6 resultados para Sociedade anônima, discursos, ensaio, conferências, Brasil

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Esta tese aborda a identificao e anlise das relaes causais de incidentes (acidentes e quaseacidentes) no ato anestsico, em salas cirrgicas, considerando os aspectos humanos, tcnicos e organizacio nais envolvidos. Inicialmente, realizou-se reviso sistemtica em estudos de casos (no Brasil e Estados Unidos da Amrica - USA), sendo seu modelo descritivo, a direcionalidade retrgrada e o sentido temporal histrico. Procurou-se analisar e sintetizar as evidncias sobre incidentes, onde foram identificadas oportunidades de melhorias nos modelos utilizados. A seguir, foram conduzidas pesquisas quali-quantitativas com questionrios validados, cujos dados puderam revelar a existncia de condutas sistemticas conduzindo a desfechos desfavorveis. A ltima etapa foi a aplicao de questionrio adaptado da tcnica NASA/TLX (National Aeronautics and Space Adiministration/Task Load) para avaliar o nvel da carga de trabalho percebido pelos anestesiologistas durante a realizao do ato anestsico. Dos resultados obtidos pde-se constatar que 81,7% dos anestesiologistas tm a percepo que para ser um bom anestesiologista necessrio dar segurana aos pacientes. Dos estudos de casos de incidentes no ato anestsico, onde nos relatos so atribudos 100% de falhas tcnicas do dispositivo mdico, os resultados refutaram esse dado e indicaram que 87,5% (Food and Drug Administration - FDA/USA), 66,7% (Sociedade Brasileira de Anestesiologia - SBA/BRASIL) e 94% (Estudo Exploratrio - EE/BRASIL) foram falhas organizacionais. Identificou-se, na amostra estudada, que 50% (FDA), 58,8% (EE), 44,4% (SBA) das falhas humanas foram relacionadas a pouca familiaridade do anestesiologista com as tecnologias (dispositivo mdico), ou seja , so problemas com a calibrao do conhecimento. Os resultados mais significativos em relao conseqncia dos incidentes foram: 6,3% (quase-acidentes) e 16,5% (acidentes) foram a bito, 11,4% (quase-acidentes) e 17,7% (acidentes) sofreram seqelas permanentes, 31,6% (quase-acidentes) e 46,8% (acidentes) sofreram internao prolongada. O fator de preveno que mais se destacou foi a maior vigilncia e constatouse que os anestesiologistas acreditam que 63,4% dos quase-acidentes e 50,7% dos acidentes podem ser evitados. Os modelos mentais pr-estabelecidos para anlise de falhas em incidentes no ato anestsico que consideram apenas o fator humano-mquina no so mais suficientes, estes so sintomas de grandes problemas do sistema organizacional e, se no forem valorizados e analisados, podem realizar seu potencial.

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A crescente produo de resduos slidos urbanos e a escassez de reas para uma destinao final tecnicamente adequada, via implantao de aterros sanitrios, faz com que tome importncia a tcnica de tratamento de resduos slidos orgnicos atravs das compostagem/vermicompostagem. Nesta pesquisa, foi realizada a avaliao destes processos, tendo sido observadas principalmente a influncia da aerao e da umidade no desempenho destas tcnicas de tratamento, em leiras de pequenos e grandes volumes. Nos experimentos, com leiras de pequenos volumes, realizados no IPH (Instituto de Pesquisas Hidrulicas) da UFRGS, utilizou-se resduos slidos de poda (resduos verdes, com alta concentrao de carbono) codispostos (misturados em peso) com resduos vegetais da CEASA (Companhia Estadual de Abastecimento Sociedade Annima) e lodos provenientes de estaes de tratamento de esgotos sanitrios. Nos experimentos, com leiras de grandes volumes, realizados na UTC Unidade de Triagem e Compostagem de Porto Alegre, utilizou-se resduos orgnicos domiciliares codispostos com os mesmos resduos utilizados nos primeiros experimentos. Paralelamente aos experimentos de compostagem, avaliou-se os lixiviados produzidos nos sistemas. Na compostagem de grandes volumes, tambm foi observado o desempenho de banhados construdos de fluxo subsuperficial para o tratamento desses efluentes lquidos. com teores de resduos verdes menores que 35 %, o que se justifica pela maior concentrao de resduos de caracterstica facilmente biodegradvel e de maior palatabilidade para os vermes. Em todos os experimentos de compostagem, verificou-se que o controle efetivo do processo pode ser realizado atravs da avaliao sistemtica das temperatura e umidade das leiras. Evidenciou-se tambm que para regies de clima similar ao de Porto Alegre, com elevadas precipitaes principalmente no inverno, necessrio adotar dimenses adequadas ao sistema de compostagem windrow para reas descobertas. Comprovou-se tambm a necessidade de manuteno da umidade na faixa entre 50% e 70 %, inclusive com reposio desta, mesmo na situao de inverno. A avaliao dos lixiviados da compostagem demonstrou que, com os substratos utilizados nos experimentos, as concentraes de DBO5, DQO e de outras variveis so elevadas ao incio do processo de decomposio, devido solubilizao dos compostos orgnicos e inorgnicos presentes na matria orgnica. Os lixiviados da compostagem possuem baixas concentraes de condutividade, DBO5, NH4 +, entre outros, quando comparados aos lixiviados de aterros sanitrios. tratamento destes efluentes. Os resultados obtidos nos banhados construdos para baixas cargas hidrulicas (1cm/d) e concentraes de DBO5 do afluente abaixo de 150 mg/L apontaram uma eficincia mdia de remoo de 52,02%. No que se refere a nitrognio (todas as formas), fsforo, metais, potencial redox e slidos totais, as eficincias foram variveis, com melhores resultados para nitrognio amoniacal e fsforo. A compostagem pode ser considerada uma alternativa vivel de tratamento de resduos orgnicos, utilizando-se o processo windrow com revolvimento mecnico, mesmo em ptios descobertos em climas subtropicais. Neste caso, sugere-se que os lixiviados gerados nos primeiros dias de compostagem (30 dias aproximandamente) sejam recirculados e o excedente tratado em ETE. Pode-se, tambm, utilizar o sistema de banhados construdos como complementao, principalmente para a remoo de nitrognio e fsforo.

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Esta dissertao se ocupa de discursos da legislao educacional brasileira e documentos correlatos de uma formao particular (em que aconteceram mudanas significativas na sociedade e na cultura) a pedagogia. Seu objetivo mostrar como esses discursos, ao prescreverem sobre a formao da pedagoga, produzem uma pedagogia que se constitui como prtica de governo. Trata-se de uma pedagogia especfica, fabricada nas malhas dos discursos legais e colocada a servio da nao para a produo de sujeitos de determinado tipo. Ao tomar como objeto de estudo os discursos que produzem a pedagogia como prtica de governo, esta dissertao est tratando de poder; um poder sobre a ao das pessoas; um poder, que atinge tanto a pedagoga atravs de sua formao, quanto o alunado por intermdio dos efeitos de sua atuao. Enfim, um poder que incita, constitui o que a pedagoga deve ser e saber, e que move suas aes para a participao numa operao que no cessa, at que todos sejam atingidos, atravessados e, finalmente, engajados em um modelo de sociedade em formao. Para realizao das anlises que desenvolvo neste trabalho, busquei inspirao em algumas formulaes desenvolvidas pelo filsofo francs Michel Foucault, bem como em autoras e autores que concebem, organizam e inscrevem suas idias na perspectiva dos Estudos Culturais. Compem o corpus dessa pesquisa, os seguintes documentos: a) Parecer 252/1969 do Conselho Federal de Educao Currculo de Pedagogia: Estudos Superiores. Mnimo de Currculo e durao para o curso de graduao em Pedagogia; b) Parecer 632/1969 do Conselho Federal de Educao Contedo Especfico da Faculdade de Educao; c) Exposio de Motivos do Ministro Jarbas Passarinho Acompanha o anteprojeto de lei que fixa diretrizes e bases para o ensino de 1 e 2 graus (Lei n 5.692/1971).

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A presente pesquisa, filiada Anlise de Discurso de linha francesa, trata dos processos de determinao na regulamentao das questes de ensino de lngua portuguesa no Brasil no perodo histrico compreendido entre a 1 e a 2 Repblicas (1889-1945). Por estar filiado referida teoria, este trabalho no busca esgotar o recorte cronolgico e nem tampouco abarcar a totalidade das enunciaes que foram feitas, nessa poca, em torno da questo selecionada para estudo. Os gestos de anlise ora desenhados recortaram as enunciaes em torno das questes de ensino e de lngua, tecidas a partir de quatro formaes discursivas diferentes, desdobradas em suas contradies, atravs: a) da posio-sujeito dos operrios-anarquistas, identificada Formao Discursiva Libertria (FDL); b)da posio-sujeito das enunciaes das propostas de Reforma do Ensino na 1 Repblica, identificada Formao Discursiva Estatal (FDE); c) de enunciaes da posio sujeito situada no mago das formulaes jurdicas elaboradas no Governo Vargas, identificada Formao Discursiva Ministerial (FDM); d) e por ltimo as enunciaes constantes em gramticas, identificadas a Formao Discursiva Pedaggica (FDP). As anlises deste trabalho de investigao esto articuladas de modo que os saberes das FDs em questo so olhados de formas diferentes, no sentido de que se situando em lugares de antagonismo e de contradio, em muitos momentos faz-se possvel observar essas relaes que, no interior de uma dada FD, remetem aos saberes do discursooutro. No recorte especfico dos saberes sobre a lngua privilegiamos a constituio de um imaginrio de lngua derivado do imaginrio de nao, buscando investigar em que medida e de que formas eles (re) produziram posturas xenofobistas que ressoaram nos modos como foi tipificado o sujeito imigrante operrio, a partir de sua lngua e de sua prtica poltica. Assim, recorremos ao interdiscurso, lugar onde os enunciados se articularam, descrevendo os diferentes modos como esses foram linearizados e, assim, produziram sentidos, no embate tenso entre os jogos de aliana e refutao. Para proceder fundamentao terica que deu suporte s anlises, tecemos dilogos com outras regies do conhecimento, desde o campo da filosofia, nas discusses envolvendo as questes de designao e determinao, passando pelo olhar das gramticas (cartesiana, filosfica, histrica e normativa) sobre a lngua, para ento chegarmos ordem do discurso, lugar onde conceitos foram ressignificados, para podermos tratar da lngua, enquanto objeto nunca imune s condies de produo dos discursos por ela materializados.