13 resultados para imigrantes

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Essa dissertação busca retratar o perfil de uma publicação dirigida, de caráter comunitário, que se mantém forte e atuante junto à comunidade imigrante ao longo de quatro décadas. Coordenado por padres da Igreja Católica, o Boletim do “CIBAI – Migrações” completou em 2005 seu 35° aniversário. Sua história é cheia de idas e vindas e reflete muitas identidades de diversas culturas. Através da construção de histórias de vida dos imigrantes receptores do Boletim é possível contemplar a trajetória do veículo tendo como pano de fundo o cotidiano de imigrantes de diferentes nacionalidades que compõe ‘A Família da Pompéia’.Os depoimentos dos imigrantes selecionados para a construção das histórias de vida apontam para os principais elos entre o Boletim e seus receptores. Esses vínculos englobam questões identitárias, religiosas e cultuais. Néstor García Canclini e Jésus Martin-Barbero são autores basilares na tentativa de entender o processo de comunicação desenvolvido por esta mídia ao longo de sua trajetória.

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Este trabalho trata de analisar o modo como aconteceu, no processo de ocupação e povoamento do espaço na região do Planalto do Rio Grande do Sul durante a segunda metade do século XIX, o encontro entre imigrantes europeus e lavradores nacionais, principais agentes envolvidos no processo de povoamento. Para realizar a pesquisa foram utilizados pressupostos teóricos relacionados as questões ligadas à etnicidade, ao campesinato e aos estudos de história agrária. O objetivo foi compreender o encontro entre caboclos e imigrantes, no sentido de especificar aspectos gerais vinculados ao modo de vida de cada grupo, assim como as alterações provocadas nos mesmos a partir do encontro e da inserção do Rio Grande do Sul no processo de constituição do capitalismo.

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Essa dissertação é um estudo antropológico sobre a recriação da identidade étnica através das festas de casamento e das dinâmicas familiares promovidas pelas famílias de origem palestina residentes nas cidades de Porto Alegre e Canoas localizadas no Estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, enfatizo essa análise em dois aspectos da vida social: as dinâmicas familiares e as festas de casamento. A partir desses dois enfoques é possível entender o que é a tradição e os costumes tidos como árabes. Ao apontar o que entendo como uma construção cultural própria dessas famílias, sugiro que o sentido é uma construção particular que só pode ser entendido de acordo com o contexto de relações no qual é fabricado. Dessa forma, não sugiro que haja uma cultura comum a todos os palestinos, mas sim jogos identitários que os definem e, nesse caso, os distinguem dos brasileiros.

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A preservação do meio ambiente está deixando de ser uma prática só dos países desenvolvidos. Preservar e despoluir o meio ambiente está se tornando uma das diretrizes de todos os países, independente da sua condição econômica ou social. Para tanto é oportuno avaliar as práticas de gestão ambiental das indústrias do Vale do Taquari. O Vale do Taquari é composto por 40 municípios, abrangendo uma área de 5.762 Km2. Sua população é de cerca de 315 mil habitantes e sua formação étnico-cultural compõe-se de imigrantes portugueses, alemães e italianos. Possui uma economia bem diversificada, com forte concentração na atividade agroindustrial, com ênfase na produção de proteína animal. O objetivo deste trabalho é analisar o processo de implantação das técnicas de produção mais limpa nas indústrias do Vale do Taquari. Para tanto, foram investigadas 54 indústrias, de forma a destacar as variáveis externas que estão pressionando por melhorias ambientais, identificando motivações para adoção destas práticas e dificuldades encontradas. Também foram avaliados o uso de técnicas de produção mais limpa e os seus possíveis ganhos econômicos. A pesquisa mostrou que as indústrias do Vale do Taquari se comportam de forma variada, quanto ao assunto gestão ambiental. Verificou-se que 30% das indústrias desconhecem o assunto, porém acham que se faz necessário uma rigorosa fiscalização por parte dos órgãos competentes. Como forma de preservação ambiental, as indústrias procuram diminuir o consumo dos recursos naturais, optando por fontes alternativas, principalmente os insumos energéticos. Estas atitudes, na maioria das indústrias da região, são tomadas por iniciativa própria. O destino dos resíduos industriais, as dificuldades na reciclagem e os custos não absorvidos pelos consumidores, caracterizam algumas das dificuldades encontradas pelas indústrias para reduzir o impacto das suas atividades sobre ambiente. Com relação às práticas de preservação ambiental, alguns setores, estão bem adiantados, obtendo inclusive ganhos econômicos. Nestes casos, percebe-se as vantagens do uso das técnicas da produção mais limpa, quando então a indústria passa a consumir menos energia, menos matérias-primas e reduz substancialmente os resíduos danosos à natureza.

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Este trabalho discute as origens e o desenvolvimento da indústria gaúcha, enfocando com maior acuidade o setor têxtil. Para tanto, descreve-se as formas de inserção da economia gaúcha na economia nacional, às quais fundaram as bases para o desenvolvimento econômico estadual. A partir de então, é apresentado o desenvolvimento da economia vinculada à região colonial, onde se verificou a importante contribuição dos imigrantes europeus para o desenvolvimento econômico do Estado. Os capitais acumulados por estas atividades permitiram investimentos em alguns ramos industriais, entre eles o têxtil. Utiliza-se o método histórico-descritivo para evidenciar os principais determinantes do desenvolvimento econômico que caracterizou esta região e os fatores que impulsionaram a industrialização. Assim, acompanha-se o desenvolvimento industrial, principalmente o do setor têxtil, desde o período da República Velha, até o final do período da substituição de importações. No final do trabalho são relacionadas as principais conclusões sobre o desenvolvimento do setor têxtil no Rio Grande do Sul, ao longo do período de substituição de importações.

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Este trabalho se propõe a demonstrar que, através do humor, é possível realizar o resgate de aspectos da identidade cultural dos teuto-gaúchos e ítalogaúchos. Por meio da análise de dois personagens étnicos publicados durante dois anos em um semanário gaúcho destinado ao público rural, a pesquisa busca nas tiras cômicas de hoje elementos identitários que nos remetem à cultura dos primeiros imigrantes alemães e italianos do Rio Grande do Sul. As tiras de Blau e Radicci estão aqui analisadas do ponto de vista da representação, do humor, da história e da identidade cultural de cada grupo étnico. Os blocos temáticos surgidos e abordados durante esta investigação são os seguintes: práticas políticas, religiosidade, tino comercial, relação imigrante x gaúcho, comida e bebida, e trabalho doméstico.

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O desenvolvimento desse trabalho trata da construção discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na região sul do país. O marco teórico que orienta esse estudo inclui-se na Análise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da década de 60 e que se estende até a década de 90. Grande parte desse período coincide com o aparecimento das ditaduras militares em América Latina, demarcando, assim, um espaço histórico-discursivo específico. Da mesma forma, ressaltam-se implicações desse percurso imigrante quando discutimos a inserção na língua portuguesa, o que exige uma “negociação” com a língua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistências expostas no âmbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: inserção histórico-discursiva e inserção na língua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pêcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da história e real da língua, os quais comportam aspectos de um indecifrável que tanto na história como na língua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenação e deslocamento de significações. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidação sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratório e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

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A Região Sul do Brasil, do ponto de vista da diversidade lingüística, caracteriza-se, entre diversos outros aspectos, pelo contato do português com as línguas dos imigrantes europeus que colonizaram a região desde o século XIX. Monolíngües no início, esses imigrantes tornaram-se bilíngües ao adquirir o português ao longo dos anos e, atualmente, a tendência é serem monolíngües em português. Em tal contexto, os italianos assumem posição de destaque, não só pelo número de falantes, mas também pelas áreas ocupadas e pela influência no contexto lingüístico, sociocultural e econômico. O português falado nas regiões em que ocorre o contato com o italiano assumiu traços específicos que refletem a constituição social e étnica dessas áreas, distinguindo-se, assim, do português falado em outras regiões e da variedadepadrão subjacente. Considerando esse cenário, o objetivo deste estudo é explicitar a dinâmica de difusão do português no espaço pluridimensional de contato com o italiano, mais especificamente em oito pontos (municípios) do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A linha teórica da pesquisa segue a perspectiva da dialetologia pluridimensional e relacional, a qual busca constituir uma ciência da variação lingüística que corrija as deficiências da geolingüística tradicional e acrescente à sociolingüística uma importância maior ao valor do espaço no debate sobre a variação: “o conceito das interrelações no espaço”, segundo Harald Thun. Os dados foram coletados através de trinta e duas entrevistas, nos estilos conversa semidirigida, resposta a questionário e leitura, nas quais foram controladas dimensões sociais e geográficas, visando a verificar a pronúncia variável do ditongo nasal tônico [A)w)], do [r] forte, da vogal [a] seguida de consoante nasal, do alçamento das vogais átonas finais [e] e [o], da africação de [t] e [d] diante de [i], da realização das fricativas [S] e [Z]. Os resultados, demonstrados através de tabelas estatísticas e de mapas pluridimensionais, evidenciam que a difusão dos traços associados ao português varia no modo e na intensidade. No plano diatópico, ocorre difusão mais intensa em Orleans (SC) e Caxias do Sul (RS), ao passo que a maior resistência à inovação lingüística foi detectada em Rodeio (SC) e Sananduva (RS). Na perspectiva diassocial, o uso de variantes sem interferência do italiano é liderado, sucessivamente, pelos falantes urbanos, pelos mais jovens e mais escolarizados.

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Este trabalho analisa o desenvolvimento socioeconômico do município de Caxias do Sul durante os primeiros 35 anos de existência, desde que surgiu como colônia do governo imperial. Ocorreu nessa localidade acelerado incremento das atividades econômicas, surgindo um mercado local, ao mesmo tempo em que Caxias inseria-se no círculo mercantil regional. O período coincide com o momento de constituição do capitalismo no Rio Grande do Sul. A pesquisa revelou que a produção não agrícola de Caxias era essencialmente artesanal até 1910, com unidades produtivas pouco diferenciadas e situadas em grande medida no meio rural. O comércio, não só de bens de consumo como também de terras, proporcionava as melhores oportunidades de enriquecimento. A alternativa de diversificar atividades, comerciais e de subsistência, favoreceu o estabelecimento de milhares de imigrantes, porém, a formação socioeconômica se caracterizou por profundas desigualdades que expulsaram, desde o início da colonização, grande número de imigrantes sem condições de se fixarem na colônia.

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O presente estudo investiga o papel da língua na constituição da identidade e etnicidade dos grupos de base imigrante em contato em uma comunidade rural multilíngüe em português, italiano e alemão de Imigrante, no Rio Grande do Sul, Brasil. A concepção básica que subjaz a esse propósito é a de que a língua constitui um dos principais fatores de determinação da identidade e etnicidade de um grupo social, neste caso representado por descendentes de imigrantes alemães e italianos. A pergunta que orientou a pesquisa, na comunidade escolhida, é como se dá essa interrelação entre língua e identidade no contato entre dois grupos de fala contrastantes, germânico e românico, e ao mesmo tempo semelhantes, na medida em que compartilham o traço em comum de grupo minoritário falante de uma variedade dialetal aloglota oriunda da imigração a partir do século XIX. Tal objetivo envolveu quatro pontos essenciais: em primeiro lugar, pretendeu-se verificar o papel da língua na constituição de padrões de identidade, bem como se varia entre um grupo étnico e outro. Em segundo lugar, pretendeu-se analisar no sentido de sustentar a hipótese de uma identidade múltipla dos diferentes grupos étnicos e sociais em contato na comunidade e descrever os condicionadores dessa multiplicidade (situação, prestígio/estigmatização, duplicidade de comportamento). Em terceiro lugar, buscou-se reconhecer padrões identitários entre os diferentes grupos de falantes da comunidade, descrevendo meios e mecanismos de expressão/manifestação da identidade étnica no comportamento lingüístico dos falantes. E, por fim, objetivou-se reunir exemplos que atestam, no sentido inverso, o papel da identidade no comportamento lingüístico dos falantes da comunidade. A presente dissertação enquadra-se no âmbito de pesquisas do “bilingüismo, línguas em contato e identidade”, abordando tópicos como uso, manutenção e substituição de variedades lingüísticas minoritárias e majoritárias, identidade, estigmatização e preconceito lingüístico. Do ponto de vista teórico-metodológico, o estudo baseia-se em uma pesquisa qualitativa, no sentido amplo. Os resultados da pesquisa nos levaram a constatar que a língua continua sendo um dos principais fatores de identificação entre alemães, italianos e lusobrasileiros, e que tal se manifesta de forma múltipla e variável nas relações sociais da comunidade plurilíngüe. Revelou-se também que a constituição da identidade quanto ao uso e à manutenção/substituição da língua é mais forte entre os descendentes de alemães que entre os descendentes de italianos.

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A presente dissertação visa compreender como a mulher idosa constrói a sua experiência de ser viúva no meio rural. Mulheres idosas constituem hoje um segmento da sociedade que vem adquirindo mais visibilidade em função da maior longevidade feminina. Uma característica marcante deste grupo, que influencia as diferentes maneiras de viver a velhice, é o alto índice de viúvas. A perda do parceiro representa um forte impacto e desafia as mulheres a aprenderem a ser viúvas, o que exige um grande esforço de adaptação tanto em termos práticos, como de identidade. Esta circunstância pode ser compreendida como um processo educativo informal, mediado pelos discursos culturais presentes no contexto em que as viúvas vivem. Desta maneira, o contexto rural apresenta características particulares para a aprendizagem de ser viúva idosa. As teorias específicas sobre o luto e perda trazem outras contribuições importantes para a compreensão deste processo. Uma revisão histórica da imagem da viuvez aponta para diferentes conotações, como a “viúva alegre”, a “viúva pobre” e a “viúva boa” (CAVALLO E WARNER,1999). A presente pesquisa analisa o processo de aprendizagem da viuvez através de um estudo qualitativo de caráter etnográfico realizado no distrito rural de Bela Vista, pertencente ao município de Passo Fundo situado no Planalto Médio do estado do Rio Grande do Sul. A coleta dos dados foi realizada através de entrevistas acerca da história de vida de nove mulheres viúvas, com idades entre 51 e 94 anos, e observações efetuadas na comunidade, principalmente nos encontros do grupo de idosos – DATI. Os dados foram analisados através da construção de categorias analíticas conforme a proposta de Minayo (1998) A partir dos resultados é possível observar que a mulher aprende a ser viúva no meio rural a partir do posicionamento que assume frente ao conflito entre discursos antigos, que aparecem marcados pela cultura dos imigrantes, e discursos novos que assinalam as mudanças no meio de produção rural e o surgimento do discurso científico gerontológico.

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As ações que deram origem ao movimento cooperativo de crédito, no mundo, estavam alicerçadas na motivação e na solidariedade para socorrer às classes menos favorecidas de operários europeus, submetidos à exploração e com dificuldades de sobrevivência. A sociedade cooperativa de hoje, assegura a existência dos economicamente necessitados e os considera membros dotados de iguais direitos na ordem societária edificada sobre o reconhecimento do valor criativo da personalidade do homem. Considera também, que o solidarismo cooperativista não pode esquecer que a cooperativa é uma empresa, que atua como instrumento de organização econômica da sociedade. O espírito de solidariedade e ajuda mútua em benefício de todo o grupo, principalmente aos menos favorecidos, precedeu o nascimento do movimento cooperativo de crédito. Um movimento apolítico estimulado a crescer pelo inadequado tratamento dispensado aos usuários das instituições financeiras tradicionais. A singularidade do movimento está na modelação associativa de pessoas em busca de soluções para suas poupanças e para o crédito, ancorada no principio da solidariedade. Estes exemplos foram seguidos pelos idealizadores do cooperativismo de crédito no Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul, a partir da chegada dos imigrantes europeus no final do século XIX. Historicamente a criação das cooperativas de crédito seguiram os modelos Raiffeisen e Luzzatti, os quais convergiram para os modelos atuais. A organização sistêmica em funcionamento nos paises economicamente desenvolvidos está contida no capitulo terceiro, enfatizando modelos de governança corporativa, inclusive aqueles existentes em nosso pais. A parte final aborda o sistema de crédito cooperativo SICREDI, seu significado e posicionamento no cenário nacional, a sua organização sistêmica, a estrutura de governança corporativa, a sua missão, os princípios cooperativistas, os seus diferenciais e benefícios colocados à disposição dos associados, o desempenho obtido em suas atividades operativas e as ações direcionadas para apoiar o desenvolvimento econômico e social dos associados e das comunidades onde convivem.

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Esta pesquisa, filiada à Análise de Discurso de linha francesa, trata da designação. Neste trabalho, nos perguntamos o que é designar, quais são as conseqüências históricas e sociais que decorrem deste ato que repetimos infinitas vezes. Esta é, essencialmente, a questão que nos move durante este trabalho. Como tema de investigação, nosso olhar se volta para as designações que são conferidas aos estrangeiros e imigrantes pela Imprensa. Portanto, os gestos de análise recortam os enunciados e a imprensa é tomada, teórica e analiticamente, como uma Formação Discursiva que constrói um imaginário de Brasil e determina a (in)aceitabilidade do sujeito. Em seu interior se delineiam “jogos” de forças (e de sentidos), produzidos pelo entrecruzamento das diferentes posições-sujeito. Assim, designar o estrangeiro como clandestino ou a boliviana, por exemplo, não é um gesto destituído de conseqüências. Delimitamos como pertencentes à Formação Discursiva da Imprensa os jornais: Zero Hora, Folha de São Paulo, Agora, São Paulo – Shimbun, Nippo-Brasil e Portugal em Foco, bem como a revista Marie Claire. Este trabalho se baseia em um critério qualitativo, que privilegia a condição de representatividade dos textos em estudo. É a discursivização do estrangeiro e do imigrante que confere unidade às diferentes publicações, tomadas como corpus heterogêneo, em virtude dos comprometimentos ideológicos dos órgãos de imprensa. Nossa fundamentação teórico-metodológica tem como suporte os pressupostos teóricos desenvolvidos por Pêcheux e Courtine, bem como as significativas contribuições teóricas de Orlandi e Guimarães. Além disso, realizamos um profícuo percurso pelos pensamentos filosóficos de Aristóteles, Spinoza e Frege, sempre considerando suas contribuições sob o viés do materialismo histórico. Esse diálogo com o campo da Filosofia se mostra essencial para a realização das análises e nos permite responder às questões a que nos propusemos. E assim, consideramos que a tradicional divisão entre designação e atributo não mais se mantém, pois ambos constituem, igualmente, o cerne de um processo discursivo que constrói (e determina) a subjetividade.