208 resultados para Igreja e Educação Brasil


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O trabalho concebe cidado enquanto indivduo datado e situado historicamente, sujeito da construo de sua realidade social. Cidadania surge, ento, como resultado da luta do homem em prol da conquista de espaos de participao poltica e social na Comunidade, medida que, mantendo-se a perspectiva do Estado Liberal, amplia-se a base democrtica da sociedade. Tem como pressuposto que, principalmente em suas sries iniciais, face a seu carter iminentemente formativo, estaria a Escola comprometida com a formao do cidado. Para tal, faz-se necessrio que, seleo de contedos e metodoloqias apropriados, alie-se a vontade poltica de prover a mesma de uma proposta curricular voltada no s para o atendimento dos interesses imediatos da sociedade, mas que, ao mesmo tempo, contemple o objetivo maior de ampliar seu espao de participao poltica e social. Dentre os contedos escolares, foram priorizados os Estudos Sociais por serem os mesmo os que possibilitam ao indivduo a compreenso de sua realidade, a partir do conhecimento das relaes sociais que os homens estabelem na vida em conunidade. O interesse pela rea de conhecimento dos Estudos Sociais norteou o trabalho no sentido de pesquisar a origem e o papel que os mesmos desempenham na educação. Assim, remete-se Escola Norte-americana, onde foi possvel comprovar a importncia atribuda aos Estudos Sociais na formao para a cidadania. A partir da conceituao, delimitao da rea de abrangncia e definio de objetivos foi possvel resgatar as principais tendncias atravs das quais os Estudos Sociais configuraram-se nos programas escolares norte-americanos, sempre voltados preservao do modelo de sociedade democrtica j consagrado, naquele pas. Percebe-se, assim, o perfil conservador que perpassa os contedos e metodologias das diferentes correntes atravs das quais o ensino dos Estudos Sociais evoluiu. Centrando o interesse em investigar como articulam-se Estado e Educação para promover a cidadania, surgem alguns momentos histricos- 1930, 1964 e o atual, como pontos de referncia ao estudo dos textos constitucionais, na tentativa de traar um perfil do cidado que serve aos interesses do Estado Brasileiro medida que mesmo assume feies variadas, dentro do mesmo estilo autoritrio. No mesmo sentido, tenta-se perceber como a escola no Brasil atende aos propsitos de incluso/excluso do indivduo no universo da participao poltica e social. Retrocedendo dcada de 30, resgata-se a primeira tendncia atravs da qual manifestou-se entre ns o ensino dos Estudos Socias. A partir de ento, pode-se constatar a resistncia que a perspectiva de Dewey para o ensino das Cincias Sociais, aqui introduzida por Ansio Teixeira, iria sofrer por parte de alguns setores, at os mesmos virem a ser oficialmente adotados pela Lei 5692/71. A introduo dos Estudos Sociais nos programas escolares deu ensejo formulao de diversas propostas curriculares pautadas por outras tendncias, como a Tecnicista, representada, por Miachaellis, Preston e Bruner e a Cognitivista, representada por Piaget. A crtica ao tecnicismo aponta o fracaso de nosso Sistema de Ensino em relao aos seus objetivos, entre eles o compromisso para com a formao para a cidadania. Os anos 80 oferecem a perspectiva de uma educação mais crtica, voltada para superar os problemas de uma sociedade em busca da expanso de sua base democrtica. Para isto, necessrio se faz a vontade poltica de dotar a Escola de uma proposta curricular capaz de promover o homem a cidado. O trabalho analisa ento, a Proposta Curricular do Municpio do Rio de Janeiro, onde os Estudos Sociais so apresentados como uma disciplina em que o conhecimento se organiza a partir da reconstruo crtica da realidade social do indivduo, permitindo ao mesmo ser o sujeito da construo de sua histria. Conclui apontando algumas diretrizes necessrias consecuo de um programa de ensino de Estudos Sociais que vai alm do mero repassar de contedos, mas coloca o homem como sujeito da construo do saber.

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O objetivo deste trabalho traar um panorama da Formao - Sindical que se pratica no Brasil'a partir de meados da dcada de 80, apontando o surgimento de uma nova modalidade de educação de sindicalistas que se delineia na Sua tendncia majoritria - como formao poltica de classe trabalhadora.

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A educação vem sofrendo graves, permanentes e contundentes crticas quanto a sua produtividade, eficcia e eficincia. O ataque sistemtico s escolas, e em especial s destinadas preparao de professores, e uma constante em pases do Velho, do Terceiro e do Novo Mundo. Todos concordam que a funo docente exige competncia profissional, sendo a sua ausncia a principal responsavel pelas lacunas, insuficincias e deficincias do processo educacional. Acredita-se que a situao ensino-aprendizagem proporcionada por uma atividade didtica bem orientada seja um fator de suma importncia para a eficcia e eficincia de um sistema de ensino. Considerando a expanso do ensino de 2o grau, que o levou a perder muito do seu carter acadmico e seletivo, optou-se pelo estudo da formao do professor que a ele se destina. Com a finalidade de verificar o tipo de formao que o professor de 2o grau vem recebendo e as consequncias deste no seu desempenho profissional. Analisa-se criticamente a evoluo histrica de sua formao, no Brasil, e procede-se a um estudo dos currculos dos cursos de licenciatura das Faculdades de Educação, ou Unidades Equivalentes, do Estado do Esprito Santo. Verifica-se que estas, de modo geral, adotam o currculo mnimo proposto pelo Conselho Federal de Educação. Sabe-se que o ensino de 2o grau, atualmente, destina-se a alunos provenientes das mais diversas classes sociais, sendo os seus objetivos bem mais amplos que antes verifica-se que as alteraes curriculares limitam-se a uma improdutiva ampliao ou diminuio de carga horria e de disciplinas. Deduz-se que a Faculdade de Educação no trouxe nenhuma inovao significativa no que concerne ao currculo de formao pedaggica de professor de 2o grau,o que d procedncia s crticas negativas que a mesma vem recebendo. Recomenda-se a realizao de pesquisas de campo e o estudo de propostas curriculares objetivando obter subardias para a reformulao dos currculos atuais.

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Este estudo examina o modo como se encontram distribudos os recursos humanos e materiais, destinados ao ensino formal de 1o e 2o Graus, em amostras de escolas de cinco pases da Amrica do Sul (Argentina, Bolvia, Brasil, Paraguai e Peru). Mediante o emprego de uma metodologia quantitativa, a distribuio dos recursos estudada segundo a localizaao geogrfica, a dependncia administrativa, o nvel de ensino e a origem social da clientela das escolas. A anlise dos dados indica a existncia de flagrantes disparidades na dotao de recursos as escolas, cujas causas devem ser buscadas no sistema social mais amplo, e no apenas no contexto interno do sistema de ensino de cada pas.

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Neste estudo pretende-se expor e discutir um segmento do pensamento dominante poca do Estado Novo (1937- 1945): o pensamento educacional. Esta temtica foi buscada nas paginas da revista Cultura poltica dando-se nfase aos seus aspectos polticos e ideolgicos. Metodologicamente o trabalho centrou-se na anlise do contedo dos artigos que tinham a educação como objeto de discusso. O interesse pelos textos publicados por este peridico prende-se ao fato de que ele constituiu-se em um veculo dos mais representativos do pensamento dominante e, mesmo, da ideologia abraada pela intelligentzia oficial. A analise e a discusso do material emprico demonstraram que a educação foi concebida como um instrumento para a consecuo de objetivos sociais nao necessariamente de carater escolar. Observou-se que a manipulao dos recursos educacionais com vistas obteno de fins polticos favoraveis ao poder estabelecido foi um trao marcante no discurso de Cultura Poltica. Nas pginas analisadas essas intenes ficaram mais ou menos explcitas, conforme o grau de aptido autoritario dos autores ou do momento poltico vivido.

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O objetivo deste estudo foi explorar a relao existente entre a bibliografia sobre a educação superior de Cincias Contbeis no Chile e o ensino nos cursos de Cincias Contbeis nas Universidades da Primeira e Segunda Regio do pas, identificando alguns aspectos relacionados com o ensino de Contabildade no Brasil . (Captulo I). Na reviso da bibliografia se apresentam algumas consideraes gerais sobre a funo do profissional Contador, a evoluo do ensino de contabilidade no Chile, atravs de uma abordagem retrospectiva, completando-a com um estudo histrico da legislao que tem regulamentado o ensino superior no pas, e os principais problemas do ensino da Contabilidade no Chile (Capitulo II). Em seguida, se apresenta a metodologia utilizada, justificando-se as razes de seu emprego neste tipo de estudo. (Captulo III). A partir da utilizao de um questionrio, obtiveram-se os antecedentes necessrios para caracterizar o ensino nos cursos de Cincias Contbeis na Primeira e Segunda Regio do Chile, partindo-se para uma comparao com o referencial bibliogrfico. (Captulo IV) . Posteriormente, atravs dos resultados obtidos, busca-se a identificao de alguns aspectos relacionados com o ensino de contabilidade no Brasil. (Captulo V) . Finalmente, se apresentam o sumrio, a anlise e as recomendaes e sugestes para novas pesquisas. (Captulo VI).

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Este trabalho centrado na anlise da mobilidade ocupacional dos trabalhadores diretamente ligados produo no setor da Construo Civil no Estado do Rio de Janeiro: detecta os deslocamentos ocupacionais ocorridos inter e intrageracionalmente, procurando dimensionar seu significado, sua extenso e o papel neles desempenhado pela instruo. A pesquisa se fundamenta em dados secundrios colhidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios, do IBGE, questionrios central e suplementar, que levantaram informaes acerca da mobilidade ocupacional. O estudo principia com uma caracterizao do pessoal ocupado na construo civil no Estado do Rio de Janeiro, em geral e por ocupaao, no que se refere a distribuio por nivel de escolaridade, rendimentos, naturalidade, posio na ocupaao, durao da jornada de trabalho e tipo de moradia. Os demais capitulos so dedicados anlise dos desloca mentos ocupacionais propriamente ditos. Inicialmente so analisados os dados relativos mobilidade intergeracional sob dois ngulos: o do destino ocupacional dos filhos de trabalhadores da construo civil e o da origem ocupacional paterna dos atuais trabalhadores da construo civil. Em seguida procede-se ao estudo da mobilidade intrageracional verificando os deslocamentos ocupacionais ocorridos em periodos distintos da economia brasileira, a qual limita e condiciona em ultima instncia as possibilidades de mudana. Procedeu-se separadamente ao estudo do destino ocupacional daqueles trabalhadores que ingressaram no mercado de trabalho em ocupaoes na construo civil e permanciam em 1973 no setor dos trabalhadores que tendo ingressado no mercado de trabalho atraves de ocupaes da construo civil em 1973 tinham-nas abandonado e daqueles que tendo ingressado no mercado de trabalho em diversos setores em 1913 trabalhavam na construo civil. Para cada um desses grupos foram feitas as matrizes de mobilidade, de posio na ocupao e de instruo com o intuito de verificar a existncia ou no de simultaneidade entre tipo de movimento ocupacional realizado e mudanas no tipo de insero no mercado de trabalho e/ou melhorias no nivel de escolaridade. Finalmente procedendo ao confronto das hipteses iniciais de trabalho com os resultados concluiu-se fundamentalmente que os trabalhadores analisados realizaram predominantemente movimentos ocupacionais ascendentes de curta extenso basicamente no interior dos grupos de ocupaes manuais no ou semi-qualificadas, e que, mesmo estes movimentos esto sendo mais dificeis de realizar por aqueles que ingressaram mais recentemente no mercado de trabalho. Considerando que paralelamente a esta reduo nas possibilidades de ascenso houve, ao longo do tempo, ligeira elevao no nvel educacional dos trabalhadores concluiu-se que existe um certo grau de independncia entre estas duas variveis e que a relao existente entre elas ficaria bem expressa da seguinte forma: mais fcil para quem tem mais escolaridade ascender na hierarquia interna da construo civil, mas no necessrio ter mais escolaridade para ascender nesta mesma hierarquia - entendendo-se o nvel elementar como "suficiente" para o exercicio das ocupaes do setor tal como est estruturado no Brasil.

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Este estudo faz uma anlise crtica da educação e do trabalho nos Planos Nacionais de Desenvolvimento, via aoes coordenadas pela Superintendncia do Desenvolvimento da Amaznia (Sudam), com sua poltica de desenvolvimento regional, que significa expanso da acumulao capitalista - desenvolvimento em nome da regio. A natureza "verdadeira" desta relao (educação e trabalho), no plano real, est contida muito mais nos programas econmicos do que nos formalmente enquadrados como educativos. Se a Amaznia dependesse do ensino formal para modificao das estruturas dominantes e para transformao das relaes antagnicas de apropriao e expropiaao, permaneceria inalterada, como ocorreu at 1960, antes da construo da rodovia Belm-Braslia e implantao dos grandes projetos de desenvolvimento deslanchados pelo Estado. A poltica de desenvolvimento regional dirigiu-se a favor da classe dominante, que tem seu locus hegemnico no Centro-Sul do Brasil. A ao pedaggica dos grandes projetos econmicos - pedagogia do capital - foi to ou mais efetiva do que a da escola, exatamente pela "ausncia" desta na Amaznia. A rede escolar da regio est em torno de 11.626 escolas para atender a uma populao escolarizvel de cerca de 2 milhes de crianas. Na zona rural se atende a 37% da demanda. Hoje, pouco ou quase nada se tem de uma tpica comunidade amaznica: o espao-homem ou homem-espao outro, com pletamente diferente; novos hbitos foram incorporados, h novas maneiras de viver e/ou morrer, prprias do "urbano"; os tipos e formas de produo tambm se transformaram, as culturas de subsistncia, por exemplo, esto sendo gradativamente substitudas por outras de maior valor para exportao, corno caf, cacau, pimenta-do-reino, juta etc.; as tradies culturais esto sendo vilipendiadas, at no tratamento de doenas, atravs da alopatia convencional; h descaracterizao das manifestaes folclricas etc. Todas essas transformaes ocorridas se integram ao projeto maior de desenvolvimento, como produto da entrada da Amaznia no mundo do "progresso". As aes implementadas pelo Estado se articulam e se completam nos empreendimentos econmicos da iniciativa privada. Em suma, trata-se de um "progresso" que, ao contrrio de representar um meio de melhoria das condies de vida, representa para a grande maioria dos trabalhadores urna radicalizao da degradao destas condies.

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Este estudo busca examinar a PoItica de Educação Bsica da Nova Repblica mediante a anlise de suas propostas fundamentais - formulao e implementao - nos dois primeiros anos desse governo ~ 1985 e 1986. Faz urna anlise das decises polticas governamentais de educação bsica no processo scio-politico-econmico que as bem como das implicaes dessas decises no quadro das deficincias que intencionava-se mudar. Baseia-se, " dessa forma, n o discurso do governo de proporcionar "uma educação voltada para o social e o econmico do Pais" e de se atribuir educação o significado de "instrumento eficaz para o resgate da cidadania e reduo do fosso de injustia social e das desigualdades existentes na sociedade brasileira".

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O objeto de estudo desse trabalho a anlise da concepo de poltica educacional de partidos polticos atuantes no cenrio poltico brasileiro: PFL, PRN, PDT e PT. O trabalho foi subdividido em quatro partes. Na parte inicial detalhado o quadro terico que permear a anlise dos referidos partidos a partir de dois enfoques. O primeiro trata dos referenciais tericos utilizados nos estudos acerca das polticas sociais e especificamente das educacionais. O segundo aborda a relao entre educação e trabalho no modo de produo capitalista. A segunda parte do trabalho relativa aos pressupostos tericos que embassam os partidos polticos: Neoliberalismo e Socialismo. Nela so delineados os pontos principais do conceito de educação de cada vertente. Na terceira parte so efetuadas consideraes sobre os partidos adeptos do neoliberalismo (PFL e PRN) e do Socialismo (PT e PDT). So sintetizados os pontos principais dos programas desses partidos. Na ltima parte procedida a anlise da concretizao de duas polticas educacionais: a do Governo Collor e a do Partido dos Trabalhadores nos municpios sob sua administrao.

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Este trabalho uma tentativa de pensar o ato de educar a partir de uma concepo dialtica, isto , considerando os plos de uma contradio como complementares, e no excludentes. Nos quatro primeiros captulos so apresentadas unidades de contrrios observadas, respectivamente, na filosofia oriental, na cincia moderna, na psicanlise e na filosofia da linguagem, destacando-se contribuies e questionamentos que essas cincias e saberes podem oferecer educação. No quinto e ltimo captulo avaliam-se as principais correntes de pensamento que influenciaram a teoria e prtica educacionais, no Brasil, nas ltimas dcadas. A partir desse contexto, confrontam-se com os referenciais tericos trabalhados, algumas questes colocadas pela prtica em escolas de 1 e 2 graus, especialmente no projeto de 5 e 8 sries da Escola Senador Correia (escola particular, no Rio de Janeiro). Assim, busca-se livrar de abordagens maniquestas a considerao de oposies tais como: escola moderna x tradicional; liberdade x coero; autonomia x dependncia diretivismo x espontanesmo; e transmisso x construo do conhecimento.

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O campesinato santareno (lavradores, pescadores, posseiros, colonos etc.) extremamente diversificado, guindo-se trs trajetrias: a) a do campesinato de beirario, oriundo do tempo do Brasil-colnia; b) a do campesinato do planalto, formado por nordestinos fugidos das secas e do latifndio e por sobreviventes do auge da borracha; c) a do campesinato das estradas, que se origina na penetrao da Amaznia em consequncia do modelo capitalista dominante. Porm todos se identificam pela mesma ameaa de excluso frente a este modelo que lhes atinge direta ou indiretamente. As condies econmico-sociais criadas pela histria, a conjuntura e a ao de determinados agentes sociais - da Pastoral, educadores e lavradores - propiciaram, em meados dos anos 70, a ecloso de um movimento de trabalhadores rurais. Este movimento visto num primeiro perodo (1974-78) como comunitrio, de ao e perspectivas limitadas; num segundo perodo (1978-82) se define, predominantemente, como movimento voltado para a organizao sindical dos trabalhadores rurais; no terceiro perodo analisado (1983-85),a organizao sindical dos camponeses impe a sua fora relativa "cidade poltica", presente na cidade de Santarm, na CUT e com uma ativa participao deles no PT. Em cada perodo, combinam-se de modo diferente trs "graus" ou "momentos", constitutivos, segundo Gramsci, da conscincia de classe: o "momento econmico-corporativo", o momento sindical e o momento poltico. Neste processo de interaco, concretizado nas suas lutas (por terra, sade, estrada, melhores preos para a sua produo, contra a pesca predatria, etc.) e na sua organizao, o campesinato santareno forja a sua identidade coletiva, sua conscincia de classe. Esta histria vista, ao mesmo tempo, como "poltico-militar", em que um grupo social luta para manter e ampliar o seu espao fsico-social, e como pedaggica, em que o grupo se socializa e constri uma nova viso do mundo, adquirindo/ forjando os instrumentes conceituais e operacionais necessrios para sobreviver como classe em que seus componentes se impem como cidados.

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O corpo humano, em qualquer sociedade, objeto de adestramento e socializao de acordo com as representaes prprias a cada cultura. No Brasil, alm das agncias e processos de socializao informal, privilegia-se durante o Estado Novo (1937-1945) uma agncia para exercer especificamente esta tarefa. Neste perodo a Educação Fsica se consubstancia como disciplina obrigatria em estabelecimentos de ensino. O novo programa, ao mesmo tempo que modela os "corpos", pretende incutir nos "espritos" as representaes "oficiais" da sociedade brasileira: aperfeioamento da raa, sentimento nacionalista, unidade nacional e a nova ordem social. Por possuir tcnicas que se caracterizam por sua sutileza e: dissimulao, a Educação Fsica valora explicitamente locais e relaes sociais supostamente qualificados de "naturais", "livres" e "amplos", mas que so contextualizados, entretanto, num quadro - rgido de disciplina.

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Trata-se de uma discusso sobre as dificuldades de se desenvolver aes de educação ambiental no Brasil, bem como a sugesto de alternativas para esta situao, atravs de um projeto piloto de Coleta Seletiva de Lixo. Esta experincia, pioneira no Brasil, foi implantada inicialmente no bairro de So Francisco, em Niteri, RJ, e vem fornecendo resultados que indicam a viabilidade de sua disseminao, no s como forma de educação ambiental, mas tambm como tcnica alternativa e de baixo custo visando enfrentar a grave questo que representa o lixo domstico para os municpios brasileiros.

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Este trabalho prope-se a pesquisa~ os critrios que impelem os legi~ ladores a determinar a adoo ou a supresso da lngua estrangeira nos currculos escolare~; identificar as ideologias que servem de suporte a estes critrios; analisar os objetivos da educação formal e determinar o grau de importncia do aprendizado da lngua estrangeira na consecuao destes objetivos. Considerando-se os valores que definiram ,os tipos de educação privil~ giados pela sociedade brasileira nas diferentes fases da sua evoluo, le vantou-se a seguinte hiptese: o ensino da lngua estrangeira tem sido vinculado ao modelo poltico-econmico em vigor. Sua adoo ou supresso articula-se com as ideologias que legitimam e sustentam a hegemonia das classes dominantes. Para comprovar esta hiptese, fez-se um levantamento histrico da edu cao no Brasil olonial, Imperial e Republicano e sua diviso em pero - dos. Procedeu~se' a uma caracterizao poltico~econmica e scio-cultural de cada perodo, identificando-se as ideologias dominantes e suas articulaes com a educação. Definiram-se os saberes dominantes superiores e i!!, feri ores , os critrios estabelecidos pelas classes hegemnicas para a transmisso dos mesmos e suas vinculaes com o aprendizado da lngua estrangeira. Tratou-se da omisso de educação, a partir da impostura do discurso dos detentores do poder decisrio, proclamando valores que nao correspondiam ao seu pensamento e sua ao reais; e do caminho percorrido do "humanismo" "tecnologia", no ensino das lnguas estrangeiras, do seu papel de divulgadoras de idias transmisso de ideologias. Procurou-se estabelecer de que modo a herana histrica plasmou nosso presente, no d~ IDnio da educação, desde o colonialismo at construo da identidade n~ cional. Identificaram-se razes que recomendam a diversidade de oferta e aprendizado de varias lnguas estrangeiras, como componentes, entre outras disciplinas consideradas "suprfluas", da formao do patrimnio intelectual e cultural de cada indivduo e da corrn.midade como um todo. Conclui-se denunciando os mecanismos adotados pelas classes hegeIDnicas para impedir o crescimento educacional do povo, a fim de que este no se torne uma ameaa a esta hegemonia. Como propostas de soluo,sero publicadas duas pesquisas j realizadas: problema quantidade de efetivos 2Lqualidade de ensino da lngua estrangeira e o domnio da lngua materna x a organizao do pensamento x as possibilidades de produo na lngua estrangeira.