15 resultados para Televisão Aspectos culturais
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Este trabalho fruto de uma investigao que buscou elucidar a relao estabelecida entre os servios de sade e os seus usurios. Com esse objetivo, utilizou-se uma abordagem antropolgica que teve como referncia a experincia emprica ligada Unidade Conceio do Servio de Sade Comunitria do Grupo Hospitalar Conceio, em Porto Alegre, RS. Funcionando nas dependncias do Hospital Nossa Senhora Conceio, a Unidade Conceio um posto de sade vinculado ao Sistema nico de Sade (SUS) em que mdicos gerais comunitrios e outros profissionais vm prestando atendimento de sade, h cerca de 15 anos, aos moradores da sua vizinhana, calculados atualmente em mais de 20 mil pessoas. Tendo como pano de fundo as influncias da cultura no comportamento humano e na prestao de atendimento de sade, os desdobramentos principais da relao entre a Unidade e os seus usurios foram analisados sob diversos eixos: a histria da Unidade, seus conflitos com a instituio e outras especialidades mdicas; a relao da Unidade com a rea geogrfica sob sua responsabilidade; a questo da participao popular nos servios de sade, mais especificamente a experincia do seu Conselho Gestor Local; e, por fim, a avaliao dos servios de sade, principalmente no que concerne perspectiva dos pacientes. Sempre que possvel, a anlise feita procurou fazer uma ligao com as mudanas ocorridas no sistema de sade brasileiro nos ltimos anos. Resgatar os aspectos culturais como elemento essencial para o estabelecimento de uma comunicao efetiva entre os indivduos e os servios formais de sade mostrou-se fundamental para permitir o aprofundamento desse tipo de anlise e para qualificar as aes desenvolvidas pelos servios de sade.
Resumo:
Esta dissertao pretende comprovar a existncia de uma relao profunda entre o texto ficcional dos contos de Feliz Ano Novo, publicado em 1975, e o contexto histrico da poca. Partindo de um panorama da produo artstica e cultural dos anos 60 e 70, o trabalho insere as opes temtico-formais desta obra no referido contexto histrico e artstico e busca evidenciar a maneira pela qual tal contexto se faz presente na linguagem da obra, que recria artisticamente a tenso e a violncia do perodo. A linguagem configura um discurso metaficcional que contm, em sua forma banal e calculada, uma profunda reflexo sobre o papel da literatura no mundo mercantilizado que a cerca. Assim, atravs da metalinguagem, a narrativa dos contos problematiza a Histria e realiza uma das poucas formas de subverso ainda ao alcance de um produto artstico: escapar ao destino de ser um mero bem de consumo e converterse em instrumento de problematizao da prpria lgica dos bens culturais de consumo.
Resumo:
O estudo sobre maturidade gerencial desenvolveu-se com base no modelo de Chris Argyris e foi enriquecido com reflexes, proposies e indagaes de outros autores que, direta ou indiretamente, estudaram o comportamento de dirigentes em organizaes de aprendizagem e de empresas excelentes. O estudo foi realizado a partir das manifestaes de dirigentes de empresas de pequeno, mdio e grande porte, localizadas no Municpio de Porto Alegre. Das sete dimenses estudadas - desdobradas em atitudes e habilidades - verificou-se que os dirigentes consideram muito importantes, a iniciativa e a perspectivas de ao; importantes, em ordem decrescente de percentual de respostas, autonomia e autocontrole; seguidas, em igualdade de condies, pela flexibilidade e auto-estima, e finalmente pela dimenso interesse. Foram constatadas diferenas significativas de respostas apresentadas pelos dirigentes do sexo feminino em relao s respostas fornecidas pelos do sexo masculino, assim como das respostas fornecidas por dirigentes que h mais tempo esto na empresa ou no exerccio da funo em relao aos que tm menos tempo de exerccio profissional. Tambm foram constatados resultados surpreendentes que confirmam a interferncia de aspectos culturais e educacionais nas respostas dadas. As variveis idade, tempo na organizao e no exerccio da funo na empresa demonstraram tambm sua interferncia. Os resultados da pesquisa permitiram igualmente divisar caminhos, onde existem elos importantes, sendo o principal o de considerar o homem como agente de sua histria e de sua empresa, na medida em que ele se conhecer mais e intencionalmente realizar vivncias que o levem a um desenvolvimento pessoal alcanar sua maturidade na empresa. So feitas reflexes que requerem alternativas diferenciadas de interveno para as Universidades e Escolas Tcnicas, para as reas de consultoria e de Recursos Humanos das Empresas. Tambm se confirmou a necessidade de serem realizados novos estudos para aprofundar a temtica, tanto em nvel empresarial, quanto acadmico.
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A categoria tempo circular ou indiferenciado mostra que o trabalho formal vivido de acordo com a subjetividade dos seus participantes, com uma multiplicidade de significados e de configuraes sempre variveis. Neste estudo, identificou-se a existncia de uma relao entre o tempo circular e as estratgias elaboradas pelos trabalhadores na conquista de uma maior autonomia nos espaos de trabalho. Alm disso, observou-se a convivncia entre trabalhadores, empresrios e dirigentes governamentais e sindicais presentes num projeto de modernizao no sul de Moambique, denominado Corredor de Desenvolvimento de Maputo e constatou-se o modo como realizada a negociao das diferenas. Realizou-se um levantamento das principais estratgias levadas a cabo por empresrios nacionais, estrangeiros, governo e sindicatos na gesto da fora de trabalho, formao, qualificao e o uso do tempo nos espaos de trabalho, bem como as perspectivas de desenvolvimento humano trazido por este projeto na regio de Maputo. Por enquanto, ainda no foi possvel detectar um interesse real dos grupos empresariais e governamentais em delinear caminhos tendentes a encontrar equilbrios possveis entre a modernizao e a tradio, que sejam compatveis com a satisfao das necessidades, valores e crenas e o respeito ao imaginrio dos grupos envolvidos na construo da modernizao tecnolgica do pas. Parecem evidentes estratgias em que a responsabilidade social est ausente e a estratgia de abertura das Zonas Francas Industriais ao investimento externo carece de uma verdadeira negociao entre parceiros em que sejam distribudas de forma equitativa as vantagens e desvantagens inerentes aos projetos de industrializao a serem implantados localmente. Os testemunhos obtidos junto dos protagonistas moambicanos expressaram uma grande frustrao e desencantamento quanto a resultados que possam vir a ser promissores para as populaes, trabalhadores e empresrios nacionais do projeto em curso. Portanto, este projeto mostra ser um processo exgeno introduzido revelia de seus principais protagonistas nesta fase de implantao em territrio moambicano e onde os aspectos culturais foram desrespeitados, alm de serem usados como estratgia para tirar vantagens adicionais.
Resumo:
Partindo da idia central de que o projeto ficcional de Vcios e virtudes refletir sobre o processo de construo romanesca e sobre os caminhos e descaminhos de Portugal em busca de sua identidade nesse tempo de incertezas, marcado pelo impacto da globalizao e mundializao da cultura, buscamos demonstrar, no presente trabalho, como a tessitura interna da narrativa articula, simultaneamente, uma crtica realidade cultural, social, poltica e econmica de Portugal com uma crtica prpria fico, colocando, muitas vezes, uma a servio da outra. para dar conta desse projeto que Vcios e virtudes se constitui num romance de romances que duplica histrias, narradores e personagens, pois essa uma estratgia narrativa que contribui para desvelar o fazer romanesco e desconstruir o discurso literrio tradicional ao discutir aspectos da teoria e da crtica literria, mas, tambm, para mostrar que as identidades s podem ser construdas num processo contnuo de alteridade. , tambm, atravs do resgate da tradio e de um dilogo contnuo com a Histria portuguesa que o romance desmitifica tanto os mitos do passado quanto os do presente, desvelando verdades ocultas e aspectos culturais enraizados no imaginrio portugus, responsveis pela construo da identidade nacional. Entretanto, nesse resgate que, em qualquer caso, funciona como discurso de resistncia pela afirmao da historicidade, no h uma negao e sim uma afirmao da hibridez cultural que integra a nao portuguesa. Assim, a obra busca preservar o que singulariza Portugal em oposio a uma possvel e indesejada identidade global.
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Entre as diversas formas de organizao de sistemas produtivos destacam-se arranjos produtivos, onde empresas de um mesmo setor interagem com atores locais e buscam, atravs da cooperao, vantagens competitivas inatingveis de forma isolada. Esta interao facilitada pela proximidade geogrfica e por aspectos culturais. A cooperao e a coordenao de arranjos produtivos (APs) no sistemtica e est associada a conceitos como aprendizado coletivo, confiana, eficincia coletiva, capital social, identidade regional e outros aspectos culturais. necessrio desenvolver uma sistemtica para a sua realizao e coordenao, ou seja, para a governana de APs. Esta pesquisa prope um modelo para o desenvolvimento e implementao do processo de governana baseado na abordagem de clusters com nfase no espao meso da competitividade sistmica e nas pequenas e mdias empresas (PMEs). Primeiramente, so pesquisados os elementos estruturais e organizacionais da abordagem de clusters, da governana, e do seu processo de desenvolvimento. Estes so sintetizados em forma de construtos. Aps, proposto um modelo para desenvolver e implementar o processo de governana constitudo de trs fases: mobilizao e crescimento, visibilidade e comprometimento, e gerao de projetos de maior valor agregado. Estas fases foram desdobradas em etapas de modelagem conceitual, gesto estratgica e gesto operacional e melhoria. O modelo proposto foi implementado para a cadeia automotiva do Rio Grande do Sul atravs de uma instituio privada e encontra-se em fase final de consolidao.
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O presente trabalho desenvolve uma anlise crtica e comparativa entre a arquitetura de quatro Pavilhes Brasileiros. Para tanto, tomando como base a participao do Brasil com pavilhes prprios nas exposies universais: Expo39, em Nova York; Expo58, em Bruxelas; Expo70, em Osaka e projeto para Expo92, em Sevilha, respectivamente, cada um dos pavilhes analisado dentro do seu contexto histrico nacional e internacional. uma tentativa de resgatar a importncia da arquitetura efmera brasileira, sobre a qual devem predominar registros relacionados compreenso crtica da arquitetura nacional. As anlises realizadas baseiam-se em conceitos e qualidades comuns e opostas durante a explanao de cada uma das situaes documentadas. Assim, so relacionados e interpolados aspectos culturais, sociais e polticos existentes no mbito da arquitetura nacional vigente. Os pensamentos dominantes da poca, ideologias e conceitos so abordados durante o desenvolvimento desta dissertao. Ficou comprovado atravs das anlises que, nem sempre a arquitetura dos Pavilhes Brasileiros procurou representar uma identidade nacional. Efetivamente, as anlises deste trabalho comprovaram diversas influncias na arquitetura dos Pavilhes Brasileiros e, muitas vezes, o resultado da representao brasileira limitou-se a refletir escolas ou correntes regionais que tiveram relevncia no perodo da modernizao brasileira.
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Este trabalho discute a comercializao da commodity arroz em casca na Bolsa Brasileira de Mercadorias do Rio Grande do Sul. Os objetivos principais so, em um primeiro momento, caracterizar os agentes da cadeia produtiva de arroz, e caracterizar a transao desta commodity. Em seguida, a partir de uma pesquisa com os agentes envolvidos, discute-se os aspectos facilitadores e dificultadores a realizao de negcios na Bolsa Brasileira de Mercadorias. O mtodo de pesquisa empregado o estudo exploratrio, em que os dados primrios foram levantados atravs de questionrio aplicado em 12 agroindstrias e 36 produtores. Tambm se utilizaram dados secundrios provenientes de vrias fontes. O trabalho concludo com a apresentao dos resultados, que revelam, entre outros, que aspectos culturais e estruturais da cadeia produtiva de arroz do Rio Grande do Sul entravam a realizao de negcios na Bolsa. Entretanto, observam-se aspectos comportamentais facilitadores que podem indicar um aumento no volume de negcios promovidos pela instituio nos prximos anos.
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A Feira do Livro de Porto Alegre um ritual de compra e venda de livros realizado, ininterruptamente h 51 anos, na Praa da Alfndega. Este trabalho objetivou desvendar a cultura organizacional do evento atentando para os fatos administrativos levado a efeito na Praa. Para tanto, os seguintes objetivos especficos foram traados: a) verificar os aspectos culturais compartilhados ou no entre os membros da Comisso Executiva da Feira do Livro; b) identificar os palcos, os atores, os autores e os homenageados presentes na cultura organizacional da Feira do Livro; e, c) identificar e analisar os significados atribudos pelos diferentes atores da Feira (organizadores/ proprietrios de livrarias/ vendedores/ compradores/ escritores) ao livro. O mtodo que permitiu a realizao dessa pesquisa foi o etnogrfico, tendo como tcnicas de pesquisa a observao participante, as entrevistas semi-estruturadas e consulta a materiais documentais. O Referencial que deu suporte as anlises foram provenientes da Antropologia e da Administrao, constituindo, um trabalho interdisciplinar. Tanto os conceitos de rituais (TURNER, 1974; VAN GENNEP, 1978; DAMATTA, 1978-97; PEIRANO, 2001-03 e TEIXEIRA, 1988) quanto o de cultura organizacional (CAVEDON, 2001) permitiram considerar que a cultura organizacional da Feria do Livro de Porto Alegre apresenta aspectos que a homogenezam como aspectos que a heterogenezam, sendo que ambos influenciam sobremaneira nos fatos administrativos levados a efeito na Praa. Alm disso, desvendar os aspectos divergentes dessa cultura permitiu expor as lutas simblicas existentes no grupo de participantes deste evento, de modo que, atentar para a heterogeneidade cultural propicia elucidar a distribuio do poder dentro da organizao. No que tange aos aspectos homogeneizantes perceptvel que os mesmos colaboram para a manuteno do status quo social. No caso especifico do objeto de estudo, por sua intrnseca relao entra a organizao e a sociedade, emerge de forma evidente que tanto a identidade do porto-alegrense influencia na cultura organizacional do rito quanto organizao do ritual auxilia na construo da identidade desses citadinos, uma vez que a identidade se d pela via relacional.
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O presente trabalho investigou o programa televisivo Hip Hop Sul, veiculado pela TV Educativa do Rio Grande do Sul, e a sua relao com os msicos que dele participam, buscando entender as funes scio-musicais e as experincias de formao e atuao musical que o programa desempenha. As tcnicas utilizadas na coleta de dados foram a entrevista semi-estruturada, observaes e acompanhamento da rotina de trabalho dos produtores do programa e registros em fotografias digitais e em audiovisuais da atuao dos grupos de rap e da produo do programa. A investigao foi desenvolvida na perspectiva dos estudos culturais (Wolf, 1995) e a anlise dos dados foi feita com base no mtodo de anlise televisiva de Casetti e Chio (1998). O trabalho fundamenta-se na perspectiva da televisão como mediadora de conhecimentos musicais, (Fischer, 1997, 2000a, 2000b; Kraemer, 2000; Nanni, 2000 e Souza, 2000), a partir dos quais foram evidenciados os aspectos musicais formativos e atuantes presentes no Hip Hop Sul. Os aspectos abordados referem-se as experincias musicais dos grupos de rap como telespectadores e participantes do programa. Os resultados dessa pesquisa mostram que para esses grupos, ver a si mesmo ou sentir-se representados na televisão, significa existir, ter uma identidade e sair do anonimato. Estar na televisão , portanto, uma experincia que modifica o ser e o fazer musical.
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O estudo pretende realizar o mapeamento de aspectos relevantes da esttica do corpo na televisão, observando sua representao nos programas jornalsticos, nos programas de entretenimento e nas inseres publicitrias de ambos. Pesquisa o discurso somtico tencionando, a partir dele, desvendar um contrato fiducirio no jornalismo, um contrato sedutor na publicidade e hedonista-erotizante no entretenimento, ou seja, o jornalismo buscando a representao do corpo-verdade ou corpo-real, a publicidade representando o corpo-produto e o entretenimento representando o corpo-hedonista. Alm de traar o percurso do corpo na Histria e estabelecer referenciais tericos norteadores, a investigao busca, no recorte e anlise de programaes televisivas, as principais formas de visualizao desse corpo ngulos, aes, tipos, apresentao, localizao, adjetivao, acrescentando na interpretao os seus possveis significados sociais.
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O Marketing Cultural, delimitado ao seu uso como ferramenta de marketing institucional atravs de patrocnio de eventos culturais, vem crescendo de forma expressiva no Brasil e no mundo. Poucos estudos acadmicos tm sido realizados sobre o tema. Pesquisas sobre avaliao de resultados de aes de patrocnio cultura so praticamente inexistentes. Neste trabalho procura-se estudar as prticas das empresas no mercado de patrocnios culturais assim como investigar alguns dos resultados de aes de patrocnio de eventos culturais pela tica da populao de Porto Alegre. Atravs de pesquisas qualitativas (entrevistas em profundidade com empresas patrocinadoras e produtoras de eventos culturais), identificaram-se os principais objetivos e o pblico-alvo das empresas que patrocinam eventos culturais regularmente. Os objetivos mais importantes foram assim agrupados: (a) recall e reconhecimento das empresas patrocinadoras e suas marcas (awareness); (b) aspectos ligados imagem das empresas patrocinadoras e suas marcas, assim como os sentimentos relacionados com o fato de empresas patrocinarem cultura e (c) preferncia para comprar de empresas patrocinadoras. O pblico-alvo predominante foi o composto por pessoas com nvel de instruo superior e/ou renda familiar mensal a partir de R$ 1.500,00 (outubro/2001). Baseado nos resultados da pesquisa qualitativa realizou-se uma survey (pesquisa de opinio) em uma amostra composta de 400 casos (pblico-alvo identificado na qualitativa) na qual verificou-se que os objetivos relacionados com a recall e a imagem esto sendo atingidos. A populao estudada demonstrou altos ndices de recall e reconhecimento das empresas e marcas patrocinadoras, assim como manifestou concordncia com os critrios propostos associados imagem e sentimentos em relao s empresas. No se encontrou associao entre o fato de empresas patrocinarem eventos culturais e a preferncia para compra ou maior compra efetiva destas empresas.
Resumo:
Uma organizao um arranjo sistemtico composto de duas ou mais pessoas que compartilham um objetivo comum. A estrutura organizacional envolve um conjunto de aspectos ou parmetros estruturais, os quais so freqentemente conhecidos atravs da anlise de documentos de planejamento existentes na organizao, alm de entrevistas com os funcionrios e com a direo. Todavia, nem sempre a organizao apresenta estas fontes de informao, dificultando o seu entendimento. Autores e profissionais da administrao argumentam que a estrutura de uma organizao deve ser delineada em funo das necessidades dos seus processos de negcio e no vice-versa. Seguindo esta linha de raciocnio, pode-se, concluir que a estrutura dos processos de negcio est refletida na estrutura organizacional. Um processo de negcio um conjunto de um ou mais procedimentos ou atividades relacionadas as quais, coletivamente, realizam um objetivo de negcio no contexto de uma estrutura organizacional. As organizaes modernas apresentam demandas relacionadas automao de seus processos de negcio devido alta complexidade dos mesmos e a necessidade de maior eficincia na execuo. Por este motivo crescente a difuso de sistemas baseados em tecnologias de informao capazes de proporcionar uma melhor documentao, padronizao e coordenao dos processos de negcio. Neste contexto, a tecnologia de workflow tem se mostrado bastante eficaz, principalmente, para a automatizao dos processos de negcio. Contudo, por ser uma tecnologia emergente e em evoluo, workflow apresenta algumas limitaes. Uma das principais a ausncia de tcnicas que garantam correo e eficincia ao projeto de workflow nas fases de anlise de requisitos e modelagem. Nestas fases, os projetistas precisam adquirir conhecimento sobre a organizao e seus processos de negcio. O entendimento da organizao pode ser dificultado devido ausncia de documentos de planejamento e a problemas de conflitos de linguagem e resistncias culturais que podem surgir nas entrevistas. Este trabalho tem por objetivo investigar as relaes entre diferentes tipos de estrutura organizacional e (sub)processos de workflow especficos. Caso existentes, tais relaes podem tanto facilitar o Projeto de workflow a partir do conhecimento da estrutura organizacional, como, tambm, permitir o entendimento da organizao a partir de processos de workflow j existentes.
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Esta dissertao trata da anlise de um gnero televisivo, o qual tem como base o dilogo. Corresponde ao programa de auditrio Hora da Verdade, apresentado por Mrcia Goldschimidt , veiculado rede Bandeirante de Televisão, das 16 h s 18 h, de segunda a sexta, no perodo de 2002 a 2003. Aps assistir a vrios programas e gravar cinco fitas de vdeo nos meses de maro a junho de 2003, selecionei para o corpus deste trabalho um quadro, que foi ao ar no dia 1 de maio, Dia do Trabalho. Nele, uma adolescente Juliana diz odiar seu pai porque ele pobre. Mrcia Goldschimidt os coloca frente a frente, coordenando o bate-boca que se estabelece entre eles. Para a realizao da anlise, tomei como base conceitos da Anlise de Discurso e da Teoria da Enunciao. Fiz a transcrio da seqncia escolhida, para demonstrar trs aspectos fundamentais: evidenciar marcas lingsticas que apontam para o emprego do lugar-comum, considerando as manifestaes do interdiscurso no intradiscurso; indicar o ethos da apresentadora desse programa televisivo, revelando a sua personalidade como enunciadora e evidenciar a presena do grotesco considerando o dilogo entre os participantes do programa.
Resumo:
Este um estudo dos elementos e das atividades culturais do Movimento Hip-hop tomadas como saberes e como processos de aprendizagens trans-escolares, enquanto aes sociais potencializadoras de outras educabilidades e traos culturais. um estudo de outros conhecimentos e modos de ser humanos que se fazem com, a partir e para alm dos espaostempos tradicionalmente conhecidos como pedaggicos e que se constituem dentro de um movimento constante dos seus sujeitos em busca de saberes. Na medida que foi possvel perceber e vivenciar alguns fluxos de sentidos nesta rede de educabilidades, eu procurei compreend-las como produes dialgicas de saberes e organiz-las, segundo sua natureza e tendncias evolutivas, dentro de trs campos complexos. A estes campos, construdos a partir de uma reflexo aberta, resolvi dar o nome de expressivo-identitrio, tico-esttico e sciopoltico. Esta abordagem facilitou a organizao dos registros desta pesquisa e vem se construindo como um instrumento flexvel, no definitivo, mas bastante prprio leitura, anlise e compreenso de vrios traos e elementos culturais que constituem o Movimento Hip-hop. Alm disso, ajuda a pensar aspectos diversos de um dos principais objetivos deste estudo que a revelao de outros sentidos destas educabilidades, elevando-as a um patamar de maior importncia enquanto aes sociais formadoras e transformadoras dos jovens e das suas realidades localizadas em diferentes periferias urbanas, especialmente de Santa Cruz do Sul - RS. A realizao deste trabalho vem fazendo parte da minha trajetria de educador por diferentes inseres diretas em espaos-tempos de expresso da cultura hip-hop, bem como pelo dilogo possvel com diferentes grupos e sujeitos que nesta cultura descobrem, problematizam, recriam e assumem suas identidades. O desejo mais forte, a vontade mais latente nesta ao investigativa construir referncias para novos caminhos de ensinoaprendizagem no contexto social mais amplo e complexo, como o caso do Movimento Hiphop. Em outras palavras, trato de apresentar alguns passos possveis para uma observao educativa que no deixa de estar vinculada busca de sentidos em torno de alguns aspectos dos elementos culturais do Movimento Hip-hop, trazendo um pouco da sua histria e das suas metodologias constitutivas como caminhos possveis e como novas perturbaes e desafios para a academia. Para tanto, procuro repensar estes modos de ser e de fazer da cultura que forma e que informa o hip-hop no contexto social aberto, como instncias e ferramentas que ampliam o nosso esforo de educadoras e educadores em reorganizar a escola seus sujeitos, processos e estruturas do ensino-aprendizagem formais. Assim, as perspectivas e desafios decorrentes deste estudo apontam para algumas metodologias de construo e para certas caractersticas dos diferentes sujeitos e prticas culturais que integram o Movimento Hip-hop mutabilidades, recursividades, dialogicidades, vivncias, midiaticidades, autopoiesis, perturbaes, transitoriedades, apropriaes, territorialidades como principais contribuies ao nosso trabalho coletivo, feliz-doloroso e inevitvel de reconstruir a escola e a educao que vivemos hoje.