29 resultados para organizações trabalho saúde

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O tecido desta pesquisa se guiou pelo olhar da Psicologia Social, par e passo com a busca pela anlise histrica. A perspectiva da Psicologia aqui considerada entende que os processos sociais e os sujeitos nesses inseridos, so destes produtores e produzidos, e os critrios da verdade so construdos a partir das convenes sociais e dos regimes de poder presentes nas relaes humanas. O interesse na pesquisa e interveno em Saúde do Trabalhador, e a percepo da pertinncia social que a atividade em teleatendimento tem atualmente no setor produtivo instigaram essa investigao. Considera as modificaes do trabalho com o advento de novas tecnologias no contexto de globalizao do capital, e as formas que o a atividade de trabalho em telefonia tomou. H uma pluralidade de intercruzamentos que essa atividade profissional tm apresentado atravs das problemticas a respeito das condies e da organizao do trabalho e das queixas de saúde que chegam aos sindicatos dos trabalhadores (o SINTTELRS ), e que outros estudos j tm apontado. O objetivo do estudo foi apontar as relaes entre os modos de gesto e o processo saúde-doena de teleoperadores, buscando investigar como se configura a organizao do trabalho (modos de gesto) no campo das telecomunicaes, identificar como essas caractersticas se expressam nas condies de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, e visibilizar as polticas de recursos humanos prevalecentes. Baseou-se no aporte metodolgico da produo de sentidos no cotidiano, no mbito da Psicologia Social, a anlise das prticas discursivas (SPINK; FREZZA, 2000). A pesquisa emprica foi realizada buscando os dados dos quatro maiores call centers sediados no Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada com entrevistas e textos da pgina eletrnica de uma instituio de referncia no setor, visita s empresas e dirio de campo. A partir das anlises um outro olhar permitiu narrar outra histria sobre polticas de gesto e saúde em teleatendimentos. A constituio e a caracterizao do trabalho nos call centers descritos apresentam organizações que se estruturam no perfil dos modelos flexveis, e os modos de gesto ilustram esta bricolagem do novo e do velho, quando encontra-se recolocado o receiturio fordista/taylorista com as estratgias tpicas da gesto da excelncia. As polticas de recursos humanos se focam no estmulo e na manuteno da capacidade produtiva, e no h, efetivamente, uma poltica de saúde que atente para o componente organizacional na gnese dos sintomas de LER/DORT e de sofrimento psquico, expressado com o termo genrico estresse. A concepo de saúde que embasa alguns programas de preveno no ultrapassa a condio de saúde pensada como ausncia de doena, apontando para a necessidade de expandir a discusso da regulamentao de parmetros especficos para esta atividade, especialmente no que concerne reinveno de uma saúde ocupacional na direo de uma saúde dos trabalhadores.

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Nesta dissertao, apresenta-se um estudo de caso, focando-se duas reas distintas em empresa industrial do ramo automobilstico, situada na regio metropolitana de Curitiba, no estado do Paran e localizada na regio sul-brasileira. Neste estudo, buscou-se identificar os fatores dificultadores e os facilitadores presentes na implementao e manuteno do modelo de trabalho por processos com Equipes Autogerenciadas (EAGs), a partir da percepo dos seus membros. Para efeito de ambientao deste tema, na fase exploratria da pesquisa tambm foram envolvidos os coordenadores e gerentes das reas da empresa objeto do estudo. A investigao de natureza qualitativa, valendo-se tambm do auxlio dos recursos de processamento estatstico de dados. Inicialmente se conduziu uma pesquisa exploratria seguida de uma pesquisa descritiva, esta, estruturada a partir dos dados obtidos na fase exploratria e do referencial terico utilizado. O estudo teve o tema como unidade de registro, o que possibilitou a comparao dos resultados encontrados, luz de alguns pressupostos tericos. Os resultados da pesquisa apontam para a predominncia de fatores dificultadores presentes nas reas pesquisadas e referentes ao modelo de trabalho com EAGs, devendo-se estar atento expectativa de incremento do empoderamento das mesmas, bem como do devido reconhecimento, por parte da empresa, em relao s responsabilidades e habilidades adicionais adquiridas pelos membros das mesmas EAGs. Sugere-se que o treinamento em habilidades comportamentais, bem como a melhoria do atual sistema de divulgao das informaes tambm sejam revisados e desenvolvidos pela Empresa junto s reas estudadas.

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Este trabalho aborda uma interveno ergonmica baseada em princpios da macroergonomia, de carter participativo, realizada nos postos de trabalho dos caixas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S. A. - Banrisul. A demanda deveu-se alta incidncia de patologias ocupacionais, LERlDORT (Leses por Esforos Repetitivos /Doenas Osteomusculares relacionadas ao Trabalho), em escriturrios do banco (caixas). Utilizando os mesmos instrumentos de pesquisa, foi avaliado o grau de satisfao dos empregados em relao organizao do trabalho, saúde, ambiente laboral e mobilirio, antes e aps a interveno realizada nos setores de caixa. Os resultados demonstraram que a metodologia Anlise Macroergonmica do Trabalho (AMT) utilizada foi adequada, pois inova ao identificar e quantificar tambm fatores subjetivos que, muitas vezes, permanecem restritos aos prprios trabalhadores, pois provm de suas vivncias e experincias pessoais ou de grupo.

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O presente texto trata de um estudo de caso que foi norteado pelo seguinte problema: Qual a influencia dos fatores depressivos no trabalho do enfermeiro psiquitrico?. Nesse sentido, verificar os fatores responsveis pela dualidade sofrimento e prazer no trabalho do enfermeiro psiquitrico, levando em considerao os fatores depressivos existentes nesta profisso, ser a questo mostradora desta pesquisa, que tem como base teoria de Cristoph Dejours. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro composto de questes fechadas com o intuito de caracterizar os entrevistados. Na seqncia, as entrevistas sofreram um processo de semi-estruturao, primeiramente, gravadas e posteriormente, transcritas. Essa coleta utilizou-se de sete enfermeiros da categoria psiquitrica da unidade psiquitrica do hospital geral (UPHG), ligada a uma Instituio Federal de Ensino Superior localizada na cidade de Santa Maria no interior do Estado do Rio grande do Sul. Para anlise das respostas referentes s questes das entrevistas, foi utilizada a metodologia da Anlise de Contedo. Os resultados esto apresentados em quatro categorias, que foram: Trabalho em linhas gerais, relata o trabalho num sentido mais amplo; A valorizao do bem-estar do enfermeiro, que ressalta a importncia de se ter um ambiente agradvel de trabalho; A busca do prazer no trabalho, que mostra caminhos para a busca do prazer no trabalho e por fim Aes preventivas para combater a depresso no ambiente de trabalho, que compreende formas de evitar aspectos depressivos na realidade do enfermeiro psiquitrico.

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Esta tese trata da formao de uma poltica pblica dentro do novo contexto no qual o espao pblico brasileiro organizado no final do sculo XX, incio do sculo XIX. Para tanto, analisada a formao da poltica de erradicao do trabalho infantil, um problema que adentrou a agenda pblica mobilizando as foras de atores pertencentes ao Estado, ao mercado e a sociedade nesse espao pblico em transformao. Seu objetivo analisar a formao dessa poltica a partir de uma perspectiva processual na qual atores situados ordenam uma rede para a sua materializao. Esta pesquisa se fundamenta na Actor-Network Theory e no mtodo interpretativo, com base na hermenutica, para analisar essa rede de poltica em formao, como um discurso em ao, atravs da anlise crtica de discurso. Como resultado, conclui-se que a poltica de erradicao do trabalho infantil no Brasil foi formada atravs das estratgias discursivas de integrao, responsabilizao e enfrentamento, dando continuidade ao seu processo de ordenao a partir do indicativo da intersetorialidade.

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O retorno ao trabalho de trabalhadores metalrgicos afastados por LER/DORT uma preocupao constante entre rgos pblicos do setor saúde/trabalho e rgos representativos das diversas categorias profissionais expostas a este tipo de agravo. Este estudo teve por objetivos identificar as dificuldades a que estes trabalhadores esto expostos no processo de retorno ao trabalho e investigar que significados tem o trabalho no seu processo de (re)insero profissional e sua potencialidade como recurso teraputico. O referencial terico baseou-se em autores como Arendt, Canguilhem, Le Guillant, Lima e Assuno, entre outros. A abordagem metodolgica foi a da pesquisa qualitativa, estudo de caso mltiplo. Os dados foram coletados atravs de entrevistas semiestruturadas, complementadas por anotaes retiradas dos pronturios mdicos, analisadas com base na anlise de contedo. Constatou-se que se repete o contexto de adoecimento apontado na literatura. Importante papel tem a valorao positiva do ato de trabalhar na manuteno do trabalhador no contexto patognico e na busca de atendimento precoce. No retorno, so fatores facilitadores: troca de funo, possibilidade do trabalhador controlar a execuo das atividades, apoio dos colegas e superviso. Como agentes dificultadores tm-se: alta prematura para o trabalho, retorno para a mesma funo (ou semelhante) ausncia de programas de retorno ao trabalho, dificuldades no relacionamento com superviso/colegas, dificuldades de impor limites na execuo das tarefas, acompanhadas de medo de ser demitido/discriminado na busca de um novo emprego, vivncias de impotncia e insegurana quanto ao futuro. So atribudas ao trabalho as funes de sobrevivncia, insero social, valorizao moral e promoo da saúde mental. Paradoxalmente, o trabalho percebido como causador de adoecimento fsico e de sofrimento psquico. A ausncia de trabalho tambm se associa ao sofrimento psquico e a prticas contrrias saúde (tabagismo, alcoolismo, obesidade). Constatou-se que os trabalhadores preferem manter-se no trabalho, visto a positividade conferida ao ato de trabalhar pelo contexto sociocultural.

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Estamos diante de um cenrio de transformaes sociais, cientficas, tecnolgicas e econmicas. No espao produtivo, tais transformaes tm recebido a denominao genrica de reestruturao produtiva, processo que compatibiliza alteraes institucionais e organizacionais nas relaes de produo e de trabalho com implicaes nas experincias e vivncias dos trabalhadores. O objetivo desta pesquisa o de conhecer essas experincias e vivncias durante a implementao de transformaes no processo de trabalho, representadas, principalmente, pela introduo de inovaes tecnolgicas no cotidiano laboral. Os fundamentos tericos foram compostos por estudos que analisam as implicaes das mudanas tecnolgicas introduzidas nos locais de trabalho sobre a subjetividade dos trabalhadores, especialmente os estudos de Chanlat (1995), Dejours (1999), e, no Brasil, Leite (1994), Lima (1995), Merlo (1999), Tittoni (1999) e Grisci (2001). Utilizam-se entrevistas individuais semi-estruturadas e grupos focais com nove supervisores operacionais de uma empresa pblica de capital misto do setor de servios, categoria funcional diretamente implicada nas transformaes que esto sendo introduzidas nessa organizao empresarial. Os relatos das entrevistas e dos grupos focais so analisados a partir de uma abordagem qualitativa, com a construo de categorias analticas com base nas questes norteadoras, no referencial terico e nos contedos emergentes dos depoimentos. Constata-se entre os supervisores operacionais uma expectativa de extino da funo e uma auto-valorizao do saber que construram sobre gesto de pessoas, saber este no substituvel pela mquina. O processo de modernizao tecnolgica avaliado como positivo e inevitvel, sem um engajamento de participao efetivo. Seus cotidianos de vida esto alterados pela necessidade de escolarizao e atualizao, atravs de cursos em horrios antes ocupados com lazer e convivncia familiar. Segundo esses supervisores operacionais, a reestruturao produtiva representada pela presena da mquina no processo produtivo e pela exigncia de uma qualificao para manuse-la.

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A silicose a formao de cicatrizes permanentes nos pulmes, provocadas pela inalao do p de slica (quartzo) existente na areia. A exposio poeira respirvel contendo slica comum entre os trabalhadores de minas, indstrias cermicas, os cortadores de arenito e de granito e tambm os operrios de fundies de metais ferrosos e no ferrosos. Atualmente, as fundies reutilizam a areia, adicionando no processo de fundio, percentuais de 3% at 10% de areia nova. Com base em uma Interveno Ergonmica, este trabalho aborda a avaliao ambiental da concentrao de slica (SiO2) em uma fundio de metais ferrosos da regio metropolitana da grande Porto Alegre, com o objetivo de quantific-la e compar-la com os limites de tolerncia (LT) recomendados. Foram obtidas amostras de poeira respirvel junto aos trabalhadores, conforme grupo homogneo de trabalho, utilizando bomba de amostragem de uso individual, ciclone Door-Oliver e filtro de membrana de PVC. Para quantificao da slica na amostra coletada foi utilizada a tcnica da espectrometria de difrao de Raios X. Os resultados obtidos indicaram que a exposio poeira contendo slica, nas condies de trabalho analisadas, apresenta-se com valores de exposio aceitvel segundo as normas nacionais e internacionais.

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O objeto desta pesquisa a organizao tecnolgica e social do trabalho em saúde no hospital, privilegiando a compreenso do espao que a prtica de enfermagem ocupa na produo de cuidados. Tem-se como objetivo analisar o processo de trabalho em um hospital universitrio, procurando apreender a configurao das prticas, dos saberes, das relaes sociais e das tecnologias que so operadas pelos agentes para interveno sobre o corpo doente. Utilizou-se a abordagem dialtica como referencial terico-metodolgico, procedendo-se coleta dos dados empricos atravs de observao direta do processo de trabalho em uma unidade de internao de clnica mdica e de entrevistas semi-estruturadas com os profissionais. No processo de anlise, classificou-se o material obtido a partir de trs ncleos de estruturas de relevncia: estrutura de produo de cuidados de saúde, relaes sociais, autogoverno dos trabalhadores. Para discusso e interpretao do cotidiano do processo de trabalho utilizou-se, como fio condutor, o ato operatrio da produo de cuidados. Constatou-se que a produo de cuidados no hospital desenvolvese a partir de um trabalho coletivo, orientado para o atendimento do corpo biolgico individual, atendendo s necessidades de recuperao funcional. A produo de cuidados estrutura-se atravs do parcelamento e da fragmentao das aes dos diferentes agentes, para obter como produto final o diagnstico e teraputica. Os agentes do trabalho coletivo se articulam em torno do ato mdico, que tem posio central na produo de cuidados. Porm, observou-se que os saberes e prticas se complementam e que existe espao para que os agentes exeram sua autonomia. Apontase a importncia da ampliao do modelo clnico, contemplando a dimenso social e subjetiva do processo saúde/doena, em um projeto teraputico compartilhado pelos diferentes profissionais da equipe de saúde. Prope-se a transformao do processo de trabalho associada construo de novos modelos de gesto das instituies de saúde.

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A presente tese tem como objetivo apresentar e discutir as possveis relaes entre macrotendncias de organizao do trabalho e possibilidade de crescimento humano em uma empresa de cermica de revestimento de Santa Catarina. O interesse pela temtica decorre dos reflexos das novas formas organizacionais sobre os que trabalham e o desconhecimento de pesquisas que contemplem a mesma problemtica. O mtodo utilizado para articular os objetivos foi o estudo de caso, qualitativo, delineado como exploratrio/descritivo, com a coleta de dados primrios e secundrios A base terica que deu suporte tese tratou do contexto do trabalho, das macrotendncias organizacionais e da possibilidade de crescimento humano. Para explicitar as macrotendncias, apresentaram-se concepes sobre a Qualidade Total, as Empresas Transfuncionais, as Organizações de Aprendizagem, as Organizações Qualificantes, a Reengenharia e as Organizações Cooperativas. Nas possibilidades de crescimento humano foram abordadas a Qualificao, a Carreira, as Competncias e o Desenvolvimento Pessoal. Complementou-se com abordagens sobre Subjetividade que questionam a linearidade predominante nos indicadores de crescimento humano. As articulaes entre a teoria e o caso estudado mostram que a Qualidade Total a forma de gesto preponderante na empresa, norteada pela certificao dos produtos. A Aprendizagem Organizacional encontra-se pouco sistematizada e as prticas nessa direo se mostram diferenciadas entre os nveis hierrquicos. As demais macrotendncias estudadas so pouco identificadas na gesto da organizao. No que tange possibilidade de crescimento humano, verificou-se que a qualificao est fortemente associada escolaridade e ao trabalho multifuncional. A carreira pouco formalizada na empresa e o direcionamento para a gesto por competncias deve amenizar as expectativas de ascenso. A possibilidade de desenvolvimento pessoal est relacionada com o desenvolvimento profissional ou o autodesenvolvimento. A anlise mostra sujeitos identificados com a idia da qualidade e que se referem diversidade que o trabalho engendra atualmente. O referencial que deu suporte ao estudo refora essa caracterstica, uma vez que a possibilidade de elaborao de um modelo genrico adequado de administrao de empresas parece cada vez mais distante.

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Este estudo problematiza a insero dos psiclogos nas equipes municipais de saúde, a partir da anlise da experincia de um grupo formado por psiclogas que trabalham nas equipes de saúde de municpios do Vale do Taquari. So municpios pequenos: um deles tem 70 mil habitantes, os demais so menores, entre 3 e 20 mil habitantes. O estudo foi realizado no perodo de maro de 2002 a janeiro de 2004. Partiremos do pensamento foucaultiano com relao aos dispositivos, que no nosso estudo funcionam para o disciplinamento que forma-conforma psiclogos enquanto profissionais da rea da saúde. Atravs de encontros mensais com o grupo de psiclogas, discutimos e conhecemos suas prticas nos servios municipais de saúde, e os conceitos de Sistema nico de Saúde (SUS) e do processo saúde-doena que sustenta essas prticas. A separao entre teoria e prtica, cincia e profisso, mantida pelos cursos de graduao, aliado manuteno de currculos voltados para a clnica tradicional (modelo mdico hegemnico), mostrou que os psiclogos no se reconhecem como trabalhadores do SUS, mas importam para os servios do Sistema prticas tradicionais, desconsiderando necessidades e especificidades do contexto scio-econmico e cultural. A partir destas constataes entendemos que o psiclogo no se reconhece como trabalhador de saúde do SUS e, uma das razes fortes pode ser atribuda ao modelo de formao e prtica que vem produzindo e reproduzindo esses modelos h 41 anos. Precisamos formar parcerias para inventar estratgias e promover mudanas nos modos de fazer psicologia.

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Este trabalho foi desenvolvido no municpio de Porto Alegre e analisa qual a possibilidade de autonomia do gestor municipal da saúde, para definir prioridades para a rea, frente trajetria institucional da poltica de saúde brasileira. Duas caractersticas do desenvolvimento do sistema de saúde no Brasil foram consideradas de maior relevncia neste estudo: a centralizao decisria e financeira no governo federal e a posio que conquistaram as organizações privadas prestadoras de servios de saúde na gesto e operacionalizao do sistema. Considerando as caractersticas citadas, dois foram os objetivos principais que nortearam a pesquisa: (a) verificar a autonomia do gestor municipal na gerncia dos recursos financeiros da saúde e (b) verificar a capacidade de ao do gestor municipal frente influncia das instituies privadas prestadoras de servios de saúde. Observou-se que a autonomia dos gestores municipais da saúde na gesto dos recursos setoriais limitada, por um lado, pela prvia estruturao dos recursos de transferncias federais, e, por outro lado, pela estrutura dos gastos fixos com os quais esto comprometidos os recursos prprios municipais. Apesar da regulamentao do Sistema nico de Saúde (SUS) garantir ao gestor municipal a prerrogativa de regular os servios prestados pelo setor privado, esse mostra resistncia em se submeter gesto pblica. O que acaba por configurar uma tenso entre as tentativas do gestor pblico de expandir seu espao de ao na gesto dos servios privados e as tentativas do setor privado de manter sua posio no sistema de saúde.