11 resultados para Truner, Rene

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O presente estudo descreve o processo de formulao do 2 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre, mostrando de que maneira, atravs de contedo e mtodo, foram se consolidando as idias que definem a cidade do desejo mediada pela cidade do possvel, considerando os discursos e as atividades desenvolvidas, desde o lanamento, em 1993, do Projeto Porto Alegre Mais-Cidade Constituinte, at a entrega Cmara Municipal, da proposta de plano diretor formalizada pelo Executivo Municipal, em 1997, como resultado de um amplo trabalho participativo, que teve como desafio a construo, de forma compartilhada, de um projeto para o futuro da cidade. As concluses apresentam atravs de aspectos selecionados, uma comparao entre o 1 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, aprovado em 1979 e o novo plano, mostrando as principais diferenas - enfoque e linguagem - entre os discursos de uma e de outra proposta, considerando-se a Noo de Projeto de Cidade e a de Aspectos de Gesto. Da mesma maneira, respondem, de acordo com o referencial conceitual adotado, se o novo plano faz rupturas, rene fragmentos, traz inovaes ou repete a tradio do ltimo sculo.

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As espcies de peixes de gua doce neotropicais constituem um dos agrupamentos mais diversos do planeta, tanto em termos de riqueza de espcies como em relao diversidade de formas, comportamentos e modos de vida. A reproduo um dos aspectos mais interessantes e importantes desta plasticidade, podendo-se encontrar praticamente todos os mecanismos de reproduo sexuada entre as espcies de peixes. Apesar da importncia do conhecimento sobre a reproduo dos peixes, relativamente poucos estudos tratam deste tema, sobretudo se considerado o nmero de espcies descritas para o Neotrpico. H poucos anos, a maioria dos trabalhos sobre reproduo de peixes contemplavam as espcies de maior porte, de interesse comercial. Nos ltimos anos, vem aumentando o volume de informaes disponveis acerca das caractersticas reprodutivas de espcies de menor porte, sobretudo aquelas da famlia Characidae, a mais numerosa entre os Characiformes neotropicais. Embora represente um importante avano, o conhecimento da biologia reprodutiva das espcies de gua doce de grande ou pequeno porte ainda incipiente. Alm disso, muitos trabalhos deixam de abordar vrios aspectos da reproduo das espcies estudadas, dificultando a anlise comparada do conjunto de dados disponveis, bem como o estabelecimento de padres reprodutivos para a ictiofauna do Neotrpico. Este trabalho visa contribuir para o conhecimento da biologia reprodutiva de espcies de peixes de gua doce da famlia Characidae, oferecendo novas informaes sobre diversos aspectos da reproduo de trs espcies que apresentam uma estratgia reprodutiva peculiar, a inseminao, pertencentes a trs linhagens diferentes de caracdeos.O trabalho objetiva ainda analizar estes dados, juntamente com os disponveis na literatura, dentro do contexto da filogenia e da biologia comparada, procurando compreender melhor os padres e processos envolvidos nos aspectos reprodutivos destas espcies. O primeiro trabalho apresentado (Evoluo, comportamento, histria de vida e filogenia: um estudo de caso em peixes caracdeos com inseminao) discute a influncia das relaes genealgicas e filticas na reproduo e no comportamento, e o uso de caracteres reprodutivos e comportamentais como ferramentas em anlises filogenticas. No segundo trabalho (Biologia reprodutiva de Diapoma terofali (Eigenmann, 1915) (Teleostei: Glandulocaudinae) do rio Ibicui da Faxina, sul do Brasil), so apresentados diversos dados sobre reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios de Diapoma terofali, da subfamlia Glandulocaudinae. Da mesma forma, o terceiro trabalho (Biologia reprodutiva de Macropsobrycon uruguayanae Eigenmann, 1915 (Characidae: Cheirodontinae: Compsurini) do rio Ibicui, Rio Grande do Sul, Brasil) trata sobre os aspectos da reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios em Macropsobrycon uruguayanae, um caracdeo inseminado pertencente subfamlia Cheirodontinae. No quarto trabalho (Ocorrncia de inseminao e descrio da morfologia do testculo e ultraestrutura do espermatozide de espcies de Hollandichthys (Eigenmann, 1909) (Ostariophysi: Characidae)), descrita a ocorrncia de inseminao em espcies do gnero Hollandichthys, pertencente a uma terceira linhagem de Characidae com inseminao. Tambm so descritas as caractersticas morfolgicas e da ultraestrutura dos espermatozides destas espcies. Por fim, o quinto trabalho que compe esta tese (Caractersticas da reproduo de espcies de Characidae (Teleostei: Characiformes) e suas relaes com o tamanho corporal e filogenia), rene as informaes existentes na literatura sobre reproduo de espcies de Characidae e formula hipteses sobre a existncia de alguns padres reprodutivos em Characidae e sobre suas possveis explicaes evolutivas. So tambm discutidas as relaes entre estes supostos padres, o tamanho corporal e as relaes filogenticas das espcies da famlia.

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A ordem Thysanoptera rene cerca de 5.500 espcies descritas, das quais, mais de 2.000 esto registradas para a regio Neotropical. Apesar da grande diversidade de tripes existente no Brasil - que engloba quase 10% das espcies do mundo inteiro - h uma lacuna no conhecimento dessa fauna em ambientes naturais e de sua biologia e ecologia. Os poucos estudos j realizados sugerem que a famlia Asteraceae apresenta uma tisanopterofauna mais rica que as demais e que flores e ramos so utilizados diferencialmente pelas espcies de tripes. Este estudo objetivou contribuir para o levantamento da tisanopterofauna nativa e averiguar a flora explorada por estes insetos, quanto utilizao de flores e ramos e sua ocorrncia em Asteraceae e outras famlias. A rea de estudo foi o Parque Estadual de Itapu (PEI), Viamo (50 50- 51 05W e 30 20- 30 27 S), RS. Quatro sadas de campo foram realizadas de junho de 2003 a abril de 2004. Foram determinadas trs trilhas de aproximadamente 500 m em diferentes tipos de vegetao. As trilhas estabelecidas foram a da praia da Pedreira (TP) (mata baixa e vegetao rupestre), a do morro do Ara (TA) (vegetao rupestre, vassourais e mata baixa) e a do morro da Grota (TG) (vegetao rupestre, butiazais e vassourais). Cada uma destas foi dividida em quatro subreas, de igual extenso. A cada sada foram sorteadas duas destas subreas, nas quais foram amostrados aleatoriamente trs indivduos de Asteraceae e trs de qualquer outra famlia. De cada indivduo era retirado um ramo com flores (F) e um sem flores (R). Cada ramo escolhido constituiu uma unidade amostral (UA). Para o total de 279 UAs, foram coletados 1.695 indivduos - 870 adultos (583 e 287 ) e 825 larvas - de 31 espcies de Thysanoptera, em 19 gneros e trs famlias. Os Terebrantia representaram mais de 90% dos adultos e 76% dos imaturos coletados e compreenderam a maioria das espcies (26). Dentre as famlias, a mais rica e abundante foi Thripidae, com 757 indivduos e 23 espcies. Frankliniella (9 spp.), Heterothrips (3 spp.) e Neohydatothrips (3 spp.), foram os gneros mais ricos. Frankliniella foi tambm o mais abundante, perfazendo cerca de 64% do total da amostra. Os tisanpteros mais comuns foram Frankliniella rodeos e Paraleucothrips minusculus Johansen, 1983, com 363 e 92 indivduos coletados. Os ndices de Shannon-Wiener (H) e de dominncia de Simpson (D) estimados para a tisanopterofauna do PEI foram de 2,19 e 0,211, respectivamente. Foram coletados 690 adultos e 572 larvas de tripes em F, distribudos em 29 espcies. J em R foram capturados 180 adultos e 253 imaturos, sendo registradas 22 espcies. O ndice de Shannon-Wiener aponta uma maior diversidade em R (H = 2,33) do que em F (H = 2,01), pois a dominncia foi notadamente maior em F (D = 0,255) do que em R (D = 0,133) devido a grande abundncia de Frankliniella spp. nos mesmos. Em 46 das 61 espcies vegetais coletadas foi constatada a presena de tisanpteros. Entre as famlias de plantas com maior nmero de espcies associadas com tripes, destacam-se Asteraceae (22), Myrtaceae (4) e Rubiaceae (4). Das 31 espcies de tripes identificadas, 19 ocorrem em Asteraceae e quatro foram registradas exclusivamente nesta famlia. Observou-se diferenas marcantes nos valores de H e D entre a tisanopterofauna habitante de asterceas (H = 1,68; D = 0,311) e aquela das demais famlias (H = 2,11; D = 0,178).

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Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), conhecido vulgarmente como mexilho dourado proveniente do sudeste asitico. Foi, provavelmente, introduzido nos nossos mananciais, no intencionalmente, atravs da gua de lastro, com os primeiros registros na Amrica do Sul, em 1991,no Rio da Prata, nas proximidades de Buenos Aires, Argentina. Foi visto pela primeira vez na rea do Delta do Jacu, em frente ao porto de Porto Alegre, RS, Brasil, no ano de 1998. Sua populao vem se expandindo em superfcie e densidades que ultrapassam 100.000 i/m2 e, desde o ano de 2000, vem causando problemas de entupimentos em indstrias e todas as captadoras de gua no municpio de Porto Alegre, entorno do lago Guaba e do baixo Rio Jacu. A espcie vem causando uma srie de danos fauna bentnica nativa e vegetao ripria, desencadeando a diminuio das mesmas. A carncia de dados sobre o ciclo de vida e a dinmica populacional da espcie na bacia do Guaba, motivaram o desenvolvimento deste trabalho. As coletas foram realizadas no lago Guaba, Praia do Veludo, ao sul do municpio de Porto Alegre, quinzenalmente, ao longo de 16 meses (setembro 2002 a dezembro de 2003), acompanhadas das anlises fsicas e qumicas da gua. As larvas foram coletadas com rede de plncton, com abertura de malha equivalente a 36 m, filtrando-se a quantidade de 30 litros de gua. A incidncia de ps-larvas, foi verificada atravs de amostradores artificiais dispostos em seis suportes de ferro, cada um contendo quatro amostradores (tijolos vazados) colocados entre os juncais, a uma altura de 20 cm do fundo. Em cada suporte, os tijolos foram trocados: um em quinze dias, um a cada ms, outro semestralmente e o ltimo, que permaneceu at completar um ano, foi considerado o controle do experimento. A coleta de exemplares adultos de L. fortunei efetivou-se sobre ramos submersos do sarandi, Cephhalanthus glabratus (Spreng.) K. Schum, onde foram extrados cilindros com aproximadamente quatro centmetros de dimetro e 10 centmetros de comprimento. Os resultados foram reunidos em dois captulos sob a forma de artigos cientficos. O primeiro rene informaes, com a descrio, medidas e ilustraes de cada fase larval de Limnoperna fortunei desde a fase larval ciliada, a larva trocfora com quatro estgios diferenciados e os estgios valvados, com as larvas D, veliger de charneira reta, veliger umbonado, pediveliger, at a ps-larva ou plantgrada. O segundo captulo contm os dados ambientais correlacionados s densidades de larvas, ps-larvas e adultos e o resultado de uma srie de anlises multivariadas da quantidade dos indivduos nas diferentes fases de vida e poca do ano e das medidas dos indivduos adultos com as datas de coleta Atravs dos testes quantitativos registrou-se que: a quantidade de larvas variou de 0 a 23 indivduos por litro; as larvas estiveram presentes em todos os meses do ano, com picos de densidade alta na primavera no ms de outubro, tanto no ano de 2002 como 2003, e densidades menores sob temperaturas abaixo de 15 C. A quantidade mdia de ps-larvas variou de 1 a 7545 indivduos por amostrador (tijolo). As ps-larvas estiveram presentes em todos os meses do ano, com picos de densidade na primavera, particularmente no ms de novembro 2003, seguindo-se ao pico larval do mesmo ano. Os adultos atingiram o tamanho mximo de 38mm. A densidade populacional de adultos agregados calculada por i/m2 variou de 15.700 i/m2 a 99.700 i/m2 em fevereiro de 2003. As anlises de ordenao e agrupamento separaram a populao em geral, em quatro grupos conforme a densidade de cada fase em diferentes pocas do ano. Os adultos foram ordenados em trs diferentes grupos conforme as classes de comprimento que aqui denominase de recrutas, adultos menores e adultos maiores. Estes trs grupos esto tambm relacionados s diferenas de comportamentos quanto habilidade de locomoo e capacidade de fixao. Considerando os adultos conforme suas classes de comprimento, constatou-se a predominncia dos recrutas (5 a 7mm de comprimento), presentes durante todos os meses amostrados. Seguiu-se aos picos de ps-larvas um recrutamento que se tornou mais intenso, em fevereiro de 2003 e se prolongou at agosto do mesmo ano. Os amostradores controle com medidas das populaes submersas durante os meses mais frios apresentaram populaes com comprimento mdio menor que as do vero. Apesar de no ter-se encontrado correlao entre a quantidade de larvas e os picos de temperatura, houve uma diminuio da quantidade de larvas nos picos de temperaturas mais baixas e uma coincidncia entre os picos de densidade larval e as oscilaes bruscas na temperatura que ocorreram nos meses menos frios. Vendavais e tempestades ocorridas na primavera de 2002 seriam as causas provveis da baixa densidade de ps-larvas aps o pico larval no incio da primavera de 2002. Os dados apresentados referentes ao ciclo de vida de Limnoperna fortunei so bsicos elaborao de projetos de pesquisa que objetivem a gesto e o controle do animal. Os resultados do presente trabalho, de um modo geral, tambm poderiam subsidiar mtodos de controle do mexilho dourado adequados e com isto minimizar prejuzos financeiros e impactos ambientais maiores do que o do prprio animal, advindos da aplicao de tcnicas indevidas de gesto.

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A comunicao essencial para a vida em grupo, e se d atravs da linguagem. Existem diversas formas de linguagem, porm a linguagem matemtica vai alm das demais, pois universal. O advento dos aparelhos eletrnicos e, em especial, do computador, tornou possvel o desenvolvimento de padres e aplicativos que pudessem manipular smbolos matemticos eletronicamente. A Web trouxe consigo a linguagem HTML para visualizao de textos e, mais atualmente, o padro de linguagem de marcao XML e seus aplicativos, que tm caractersticas melhores que o HTML quanto estruturao, armazenamento e indexao de dados. Uma das aplicaes advindas do XML foi a linguagem de marcao matemtica MathML, que contribui para a manipulao e visualizao de formalismos matemticos na Web, e vem se tornando um padro no meio acadmico, educacional e comercial. As diversas aplicaes matemticas (editores, ambientes matemticos) desenvolvidas para o computador geralmente no permitem a discusso em linguagem matemtica de forma sncrona pela rede de computadores. Sabe-se que na Internet a conexo de pessoas num mesmo momento atravs de ferramentas sncronas muito difundida, como o caso de aplicativos do tipo bate-papo; no entanto, esses aplicativos no possuem funcionalidades que permitam a troca de textos matemticos. H, portanto, uma limitao em relao a ferramentas de comunicao sncrona para matemtica na Web. Este trabalho quer oferecer uma alternativa ao pblico que deseje trocar formalismos matemticos de forma sncrona pela Web, a fim de verificar se esse tipo de ferramenta efetivamente usvel para discusses matemticas. Para isso, foi desenvolvido um prottipo que rene as caractersticas de uma ferramenta tpica de bate-papo com as vantagens advindas das linguagens de marcao: o ChatMath. O trabalho tambm aponta caractersticas de aplicativos matemticos e de ferramentas sncronas textuais e descreve as linguagens de marcao matemtica. Para fins de avaliao do prottipo desenvolvido, fez-se uma pesquisa a fim de verificar sua efetiva utilidade para troca de formalismos matemticos, dentro do contexto educacional. Os resultados dessa pesquisa confirmam a hiptese levantada, embora identifiquem modificaes funcionais e de uso da ferramenta, havendo necessidade de reaplicao da avaliao, para se obter resultados mais detalhados.

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O objetivo desta pesquisa o estudo das relaes que se estabelecem entre o trabalhador e seu trabalho em organizaes no convencionais, isto , que no se identificam com o modo capitalista de produo e que reivindicam, pelo contrrio, a criatividade e a originalidade de um trabalho mais autnomo, mais justo e mais responsvel: a economia solidria. O que significa, para o trabalhador, atuar nestas organizaes? a pergunta que orienta este estudo. Dito de outro modo: a experincia vivida no trabalho cotidiano pelo trabalhador da economia solidria manifesta-se mediante prticas profissionais e prticas sociais reveladoras de novas formas de insero no trabalho e na sociedade? Seria essa experincia fruto de uma transformao que ocorre em alguns segmentos do mundo do trabalho e observvel em outros contextos econmicos ou um reflexo da situao particularmente fragilizada dos trabalhadores brasileiros? Tratar-se- ento de entender a singularidade da participao dos trabalhadores a este projeto, seu impacto sobre o desenvolvimento de seu trabalho e das relaes estabelecidas com a organizao e de estudar as transformaes que podem ocorrer nas relaes sociais a partir do trabalho. Este ser analisado sob uma dimenso subjetiva, como experincia de construo identitria, e sob uma dimenso institucional, como socializao para e pela solidariedade. O conceito de trabalho solidrio, que rene essas dimenses, ser analisado apoiando-se, em grande parte, na obra de Franois Dubet e sua teoria do ator, da estrutura social e da socializao. A pesquisa se inscreve numa perspectiva de contribuio Sociologia do Trabalho e das relaes de trabalho sem a pretenso de realizar uma sociologia da economia solidria, nas suas mltiplas relaes com a sociedade. O que est em foco a transformao das relaes entre o trabalhador e seu trabalho. O argumento defendido pela pesquisa que as relaes que nascem de uma experincia cotidiana do trabalho nas organizaes da economia solidria so peculiares e diversificadas, mas interpelam e desafiam o conjunto das relaes sociais. Portanto, o trabalho realizado nessas organizaes talvez seria, apesar de suas ambigidades, suscetvel de estimular novas formas de relaes sociais por meio de uma socializao assentada na solidariedade. Trs tipos de organizaes referncias (tipos ideais) so construdos a partir do tipo de produo dominante e dos valores e objetivos que motivam a ao: organizaes de produo, associaes culturais e organizaes humanitrias. A comparao Brasil Frana, atravs das organizaes investigadas em Porto Alegre e Paris, procura homologias, isto : correspondncias na construo da ao apesar de contextos diferentes, assim como a reconstruo de processos e procura de especificidades que possam enriquecer as interaes. No decorrer da investigao, o que se encontrou, tanto no Brasil quanto na Frana, foi de um lado, um discurso oficial (mentores, militantes da economia solidria e pesquisadores) que descreve a tarefa que se atribui a economia solidria: a responsabilizao de todos para transformar a sociedade. Por outro lado, encontrou-se, atravs do discurso dos trabalhadores, o relato da realidade quotidiana que aparece como um mundo de tenses e contradies. Para entender essa aparente incompatibilidade, foi preciso recriar os mecanismos de construo do trabalho solidrio: em que medida pode-se falar de experincia social e em que medida a socializao para e pela solidariedade bem sucedida. Para tanto, foi necessrio recompor o processo de construo das relaes sociais dentro e fora do trabalho, manifestado mediante estratgias dos atores que precisam se posicionar frente s lgicas de ao desenvolvidas pelas organizaes. A seguir, analisou-se a possibilidade de encontrar semelhanas e diferenas entre o Brasil e a Frana na construo deste trabalho solidrio. Enfim, procurou-se responder pergunta que originou esta pesquisa: seria mesmo o trabalho solidrio gerador de novas relaes sociais no trabalho e no mbito mais amplo da sociedade?

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Os sistemas computacionais esto tomando propores cada vez maiores envolvendo situaes bastante complexas, onde muitas vezes erros so inaceitveis, como em sistemas bancrios, sistemas de controle de trfego areo, etc... Para obter software confivel e com desempenho aceitvel, pode-se aliar tcnicas de desenvolvimento formal de software a tcnicas de simulao de sistemas. O ambiente PLATUS rene essas duas reas: modelos de simulao so descritos usando gramticas de grafos uma linguagem de especificao formal. Gramticas de grafos so uma generalizao de gramticas de Chomsky, substituindo strings por grafos. Neste trabalho, sero tratadas gramticas de grafos baseados em objetos, um modelo onde vrtices e arcos so tipados, e as especificaes so modulares (a especificao de um sistema consiste em vrias gramticas de grafos combinadas). Assim, o modelo de um sistema pode ser descrito de forma precisa, e a linguagem de especificao bastante abstrata e expressiva. Num ambiente de simulao a questo da recuperao de dados merece uma ateno especial, uma vez que a eficincia do simulador est diretamente ligada a agilidade na obteno das informaes. Neste trabalho, o objetivo principal definir uma representao para gramticas de grafos que facilite o armazenamento, a recuperao e anlise das estruturas identificadas no ambiente PLATUS, ou seja, gramticas de grafos baseadas em objetos. So definidas tambm funes que implementam os procedimentos necessrios, para a recuperao de dados durante a simulao. A eficincia dessas funes demonstrada atravs do clculo de sua ordem de complexidade. As estruturas so validadas atravs da implementao de um prottipo de banco de dados.

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Esta dissertao analisa produes textuais de autoria de alunas universitrias provenientes de distintas reas do saber cientfico (Cincias Humanas, Cincias Exatas, Cincias da Sade). Partindo do tema comum a todas essas produes, ser mulher ..., o objetivo deste trabalho discutir os processos em que se constitui a identidade feminina, como recurso para se chegar noo de identidade discursiva, questo central. Uma vez entendida como unidade imaginria, a noo de identidade discursiva permite pesquisar o modo como o sentido emerge pleno de atravessamentos, disponibilizados por uma memria que retorna, se atualiza e se transforma. Algo semelhante se observa na instncia do sujeito, pois a imagem de unicidade e fechamento apenas uma iluso que denega os processos que promovem seu descentramento. Assim, marcados pelo no-um, sentido e sujeito tm, na identidade, a presena da falta do significante via de entrada exterioridade. A primeira parte do trabalho est subdivida em trs captulos, que buscam organizar os fundamentos tericos que embasam a perspectiva discursiva a que se submete a noo de identidade. O primeiro captulo traz contribuies advindas da Psicanlise, para compreender o modo como o sujeito mulher se deixa determinar em sua condio desejante, faltante, atestando isso na imagem que faz de si. O segundo captulo percorre leituras situadas no campo dos Estudos Culturais, com o objetivo de averiguar como processos histrico-sociais contribuem na determinao e fragmentao da identidade feminina. O terceiro captulo rene as principais noes da Anlise do Discurso Francesa, para fundamentar o conceito de identidade discursiva que baliza as anlises seguintes. E, por fim, a segunda parte contm o quarto captulo, que se destina s seqncias discursivas, submetidas a dois momentos concomitantes de anlise busca por posies-sujeito e delineamento da formao discursiva dominante , visando a compreender e discutir a configurao proposta noo de identidade: uma unidade imaginria.

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O presente trabalho trata da recepo crtica, no Brasil e na Espanha, de trs obras do escritor francs Andr Malraux - La Condition humaine, LEspoir e Antimmoires. A anlise fundamenta-se em alguns princpios tericos da Literatura Comparada e utiliza noes bsicas da Esttica da Recepo, da Crtica Literria e da Traduo. O estudo rene e analisa textos publicados em jornais e revistas, literrios e jornalsticos, no perodo compreendido entre 1933, ano da publicao de La Condition humaine e 2001, ano do centenrio de nascimento do escritor. Compem tambm o corpus alguns textos produzidos em momentos de especial interesse da biografia do autor (participao na Guerra Civil Espanhola, visita ao Brasil, falecimento e transferncia das cinzas para o Panthon parisiense). Alm da pesquisa em jornais e revistas, a Internet foi tambm uma fonte importante de informaes. O estudo mostra que Malraux despertou inicialmente a ateno dos crticos e leitores com seus romances ideolgicos, participativos e at revolucionrios, adequados ao horizonte de expectativa dos leitores da poca, dominada ento pela poltica e pela ideologia, assim como revela que o interesse das geraes ps-guerra por Malraux se justifica pelo valor esttico de suas obras. A pesquisa evidencia uma diferena significativa entre o Brasil e a Espanha no que se refere, de um lado, ao nmero de edies das obras traduzidas e, de outro, ao momento em que ocorreram as tradues. Na Espanha, a traduo comeou somente a partir da dcada de 60, enquanto que no Brasil, de 1933 a 1973, registrou-se uma edio em portugus a cada dcada, fato que se repetiu na dcada de 90 e em 2001. Conta-se um total de 36 edies na Espanha e de apenas 7 edies no Brasil das trs obras estudadas. Estes dados so apresentados em grficos nos anexos da tese, assim como quatro tabelas com as mximas malrucianas, as edies das tradues brasileiras e espanholas das obras, a malruciana brasileira e a malruciana espanhola. Nos anexos, pode-se ler tambm o discurso pronunciado por Malraux em Madri, no dia 7 de julho de 1937 e, a ttulo de ilustrao, seguem-se fotos de Barcelona durante a Guerra Civil, com referncias aos locais feitas por Malraux em LEspoir. A bibliografia comporta, em diferentes itens, referncias a textos das crticas brasileira e espanhola, a textos encontrados na Internet e s obras consultadas para a fundamentao terica da pesquisa.

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Imagens do corte: desdobramentos operatrios em imagens impressas e projetadas uma pesquisa em Poticas Visuais que traz uma resposta prtica e terica a uma indagao sobre a idia de corte circunscrita ao campo das Artes Visuais. Tem como objeto um conjunto de trabalhos, que chamei de Imagens do corte. Eles se originam de fotografias de rvores que foram encontradas cortadas na cidade de Uberlndia, no estado de Minas Gerais. So imagens dos topos de troncos cortados, numerizadas, ampliadas, fragmentadas e apresentadas em espaos arquitetnicos. A idia de corte, tomada como conceito operatrio, funda, desdobra-se e se reflete nas vrias etapas da produo deste conjunto de trabalhos. Durante o perodo da pesquisa, ou seja, de 2001 a 2004 foram concebidas e apresentadas cinco mostras em espaos institucionais e abertos ao pblico. Elas se dividiram em duas etapas de produo e apresentao, cada qual introduzindo problematizaes especficas. A primeira etapa rene as mostras com imagens impressas; a segunda etapa, imagens projetadas. Trabalhos anteriores e desenvolvidos no perodo da pesquisa so tambm considerados dentro do conjunto de imagens do corte na medida em que se conectam com as exposies. Esta produo visual acompanhada de uma produo textual que traz o relato das indagaes ocorridas no interior do processo; o tratamento terico das questes que fundam os trabalhos e dos desdobramentos do conceito operatrio; as anlises dos trabalhos; as aproximaes com obras consolidadas de outros artistas e as conexes com a Histria da Arte.