5 resultados para Saramago, José, 1922- . História do cerco de Lisboa

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Fernando Pessoa, em uma de suas muitas definies sobre a questo da heteronmia, diz que seus heternimos so personagens fictcias sem drama. So personagens que fazem poemas. Em O Ano da Morte de Ricardo Reis, Saramago se apropria do mais clssico dos heternimos e insere este personagem em uma narrativa. Fico da fico, enquanto o poeta envia Ricardo Reis para o Brasil, o romancista leva-o de volta a Portugal. O mdico que escreve poesias vive suas ltimas aventuras em Lisboa, no ano de 1936. O objetivo deste trabalho analisar a relao entre os dois Ricardos, ver o que os aproxima e o que os distancia. Abordamos a questo do processo heteronmico sob o ponto de vista do drama em gente. Apresentamos os dois personagens, o de Pessoa e o de Saramago, e levantamos algumas questes presentes no romance, como a intertextualidade, o dialogismo e a poesia.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho se prope a ler os romances O Guarani, Iracema e Ubirajara, de Jos de Alencar, como um conjunto alegrico, coeso, que firma uma proposio de brasilidade, nica dentro do nosso Romantismo. Buscam-se dentro do texto alencariano o percurso dos elementos que formam as alegorias da impossibilidade braslica, que tornam a fundao da nao algo improvvel, e seu processo identitrio eterno e incompleto. Para tanto, centra-se a anlise na impossibilidade de unio dos pares opostos de heris, fator que inviabiliza a juno de suas culturas, as quais poderiam se transformar em algo caracteristicamente brasileiro. Essa fuso no se efetiva porque uma srie de cdigos no cumprida pelos partcipes das narrativas, o que causa a ruptura e a derrocada do sistema que poderia levar ao surgimento de uma nao. A perfeita confluncia ocorre em Ubirajara, e se ver como isso se revela a culminncia da proposta para uma mitologia braslica, um modelo comportamental produtor de um efeito que, no caso dO Guarani e de Iracema, no se realiza pelos erros dos personagens. Essa proposta de leitura considera, ento, esse conjunto alegrico como mtico, e no histrico, mostrando que Jos de Alencar, sabedor da ainda nascente ptria, representou em sua fico suas idias sobre a brasilidade, ao invs de construir um Brasil. Ergue sua viso de algo nunca pronto, de uma busca constante, mantida pela nostalgia do que poderia ter-se sido e pela esperana de tornar-se o que no se .

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A reflexo sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram geraes de pesquisadores no Brasil um instrumental terico importante para o avano do pensamento cientfico na Sociologia. Neste sentido, prope-se analisar a problemtica agrria a partir do Socilogo brasileiro Jos de Souza Martins. Esse autor, em uma srie de livros e artigos ao longo da sua trajetria intelectual, forneceu-nos vrios conceitos e interpretaes significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importncia da contribuio de Jos de Souza Martins para o tema dos processos agrrios, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrria, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os captulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da dcada de 1970 at perodo recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetria intelectual, as suas inspiraes tericas, ou seja, os autores que se tornaram referncias para a construo do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores como a Comisso Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Polticos e, finalmente, ao longo dessa trajetria, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas anlises Duas hipteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importncia de alguns conceitos-chave como a renda fundiria, na anlise do autor, e a segunda dizendo respeito atuao dos mediadores principais da reforma agrria. Tais hipteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de renda fundiria permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espao rural. Alm disso, segundo a anlise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a conduo da reforma agrria baseados em concepes do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da Histria a classe operria. Finalmente, esta investigao pde ser realizada atravs da seleo de algumas obras emblemticas do autor.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo prope-se investigar os debates sobre literatura e questo nacional na imprensa porto-alegrense, entre os anos de 1922 e 1937. Para tanto, pesquisaram-se os jornais Correio do Povo e Dirio de Notcias, bem como as revistas Mscara e Revista do Globo. O objetivo verificar, de uma parte, de que modo a imprensa de Porto Alegre, no referido perodo, percebeu e debateu a literatura sua contempornea, e, de outra, de que modo percebeu e debateu a questo da nacionalidade, da identidade nacional, da brasilidade. Com tal intuito, examina-se, inicialmente, a questo nacional e a literatura no largo perodo anterior, do romantismo s vsperas da Semana de Arte Moderna. Tal exame mostrou-se fundamental para fins de comparao e contraste, em suma, de alicerce para a leitura aqui proposta. O entrelaamento de literatura, questo nacional, histria e sociedade igualmente ensaiado, objetivando um quadro mais completo do momento poltico, social e cultural do perodo. Os resultados evidenciam a permanncia do debate sobre a questo nacional, desde o romantismo brasileiro, no significando, contudo, continuidade invarivel de respostas s questes em pauta. Grosso modo, um ufanismo legitimador e um pessimismo reformista so as posies dominantes e em disputa. A partir de 1924, com a virada nacionalizante dos modernistas, uma nova espcie surge: um ufanismo reformista, que ser a tnica desses anos aqui estudados.