5 resultados para Universidade do Estado do Rio de Janeiro Terminologia
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Resumo:
Este trabalho de estratigrafia quantitativa teve como objetivo o estudo de ciclos sedimentares em seqncias siliciclsticas. Para isso, utilizou-se ferramentas matemticas e estatsticas, interpretando os resultados obtidos no contexto da estratigrafia de seqncias. Os padres quase cclicos de empilhamento sedimentar foram associados a padres de ciclos de tempo conhecidos os da banda de Milankovitch (Milankovitch, 1947). Para superar as dificuldades inerentes s medidas diretas em afloramentos e testemunhos, adotou-se o estudo das variaes da distncia entre marcas consecutivas, observadas na curva do perfil de raios gama de sondagens para petrleo ou carvo. Esta distncia foi associada espessura da camada sedimentar e a srie de observaes foi estudada pelos mtodos de anlise de sries temporais, empregando-se: estatsticas bsicas, histogramas e distribuies de freqncia, diagramas de tempo (grficos XY), grficos de Fischer, autocorrelao e correlao cruzada e anlise espectral. A abordagem do problema exigiu um tratamento matemtico das observaes estratigrficas, mantido de forma orientada para a geologia. Deu-se nfase ao significado fsico (geolgico) dos resultados obtidos com as diversas anlises. As variaes nas espessuras das camadas permitiram reconhecer parasseqncias e suas geometrias internas, levando identificao acurada dos ambientes deposicionais, das fcies e dos tratos de sistema, em um contexto de estratigrafia de seqncias. As razes entre os perodos encontrados nos ciclos sedimentares foram associadas com os ciclos astronmicos da banda de Milankovitch, produzindo estimativas do tempo de deposio e das taxas de acumulao e fornecendo a viso dos processos de preenchimento da bacia, das oscilaes do nvel do mar e do fluxo de sedimentos. O emprego desta metodologia de anlise evidenciou seqncias de quinta e de quarta ordem (no sentido da Exxon) correlacionveis, localmente. Em nvel regional, mostrou ser possvel a correlao de seqncias de terceira ordem, por distncias considerveis, permitindo correlaes com a curva global de oscilaes do nvel do mar. Para ilustrar, foram discutidos exemplos de aplicao da metodologia, em sees do Permiano da Bacia do Paran e do Andar Buracica (Barremiano), na Bacia do Recncavo. A metodologia do trabalho foi desenvolvida pelo autor, junto aos participantes de pesquisas e de cursos do Laboratrio de Anlise de Bacias e Correlao Geolgica (LABCG) da Faculdade de Geologia (FGEL) da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Resumo:
O Estado do Rio Grande do Sul grande produtor e exportador de gros, sendo responsvel por, aproximadamente, 20% da produo nacional de soja. No entanto, os rendimentos desta cultura apresentam alta variabilidade interanual, conseqncia da tambm alta variabilidade interanual da precipitao pluvial. O objetivo deste trabalho foi ajustar e validar um modelo agrometeorolgico-espectral de estimativa do rendimento da soja para o Rio Grande do Sul, para ser utilizado em programas de previso de safras. O modelo proposto composto por um termo agrometeorolgico, obtido pelo ajuste do modelo multiplicativo de Jensen (1968), modificado por Berlato (1987) ao qual foi introduzido um fator de correo, e um termo espectral, obtido pela mdia do NDVI mximo dos meses de dezembro e janeiro. Os dados de rendimento mdio da soja (estatsticas oficiais do IBGE) e os dados de estaes meteorolgicas (obteno da evapotranspirao relativa - ETr/ETo) foram referentes ao perodo de 1975 a 2000, enquanto que as imagens de NDVI/NOAA foram do perodo de 1982 a 2000. A aplicao do modelo de Jensen modificado permite a obteno das estimativas do rendimento da cultura da soja, no Estado do Rio Grande do Sul, com preciso, rapidez, praticidade, objetividade e baixo custo, cerca de um ms antes do final da colheita, conferindo ao mesmo um carter preditivo. A aplicao do modelo agrometeorolgico-espectral, entretanto, promove melhoria na acurcia das estimativas dos rendimentos, permitindo a gerao de mapas de rendimento de soja para a regio de produo significativa desta cultura no Estado, considerando, alm da evapotranspirao relativa, outros fatores que influenciam na determinao dos rendimentos. A utilizao de imagens de satlite, recursos de informtica e de geoprocessamento permite rapidez na anlise de dados para a avaliao do desenvolvimento das culturas agrcolas.
Resumo:
O presente estudo elabora um ndice de violncia para o Estado do Rio Grande do Sul, em seus 467 municpios, durante o perodo de 1992 a 1999. No se buscaram explicaes para o comportamento das taxas, mas somente uma descrio de sua evoluo ao longo do perodo. Desta forma, procura-se um processo analtico que permita que, mais tarde, sejam trabalhadas as relaes, conceitos e papis frente ao processo de desenvolvimento humano e regional. A pesquisa trabalha com ndices de criminalidade que se fundamentam no critrio da agilidade da informao, proporcionada por estas medidas, para o diagnstico dos problemas da violncia municipal e para a elaborao de polticas voltadas segurana. Em janeiro de 2000 foi divulgado o trabalho desenvolvido pela Fundao de Economia e Estatstica Siegfried Emanuel Heuser (FEE)1, intitulado ndice Social Municipal Ampliado (ISMA) para o Rio Grande do Sul (1991-1996). O objetivo do mesmo era comparar as posies intermunicipais a partir de indicadores sociais que foram selecionados2 e definidos em blocos de educao, sade, renda e condies de domiclio e saneamento. Desta forma, comparou-se e classificou-se num ranking os melhores e piores municpios do Estado do Rio Grande do Sul pela mdia do perodo de 1991 a 1996. Buscando complementar e aprimorar o trabalho, este estudo tem a proposta de acrescer, nos mesmos municpios, o bloco segurana, proporcionando uma maior integrao dos resultados a partir dos dados sintetizados e complementados. Reunindo os resultados anteriormente apurados pela pesquisa da FEE com aqueles que sero obtidos por este trabalho atingir-se um melhor conhecimento da realidade scio-econmica gacha. Faz parte integrante deste trabalho um disco compacto, cujas especificaes encontram-se no Captulo 5.
Resumo:
Populaes de Trachemys dorbigni foram estudadas em duas reas geogrficas distintas. Estas reas localizam-se na Estao Ecolgica do Taim (Base Santa Marta) (UTM x=346185 y=6365666 22H) e na Lagoa Verde, no municpio de Rio Grande (UTM x=385820 y=644500 22H), ambas no sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A populao da Lagoa Verde serviu de subsdio para a caracterizao da estrutura populacional da espcie, enquanto que a da Estao Ecolgica do Taim foi analisada quanto aos aspectos da biologia e ecologia reprodutiva. A caracterizao da estrutura foi analisada utilizando-se 210 exemplares adultos (104 fmeas e 106 machos). As fmeas atingem comprimentos da carapaa maiores que os machos ( x CMC= 212,1mm 14,823; x CMC= 181,6mm 17,076), sendo significativamente diferente (F1,207=191,140; P<0,001). O surgimento dos dimorfismos sexuais secundrios dos machos ocorre a partir de 130mm de comprimento da carapaa, e se caracterizam pelo maior tamanho da cauda e pela melanizao. Os machos de T. dorbigni no apresentam dimorfismo quanto concavidade do plastro. A maturidade das fmeas foi estimada entre 150 e 160mm. A espcie desova entre os meses de outubro e janeiro, depositando, em mdia, 12,1 ovos. Os ovos de T. dorbigni so brancos, pergaminosos e elpticos O comprimento mdio dos ovos 39,3mm 2,06, a largura 25,8mm 1,07 e o peso 14,9g 1,47. As fmeas podem realizar at trs posturas por temporada reprodutiva, havendo um intervalo de 15 a 20 dias entre cada evento. Apenas 31% da populao de fmeas desova anualmente. As fmeas depositam seus ninhos a distncias que podem variar de 0 a 560,3m ( x =69,2m; N=101) da gua. As estimativas do deslocamento de fmeas em terra foi de 132m/dia (Mn.=15m; Mx.=285m; N=8). J o maior deslocamento na gua foi 950m em um dia. A mdia geral da distncia entre duas capturas consecutivas para fmeas no transferidas foi de 545,0m, enquanto que para as transferidas foi 520,5m. Constatou-se uma acentuada capacidade de orientao nas fmeas transferidas ( =59,089; P<0,01), sendo que 86% destas foram capazes de retornarem na direo do seu ponto de captura aps sua transferncia.
Resumo:
o conhecimento da distribuio espacial e temporal da disponibilidade hdrica estabelece diretrizes para a implementao de polticas de planejamento e execuo para o uso racional desse recurso. O Rio Grande do Sul tem a agricultura como principal atividade econmica, sendo extremamente influenciada pela disponibilidade hdrica para as culturas. Na metade sul do Estado, so registrados os menores ndices pluviomtricos,fazendo com que seja freqente a ocorrncia de deficincia hdrica. O objetivo deste trabalho foi analisar o ndice hdrico (ETR/ETo) decendial na metade sul do Estado, para verificar o risco de ocorrncia de deficincia hdrica decendial. Para tanto, foram obtidos dados meteorolgicos dirios de nove localidades, bem distribudas nas cinco regies ecoclimticas(Campanha, DepressoCentral, Grandes Lagoas, Litoral e Serra do Sudeste) da metade sul do Estado, do perodo 1961-90. Foram realizados balanos hdricos decendiais, pelo mtodo de Thornthwaite-Mather, com capacidade de armazenamentode gua no solo de 50, 75,100 e 125mm.A partir da, foi obtido o ndice hdrico decendial para verificar o risco de ocorrncia de deficincia hdrica.O perodo de dez dias foi adotado para fazer um detalhamento temporal do risco climtico.Com a anlise dos resultados, ficou constatado que a regio da Campanha a que tem maior probabilidade de ocorrncia de deficincia hdrica decendial, principalmenteno perodo compreendido entre o 2 decndio de dezembro e o 2 de janeiro. Essas deficincias so minimizadas em anos de EI Nino. Tambmfoi analisada a tendncia temporal do ndice hdrico e da precipitao pluvial decendiais e no foi constatado incremento ou diminuio dessas variveis, durante o perodo 1961-90.