12 resultados para Servicio social Casos.
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Reestruturao do cooperativismo agropecurio no Rio Grande do Sul : os casos COSUEL e COAPEL - anos 90
Resumo:
O estudo tem como objetivo analisar o processo de reestruturao do cooperativismo agropecurio do Rio Grande do Sul na dcada de 90, a partir do estudo comparativo das estratgias adotadas por duas cooperativas com perfil diferenciado. Procurou-se identificar se as cooperativas conseguem continuar seu processo de reestruturao sem perder sua caracterstica de sociedade de pessoas. Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados dados primrios obtidos nas cooperativas; e dados obtidos em publicaes, alm da realizao de entrevistas nas cooperativas. As principais concluses foram as seguintes: a participao dos associados teve grande influncia no desempenho da cooperativa; para obter sucesso na reestruturao deve-se priorizar as relaes contratuais, a organizao do quadro social e investimentos na unidade produtiva dos associados. Respondendo ao problema de pesquisa, constatou-se que a COSUEL distanciou-se do seu papel de sociedade de pessoas ao gerar a excluso da maioria dos associados, enquanto que a COAPEL conciliou os interesses empresariais com os interesses da sociedade de pessoas.
Resumo:
Tem se intensificado, na atualidade, as iniciativas voltadas construo de parcerias e ao desenvolvimento do princpio de subsidiariedade. Junto ao campo econmico, atividades de filantropia empresarial tem sido enfatizadas desde meados dos anos 90, no Brasil, sendo que, entre suas estratgias, est a valorizao/disseminao da prtica voluntria em moldes profissionalizados, com vistas a resultados da ao. Neste nterim, esta pesquisa foi elaborada no intuito de identificar como a gesto de voluntariado, instaurada a partir de filantropia empresarial, tem contribudo para a construo de redes de ao voluntria e para a ampliao da competitividade de organizaes sem fins lucrativos. Seguindo o referencial de Pierre Bourdieu, o trabalho analisa os capitais disponibilizados em torno de prticas de filantropia empresarial/responsabilidade social no Brasil atualmente, configurando o contexto social de atuao para as unidades de pesquisa: a Unidade PV-POA (ONG-Parceiros Voluntrios) e o Albergue Joo Paulo II. Atravs da anlise documental, da observao e de entrevistas com voluntrios e gestores, as organizaes selecionadas so abordadas como campos de ao, reconstituindo-se interesses e capitais em interao/conflito, identificando-se prticas de gesto que contribuem para o fortalecimento da competitividade de organizaes sem fins lucrativos. A construo da rede, formao social estruturada em relaes dinmicas e flexveis, foi observada, aqui, como a configurao organizacional instauradora de criatividade na gesto e potencializadora de diferenciais competitivos entre as atividades da Unidade PVPOA e do Albergue, gerando condies, ademais, de fortalecer laos em torno da ao voluntria.
Resumo:
A presente tese tem como objetivo identificar e analisar os fatores explicativos da participao social em canais de participao direta na gesto pblica municipal, utilizando como referncia emprica quatro processos de discusso pblica do oramento municipal (o chamado Oramento Participativo) desenvolvidos nos municpios de Alvorada, Gravata, Porto Alegre e Viamo, todos municpios integrantes da Regio Metropolitana de Porto Alegre. Tomando estes processos de participao como uma forma especfica de ao coletiva, discute-se, com base em uma investigao comparativa entre os casos, a existncia de um conjunto nico de variveis presentes e atuantes em todos eles, que poderiam assim constituir a base de um modelo explicativo generalizvel para a explicao destes processos de participao. Em caso de no confirmao desta similaridade entre os processos, busca-se identificar as especificidades locais que atuariam de forma a determinar as dinmicas prprias empiricamente observadas.
Resumo:
O contexto familiar modifica-se com o nascimento do primeiro filho e exige novas formas de lidar com as inmeras situaes que cercam a parentalidade. A rede de apoio social fundamental para a adaptao a estas novas circunstncias, especialmente para a me. Neste sentido, o presente estudo investigou o apoio social dado s mes, o ingresso dos bebs em cuidados alternativos e a relao com o emprego materno, ao longo do primeiro ano beb. Participaram 44 mes, entrevistadas na gestao, terceiro e dcimo segundo ms do beb. Os dados foram inicialmente examinados atravs de anlise de contedo e, num segundo momento, analisou-se as diferenas estatsticas nas freqncias de respostas de cada categoria. Os principais provedores de apoio social mencionados nos trs momentos investigados foram as avs, a creche e o pai do beb. Na gestao poucas mes referiram que no iriam contar com nenhum apoio, o que se confirmou ao longo do primeiro ano. De uma forma geral, a me foi a principal cuidadora do beb no seu primeiro ano, seguida pela creche. Anlise estatstica revelou diferena significativa no terceiro e no dcimo segundo ms quanto a associao entre o principal cuidador e o emprego materno - o cuidador diferiu quando a me trabalhava fora ou no. As mes receberam geralmente apoio de um ou dois provedores, no havendo diferena significativa entre a mdia de provedores mencionados nos perodos investigados. A maior parte do apoio provido s mes teve freqncia eventual ou integral, aumentando no dcimo segundo ms o apoio integral. Neste ltimo perodo, as mes que trabalhavam apresentaram um nmero mdio de provedores significativamente maior do que aquelas que no trabalhavam. A expectativa de solicitao de apoio ao pai do beb foi alta desde a gestao, confirmando-se ao longo do primeiro ano de vida do beb. Desde a gestao houve uma expectativa de que os pais se envolveriam nos cuidados do beb, o que se confirmou em muitos casos, principalmente quanto aos cuidados bsicos do beb. De uma forma geral, as mes se mostraram satisfeitas com o apoio do companheiro e com as suas atitudes com o beb, apesar de tambm terem mencionado vrias queixas. Quanto ao apoio de outros provedores, vrias mes o apreciavam, embora nem todas ficaram satisfeitas com o mesmo. Durante as situaes estressantes houve maior solicitao de apoio. As principais situaes geradoras de estresse relacionaram-se ao cansao materno, ao fato da me ter sua vida regrada pelos horrios e necessidades do beb e pelo adoecimento deste. Os principais motivos para as mes optarem pela creche estiveram relacionados aos benefcios para o beb e restrio ou falta de provedores de apoio. Em relao idade que as mes pretendiam colocar o beb na creche, estas variaram bastante, sendo algumas vezes condicionadas a fatores externos. Foi significativa a relao entre o ingresso do beb na creche e o emprego materno, no terceiro ms e no dcimo segundo ms. A adaptao foi um perodo muitas vezes difcil para as mes e seus bebs. Juntos os resultados revelaram a diversidade de provedores de apoio que ajudaram as mes ao longo do primeiro ano e indicaram a importncia deste apoio tanto para a me como para o beb.
Resumo:
Este trabalho tem como foco de anlise os "encontros" e "desencontros" entre os sujeitos participantes de uma poltica pblica especfica: o Projeto Agente Jovem. Tal poltica visa o resgate da cidadania, a construo do projeto de vida e a incluso social de jovens (15 - 17 anos) "em conflito com a lei" e/ou "excludos socialmente". Centrado na relao entre os sujeitos, este estudo etnogrfico busca dar voz aos seus participantes atravs do dilogo empreendido nas suas interaes cotidianas e nas representaes que estes agentes constrem acerca das temticas desenvolvidas ao longo do Projeto. Tendo como pano de fundo a problemtica da violncia urbana e da crescente excluso de jovens na faixa etria circunscrita pelo Projeto, busca-se trazer o cenrio histrico, social e econmico contemporneo para dentro da anlise, a fim de situar esta poltica especfica que tem sua gerao a partir de um processo maior, ou seja, na prpria discusso que tem sido feita no pas a respeito do "problema da juventude marginalizada". De posse deste panorama, o trabalho procura adentrar no universo dos sujeitos para, a partir dele, buscar interpretaes que, na maioria dos casos, so buscadas pelo caminho contrrio, centradas na configurao de polticas sociais que tendem a subsumir os sujeitos e suas aes a um tipo de grupo ou comportamento homogneo. objetivo mostrar que tais anlises no se anulam, mas se complementam e so importantes para o entendimento das fragmentaes de significado, conseqentes das distintas representaes feitas pelos agentes, inevitveis ao desenvolvimento de uma poltica social pensada para todo um segmento e aplicada a uma parte dele.
Resumo:
O presente estudo visa diagnosticar as prticas de responsabilidade social em escolas situadas em municpios do Vale do Taquari (Rio Grande do Sul, Brasil). Este esforo foi implementado a partir da busca de compreenso dos princpios da responsabilidade social empresarial e do conceito de sustentabilidade, e com base nas diretrizes dos indicadores Ethos de responsabilidade social 2004, adaptados s escolas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa (interpretativa e baseada em estudo de casos mltiplos) visando a identificar as prticas de responsabilidade social s quais os diversos stakeholders esto expostos, bem como os fatores que levam as escolas a adotar estas prticas. Tambm foi verificado se as prticas existentes nas escolas so implementadas com um planejamento adequado, e onde esto as lacunas de responsabilidade social destas instituies. Como efeito do estudo, foi constatado que as prticas evidenciadas, relacionadas a cada stakeholder, diferem de uma escola para outra, e que h planejamento para a implementao da maioria das prticas constatadas. As lacunas de responsabilidade social das escolas, em diversas circunstncias, se mostram bastante similares. No entanto, estas instituies apresentam diferentes desempenhos em relao aos blocos temticos da pesquisa, os quais abordam distintos aspectos da responsabilidade social.
Resumo:
A problemtica do presente trabalho a anlise da configurao atual da Assistncia Social e suas instituies no Brasil, investigando o desenvolvimento do setor e a natureza da atividade assistencial, a partir da Constituio Federal de 1988. O objetivo principal desse trabalho analisar as desoneraes tributrias referentes assistncia social e sua regulao, especificamente a questo da imunidade tributria prevista pela Constituio Federal de 1988 (no artigo 150, VI, "c"). A metodologia utilizada foi a interpretativa, atravs de estudo de casos e anlise terica, buscando partir das decises do Supremo Tribunal Federal para traar o quadro histrico da questo em termos jurisprudenciais, para compreender a assistncia social no contexto atual atravs da anlise dos casos concretos e crtica das decises. Justifica-se por ser um tema polmico, tanto em termos regulatrios quanto em de anlise das polticas pblicas pertinentes ao setor. A Assistncia Social e as relaes do Estado com as entidades do setor tem sido objeto de discusses recentes, pela prpria expanso do setor no pas. Nesse contexto, a questo da imunidade tem sido o ponto mais sensvel na relao Estado-entidades assistenciais, provocando conflitos quanto regulao do instituto, agravado em razo de legislao inadequada criada para o setor. A determinao dos limites da aplicao das normas de imunidade tributria das entidades assistenciais se justificaria por trazer maior segurana jurdica rea, beneficiando no somente o Estado, mas as entidades srias do setor A relevncia terica das discusses sobre os limites da legislao reguladora apresenta-se pela falta de padres normativos definidos a respeito da atuao das instituies, que devem ser analisadas a partir da Constituio Federal de 1988. A discusso do papel do Estado tambm se destaca aqui, atravs do estudo das relaes entre este e os particulares, quando realizam atividades de interesse pblicoTambm relevante a anlise do impacto das alteraes constitucionais em matria de regulao da assistncia social, cujos conceitos ainda no se encontram adequadamente tratados nas formulaes tericas e nas decises dos tribunais, sendo que progressivamente vo sendo incorporados, especialmente pelos tribunais. Pode-se apontar inicialmente que o Supremo Tribunal Federal historicamente oscilou em suas decises, hora partindo de uma interpretao mais ampla e flexvel, hora restringindo a aplicao da imunidade, apresentando recentemente a tendncia flexibilizao e interpretao ampliativa em relao aos requisitos para sua configurao. Entretanto, o tratamento no uniforme, observando-se a exemplo a restrio da aplicao da imunidade em relao s Entidades de Previdncia Complementar Fechadas. Verifica-se tambm a necessidade de uma nova legislao adequada modernizao do setor, definindo de forma mais clara as restries aplicao da imunidade tributria em seus vrios aspectos, e adequando essas restries aos requisitos constitucionais.
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo analisar as dificuldades encontradas em trs organizaes gachas em suas aes sociais junto comunidade. Atravs de inmeros trabalhos acadmicos, possvel reconhecer que as empresas vm atuando de forma mais estratgica junto ao campo social. Contudo, nessa relao com o setor solidrio, terminam por enfrentar dificuldades relacionadas gesto, de ordem econmica e legal. O estudo tambm se props a caracterizar as aes sociais, procurando identificar se as organizaes esto realizando aes com enfoque predominantemente clientelista, emancipatrio ou transformador. Para a consecuo deste trabalho, foi realizada a estratgia de estudos de casos mltiplos de natureza qualitativa e modelo exploratrio. Foram, igualmente, realizadas entrevistas em profundidade com os gestores sociais das trs organizaes no sentido de confirmar se o que a literatura aponta como dificuldades vem, de fato, sendo percebido pelas empresas nas suas prticas sociais junto s comunidades. Os resultados do estudo sugerem que as empresas pesquisadas tm, nas suas aes sociais junto comunidade, apresentado predominantemente o enfoque emancipatrio, embora sejam reconhecidas prticas sociais com enfoque clientelista em algumas aes. Quanto s dificuldades, a pesquisa possibilitou concluir que algumas das dificuldades apontadas quando da reviso de literatura j foram superadas pelas empresas estudadas. Entretanto, a maioria das dificuldades continua representando um entrave para o desenvolvimento de aes sociais destas organizaes junto as suas comunidades.
Resumo:
Esta tese tem como objeto o processo de construo de identidades culturais e de recriao e valorizao reinveno das tradies em um contexto de globalizao acelerada. Essa globalizao determina mudanas importantes na organizao poltica e econmico-social da sociedade gerando alteraes nos padres de desenvolvimento, com o redirecionamento das atividades produtivas para a insero no novo modelo de desenvolvimento capitalista, destacando-se entre estas atividades o turismo. No presente o produto turstico se caracteriza por busca do diferencial, que pode ser obtido atravs da mercantilizao da identidade cultural, da valorizao dos localismos e da recuperao das atividades folclricas enquanto atrativos tursticos. O processo de recriao das identidades culturais foi examinado tendo como referencial bsico os estudos de Manuel Castells sobre a construo de identidade social e sob as formas ou de identidade de projeto ou de identidade de resistncia. A pesquisa abordou, atravs de um estudo comparativo, os municpios de So Francisco de Paula e Nova Petrpolis com o objetivo de identificar os modos de recriao das identidades culturais locais enquanto cones que caracterizem o municpio no competitivo mercado turstico. Os dois municpios fazem parte do mesmo projeto turstico, Regio das Hortnsias, que abrange a serra gacha, considerada o principal plo de atrao turstica do Rio Grande do Sul apresentando, porm, trajetrias econmicas, sociais, poltico e culturais bastante diferenciadas. Em Nova Petrpolis ocorre a construo de uma identidade de projeto por meio da reinveno da cultura dos colonizadores alemes, para que est caracterize com base em sua etnicidade em cone no mercado turstico. Em So Francisco de Paula a identidade cultural local reforada adquirindo caractersticas prprias de um processo de construo de identidade de resistncia com a manuteno das atividades econmicas tradicionais e dos hbitos serrano-campeiros caractersticos do municpio. A anlise evidenciou que existem propostas claras de mercantilizao das identidades locais como elementos que caracterizem cada um desses municpios e seus eventos, no entanto as estratgias educacionais e polticas adotadas na reconstruo de significados culturais seguem trajetrias diferentes e, esto obtendo resultados distintos na implementao do turismo em cada um dos municpios.
Resumo:
Ao longo do sculo XX, o Brasil passa por mutaes profundas em sua estrutura social, econmica e cultural. Entre as conseqncias desse processo esto, de um lado, a formao de grandes centros urbanos e, de outro, o fenecimento de pequenas cidades do interior. Este trabalho trata de dois casos de representao da pobreza de cada um desses contextos, Vitrola dos Ausentes (1993), de Paulo Ribeiro, e Cidade de Deus (1997), de Paulo Lins, dois escritores que acompanham de perto essas transformaes. O objetivo investigar em que medida estas propostas de adequao entre forma e contedo, escritas em meio ao processo de redemocratizao poltica do pas e da popularizao crescente da cultura de periferia das grandes cidades, correspondem a um novo momento na representao da pobreza na Literatura Brasileira.
Resumo:
Este estudo pretende investigar a relao entre as experincias escolares e a estruturao subjetiva de adolescentes com psicose. Nossa abordagem parte do registro de atividades cotidianas de trs jovens de uma escola especial do Rio Grande do Sul que serviro de base para a anlise dos casos, adotando-se a construo de caso como modelo metodolgico classicamente aplicvel a pesquisas psicanalticas. A permanncia destes sujeitos na posio infantil, decorrente da no efetivao das aquisies caractersticas da adolescncia, problematizada a partir do destaque e anlise de modalidades de experincias que a escola tem condies de propiciar e que podem ser constituintes de novas inscries psquicas, diferentes das infantis.
Resumo:
Os dados sobre o consumo de recursos na construo civil indicam que a construo, uso e a demolio ou desativao do ambiente construdo geram expressivos impactos ambientais. Por isso, o ambiente construdo tem sido um dos focos das discusses sobre a busca por padres mais sustentveis de desenvolvimento. Partindo do pressuposto de que o ambiente construdo deve ser ajustado aos novos requisitos advindos da busca pelo desenvolvimento sustentvel, este trabalho pretende colaborar com a proposio de uma metodologia que possa avaliar empreendimentos habitacionais de interesse social a partir de critrios condizentes com esses novos requisitos. A principal contribuio da pesquisa a definio das classes de variveis a serem abordados por uma metodologia que se proponha a avaliar esse tipo de empreendimento. Para chegar a esse resultado, foi feita uma pesquisa exploratria que se valeu: da consulta de referenciais nacionais e internacionais sobre avaliao da qualidade ambiental e sustentabilidade de empreendimentos; da consulta de referenciais para uma caracterizao genrica da problemtica habitacional do Brasil e dos pases em desenvolvimento; e de dois estudos de casos ilustrativos das caractersticas da produo habitacional de interesse social em Porto Alegre.