35 resultados para professores educadoras - educação infantil relações de poder conflitos estabelecidos e outsiders.

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Esta Dissertao, a partir da linha de pesquisa dos Estudos Culturais em Educação e das contribuies dos Estudos desenvolvidos por Michel Foucault, procura discutir e problematizar as prticas escolares e o disciplinamento dos corpos no interior de uma Escola Municipal de Educação Infantil. Nessa perspectiva, tal empreendimento analtico, medida que considera os indivduos escolares (crianas e adultos) sendo engendrados pela ao do poder disciplinar, possibilita a tematizao das prticas escolares e sua produtividade enquanto instncias disciplinares, exercitando (na medida do possvel) a compreenso das relações de poder, dos movimentos de resistncia e da pluralidade dos sujeitos que (re)significam o espao escolar. A prtica escolar da seleo de alunos/as e organizao das turmas, composta por entrevistas e testes de desenho entendida como uma prtica de exame, cujo intuito principal o de conhecer a criana (escolar) no detalhe para, assim, melhor govern-la. Desse modo, a referida prtica enquanto tecnologia disciplinar implicada na normalizao dos indivduos registra, distribui, classifica, categoriza e introduz os mesmos em um sistema de objetivao que localiza, singulariza e visualiza cada um em suas caractersticas. As prticas escolares do cotidiano so consideradas, na pesquisa, os momentos (dirios) de alimentao (o horrio destinado s refeies), os momentos de descanso (o horrio aps o almoo em que as crianas devem dormir) e os momentos de brincadeira livre. Desse modo, tais prticas, por serem realizadas diariamente, passam a ser vistas de forma natural, como parte (fundamental) do cotidiano escolar, sendo que, muitas vezes, o uso que feito da normatizao do tempo e do espao em tais momentos esto voltados para homogeneizao das condutas a partir de uma lgica disciplinar que (entre outros aspectos) se baseia em valores entendidos como universais e necessrios, inscrevendo em cada corpo uma dada forma de se ver, de se narrar, de se expressar, de se relacionar consigo e com os outros, designando uma posio de sujeito que atribuda como prpria. A prtica escolar dos rituais comemorativos entendida, na pesquisa, como o conjunto de festas que fazem parte do calendrio escolar e so realizadas na instituio. Tais comemoraes tm ocorrncia mensal, relacionam-se (diretamente) com as propostas desenvolvidas em sala de aula, realizam-se com a participao de todas as turmas da escola e funcionam atravs de um conjunto de procedimentos peculiares que se repetem a cada evento. Durante a realizao de tais rituais, (principalmente) as crianas so vistas e vigiadas, no intuito de que se tornem disciplinadas, sem precisar mais da figura do soberano ou do pastor para se determinarem, controlarem e justificarem suas escolhas, aes e intenes. Nesse sentido, relevante mencionar, tambm, que elas passam a se constituir como disciplinadas ou no, a partir das relações que so estabelecidas com os indivduos envolvidos em tal prtica escolar (professoras, educadoras, funcionrias, equipe diretiva, etc.), agindo sobre si mesmas, submetendo-se ou resistindo s estratgias disciplinares que atuam em tal contexto. Sendo assim, ao apresentar e discutir tais prticas escolares no decorrer da Dissertao, no esto sendo apontadas alternativas de mudana para as propostas que vm sendo desenvolvidas na Escola de Educação Infantil (pesquisada), mas consideraes que possibilitem refletir, discutir e desestabilizar o que tem sido considerado, muitas vezes, de forma natural e indelvel ao mbito institucional. Dessa forma, talvez seja possvel compreender (ao menos minimamente) as lgicas que disciplinam e constituem professores/as, alunos/as, pais/mes, enquanto sujeitos (envolvidos) em redes de relações de poder.

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O presente estudo investigou o nvel de burnout, em cada uma de suas trs dimenses, dos educadores (professores e educadores assistentes), que trabalham em escolas de Educação Infantil do Municpio de Porto Alegre, sendo duas da rede privada, duas da rede pblica e uma escola comunitria. Tambm verificou os fatores reconhecidos como estressores no trabalho desses profissionais e a representao de estresse que fazem de seu trabalho. Os resultados evidenciaram nveis altos para a dimenso "Exausto Emocional", baixo para "Despersonalizao" e baixo para a dimenso "Reduzida Realizao Profissional" independentemente do tipo de escola ou funo exercida pelos sujeitos da amostra. Das variveis demogrficas, apenas o tempo disponvel para o lazer apresentou associao significativa com a dimenso "Exausto Emocional", indicando que os educadores que no dispunham de tempo para o lazer encontravam-se mais cansados emocionalmente. Com relao s variveis ocupcionais, somente o nmero de alunos influenciou significativamente os nveis de burnout na dimenso "Exausto Emocional" Os educadores avaliados consideram como baixo seu estresse no trabalho e relacionam o relacionamento com os familiares dos alunos como principal fator estressor. Os fatores estressores, organizados por ordem de importncia , ao serem avaliados por tipo de escola , no apresentaram associao significativa entre as variveis em estudo. Os fatores demanda mental e frustao causaram impacto na dimenso "Exausto Emacional". Constatou-se, portanto, que as caractersticas do trabalho e a exigncia das relações interpessoais so fatores desencadeantes da sndrome no grupo amostrado segundo os participantes da pesquisa.

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Trata-se de um estudo de caso (com um sujeito) sobre o processo de aquisio de ingls como lngua estrangeira na fase pr-escolar. O objetivo verificar como uma criana nessa faixa etria ainda no alfabetizada desenvolve sua produo oral nessa lngua estrangeira, recebendo uma aula semanal de ingls em sua escola e treinando com os pais em casa. A produo oral do sujeito foi registrada em aula e em casa atravs de filmagens e gravaes em udio. Seus pais e professoras foram entrevistados. A maioria das informaes colhidas entre maro de 1999 e dezembro de 2000 foram analisadas qualitativamente. A pesquisa revela que, antes dos seis anos de idade, o ensino de lngua estrangeira envolve riscos. Quando a professora especialista na lngua, mas no tem experincia com educação infantil, a criana pode desenvolver averso lngua estrangeira por no gostar das aulas. Por outro lado, quando a professora proporciona aulas prazerosas e ldicas, mas comete erros de pronncia ou estrutura gramatical, a criana tende a valorizar o que ensinado como verdade. Em ambos os casos, o futuro escolar da criana poder ficar comprometido em relao lngua estrangeira. Portanto, menos arriscado no ter aula de ingls na infncia do que ter aula com um profissional que no seja qualificado em educação infantil e na lngua estrangeira.

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Esta pesquisa teve como objetivo investigar a presena da msica nas prticas pedaggicas das professoras de educação infantil. Os objetivos especficos buscaram mapear as atividades musicais desenvolvidas pelas professoras, identificar os recursos disponveis nas escolas para a realizao das atividades musicais e identificar as necessidades das professoras para desenvolver o ensino de msica na educação infantil. As perspectivas que nortearam esta investigao foram a legislao brasileira sobre educação infantil, bem como estudos sobre a formao e atuao dos professores unidocentes. O mtodo escolhido foi o survey de desenho interseccional, sendo que os dados foram coletados atravs de questionrio. Participaram desta pesquisa 123 professoras das 33 escolas de educação infantil e 7 jardins de praa da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre - RS. Nos resultados descrevo a formao geral e musical das professoras, suas prticas pedaggico-musicais, as bases para o ensino de msica, bem como, as necessidades das professoras para desenvolver o ensino de msica na educação infantil. Na concluso aponto as principais contribuies deste trabalho.

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A Educação Infantil em Porto Alegre: Um estudo das Creches Comunitrias uma pesquisa terica e emprica que pretende construir um espao de debate em torno da parceria pblico/privado na oferta da educação infantil, no municpio de Porto Alegre. Com isso, quer provocar a discusso da alternativa posta em prtica, no Municpio, para o atendimento da primeira etapa da educação bsica que envolve o movimento popular comunitrio e o poder pblico municipal, responsvel pela educação das crianas pequenas da cidade. Neste processo, atravs da parceria, alm dos atores diretamente envolvidos, quais sejam movimento comunitrio e Prefeitura Municipal, entram, em muitas delas, outros parceiros e as famlias das crianas que pagam por este servio. O referencial terico para esta investigao parte, originariamente, de autores que analisam as crises do capital e as estratgias de superao a elas propostas, enfocando, dentre outras, o neoliberalismo, a Terceira Via e o Terceiro Setor e sua funcionalidade ao capital. A minimizao do Estado, presente em todas estas estratgias, e a precarizao das polticas sociais, com destaque para a educação infantil, tema desta dissertao, trazem subjacente a necessidade de alternativas para a educação e o cuidado das crianas de zero a seis anos. As construes sociais prprias da poltica de participao institucional no Municpio e a necessidade do atendimento s crianas oriundas de famlias pobres da periferia da cidade encaminham solues criativas, mas necessitam ser analisadas quanto sua permanncia como poltica pblica para a educação infantil. Esta dissertao pretende refletir sobre a parceria instituda em 1993, em Porto Alegre, e vigente at hoje (2005), avaliando o convnio firmado entre o poder pblico e a sociedade civil, buscando abrir novas perspectivas para avanar sobre o que coletivamente foi construdo no Municpio at ento.

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Esta dissertao aborda a trajetria da Educação Infantil no MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, enfocando a Ciranda Infantil como espao prprio da criana de zero a seis anos. O texto parte de uma contextualizao sobre o movimento social em questo, aps enfocamos a histria da Educação Infantil no MST, no que se refere ao processo desencadeado para a realizao da escolha do nome Ciranda Infantil, bem como, sua organizao nas diferentes instncias do Movimento, enquanto as grandes atividades/aes desenvolvidas e a sua organizao nas reas de acampamentos e assentamentos. Considerando essas diversas realidades/necessidades do Movimento, destacamos as diferentes formas de organizao das Cirandas Infantis, como: - Ciranda Infantil Itinerante, para as crianas que acompanham as aes do MST, tanto nvel nacional, como estaduais; - Ciranda Infantil Permanente, quando est organizada para atender um pblico mais fixo e com encontros freqentes ; Ciranda Infantil Eventual, quando organizada para atender um pblico mais fixo, porm que a busca esporadicamente. A pesquisa de campo aconteceu em dois momentos. A primeira pesquisa sobre as crianas de zero a seis anos, aconteceu em um acampamento com um grupo de vinte e seis crianas, entre um ms a seis anos. Este trabalho consistiu em inmeras entrevistas com as mes e com as crianas, em muitas visitas nos barracos para acompanhar as suas atividades de rotina na cidade de lonas pretas. Nesse acampamento, no havia nenhum processo constitudo no campo da Ciranda Infantil, mas havia enorme necessidade de atendimento s crianas dessa faixa etria, como tambm, necessitava um acompanhamento especial para as mes grvidas e com bebs recm nascidos. O segundo trabalho foi um estudo de caso de uma Ciranda Infantil da Cooperativa de Produo Agropecuria Nova Santa Rita. O mesmo realizou-se em diversas visitas cooperativa e aos seus dirigentes, s famlias das treze crianas pesquisadas e que freqentavam a Ciranda Infantil e tambm em muitas visitas para registrar a rotina das crianas na Ciranda Infantil. A conquista da Ciranda Infantil, enquanto espao dentro da cooperativa, inquestionvel. Todos afirmam a sua importncia para deixar as crianas, seja para os pais trabalharem ou, em outras ocasies, quando a famlia necessita. um espao de educação, onde se aprende a cuidar e a organizar os ambientes, a ter contato com diferentes materiais, como tesoura, cola, canetas, livros, folhas, interagindo com diferentes pessoas de diferentes faixas etrias, crianas e adultos.

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Este estudo tematiza o trabalho docente dos professores de Educação Fsica no mbito da escola pblica. Trata-se de uma pesquisa realizada em quatro escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, onde procurei compreender como estes professores constrem seu trabalho docente e como articulam suas aes frente s singularidades do projeto poltico-administrativo-pedaggico desta rede. Constituiu-se em um estudo com orientao predominantemente etnogrfica, onde, amparado nos referenciais bibliogrficos e nos significados que os professores colaboradores atribuem ao fenmeno em que esto inseridos, busquei tecer algumas interpretaes e contribuies acerca da construo do trabalho docente e de como se constrem professores de Educação Fsica neste. Estudar a construo do trabalho docente do professorado de Educação Fsica constitui uma categoria adequada, pois no limito a investigao somente compreenso da prtica pedaggica desse coletivo de professores ou das influncias e fundamentos que pautam essa, mas, fundamentalmente, sob que condies pessoais, sociais e institucionais constrem sua interveno diria nos centro escolares. Na construo cotidiana de seu trabalho, o professorado de Educação Fsica, frente s demandas e exigncias decorrentes dos dilemas, inquietaes e desafios com que se defronta em sua labuta diria, constri estratgias e saberes singulares. Tambm fundamental nesse processo, a forma como concebem e se relacionam com suas possibilidades de autonomia e o volume de trabalho a que esto submetidos Desse modo, ao construrem seu trabalho, em uma relao dialtica, tambm se constrem e se forjam professores, afirmando e reelaborando seus significados e concepes de docncia, que por sua vez, pautam e fundamentam as decises na construo de seu trabalho.No propsito desta pesquisa apresentar generalizaes para outros contextos escolares, mas compreender a construo do trabalho de um coletivo docente especfico, de forma a apoiar os processos de reflexo e reconstruo das prticas educativas realizadas no mbito das escolas.

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O presente estudo, uma investigao de natureza qualitativa, do tipo etnogrfica, tematiza o planejamento de ensino dos professores de educação fsica do 2 e 3 ciclos do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS. Trata-se de uma pesquisa realizada em quatro escolas dessa Rede de Ensino, onde procurei compreender os significados atribudos pelos professores sobre o planejamento de ensino e sua prtica educativa cotidiana, tendo como referencial a Proposta Poltico-Pedaggica implantada pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. O trabalho de campo teve durao de um ano de contato com os professores em seu cotidiano nas escolas, o que possibilitou a construo de categorias de anlise que emergiram, principalmente, das entrevistas semi-estruturadas realizadas com quinze professores, dos registros e anotaes resultantes das observaes contidas nos dirios de campo e da reviso de literatura acerca dos aspectos que constituem o problema de pesquisa. Os aspectos suscitados pela anlise realizada permitiram compreender a singularidade da concepo de planejamento de ensino frente s demandas do cotidiano nas escolas dessa Rede de Ensino. Desse modo, ao atriburem significados ao planejamento de ensino, enfatizam, tambm, as limitaes e as possibilidades de construo das suas prticas educativas no cotidiano dessas quatro escolas e de seus contextos singulares.

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Este estudo tem como propsito refletir acerca da prtica docente dos professores de educação fsica do ensino mdio das escolas pblicas de Caxias do Sul. A bibliografia sobre o ensino da educação fsica tende a tratar essa disciplina, enfocando que o professor deve possibilitar a seus alunos conhecimentos que compem a cultura corporal do movimento humano, sob uma metodologia de ensino alternativa. Nela, os alunos constroem seu prprio conhecimento, e o professor atua como mediador e orientador, observando os alunos seguirem seus prprios passos dentro do processo ensino-aprendizagem. Durante muitos anos de prtica docente desenvolveram-se aulas dentro de uma determinada perspectiva, cujos conhecimentos tinham sido adquiridos durante a formao inicial e permanente. Devido insatisfao com o desenvolvimento das minhas aulas e, principalmente, com a performance apresentada pelos alunos no decorrer das aulas, resolveu-se buscar respostas na investigao cientfica para entender o porqu dessa insatisfao. Participaram deste estudo dez professores do gnero feminino, e sobre elas recai a descrio e a anlise das informaes, visando compreender a construo da prtica docente do professor de Educação Fsica. A investigao de carter qualitativo, pelo fato do interesse centrar-se na prtica do professor de Educação Fsica do Ensino Mdio, no seu local de trabalho, e nas condies que o rodeiam. Assim, a etnografia se constituiu na abordagem mais adequada aos propsitos previstos. Optou-se pela entrevista semi-estruturada (1), observao das aulas (2), pelo dirio de campo (3) e pela anlise de documentos (4), a partir de programas e/ou mapeamentos dos contedos do Ensino Mdio nas escolas investigadas. Pensou-se que atravs dessas estratgias seria possvel reunir informaes satisfatrias e, por meio de um trabalho interpretativo, compreender o significado da prtica docente cotidiana dos professores de Educação Fsica do Ensino Mdio em Escolas Pblica de Caxias do Sul. A anlise e interpretao das informaes foram realizadas a partir da construo de quatro blocos temticos, que surgiram das dez categorias efetivadas, a partir das entrevistas realizadas com os atores da investigao. So eles: o fazer docente (1), as condies de trabalho e o ensino da Educação Fsica (2), a formao do professor e os efeitos na sua prtica pedaggica (3) e relao do professor de Educação Fsica na comunidade escolar (4). O estudo pe em evidncia uma prtica docente na qual as professoras possuem um mapeamento de contedos, mas no planejam as aulas. Os objetivos para as aulas no so claros; selecionam preferencialmente os desportos como contedos; utilizam apenas o jogo dos desportos como estratgia para o desenvolvimento dos contedos; a avaliao realizada, principalmente, sobre a participao do aluno em aula. Deve-se este fato ao aumento do nmero de turmas e alunos nas escolas, inadequao do espao fsico, aos materiais insuficientes e s dificuldades de manter uma formao permanente adequada. Em contrapartida, alm de gostar de ser professor de Educação Fsica, o relacionamento com os alunos e com os demais segmentos da escola o que faz valer a pena ensinar.

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De acordo com um recente relatrio da Organizao Mundial de Sade, a obesidade atingiu propores epidmicas em todo o mundo. Hoje a obesidade muito comum e est comeando a substituir a desnutrio e as doenas infecciosas. A obesidade est relacionada com doenas crnico-degenerativas e com srias conseqncias psicolgicas para o indivduo. A obesidade uma doena complexa e heterognea, influenciada por diversos genes, no entanto, a combinao dos genes envolvidos no desenvolvimento de formas de obesidade ainda no foi definitivamente determinada (REILLY et al, 2002). A obesidade, ou o aumento da adiposidade, geralmente atribuda a um desequilbrio entre a energia ingerida (padro alimentar) e a energia gasta (atividade fsica e metabolismo basal). Assim, o manejo da obesidade consiste em tornar esse balano energtico negativo, sendo o exerccio considerado um dos aspectos principais, associado com mudanas alimentares e de estilo de vida saudveis (ESCRIVO & LOPEZ, 1998). Dietas so, na maioria das vezes, transitrias. Ento, a mudana de hbito alimentar e de atividade fsica so os aspectos principais, especialmente na criana, uma vez que a manuteno de peso ir proporcionar uma melhora dramtica da composio corporal, j que o crescimento linear ainda existe. Mas, qualquer mudana de hbito necessita da colaborao da famlia (HILL et al, 1993). Assim, o presente estudo teve como objetivo principal comparar um programa de educação em obesidade infantil com o atendimento ambulatorial para manejo de obesidade infantil quanto a mudanas de hbitos alimentares e de atividade fsica e aquisio de conhecimentos em dieta saudvel. Foi desenvolvido inicialmente um programa de educação em obesidade infantil e posteriormente comparado com o atendimento ambulatorial habitual. O presente estudo constou de um ensaio clnico randomizado entre crianas e adolescentes com idade entre 7 e 13 anos incompletos que tivessem IMC compatvel para obesidade, de acordo com a idade e sexo, segundo classificao de COLE et al (2002). Os sujeitos foram aleatoriamente distribudos em dois grupos. Cada grupo foi acompanhado por oito meses, sendo que o primeiro e o oitavo encontro serviram para responder questionrios que avaliavam aspectos gerais, hbitos alimentares e de atividade fsica, conhecimentos gerais sobre dieta saudvel e avaliao corporal. O grupo ambulatorial teve atendimento mensal com aferio de peso e orientaes gerais quanto alimentao e atividade fsica. O grupo programa tinha encontro mensal, em grupo, seus participantes assistiam a uma aula expositiva e, posteriormente, eram divididos em grupos para atividades monitoradas, e os pais e/ou responsveis ficavam discutindo suas dificuldades e como mudar hbitos. As 38 crianas inicialmente apresentavam algumas diferenas quanto a atividade fsica, mas aps a interveno elas se assemelharam, apresentando ambas tendncia a desfechos favorveis. O grupo programa passou a fazer mais atividade fsica e caminhar, e reduziu sedentarismo. O grupo programa foi mais efetivo em reduzir colesterol total. Houve tambm uma melhora do hbito alimentar do grupo programa, com menor consumo de massa + arroz, bebida lctea + leite, leite, salsicha + frios e sanduche + bauru. Assim, conclui-se que as intervenes foram semelhantes e de sucesso, podendo-se aplicar mais o programa, que pode envolver menos profissionais, mais sujeitos e ser realizado em qualquer local, especialmente nas escolas, que so, na realidade, o local de mudana.

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Nas ltimas dcadas, pesquisadores de vrias reas tm se preocupado com os efeitos do trabalho na sade do trabalhador. Considerada o estgio mais avanado do estresse no trabalho, a Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP) afeta inmeras profisses, principalmente aquelas em que os profissionais possuem contato direto com pessoas, entre elas, os professores. O objetivo do trabalho compreender o processo de abandono da carreira docente dos professores de Educação Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA). A reviso bibliogrfica, composta de textos em lngua portuguesa, inglesa e espanhola sobre o tema, possibilitou unificar a expresso do fenmeno como Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP), e o problema central da pesquisa centra-se na seguinte questo norteadora: Como os professores de Educação Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA) abandonam o trabalho docente, e que elementos so mais significativos nesse processo? O estudo uma pesquisa descritiva, de carter qualitativo, que envolve quinze professores de Educação Fsica da Rede Municipal de Porto Alegre (RMEPoA) que, entre o perodo de janeiro de 2000 a julho de 2002 entraram em licena mdica (biometria) por motivos de estresse, ansiedade e depresso. Realizei a entrevista semiestruturada, fiz registros em um dirio de campo e analisei documentos. Como procedimento analtico procedi a Anlise de Contedo. Ficou evidente ao terminar o estudo, que as limitaes da formao acadmica so fonte geradora de sintomas como o estresse e a exausto emocional, vinculadas realidade encontrada nas escolas municipais, e no como imaginava o pesquisador, em um perodo anterior a esse, ou seja, a partir da etapa envolvendo a escolha profissional. O trabalho docente revelou-se como uma prtica profissional marcada por sentimentos negativos que comprometem a qualidade do trabalho acumulando com o passar do tempo, reaes fsicas, psquicas, comportamentais e defensivas. A partir dos resultados desse estudo, considero que, para alguns professores houve indcios de esgotamento profissional devido s presses e tenses especficas do contexto laboral. Para a maioria dos professores-colaboradores da pesquisa, essas vivncias subjetivas de desgaste fsico e emocional experimentadas e acumuladas durante sua trajetria profissional, traduziram-se em sentimentos depressivos e de fadiga crnica, compondo um estado anmico, que aqui se denomina de Sndrome do Esgotamento Profissional.

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O principal objetivo desta Dissertao investigar de que forma as crianas de uma escola pblica de Educação Infantil (56 anos) da grande Porto Alegre entendem as questes de gnero presentes no seu cotidiano. Para tanto, exploro situaes e falas emergidas no referido mbito escolar, especialmente a partir de propagandas televisivas voltadas para este pblico. Busco tambm discutir e problematizar os modos como professoras, equipe diretiva, pais e mes lidam com tais questes, contribuindo para a constituio de masculinidades e feminilidades ainda na infncia. Para a operacionalizao das anlises, tomo por base os conceitos de gnero, representao, discurso e identidades, a partir do referencial tericometodolgico dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas, em especial das vertentes vinculadas abordagem psestruturalista. As anlises aqui desenvolvidas partem de trs eixos, quais sejam: 1) Regulao cultural sobre os meninos; 2) Produo de corpos infantis; 3) Consumo e Moda. As anlises realizadas permitem argumentar que meninos e meninas vm sendo constitudos de maneiras bastante diversas. As crianas do sexo masculino so alvo de maior regulao para que, desde a infncia, se adeqem ao modelo hegemnico de masculinidade, havendo uma clara preocupao com a sexualidade destes. As crianas da escola pesquisada mostramse tambm preocupadas com a aparncia, valendose de alguns esforos para tentarem se encaixar em caractersticas tidas, na atualidade, como fundamentais para se sentirem esteticamente belas. Cabe ressaltar ainda o quanto esse segmento da populao tem se tornado alvo de investimento de diversas reas industriais que se dedicam produo de mercadorias destinadas especificamente para elas.

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Esta dissertao trata da Corporeidade dos acadmicos de Educação Fsica que cursam a disciplina de Ginstica Rtmica Fundamentos. Analisa como os acadmicos percebem-se; as relações que estabelecem entre o pensar, o falar e o agir corporalmente; e as contribuies que a percepo do trabalho corporal oferecido por essa modalidade podem prestar ao modo de ser desses estudantes em seu cotidiano. O estudo consistiu em problematizar as questes do corpo, abarcando a importncia da imagem corporal, da percepo do corpo e da influncia da Ginstica Rtmica nessas relações como fonte de entendimento da corporeidade do acadmico. O material emprico foi coletado por meio dos seguintes instrumentos: entrevista semi-estruturada (inicial e final), notas de campo, filmagem (quatro seqncias) e memoriais descritivos (ao final de cada aula e um no final do semestre). O grupo de participantes foi constitudo pelos integrantes da turma de acadmicos da ESEF/UFRGS, num total de 12, que cursavam a disciplina de Ginstica Rtmica Fundamentos. Desse grupo, cinco eram garotas e sete eram rapazes. A pesquisa de campo ocorreu no segundo semestre de 2003, nas dependncias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mais precisamente no Ginsio Bugre Lucena da ESEF. O estudo permitiu que as reflexes construdas nesse grupo apresentassem como resultado uma ateno e uma compreenso maiores sobre as questes corpreas, conduzindo a um entendimento maior sobre a corporeidade desses acadmicos e configurando uma possibilidade relevante de aprofundamento dos conhecimentos nessa rea, tanto para o profissional de Educação Fsica como para as pessoas em geral.

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Meninas no papel faz parte das discusses onde se examinam as relações entre a inveno da infncia, governo e subjetivao, preocupando-se, especificamente, com a produo das meninas nas revistas femininas infantis brasileiras. Para dar conta da trama que envolve a produo do sujeito menina, dos vrios saberes e poderes que atravessam sua fabricao, divido a tese em partes que se entrecruzam. Trabalhadas separadamente, as mesmas no mantm uma continuidade linear entre si. Suas transversalidades, porm, produzem os ns de uma teia de relações que d significado aos vrios comeos de uma infncia que no cessa de se transformar. Na primeira parte da tese, me alio perspectiva genealgica do pensamento de Michel Foucault para tratar da inveno da infncia, sua produo e governo na modernidade ocidental, a fim de mostrar como se constituiu essa infncia de hoje. Ressalto as tcnicas de produo dos sujeitos femininos, constitudos pelas prticas de governo: o governo dos outros e de si. Na segunda parte da tese, analiso a produo das meninas na prtica discursiva e no discursiva das revistas, e em especial, das revistas femininas infantis brasileiras, perfazendo o processo de fabricao dos sujeitos femininos infantis no papel, na atualidade. Trato das relações de poder/saber que constituem a forma de governo de manuais de civilidade e de revistas femininas, que produzem sujeitos meninas como um ser civilizado, educado em seus desejos. Mostro as formas de subjetivao das meninas, bem como a produo do disciplinamento da sua sexualidade, atravs de um dispositivo que produz uma menina ao mesmo tempo inocente e pura, sensual e erotizada, ou seja, juvenescida. Sustento que essa posio de sujeito - a de juvenescido - produz efeitos na subjetivao de meninas e mulheres contemporneas e, conseqentemente, na forma de pensar a sua educação.

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A presente dissertao intitulada Processo de Formao Docente das Educadoras Leigas de Creches Comunitrias tem como objetivo analisar como ocorre a construo identitria de professora pelas educadoras leigas atuantes em creches comunitrias conveniadas com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS, matriculadas no curso de ensino mdio Normal na E.M.E.M. Emlio Meyer. Este estudo valeu-se predominantemente da abordagem qualitativa, utilizando-se de recursos quantitativos para compreender o contexto e o perfil das alunas estagirias na ntegra. Pautou-se em estudo de caso, sendo utilizados instrumentos metodolgicos como questionrio, entrevistas semi-estruturadas, observao de campo e anlise documental para compor o corpus da pesquisa. Buscou-se identificar a partir da fala das alunas, protagonistas deste processo, bem como de seus interlocutores, professores do curso e coordenadoras pedaggicas das creches comunitrias onde trabalham, como acontece a passagem de educadora leiga professora e se estas imprimem ressignificaes na prtica pedaggica cotidiana com crianas na creche. Apoiou-se em autores que abordam a formao docente, a legislao e o processo identitrio das professoras. As concluses deste processo investigativo indicam a importncia de haver formao em nvel mdio, objetivando a continuidade em nvel de graduao para profissionais que atuam com a faixa etria de zero a seis anos de idade. Sinaliza a necessidade de haver relao nas propostas dos cursos de formao de professores que contemplem o saber formal com os saberes da prtica trazidos pelas alunas. Bem como vislumbra que os cursos incidiro positivamente na identidade de professora de suas alunas, quando contemplarem em seus programas curriculares momentos em que a trajetria de vida e as experincias profissionais estejam interrelacionadas, proporcionando reflexo, onde haja espao para uma anlise crtica de sua prpria prtica luz da teoria. Finalmente desvela que para as educadoras leigas a oportunidade de cursar o Normal significou a realizao de um sonho de qualificao e formao.