14 resultados para Sintomas psicopatológicos (ansiedade, depressão e stress) - Psychopathological symptoms (anxiety, depression and stress)

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A reabilitao pulmonar interdisciplinar, tem sido a melhor alternativa de tratamento para os pacientes com Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica, DPOC. Este ensaio clnico estudou o efeito do exerccio sobre os nveis de ansiedade, depressão e autoconceito de 30 pacientes com DPOC ( mdia de idade 63,66+11,62 ; 80% sexo masculino) Os pacientes participaram do estudo por 12 semanas e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental (G1) e o grupo controle (G2). Os pacientes de G1 (n=14) tiveram: 24 sesses de fisioterapia respiratria; 12 sesses de acompanhamento psicolgico; 3 sesses de educao e 24 sesses de exerccio. Os pacientes de G2 (n=16) tiveram: 24 sesses de fisioterapia respiratria; 12 sesses de acompanhamento psicolgico e 3 sesses de educao. Este grupo no realizou as sesses de exerccio. Antes e aps a interveno, os pacientes passaram por uma avaliao que inclua os seguintes instrumentos: BAI (Inventrio de Beck de ansiedade); BDI (Inventrio de Beck de depressão), ERA (Escala Reduzida de Autoconceito); Teste de 6 minutos de caminhada e 'The St. Georges Respiratory Questionnaire. Ambos os grupos demonstraram diferena estatisticamente significante (p<0,05), incluindo diminuio da ansiedade e depressão, aumento do autoconceito, melhora no desempenho do teste de 6 minutos de caminhada e melhora na qualidade de vida. A anlise estatstica foi realizada atravs do teste t de student e do teste do Qui-quadrado. No foram observadas diferenas significativas no tratamento entre os grupos.

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O abuso sexual contra crianas e adolescentes um fenmeno complexo que envolve aspectos psicolgicos, sociais e jurdicos. Esta forma de violncia tem sido considerada um problema de sade pblica devido aos altos ndices de incidncia e ao impacto negativo para o desenvolvimento das vtimas. O presente estudo teve como objetivo aplicar e avaliar o efeito de um modelo de grupoterapia cognitiva-comportamental para meninas vtimas de abuso sexual intrafamiliar. Participaram do estudo 10 meninas com idade entre 09 e 13 anos. As participantes foram clinicamente avaliadas em trs encontros individuais, nos quais foram aplicados instrumentos psicolgicos que avaliaram sintomas de ansiedade, depressão, transtorno do estresse ps-traumtico, stress infantil e crenas e percepes da criana em relao experincia abusiva. Aps a avaliao clnica, as participantes foram encaminhadas para a grupoterapia, constituda por 20 sesses semi-estruturadas. O processo teraputico foi dividido em trs etapas, segundo os objetivos e tcnicas aplicadas, em: psicoeducao, treino de inoculao do estresse e preveno recada. A reavaliao clnica foi realizada aps cada etapa da interveno e os resultados apontaram que as meninas apresentaram melhoras significativas nos sintomas de depressão, ansiedade e transtorno do estresse ps-traumtico, bem como reestruturaram crenas disfuncionais sobre culpa, diferena em relao aos pares, percepo de credibilidade e confiana. Tais resultados sugerem que a grupoterapia foi efetiva, reduzindo a sintomatologia das participantes e proporcionando a elaborao de pensamentos funcionais em relao ao abuso sexual.

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Este foi um estudo de caso controle desenvolvido para avaliar a associao entre eventos de vida, ansiedade e depressão com a doena periodontal avanada. No grupo caso, participaram 96 indivduos entre 35 e 60 anos, de ambos os sexos e com doena periodontal avanada; no grupo controle, participaram 69 sujeitos da mesma faixa etria, de ambos os sexos e sem histrico de periodontite. Cada participante respondeu um questionrio sobre histria mdica e odontolgica, condies socioeconmicas e hbitos comportamentais. Aps este momento, passaram por exame clnico realizado por um nico examinador calibrado e responderam quatro testes de avaliao psicolgica, auxiliados por um estudante de psicologia: Escala de Eventos Vitais, Inventrio de Ansiedade de Beck, Inventrio de Ansiedade Trao/Estado e Inventrio de Depressão de Beck. A mdia final dos parmetros clnicos de profundidade de sondagem e nvel clnico de insero foram de 3,44 e 4,01, no grupo caso e de 1,96 e 0,95, no grupo controle. Confirmou-se associao positiva da doena periodontal avanada com a idade, o gnero masculino, o fumo e o grau de escolaridade. Os resultados demonstraram que no houve diferenas significativas nas mdias dos eventos de vida, dos sintomas de ansiedade, do trao e estado de ansiedade, bem como dos sintomas de depressão, entre os grupos caso e controle. Quando comparados apenas os indivduos no-fumantes, as diferenas permaneceram sem significncia. Cabe destacar a alta consistncia interna das escalas de avaliao, a correlao positivas entre as escalas de ansiedade entre si e a correlao dos sintomas de ansiedade com os de depressão. Pode-se concluir, com a metodologia aplicada, que no houve associao significativa dos fatores psicossociais, avaliados atravs das escalas psicomtricas, com a doena periodontal avanada.

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Este estudo investigou a influncia dos estilos parentais sobre a indeciso profissional, ansiedade e depressão de 467 estudantes de ambos os sexos, do ltimo ano do Ensino Mdio de escolas pblicas e privadas, com idades entre 15 e 20 anos. Foram observadas correlaes positivas entre indeciso, ansiedade e depressão. Meninas apresentaram ndices maiores de ansiedade e alunos da rede pblica apresentaram maiores ndices de ansiedade e depressão. Os estilos autoritativo e negligente predominaram, mas meninos caracterizaram as mes como mais negligentes e menos autoritativas. Sexo e estilo parental tiveram efeitos independentes sobre ansiedade e depressão. Filhos de pais autoritrios e negligentes apresentaram escores mais altos de depressão e ansiedade. Filhos de pais negligentes obtiveram os piores escores nas trs medidas. Os achados confirmam a influncia dos estilos parentais sobre o bem-estar psicolgico dos adolescentes e apontam a importncia da sade emocional e da interao familiar nos processos de Orientao Profissional.

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Este estudo foi desenvolvido, visando identificar a correlao entre os sinais e sintomas prvios, apresentados pelos pacientes, e a ocorrncia de sinais e sintomas no decorrer do eco-stress farmacolgico, bem como a relao com o protocolo escolhido e o desfecho diagnstico. O trabalho foi realizado em uma unidade de diagnstico cardiolgico, de um Hospital Universitrio de Porto Alegre RS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de crater exploratrio descritivo, em que foi realizado um estudo retrospectivo dos registros dos exames, em duzentos e quarenta e seis fichas dos pacientes, submetidos ao eco-stress farmacolgico, no perodo de junho de 1997 a julho de 1999. Os dados foram classificados, de acordo com os protocolos farmacolgicos, utilizados na unidade aonde foi realizada a pesquisa, dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast, dipiridamol e dobutamina. Das fichas, que fizeram parte da amostra, constaram cento e trs pacientes (41,9%) do sexo feminino e cento e quarenta e trs (58,1%) do sexo masculino. O maior nmero de pacientes foi submetido ao protocolo dipiridamol ultrafast, com 131 pacientes, seguido de 89 indivduos submetidos ao teste com dobutamina. A mediana da idade dos sujeitos, submetidos ao eco-stress, foi de sessenta anos. A angina foi o sintoma, relatado com maior freqncia pelos pacientes, na entrevista que antecede o exame, constatado em 66,6% das fichas, seguido pela queixa de dor precordial em 16,8%. Houve correlaes estatisticamente significativas entre os sinais e sintomas: angina, dor precordial, cansao e cefalia, apresentados antes e durante o exame, no grupo de pacientes que fez o teste com dipiridamol ultrafast. Nos pacientes submetidos ao protocolo com dobutamina, para angina e ocorrncia de extrassstoles ventriculares. No houve correlaes estatisticamente significativas para os sinais e sintomas e o desfecho positivo e negativo para isquemia. As diferenas entre as mdias dos valores da presso arterial sistlica, diastlica e da freqncia cardaca, antes e durante a realizao do eco-stress, foram estatisticamente significativas nos protocolos dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast. Estes achados contriburam para prtica da enfermeira que atua no eco-stress farmacolgico e podero ser utilizados por enfermeiras que venham a desenvolver suas atividades em instituies que aplicam este mtodo diagnstico.

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Introduo: A dermatite atpica (DA) uma doena inflamatria crnica da pele que apresenta um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, em conseqncia de episdios recorrentes durante a vida. Considerando estudos recentes que descrevem a associao entre aspectos psicolgicos e a dermatite atpica, acredita-se que a investigao da existncia de um possvel perfil comportamental destas crianas possa auxiliar o desenvolvimento de intervenes psicoterpicas especficas, assim como aumentar o conhecimento sobre a doena. Mtodo: Este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliao do perfil sciocomportamental de crianas portadoras de DA e comparando-as com crianas sem a doena. Neste estudo, do tipo caso-controle, foram includos dois grupos com idades entre 4 e 18 anos: o grupo estudo, com pacientes portadores de dermatite atpica que consultam no ambulatrio do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA) e o grupo controle, composto por crianas e adolescentes sem doena dermatolgica, matriculados em escola da rede pblica de Porto Alegre. O tamanho estimado da amostra foi de 25 indivduos em cada grupo. A coleta dos dados realizou-se atravs do CBCL (Child Behavior Checklist), validado no Brasil com o nome de Inventrio de Comportamento da Infncia e Adolescncia. Resultados: Foram encontradas diferenas estatisticamente significativas nas duas dimenses globais (internalizao e externalizao), sendo que as crianas portadoras de dermatite atpica mostraram mais sintomas relacionados com ansiedade, depressão, alteraes de pensamento e comportamento agressivo quando comparadas com crianas sem a doena. Concluso: Os resultados indicam a necessidade de abordagens interdisciplinares no tratamento da criana com DA, valorizando no s as leses dermatolgicas, como tambm os aspectos emocionais dos indivduos.

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O presente trabalho composto por dois estudos independentes sobre o Transtorno de Estresse Ps-Traumtico (TEPT). O primeiro estudo empregou procedimentos paralelos de anlise de componentes principais em duas verses do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms (SPTSS) respondidas por estudantes universitrios norte-americanos (n = 2.389) e brasileiros (n = 755). Trs componentes de primeira ordem (revivncia/ansiedade; depressão; evitao) e um componente de segunda ordem (TEPT) representaram a estrutura interna do SPTSS. O segundo estudo empregou testes neuropsicolgicos em estudantes universitrios (N = 72) com graus variados de sintomatologia ps-traumtica. Foi encontrada diferena significativa no desempenho em tarefas de ateno seletiva, funo executiva e processamento emocional. Os estudos realizados contribuem para a compreenso do modelo conceitual e dos prejuzos cognitivos associados ao TEPT.

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A Sindrome Miofascial constitui, dentre os quadros de dor crnica, o que leva um nmero expressivo de pacientes a buscar atendimento mdico nos Servios de Tratamento de Dor. Caracteriza-se pela presena de pontos dolorosos localizados na musculatura, chamados de pontos de gatilho, e de espasmo muscular, podendo ocorrer limitao funcional e disfuno do sistema vegetativo (Sola & Bonica, 2001). A dor e a limitao funcional decorrentes da Sindrome Miofascial constituem atualmente uma das grandes causas de falta ou afastamento do trabalho, o que acarreta graves problemas econmicos e sociais (Roth et al, 1998; Sola & Bonica, 2001). Seu tratamento pode ser demorado e requer participao ativa por parte do paciente. O ndice de melhora dos pacientes portadores de Sndrome Miofascial parece sofrer influncia de diversos fatores tais como sintomas depressivos, ansiedade, ganho com os sintomas, etc. Os objetivos deste trabalho foram estabelecer a incidncia de sucesso e insucesso da teraputica proposta e verificar qual a relao daqueles fatores com o desfecho clnico estabelecido. Efetuou-se um estudo observacional. O delineamento experimental realizado foi um estudo de incidncia. Estudaram-se 62 pacientes adultos (mais de 18 anos), de ambos os sexos, com diagnstico de Sndrome Miofascial, que procuraram atendimento no Servio de Tratamento de Dor e Medicina Paliativa do HCPA. Os instrumentos de aferio utilizados foram a Escala Anloga Visual de Dor (VAS), Escala de Ansiedade Trao- Estado (IDATE), Escala para Depressão de Montegomery-sberg, Self-Reporting Questionnaire (OMS), Questionrio sobre Expectativa de Futuro e questionrio estruturado. Os testes psicolgicos e de avaliao da dor foram aplicados em dois momentos, na primeira consulta e ao final do tratamento proposto. Foi considerado como desfecho clnico o insucesso teraputico, avaliado ao final do estudo. Observaram-se incidncia de 71% e 29%, respectivamente, para sucesso e insucesso teraputico. Os pacientes que estavam afastados do trabalho apresentaram aproximadamente 9 vezes mais chances de insucesso teraputico. Aqueles que obtiveram ganho com os sintomas apresentaram em torno de 7 vezes mais chances de manuteno da dor ao final do tratamento. Maior ansiedade-estado (razo de chances ou RC = 3,4), expectativa negativa de futuro (RC = 22), sintomas depressivos moderados a intensos (RC =4,5) e presena de distrbios psiquitricos menores (RC = 3,6) associaram-se com maiores chances de insucesso teraputico. Caractersticas demogrficas, familiares, de ocupao e clnicas no se associaram ao desfecho clnico avaliado. Dos pacientes analisados, 29% permaneceram sem alvio da dor, com dificuldades para dormir e afastados de suas atividades, caracterizando o insucesso teraputico. Observou-se a associao entre insucesso e presena de distrbios psiquitricos menores, sintomas depressivos moderados a intensos, maior estado de ansiedade, ganho com os sintomas e afastamento do trabalho. A abordagem multidisciplinar destes pacientes se faz necessria para elevar os ndices de sucesso teraputico no tratamento da SMF.

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Introduo: Esta tese de doutorado mais uma contribuio do Grupo de Qualidade de Vida (Centro Brasileiro) do Programa de Ps-Graduao em Cincias Mdicas: Psiquiatria, da UFRGS. Esse grupo tm trabalhado em projetos transculturais de elaborao de instrumentos de qualidade de vida (QV) sob a coordenao da Organizao Mundial de Sade. Entre os instrumentos genricos de QV j desenvolvidos esto o WHOQOL-100 e o WHOQOL-Bref e entre os instrumentos especficos, para populaes especiais, esto o WHOQOL-HIV, o WHOQOL-SRPB e, mais recentemente, o WHOQOL-OLD. O desenvolvimento de uma escala de QV para idosos especialmente importante tendo em vista especificidades deste grupo etrio, bem como o aumento da proporo de idosos na populao mundial. Objetivos: O objetivo maior deste estudo desenvolver uma escala de QV para idosos (WHOQOL-OLD). Entretanto, como trata-se de um processo com longa durao de tempo, foram gerados objetivos especficos a partir da reviso da literatura e coleta de dados, que deram origem a 5 artigos, cada um com sua proposta, a saber: artigo 1. Apresentar a metodologia utilizada e os resultados dos grupos focais para avaliao de QV do idoso, artigo 2. Identificar variveis relevantes na QV de pessoas idosas, artigo 3. Investigar a relao da percepo de QV do idoso com a percepo de QV do idoso na opinio de seu cuidador, artigo 4. Investigar variveis associadas com percepo subjetiva de sade em idosos internados e artigo 5. Pesquisar um possvel vis nas respostas de idosos no Inventrio de Depressão de Beck (BDI). Mtodos: O primeiro estudo teve um desenho qualitativo enquanto os demais foram quantitativos. As amostras variaram para cada estudo. Em todos os estudos idosos(as) acima de 60 anos foram entrevistados. Para os estudos 1 e 2, a amostra contou com profissionais da rea da sade (1) e cuidadores (1 e 2). E, para o estudo 5, adultos acima de 18 anos tambm foram pesquisados. A coleta dos dados foi realizada em hospitais, lares e grupos comunitrios, residncias e recrutamento utilizando a tcnica de "snow-ball" (bola de neve) em que cada sujeito indicava um outro sujeito. Todos os entrevistados preencheram o Termo de Consentimento Informado e, a partir da, foram convidados a responder acerca de informaes sociodemogrficas, QV percebida (WHOQOL-100) e sintomatologia depressiva (BDI), com pequena variao para os cuidadores. O ltimo estudo contou apenas com os dados sociodemogrficos e com as respostas ao BDI. Resultados: De forma abreviada, os resultados dos 5 artigos confirmam as especificidades do idoso e portanto a necessidade de desenvolvimento de instrumentos especficos para esta populao. O artigo 1 teve como resultado a sugesto de novos itens para idosos, a partir das respostas espontneas e anlise dos domnios e facetas do WHOQOL-100. O artigo 2, por sua vez, mostrou associaes da percepo de QV geral com nveis de depressão, percepo subjetiva de sade e sexo. No artigo 3, foi possvel verificar uma tendncia, em todos os domnios e na medida QV geral, de o cuidador responder pior percepo de QV do idoso do que o prprio idoso cuidado, apesar de algumas concordncias (domnios fsico, nvel de independncia, meio ambiente e espiritualidade/religio). Tambm observou-se que a intensidade de depressão do idoso exerceu forte influncia tanto na sua prpria percepo de QV quanto na percepo do cuidador sobre o idoso. O artigo 4 mostrou uma prevalncia alta e no esperada de idosos internados que se percebiam como saudveis. Foi possvel observar, ainda, uma associao significativa entre percepo saudvel e menor intensidade de sintomas depressivos, bem como melhor percepo de QV no domnio nvel de independncia. E por ltimo, o artigo 5 discute o vis da subescala somtico e de desempenho nas respostas do idoso ao BDI. Concluses: Idosos constituem um grupo particular e, como tal, apresentam especificidades relevantes. A avaliao dos idosos em relao s suas percepes de QV est associada a sexo, idade, estado civil, classe social, percepo de sade e mais fortemente associada a nveis de sintomas depressivos. Explorando o cuidador como avaliador da QV do idoso observou-se uma tendncia de o cuidador perceber a QV do idoso pior do que a prpria percepo do idoso, apesar de fortes correlaes para todos os domnios e na medida QV geral na percepo do par idoso-cuidador. J na avaliao de percepo de sade em idosos foi verificada a influncia da intensidade dos sintomas depressivos bem como da dimenso independncia: quanto menor a intensidade de depressão e quanto maior o nvel de independncia, maior associao com percepo de sade entre idosos. Alm desses, caractersticas prprias da populao idosa podem interferir nos resultados do BDI fazendo com que seus achados sejam maximizados por questes somticas e de desempenho sugerindo pontos de corte especiais para os idosos. Novos estudos so sugeridos a fim de atender a demanda especfica do idoso.

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Reviso da Literatura: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracterizado por preocupao excessiva, persistente e incontrolvel sobre diversos aspectos da vida do paciente. Tem prevalncia entre 1,6% e 5,1% e ndice de comorbidades de at 90,4%. As principais comorbidades so depressão maior (64%) e distimia (37%). Os antidepressivos podem ser eficazes no tratamento do TAG. A Medicina Baseada em Evidncias (MBE) busca reunir a melhor evidncia disponvel com experincia clnica e conhecimentos de fisiopatologia. A melhor maneira disponvel de sntese das evidncias a reviso sistemtica e a meta-anlise. Objetivos: Investigar a eficcia e tolerabilidade dos antidepressivos no tratamento do TAG atravs de uma reviso sistemtica da literatura e meta-anlise. Sumrio do artigo cientfico: A reviso sistemtica incluiu ensaios clnicos randomizados e controlados e excluiu estudos no-randomizados, estudos com pacientes com TAG e outro transtorno de eixo I. Os dados foram extrados por dois revisores independentes e risco relativo, diferena da mdia ponderada e nmero necessrio para tratamento (NNT) foram calculados. Antidepressivos (imipramina, paroxetina e venlafaxina) foram superiores ao placebo. O NNT calculado foi de 5,5. A evidncia disponvel sugere que os antidepressivos so superiores ao placebo no tratamento do TAG e bem tolerados pelos pacientes.

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Introduo Este presente estudo tem em sua introduo uma reviso de literatura sobre temas pertinentes infeco por HIV. Comea pela epidemiologia, transmisso, diagnstico e estgios clnicos da doena; revisa artigos sobre qualidade de vida em pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHAs) e finaliza com uma descrio breve do desenvolvimento do instrumento WHOQOL-HIV pela Organizao Mundial da Sade. Objetivos O objetivo principal deste estudo (1) medir a qualidade de vida em indivduos soropositivos brasileiros usando o World Health Organization Quality of Life instrument HIV/AIDS module (WHOQOL-HIV) - verso com 128 itens - em uma amostra brasileira e avaliar as propriedades psicomtricas deste instrumento. Os objetivos secundrios so: (2) avaliar a relao entre depressão, ansiedade e qualidade de vida - dados empricos indicam que sintomas mentais podem interferir na qualidade de vida de PVHAs - e (3) avaliar o desempenho de um dos instrumentos genricos mais usados para avaliar qualidade de vida em PVHAs, o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), comparando-o com outro instrumento genrico, o WHOQOL-100. Mtodos Em Porto Alegre/RS, foi avaliada a qualidade de vida de pessoas que vivem com PVHIV usando o WHOQOL-HIV e o SF-36 em uma amostra selecionada por convenincia de 308 homens e mulheres infectados pelo HIV em diferentes estgios da infeco: assintomticos (n=131), sintomticos (n=91) e AIDS (n=86). Foram estudadas as propriedades psicomtricas do WHOQOL-HIV: confiabilidade, consistncia interna e as validades de construto, discriminante e concorrente. Foram medidos tambm os sintomas de depressão pelo Inventrio de Beck para Depressão (Beck Depression Inventory, BDI) e os sintomas de ansiedade pelo Inventrio de Ansiedade Trao-Estado (IDATE). As caractersticas sociodemogrficas da amostra tambm foram analisadas. Resultados e Concluses Os resultados deste estudo so apresentados na forma de 3 artigos. No primeiro deles, observou-se desempenho satisfatrio do WHOQOL-HIV em relao s propriedades psicomtricas. A confiabilidade foi medida pelo alfa de Cronbach, o qual revelou valores acima de 0,70 em 27 das 31 facetas do WHOQOL-HIV, variando entre 0,32 e 0,65 nas demais; a validade discriminante foi evidenciada com o instrumento identificando piores escores de qualidade de vida para a fase AIDS em todos os domnios; a validade concorrente foi analisada atravs da correlao dos domnios do WHOQOLHIV com Qualidade de Vida Geral (uma faceta do prprio WHOQOL-HIV), sendo que todos os coeficientes de correlao de Pearson foram superiores a 0,50 (p<0,01). Concluise que o WHOQOL-HIV discriminou bem a qualidade de vida entre os estgios da infeco do HIV na direo esperada e demonstrou confiabilidade e validade concorrente satisfatrias nesta amostra de brasileiros HIV-positivos. Este instrumento parece ser til para detectar aspectos subjetivos da vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS. No segundo artigo, o objeto de estudo foi a relao entre qualidade de vida em PVHIV e os sintomas de depressão e ansiedade. No houve diferenas significativas quanto presena de ansiedade entre as fases da infeco, entretanto, houve maiores escores de depressão no estgio AIDS quando comparado com os assintomticos e sintomticos. Na correlao do BDI com os domnios do WHOQOL-HIV, os valores dos coeficientes de Pearson foram superiores a 0,30 (magnitude moderada a muito grande, pela escala de Magnitude de Efeito), enquanto a sub-escala IDATE-Trao apresentou coeficientes de valores mais baixos (magnitudes pequena a moderada) quando correlacionada com os domnios do WHOQOL-HIV. Ajustando para estgios da doena, variveis clnicas e variveis sociodemogrficas em um modelo de regresso linear mltipla, o BDI apresentou valores de coeficiente beta expressivamente maiores que todas as demais variveis. Os dados deste trabalho indicam que a qualidade de vida de PVHAs afetada por outras variveis que no apenas os estgio da doena, principalmente a depressão. Finalmente, no terceiro artigo, apresentada a comparao entre o WHOQOL-HIV e o SF-36. Tanto o WHOQOL-100 como o SF-36 discriminaram bem a qualidade de vida entre os estgios da infeco na direo esperada: na comparao com os estgios assintomtico e sintomtico, o estgio AIDS apresentou escores significativamente inferiores. Isto s no aconteceu em dois domnios do WHOQOL-HIV, Meio Ambiente e Espiritualidade, os quais discriminaram apenas entre os pacientes com AIDS e sintomticos. Estes domnios provavelmente no tenham uma relao linear com a evoluo da doena. Como estes domnios so os domnios que se distanciam mais em seu construto do conceito de funcionamento e incapacitao talvez explique a menor sensibilidade em captar diferenas entre os diferentes estgios da doena. J os domnios do SF-36, uma medida que tem uma nfase em todos os seus domnios no status funcional parece ter captado com mais sensibilidade estas diferenas. Nas correlaes com BDI ambos apresentaram coeficientes de Pearson com valores de magnitude moderada a grande; j com a sub-escala IDATE-Trao as correlaes dos dois instrumentos foram de magnitudes menores, variando de pequena a moderada. Na correlao direta dos dois instrumentos entre si os oito domnios do SF-36 correlacionaram-se mais fortemente com trs domnios do WHOQOL-100 (Fsico, Psicolgico e Nvel de Independncia). Constatou-se neste estudo que o SF-36 confirma sua caracterstica de avaliar status funcional, enquanto o WHOQOL-100 demonstra ser um instrumento de qualidade de vida com construtos mais abrangentes.

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Esta pesquisa teve como objetivo construir e validar uma escala para avaliao do fator neuroticismo/estabilidade emocional. Neuroticismo uma dimenso da personalidade humana, no modelo dos cinco grandes fatores, que se refere ao nvel crnico de ajustamento e instabilidade emocional. Um alto nvel de neuroticismo identifica indivduos propensos a sofrimento psicolgico que podem apresentar altos nveis de ansiedade, depressão, hostilidade, vulnerabilidade, autocrtica, impulsividade, baixa auto-estima, idias irreais, baixa tolerncia a frustrao e respostas de coping no adaptativas. No primeiro estudo deste projeto foram gerados os itens da escala e avaliadas as suas qualidades psicomtricas e validade de construto. Os participantes foram 792 estudantes universitrios de trs estados brasileiros. O segundo estudo teve como objetivo verificar a validade concorrente do instrumento. Participaram 437 estudantes universitrios. Os resultados mostraram que o instrumento e as quatro subescalas identificadas atravs da anlise fatorial apresentam qualidades psicomtricas adequadas. As correlaes entre o instrumento e testes para avaliar ansiedade, depressão, bem estar subjetivo, auto estima e neuroticismo (EPQ) indicaram que a escala construda est avaliando adequadamente as diferentes facetas do construto neuroticismo.

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o artigo descreve o programa de rastreamento de cncer de colo de tero em uma populao de mulheres de 20-59 anos, usurias de um servio de Ateno Primria Sade (APS), em Porto Alegre. Esta coorte histrica de 5 anos foi constituda usando os registros de famlia de trs unidades do Servio de Sade Comunitria do Grupo Hospitalar Conceio, em Porto Alegre, Brasil. O estudo caracteriza a associao entre a deteco de hipertenso, diabetes, depressão e ansiedade nestas mulheres, e as freqncias de sua captao e adeso ao programa de rastreamento do cncer de colo de tero. As mulheres com 50 anos ou mais tiveram um risco relativo de 1,70 (IC95%=1,40-2,06) de no serem captadas pelo programa de rastreamento, quando comparadas com as mais jovens. Os resultados sugerem a necessidade de intensificar o rastreamento de rotina s mulheres de 50 anos ou mais. A captao e a adeso de usurias poderiam ser usadas como indicadores da qualidade do processo de trabalho. So necessrios novos estudos para o estabelecimento de inferncia causal e para definir a captao e a adeso como indicadores da qualidade do processo de trabalho em Ateno Primria Sade.