 entidades, das quais so recortadas duas para aprofundamento da anlise: Associao Fluminense de Preservao Ferroviria e o Movimento de Preservao Ferroviria, sediadas na cidade do Rio de Janeiro. A proposta demonstrar como esses grupos se estruturam em torno dessa memória. Aprofundo o debate sobre a consolidao desse conceito como uma categoria instituda e proponho a reconstruo luz dos debates atuais. Abordo em maior detalhe duas maneiras pelas quais os grupos entendem preservar a memória ferroviria: a operao de trens tursticos e o patrimnio cultural. Para alcanar seus objetivos esses grupos usam de diversas estratgias que vai da incluso da comunidade denncia aos rgos responsveis pelo patrimnio da Unio, inclusive do direito a preservao da memória ferroviria pelo Estado. H nesses espaos uma dupla interferncia do corpo poltico e acadmico que se retroalimentam. Uma das hipteses que a extino da RFFSA intensificou a criao dessas entidades sob a justificativa da perda da identidade do trabalhador ferrovirio. Utilizo o mtodo de observao participante, da histria oral e da internet ferramenta comum na divulgao e armazenamento de dados desses grupos. Os referenciais tericos esto representados nos debates sobre memória, patrimnio cultural e industrial, movimentos sociais, museus e turismo. E, concluo que as entidades so exemplos das formas como a sociedade civil se organiza perante a instituio poltica. As entidades do Rio contribuem para a preservao de uma parcela daquilo que pode representar uma dada memória ferroviria
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Este trabalho procura analisar um Projeto-piloto de educao de adultos com trabalhadores rurais lumpem-proletarizados pelo violento e acelerado processo de modernizao da agro-indstria sucro-alcooleira do municpio de Campos dos Goytacazes. Expropriados de seus meios de trabalho, 50% destas populaes foram expulsas do meio rural durante o perodo de 1950-91, sendo que 25% delas foram obrigadas a se mudar para a cidade de Campos durante a dcada de 80, multiplicando o nmero de favelas de 13 para 30, em reas insalubres e perigosas. Dados do mGE/IPEA apontam uma populao atual de 26.000 famlias vivendo na indigncia, o que representa 130.000 pessoas ou 33% do total de residentes do municpio de Campos que demandam a criao urgente de programas habitacionais, de sade preventiva, educao, lazer, reciclagem profissional, empregos, etc. Dada a brutalidade e intensidade do processo de lumpem-proletarizao destes trabalhadores rurais, a partir da dcada de 80, toma-se necessrio que o Poder Pblico Municipal defina como prioridade de ao a criao de Programas especficos, e com metodologias adequadas, para o atendimento a estas populaes. O Projeto de Gerao de Renda atravs da Metodologia da Educao de Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Promoo Social-SMDPS, da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, durante os anos de 1991-92, mostrou-se uma alternativa adequada para estimular a conquista da cidadania por parte das populaes com elevado nvel de empobrecimento. Realizado no meio-ambiente destas populaes e tendo como principal pressuposto pedaggico o resgate de seus saberes e a identificao de seus principais problemas, necessidades, interesses e desejos, este projeto conseguiu mobilizar e envolver as populaes atendidas por ele promovendo a elevao de seus nveis de participao, de auto-estima e auto-confiana, assim como a melhoria dos nves de relacionamento entre os participantes do projeto, tanto entre tcnicos- educadores e populaes, quanto destas populaes com suas vizinhanas. Esta melhoria dos nveis de relacionamento entre os participantes do projeto pde ser observada atravs do aumento da capacidade de tolerncia, dilogo, respeito, reconhecimento e valorizao dos aspectos positivos de cada um.
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O objetivo dessa dissertao analisar a memória de seis ex-prisioneiros polticos do Destacamento de Operaes de Informaes-Centro de Operaes de Defesa Interna do Rio de Janeiro (DOI-CODI/RJ), entrevistados recentemente, entre os anos de 2002 e 2004, sobre o cotidiano vivido nessa instituio em 1970. Naquele ano, dentro do Sistema de Segurana Interna (SISSEGIN), os DOI-CODI haviam sido criados e distribudos por todas as Regies Militares do pas, tornando-se a principal instituio de represso aos opositores polticos que optaram pela luta armada como forma de derrotar a ditadura militar brasileira. Assim, as narrativas desses seis ex-prisioneiros so, alm de fontes essenciais, o principal objeto de estudo deste trabalho. Atravs delas, torna-se possvel acessar aspectos cruciais para a caracterizao do cotidiano vivido pelos presos em um desses rgos, o DOI-CODI do Rio de Janeiro , uma vez que esse passado se liga ao presente por meio de suas memórias. Diante disso, a fim de melhor entender tais memórias, a formao e a atuao dos DOI-CODI tambm so aqui analisadas, colocando as narrativas dos ex-prisioneiros polticos entrevistados em dilogo com uma bibliografia especialmente selecionada, alm de uma fonte a respeito do DOI feita por um de seus agentes quando este rgo ainda estava em atividade, em 1978. Para que a essas memórias seja aplicada uma crtica efetiva, necessria a todo trabalho histrico, o estudo se debrua ainda sobre as interferncias que o presente exerce na construo que fazem com relao ao passado vivido no DOI-CODI/RJ, com o objetivo de esclarecer as bases sobre as quais so construdas cerca de trinta anos depois.
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O presente trabalho constitui uma tentativa de explorao dos aspectos psicolgicos inerentes ao processo de controle social, segundo a perspectiva da "anlise experimental do comportamento" de B. F. Skinner. Diversas proposies sociolgicas correntes sobre algumas dimenses do problema geral so levantadas e criticamente articuladas com a abordagem comportamental skinneriana. No primeiro captulo - "O Controle Social nas Instituies Totais, feita uma introduo conceitual ao condicionamento operante aproveitando-se para isso a descrio sociolgica realizada por Goffman da vida naquelas instituies, so tambm a discutidas algumas das interpretaes erroneas das proposies skinnerianas e seus maus usos nas organizaes fechadas. Desenvolve-se, no segundo captulo, um exame comparativo das fices literrias de "1984 e "Walden II", com o propsito de pela focalizao de suas tcnicas caractersticas de controle social, suscitar j, de modo informal, diversos pontos crticos do problema, que vm a receber tratamento mais pormenorizado nos trs captulos seguintes. Em "Controle Social na Vida Cotidiana", discute-se a natureza difusa que o controle assume nesse contexto mais amplo, ressaltando-se o emprego que se faz, para esse fim, de artifcios motivacionais e ideolgicos. Para a articulao com o pensamento skinneriano, privilegiada abordagem da Sociologia do Conhecimento proposta por Berger e Luckmann. No quarto captulo, que trata da "Identificao de Controladores e Controlados", procede-se a uma reinterpretao comportamentista dos constructos cognitivistas de inteno e "percepo, com que comumente se descreve as iniciativas de controle por parte dos atores sociais. A anlise de Becker dos mecanismos de criao e imposio de regras utilizada par a apoiar a estratgia de reinterpretao. O captulo final explora uma dimenso menos tradicional do problema - "O Controle para a Mudana Social". As proposies especficas de dois autores Popper e Mannheim - so aqui articuladas com as de Skinner. Caracterizado o estado da sociedade contempornea como de incessante mudana desordenada, discute-se as condies necessrias para uma mudana planejada e suas implicaes psicossociais. Na concluso do trabalho, busca-se ampliar a perspectiva histrica do problema do controle social, por meio de uma anlise retrospectiva proporcionada por Schneider e uma especulao prospectiva envolvendo a apreciao scio- poltica do controle gradualista e democrtico da mudana social. Defende-se, durante essa apreciao, a tese de que a engenharia comportamental de Skinner gradualista e democrtica em seu todo.
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O atual mundo do trabalho vem sofrendo transformaes importantes nas ltimas dcadas. O cenrio econmico em constante mudana, as inovaes tecnolgicas em alta velocidade e a forte competio global so fatores importantes que tm influenciado de forma decisiva os mercados, as empresas e o conceito de trabalho de forma geral. Neste contexto, inegvel a relevncia que o trabalho exerce em nossas vidas, e a busca pelo entendimento de seus sentidos, significados e concepes vm despertando o interesse dos estudiosos do campo dos estudos organizacionais h alguns anos. A produo cientfica brasileira tambm vem buscando conhecer, por meio de pesquisas empricas e/ou tericas, como o trabalho se organiza e se estabelece em nossas vidas. Nesta pesquisa, tem-se como objetivo conhecer como os jovens, que j nasceram neste contexto de mudana, percebem o trabalho em suas vidas. A partir de um estudo qualitativo, esta pesquisa, que incluiu entrevistas e desenhos com 92 jovens de diferentes estratos sociais, mostrou que existe uma homogeneidade de percepes sobre o trabalho. Em outras palavras, independente do estrato social ao qual pertencem, para a grande maioria destes jovens o trabalho percebido exclusivamente como meio para se ganhar dinheiro e consumir, e no como um fim em si mesmo. Os discursos destes jovens reforam a importncia que o dinheiro exerce em suas vidas, sendo inclusive o grande protagonista na conquista da felicidade. Com base em uma perspectiva crtica de anlise, argumenta-se que o trabalho no tem centralidade na vida destes jovens, e a centralidade que se estabelece no discurso dos participantes sim o papel que o dinheiro exerce em nossa sociedade do consumo
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A anlise limita-se a medir os custos e benefcios sociais decorrentes da minerao no vale do rio Jacu, um dos pontos de concentrao de jazidas carbonferas do Rio Grande do Sul, embora ao sul do Estado, no municpio de Bag, exista outro grande deposito, explorado atravs da mina de Candiota. Como, no entanto, nesta localidade o carvo encontrado quase a cu aberto, no apresenta os mesmos problemas da minerao de subsolo, como ocorre em. Jacu, razo pela qual foi excluda do trabalho. Embora no vale do Jacu existam 4 minas em funcionamento vamos nos deter no exame de apenas uma, Charqueadas, a qual nos parece ser a mais representativa da atividade mineira na regio. O trabalho encontra-se dividido em trs partes. Na primeira delas fazemos uma apreciao dos acontecimentos histricos que antecederam a atual situao da indstria carbonfera, assim como apresentamos algumas caractersticas econmicas da minerao no vale do Jacu, as quais constituem apenas um ligeiro resumo das consideraes feitas em um trabalho executado pelo Instituto Brasileiro de Economia (TERE), intitulado "Estudo Econmico da Extrao do Carvo no Rio Grande do Sul". Na segunda parte, analisamos os principais aspectos econmicos e sociais que integram o problema carbonfero, quais sejam: o papel da gerao tcnica dentro do sistema gerador de energia eltrica do estado, o aproveitamente do carvo do vale do Jacu na siderurgia e as condies da mo de obra mineira e do mercado de trabalho na regio. At ento o trabalho ter pretendido dar uma viso global de toda a problemtica da indstria carbonfera do Rio Grande do Sul, nos seus diferentes aspectos. Na terceira parte, cuidamos da anlise dos custos e benefcios sociais. Primeiramente, apresentamos o escopo desta teoria, mostrando as diferenas entre a avaliao privada e a avaliao social, como medir os custos sociais do capital e da mo de obra, para, em seguida, aplicar estes conceitos indstria do carvo, e achar a relao benefcio/custo decorrente da sustentao daquela indstria. Por fim, na parte IV, apresentamos as concluses e comentrios.
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No Brasil, gua e energia tm uma forte e histrica nterdependncia, de forma que a contribuio da energia hidrulica ao desenvolvimento econmico do Pas tem sido expressiva, seja no atendimento s diversas demandas da economia, ou da prpria sociedade, melhorando o conforto das habitaes e a qualidade de vida das pessoas. Tambm desempenha papel importante na integrao e desenvolvimento de regies distantes dos grandes centros urbanos e industriais. A dcada de 70 registrou um crescimento elevado da demanda por energia eltrica no Brasil; reflexo de polticas desenvolvimentistas de governos anteriores que promoveram o crescimento industrial do Pas atraindo e criando indstrias de uso alto intensivo da letricidade. No caso da regio Nordeste, o crescimento econmico trouxe consigo o risco de um grave racionamento de energia. Para eliminar tal risco, o Estado por intermdio do Sistema Eletrobras realizou a construo de grandes usinas hidreltricas interligando-as ao sistema nacional. No h como negar que esta soluo provocou um grande benefcio para grande parte da populao brasileira, mas trouxe, para uma parcela do povo brasileiro, um custo social bastante elevado. Essas pessoas ficaram ento conhecidas como os atingidos por barragens. Para eles, a construo das barragens de usinas como Itaipu, Tucuru, Sobradinho e Itaparica significou o deslocamento compulsrio dos locais aonde viviam e tinham suas tradies e referncia culturais e afetivas. Esta pesquisa objetiva resgatar a memória deste perodo de grandes obras, promessas de desenvolvimento e marcas deixadas em milhares de famlias brasileiras. O estudo em questo tambm uma tentativa de mostrar como o Programa de Reassentamento de Itaparica, projeto conduzido pela Companhia Hidro Eltrica do So Francisco CHESF foi o marco de uma nova dinmica para tratamento das questes sociais envolvendo a reparao de danos causados aos atingidos por barragens e se constitui talvez, no primeiro caso de Responsabilidade Social Corporativa do setor eltrico brasileiro.