3 resultados para group C rotavirus
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Objetivo: Estudar a influência de duas abordagens cirúrgicas na evolução da gestação de coelhas prenhes. Delineamento: Estudo experimental e controlado. Método: Sessenta coelhas brancas, da raça Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus), prenhes, foram divididas em três grupos de estudo: controle (n=20), laparotomia (n=20) e videolaparoscopia (n=20). Os três grupos, após anestesia intravenosa e intubação orotraqueal, foram submetidos a duas diferentes abordagens cirúrgicas (laparotomia exploradora e videolaparoscopia diagnóstica) e acompanhados até o momento do parto. Foram feitas observações referentes à duração da gestação, da mortalidade fetal e do peso dos láparos vivos. Foram coletadas amostras de sangue arterial, no período pré e pós-operatório, para análise gasométrica e medidas do hematócrito e da hemoglobina das coelhas. Resultados: A duração da gestação (31,6 ± 0,99 vs. 31,8 ± 1,8 vs. 31,3 ± 2,24 dias), a taxa de mortalidade fetal (1,0 ± 2,5 vs. 1,9 ± 2,7 vs. 1,4 ± 2,0) e o peso dos láparos vivos no primeiro dia de vida (48,7 ± 11,3 vs. 51,5 ± 11,9 vs. 48,3 ± 8,2 g) nos grupos C, L e V, respectivamente, não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os grupos de estudo (p>0,05). Nas análises das amostras sangüíneas, quando comparado as diferenças entre o pré e o pós-operatório entre os grupos L e V, respectivamente, foram encontradas diferenças com relevância estatística (p>0,05) em relação às medidas do hematócrito (34,4 ± 3,1 e 33,1 ± 2,8 vs. 34,2 ± 3,2 e 30,3 ± 3,7), do pH (7,4 ± 0,1 e 7,4 ± 0,1 vs. 7,5 ± 0 e 7,3 ± 0,1), do paCO2 ( 30,8 ± 5,1 e 40,7 ± 8,2 vs. 32 ± 3,7 e 53,5 ± 18,4), mas sem relevância clínica. Conclusão: A evolução da gestação das coelhas prenhes submetidas a abordagens videolaparoscópica e laparotômica não mostrou diferença entre os grupos, estando ambas as técnicas indicadas no período gestacional de coelhas quando se fizer necessário.
Resumo:
A endometriose caracteriza-se pela presença de tecido endometriótico – glândulas e estroma – fora da cavidade uterina. A doença acomete superfícies peritoniais da pélvis, ovários e septo rectovaginal, sendo mais comum a endometriose pélvica. Embora os dados sobre a prevalência exata de endometriose sejam incertos, as evidências indicam uma prevalência em torno de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Dor, dismenorréia, dispareunia e infertilidade são sintomas freqüentes da doença. Além de apresentar dependência aos hormônios sexuais, a endometriose está associada a um conjunto de desordens de diferentes etiologias, sendo considerada uma doença multifatorial de caráter genético e imune. Neste sentido, a carência de respostas imunológicas adequadas, aliada a um provável desequilíbrio entre os processos de proliferação e apoptose celular, pode ter um papel importante na instalação e manutenção das lesões endometrióticas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a expressão de genes relacionados aos processos de proliferação e diferenciação celular em implantes endometrióticos e endométrio eutópico de mulheres inférteis sem e com endometriose, através da análise semiquantitativa por RT-PCR. Foram estudadas 34 pacientes consultando por infertilidade e submetidas à laparoscopia diagnóstica. Quinze pacientes (31,7 ± 1,5 anos) apresentavam endometriose e 19 (32,9 ± 0,9 anos) foram consideradas controles inférteis sem endometriose. Os dois grupos apresentaram IMC e SHBG similares. As biópsias de endométrio foram realizadas, em fase folicular, nas pacientes do grupo controle (C) e nas pacientes com endometriose (endométrio eutópico (EUT) e ectópico (ECT)). A presença do mRNA para os receptores de estrogênio e progesterona detectada nos 3 grupos estudados, sustenta a existência de sensibilidade tecidual local aos hormônios sexuais. Nas condições experimentais do presente estudo não foi observada diferença estatística na expressão gênica de bcl2 entre os grupos. A expressão do gene do ER endometrial também foi similar entre os grupos controle, eutópico e ectópico. Contudo, o endométrio ectópico apresentou níveis de mRNA mais elevados para PR-A (0,84 0,02 UA) em relação aos grupos controle e eutópico (0,60 0,04 UA e 0,63 0,04 UA; p < 0,05). A expressão gênica do PR-B não foi estatisticamente diferente entre os grupos do presente trabalho. Porém, houve forte correlação negativa entre a expressão dos genes bcl2 e PR-B nas amostras de endométrio sem e com endometriose (r = - 0,795 e p = 0,018), sugerindo que um papel anti-proliferativo do PR-B possa ser operativo neste modelo de estudo.
Resumo:
A procura de um método que permita um melhor resultado na anastomose de um nervo completamente seccionado é antiga. Há muitos anos a técnica, dita convencional, para aproximação dos cotos afastados do nervo lesado, é realizada com pontos de fios microcirúrgicos. Mais recentemente, a utilização da cola de fibrina tem permitido a adesão de tecidos, como pele, fáscia e outras estruturas anatômicas. O uso da cola de fibrina, na aproximação das extremidades nervosas, tem sido propagada pela indústria como um fato incontestável. No entanto, somente com a realização de estudos comparativos clínicos e laboratoriais tornou-se possível comparar a eficácia da cola de fibrina como agente de reconstituição em lesões de nervos periféricos. Com o objetivo de comprovar essa afirmação foi realizado um trabalho através de uma mensuração nas bainhas de mielina de cotos regenerados de nervos entre diferentes tipos de anastomose nervosas em nervo isquiático de ratos da raça Wistar. Com esse mesmo escopo, foi mensurado o número de axônios em regeneração após o uso dessa cola. Foi utilizada uma amostra de 35 ratos divididos em 03 grupos (A, B e C). No grupo A, 25 ratos foram submetidos à cirurgia com o uso da cola de fibrina para a anastomose nervosa. No grupo B, 05 ratos foram submetidos ao mesmo procedimento; entretanto, ao reparo nervoso acrescentou-se a utilização de dois pontos opostos de mononylon 9-0, usando-se cola de fibrina no seu interior. No terceiro grupo (C), 05 ratos foram submetidos a neurorrafia com 6 a 8 pontos de mononylon 9-0 sem auxílio da cola de fibrina (anastomose nervosa convencional). Os animais foram submetidos a um novo procedimento após 90 dias, quando o nervo isquiático tratado foi retirado e encaminhado para o estudo. Após esse procedimento, os animais foram sacrificados. Cabe esclarecer que os espécimens foram submetidas a uma preparação histológica, sendo avaliados. Para tanto, foi realizada uma mensuração da espessura média da bainha de mielina das fibras regeneradas. Também foi realizada uma medição do número de axônios regenerados em um milímetro quadrado. Com base nesses achados, foram comparados os resultados.