7 resultados para Single Health System

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Este trabalho fruto de uma investigao que buscou elucidar a relao estabelecida entre os servios de sade e os seus usurios. Com esse objetivo, utilizou-se uma abordagem antropolgica que teve como referncia a experincia emprica ligada Unidade Conceio do Servio de Sade Comunitria do Grupo Hospitalar Conceio, em Porto Alegre, RS. Funcionando nas dependncias do Hospital Nossa Senhora Conceio, a Unidade Conceio um posto de sade vinculado ao Sistema nico de Sade (SUS) em que mdicos gerais comunitrios e outros profissionais vm prestando atendimento de sade, h cerca de 15 anos, aos moradores da sua vizinhana, calculados atualmente em mais de 20 mil pessoas. Tendo como pano de fundo as influncias da cultura no comportamento humano e na prestao de atendimento de sade, os desdobramentos principais da relao entre a Unidade e os seus usurios foram analisados sob diversos eixos: a histria da Unidade, seus conflitos com a instituio e outras especialidades mdicas; a relao da Unidade com a rea geogrfica sob sua responsabilidade; a questo da participao popular nos servios de sade, mais especificamente a experincia do seu Conselho Gestor Local; e, por fim, a avaliao dos servios de sade, principalmente no que concerne perspectiva dos pacientes. Sempre que possvel, a anlise feita procurou fazer uma ligao com as mudanas ocorridas no sistema de sade brasileiro nos ltimos anos. Resgatar os aspectos culturais como elemento essencial para o estabelecimento de uma comunicao efetiva entre os indivduos e os servios formais de sade mostrou-se fundamental para permitir o aprofundamento desse tipo de anlise e para qualificar as aes desenvolvidas pelos servios de sade.

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A ultra-sonografia obsttrica um mtodo diagnstico tradicionalmente utilizado na rotina do atendimento pr-natal, tendo sido estudados de forma ampla suas vantagens e limitaes. O advento do diagnstico intra-uterino de cardiopatias congnitas e de arritmias atravs da ecocardiografia fetal modificou completamente o prognstico perinatal dessas afeces, por permitir planejar o adequado manejo cardiolgico no perodo neonatal imediato e, em algumas situaes, o tratamento e sua resoluo in utero. Sendo muito elevada a prevalncia de cardiopatias congnitas durante a vida fetal, sua deteco torna-se fundamental. Considerando a inviabilidade operacional de realizar rotineiramente ecocardiografia fetal em todas as gestaes, levando-se em conta as condies locais do sistema de sade, o encaminhamento para exame por especialista passa a ser otimizado com a possibilidade da suspeita de alteraes estruturais ou funcionais do corao e do sistema circulatrio durante o exame ultra-sonogrfico obsttrico de rotina. No so conhecidos, em nosso meio, dados que avaliem de forma sistemtica a acurcia da ultra-sonografia obsttrica no que se refere suspeita pr-natal de cardiopatias. A partir deste questionamento, este trabalho foi delineado com o objetivo de avaliar o papel da ultra-sonografia obsttrica de rotina na suspeita pr-natal de cardiopatias congnitas ou arritmias graves e os fatores envolvidos na sua efetividade. A amostra foi constituda de 77 neonatos ou lactentes internados no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundao Universitria de Cardiologia (IC/FUC) no perodo de maio a outubro de 2000, com diagnstico ps-natal confirmado de cardiopatia estrutural ou arritmia grave, que tenham sido submetidos, durante a vida fetal, a pelo menos uma ultra-sonografia obsttrica aps a 18a semana de gestao. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionrio padronizado, respondido pelos pais ou responsveis, aps consentimento informado. As variveis categricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado ou pelo teste de Fisher, com um alfa crtico de 0,05. Um modelo de regresso logstica foi utilizado para determinar variveis independentes eventualmente envolvidas na suspeita pr-natal de cardiopatia. Em 19 pacientes (24,7%), a ultra-sonografia obsttrica foi capaz de levantar suspeita de anormalidades estruturais ou de arritmias. Ao serem consideradas apenas as cardiopatias congnitas, esta prevalncia foi de 19,2% (14/73). Em 73,7% destes, as cardiopatias suspeitadas eram acessveis ao corte de 4-cmaras isolado. Observou-se que 26,3% das crianas com suspeita pr-natal de cardiopatia apresentaram arritmias durante o estudo ecogrfico, enquanto apenas 3,4% dos pacientes sem suspeita pr-natal apresentaram alteraes do ritmo (P=0,009). Constituiram-se em fatores comparativos significantes entre o grupo com suspeita pr-natal e o sem suspeita a paridade (P=0,029), o parto cesreo (P=0,006), a internao em unidade de tratamento intensivo (P=0,046) e a escolaridade paterna (P=0,014). No se mostraram significativos o nmero de gestaes, a histria de abortos prvios, o estado civil, o sexo dos pacientes, o tipo de servio e a localidade em que foram realizados o pr-natal e a ultra-sonografia obsttrica, a indicao da ecografia, o nmero de ultra-sonografias realizadas, a renda familiar e a escolaridade materna. anlise multivariada, apenas a presena de alterao do ritmo cardaco durante a ultra-sonografia obsttrica mostrou-se como varivel independente associada suspeita pr-natal de anormalidade cardaca. Este trabalho demonstra que a ultra-sonografia obsttrica de rotina ainda tem sido subutilizada no rastreamento pr-natal de cardiopatias congnitas, levantando a suspeita de anormalidades estruturais em apenas um quinto dos casos. Considerando a importncia prognstica do diagnstico intra-uterino de cardiopatias congnitas e arritmias graves, todos os esforos devem ser mobilizados no sentido de aumentar a eficcia da ecografia obsttrica de rotina para a suspeita de anormalidades cardacas fetais. O treinamento dirigido dos ultra-sonografistas e a conscientizao do meio obsttrico e da prpria populao so instrumentos para esta ao.

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A artrose do quadril uma doena articular degenerativa que atinge principalmente idosos, faixa etria que vem gradativamente aumentando nos ltimos tempos. Assim, medidas de racionalizao do uso de leitos e recursos hospitalares so necessrias para melhor viabilizar os procedimentos cirrgicos e reduzir gastos para o sistema de sade, uma vez que quase dois teros destes gastos decorrem do perodo de internao. Com esse objetivo, foi desenvolvido um protocolo assistencial de artroplastia total de quadril (PAATQ), multidisciplinar, com consultas ambulatoriais e visitas domiciliares programadas para pacientes a serem submetidos artroplastia total de quadril (ATQ), visando uma melhor abordagem por parte da equipe mdica e de enfermagem e uma melhor orientao dos pacientes e familiares quanto ao procedimento cirrgico. Este estudo transversal (piloto), com controle histrico aninhado a um ensaio clnico randomizado, tem por objetivo avaliar a factibilidade de implantao e a adeso, por parte das equipes mdica e de enfermagem, utilizao deste protocolo. Secundariamente, visa determinar o impacto desta rotina no tempo de internao, na independncia funcional do paciente e nos eventos clnicos da fase hospitalar, bem como avaliar a factibilidade das visitas domiciliares de enfermagem. Um total de 22 pacientes (9 homens e 13 mulheres) submetidos ATQ no Hospital de Clnicas de Porto Alegre (Brasil), com mdia (dp) de idade de 58,86 (16,87), variando de 21 a 86 anos, foram includos no estudo. Os pacientes foram divididos em dois grupos grupo 1 (n=12) e grupo 2 (n=10) de acordo com aplicao ou no do PAATQ. No grupo 1, as principais comorbidades foram a hipertenso arterial sistmica (HAS) (dois casos), o diabete mellitus (um caso); e o alcoolismo (um caso).No grupo 2, houve um caso de HAS. O tempo de permanncia mdio (dp) ps-operatrio (DPO) foi de 5,2 e 7,5 dias para os grupos 1 e 2, respectivamente (p=0.0055). A adeso ao protocolo foi de 90% e 100% por parte das equipes mdica e de enfermagem, respectivamente. Sete pacientes do grupo 1 conseguiram sentar fora do leito no 2o dia ps-operatrio (PO), dois sentaram no 3o e nenhum foi incapaz de sair do leito. Todos deambularam com muletas um dia aps sentarem. No grupo 2, todos os pacientes saram do leito no 4o DPO. Em concluso, o presente protocolo mostrou-se factvel, tendo obtido tima adeso por parte da equipe e propiciado reduo do tempo de internao. O seguimento do programa determinar mais detalhadamente a sua eficcia e a factibilidade das visitas domiciliares.

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O presente estudo desenvolve-se numa perspectiva prtica, visando integrao de conhecimentos gerados pela pesquisa a atividades assistenciais no hospital geral universitrio, dirigindo-se, especificamente, questo da deteco da depresso. A depresso um problema de sade pblica no mundo inteiro, transtorno mental de alta prevalncia, com elevado custo para os sistemas de sade. Entre pacientes clnicos e cirrgicos, hospitalizados, aumenta a complexidade dos tratamentos, implica maior morbidade e mortalidade, importando tambm no aumento do tempo e dos custos das internaes. Por outro lado, a depresso subdiagnosticada. Este estudo, originado de um projeto cujo objetivo foi criar um instrumento para a deteco de depresso, utilizvel na rotina assistencial, a partir da avaliao do desempenho de escalas de rastreamento j existentes, desdobra-se em trs artigos. O primeiro, j aceito para publicao em revista indexada internacionalmente, a retomada de estudos anteriores, realizados no final da dcada de 1980. apresentada a comparao da deteco de depresso, realizada por mdicos no-psiquiatras e por enfermeiros, no Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA), em 1987 e em 2002. O segundo artigo apresenta o processo de construo da nova escala, a partir da seleo de itens de outras escalas j validadas, utilizando modelos logsticos de Rasch. A nova escala, composta por apenas seis itens, exige menos tempo para sua aplicao. O terceiro artigo um estudo de avaliao de desempenho da nova escala, denominada Escala de Depresso em Hospital Geral (EDHG), realizado em uma outra amostra de pacientes adultos clnicos e cirrgicos internados no HCPA. O segundo e terceiro artigos j foram encaminhados para publicao internacional. Esses estudos, realizados em unidades de internao clnicas e cirrgicas do Hospital de Clnicas de Porto Alegre, permitiram as seguintes concluses: a) comparando-se os achados de 1987 com os de 2002, a prevalncia de depresso e o seu diagnstico, em pacientes adultos clnicos e cirrgicos internados, mantm-se nos mesmos nveis; b) foi possvel selecionar um conjunto de seis itens, que constituram a nova Escala de Depresso em Hospital Geral (EDHG), baseando-se no desempenho individual de cada um dos 48 itens componentes de outras trs escalas (BDI, CESD e HADS); c) a EDHG apresentou desempenho semelhante aos das escalas que lhe deram origem, usando o PRIME-MD como padro-ouro, com a vantagem de ter um pequeno nmero de itens, podendo constituir-se num dispositivo de alerta para deteco de depresso na rotina de hospital geral.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.

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Contexto: O diabetes mellitus (DM) uma causa importante de morbimortalidade nas sociedades ocidentais devido carga de sofrimento, incapacidade, perda de produtividade e morte prematura que provoca. No Brasil, seu impacto econmico desconhecido. Objetivos: Dimensionar a participao do DM nas hospitalizaes da rede pblica brasileira (1999-2001), colaborando na avaliao dos custos diretos. Especificamente, analisar as hospitalizaes (327.800) e os bitos hospitalares (17.760) por DM como diagnstico principal (CID-10 E10-E14 e procedimento realizado) e estimar as hospitalizaes atribuveis ao DM, incluindo as anteriores e aquelas por complicaes crnicas (CC) e condies mdicas gerais (CMG). Mtodos: A partir de dados do Sistema de Informao Hospitalar do Sistema nico de Sade (SIH/SUS) (37 milhes de hospitalizaes), foram calculados indicadores por regio de residncia do paciente e sexo (ajustados por idade pelo mtodo direto, com intervalos de confiana de 95%), faixas etrias, mdias de permanncia e de gastos por internao e populacional em US$. Realizou-se regresso logstica mltipla para o desfecho bito. As prevalncias de DM foram combinadas aos riscos relativos de hospitalizao por CC e CMG (metodologia do risco atribuvel) e somadas s internaes por DM como diagnstico principal. Utilizou-se anlise de sensibilidade para diferentes prevalncias e riscos relativos. Resultados: Os coeficientes de hospitalizaes e de bitos hospitalares e a letalidade por DM como diagnstico principal atingiram respectivamente 6,4/104hab., 34,9/106hab. e 5,4%. As mulheres apresentaram os coeficientes mais elevados, porm os homens predominaram na letalidade em todas as regies. O gasto mdio (US$ 150,59) diferiu significativamente entre as internaes com e sem bito, mas a mdia de permanncia (6,4 dias) foi semelhante. O gasto populacional equivaleu a US$ 969,09/104hab. As razes de chances de bito foram maiores para homens, pacientes 75 anos, e habitantes das regies Nordeste e Sudeste. As hospitalizaes atribuveis ao DM foram estimadas em 836,3 mil/ano (49,3/104hab.), atingindo US$ 243,9 milhes/ano (US$ 14,4 mil/104hab.). DM como diagnstico principal (13,1%), CC (41,5%) e CMG (45,4%) responderam por 6,7%, 51,4% e 41,9% respectivamente dos gastos. O valor mdio das internaes atribuveis (US$ 292) situou-se 36% acima das no-atribuveis. As doenas vasculares perifricas apresentaram a maior diferena no valor mdio entre hospitalizaes atribuveis e no-atribuveis (24%), porm as cardiovasculares destacaram-se em quantidade (27%) e envolveram os maiores gastos (37%). Os homens internaram menos (48%) que as mulheres, porm com gasto total maior (53%). As internaes de pacientes entre 45-64 anos constituram o maior grupo (45%) e gastos (48%) enquanto os pacientes com 75, os maiores coeficientes de hospitalizao (350/104hab.) e de despesa (US$ 93,4 mil/104hab.). As regies mais desenvolvidas gastaram o dobro (/104hab.) em relao s demais. Consideraes Finais e Recomendaes: As configuraes no consumo de servios hospitalares foram semelhantes s de pases mais desenvolvidos, com importantes desigualdades regionais e de sexo. O gasto governamental exclusivamente com hospitalizaes atribuveis ao DM foi expressivo (2,2% do oramento do Ministrio da Sade). A ampliao de atividades preventivas poderia diminuir a incidncia do DM, reduzir a necessidade de internaes, minimizar as complicaes e minorar a severidade de outras condies mdicas mais gerais.

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Este trabalho aborda as representaes e prticas dos fisioterapeutas inseridos no Sistema nico de Sade. Com o intuito de desvendar o modo de pensar e agir, alm do nvel de insero que alcanou a fisioterapia dentro do Sistema nico de Sade, busquei compreender a lgica orientadora de suas aes teraputicas bem como sua adequao s diretrizes desse Sistema. Para tal, utilizei uma abordagem antropolgica de cunho qualitativo com o privilgio da observao participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas em dois servios de sade de Porto Alegre: um hospital e um ambulatrio de nvel secundrio. A reviso histrica da profisso ajudou na contextualizao e, deste modo, entender por que os fisioterapeutas esto centrados na abordagem fsica das pessoas. Esse modo de tratar as pessoas ensinado aos profissionais no processo de formao e reforado na prtica profissional dirigida reabilitao, tendo o manuseio do paciente um valor importante para o fisioterapeuta. Por sua vez, este tipo de trabalho manual associado a um papel feminino do cuidado so fatores de demrito frente as outras profisses da sade. Isto refora a posio hierrquica inferior que o profissional possui dentro do Sistema nico de Sade, que em alguns momentos confundido como um especialista da medicina fsica. Desse modo, este trabalho contribuiu para repensarmos as concepes de sade que so ensinadas na academia, o que vem a ser o fazer fisioteraputico, bem como, a integralidade das aes teraputicas dentro do Sistema nico de Sade.