12 resultados para Saúde do Adolescente

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A adolescncia uma fase singular do desenvolvimento humano, pois acontece de maneira dinmica e diferente na vida das pessoas. Nesse perodo, ocorrem vrias mudanas que vo desde as corporais at as subjetivas; estas compostas por diversos sentimentos, vontades, atitudes e posturas. Muitas dessas mudanas so explicadas pelo contexto no qual o adolescente e a famlia se desenvolvem, produzem e so produzidos scio-culturalmente. Este estudo buscou conhecer as percepes dos adolescentes e da famlia sobre o adolescer e sobre as formas de cuidado com a saúde durante tal processo. Trata-se de um estudo qualitativo exploratrio-descritivo que elege, para a produo dos dados, o Mtodo Criativo e Sensvel. Para a anlise dos dados, utiliza-se a anlise temtica proposta por Minayo. O estudo se desenvolveu na cidade de So Francisco de Assis, na comunidade residente na rea de abrangncia de um Programa de Saúde da Famlia. Participaram dele seis adolescentes e seis familiares, sendo a produo dos dados feita por meio de oficinas de criatividade e sensibilidade, conforme a proposta do mtodo. O referido estudo foi avaliado e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o nmero 2005405. Desvelaram-se, nas discusses grupais, quatro categorias e suas respectivas subcategorias. No grupo dos adolescentes, foram elas: Processo de adolescer, com as subcategorias Quando vejo que a conversa vai me incomodar, corto de vereda, Ser adolescente , s vezes, ser um pouco sentimental; outras vezes estressado, um tempo muito confuso, Rebelde, cheio de dvidas, se arrisca muito, para ele, tudo festa e brinquedo Na categoria Cuidado com a saúde no adolescer, as subcategorias Se prevenir de tudo e mais um pouco, O cara pensa: sou novo no d nada, Bom humor, pensamento positivo, amor so to importantes quanto remdios na busca de uma vida saudvel. Com relao ao grupo de familiares, na categoria O adolescer do filho surgiram as subcategorias Quando pequeno, tu tem as rdeas, o domnio, da quando passou os 10, 11 anos[...], uma briga em casa, uma revolta, Nada feio para eles, tudo bonito, eles no tm hora para chegar nem para sair. J na categoria Cuidado familiar no adolescer, ocorreram as subcategorias difcil porque eles no aceitam o que a gente fala para eles e A famlia toda a raiz desta rvore. O estudo expe o processo de adolescer que se mostra em diversas formas de expresso, j que muitos so os aspectos que o influenciam. Ele permite ainda, o entendimento de algumas percepes tanto desse processo quanto do cuidado com a saúde que so importantes para o cuidado de enfermagem. Evidencia que a saúde dos adolescentes precisa ser cuidada e pesquisada em outros espaos que extrapolam a preveno de doenas e os agravos orgnicos. A famlia revela-se como necessitada de espaos de discusses com os profissionais de saúde para compreender tal etapa da vida e para instrumentalizar-se, a fim de cuidar da saúde do filho adolescente.

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Esta dissertao problematiza a internao psiquitrica de jovens, tomando-a no a partir de uma perspectiva psicopatolgica individual, mas de uma dimenso subjetivo-social contempornea, representada pelos percursos desses jovens pelas chamadas redes sociais. A presente pesquisa tem como campo emprico o Centro Integrado de Ateno Psicossocial para crianas e adolescentes (CIAPS) do Hospital Psiquitrico So Pedro (HPSP), na cidade de Porto Alegre/Brasil. Tambm fazem parte do campo investigativo o Frum Tcnico Macrometropolitano de Saúde Mental (FTMSM), o Servio de Admisso e Triagem (SAT) do HPSP e o II Seminrio Internacional de Justia Teraputica. O objetivo do estudo investigar como se produz a internao psiquitrica, tendo como foco de visibilidade desta produo o percurso dos jovens pelas chamadas redes sociais. Para tanto, como metodologia, foram realizadas oficinas com os jovens que estavam em atendimento sob regime de internao no CIAPS/HPSP. Contudo, para que a discusso no se restringisse perspectiva dos jovens, ampliou-se o campo emprico para as instituies referidas com o intuito de problematizar-se as acepes de rede para os servios em saúde mental envolvidos nos percursos juvenis. Percebeu-se uma recorrncia no modo de funcionamento da rede, acarretando na produo de um certo perfil dos jovens que internam, como pobreza scio-econmica e uso de drogas. Outro aspecto importante diz respeito ao papel da ordem judicial nos encaminhamentos internao, que por vezes obedece tanto a uma lgica de punio aos jovens e dos servios, como tambm de estratgia de acesso aos servios de saúde.

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Esta dissertao fala sobre o corpo. Mais especificamente sobre representaes de corpo adolescente feminino produzidas e/ou veiculadas pela revista Capricho. Considerada por mim como um produto da mdia cujas imagens e textos falam s adolescentes deste tempo, analisei todas as edies publicadas nos anos de 2000 e 2001 buscando compreender o que a Capricho ensina s garotas com relao aos seus corpos. Fundamentada no campo terico dos Estudos Culturais e na Histria do Corpo, teci minhas anlises a partir de trs temas: saúde, beleza e moda. Temas esses que emergiram da prpria revista uma vez que ela est a falar deles o tempo todo. Decorrente das anlises realizadas possvel afirmar que a Capricho, como parte integrante de uma pedagogia cultural, educa as garotas no que respeita construo de um corpo jovem, moderno e saudvel. Um corpo que, ao ser visto, sustenta um look. O look produzido pelas suas pginas e para o qual a garota deve investir diferenciados esforos, seja na aquisio de um jeito atltico e saudvel de ser, seja na valorizao da magreza e, ainda, na composio de um estilo baseado nos hits da moda.

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O HIV tem acometido um nmero cada vez maior de adolescentes e, conseqentemente, afetado o convvio familiar, assim gerando necessidades especficas. Este estudo, de carcter descritivo qualitativo, objetiva conhecer as necessidades do grupo familiar a partir do diagnstico de HIV positivo de seu adolescente. Para tanto, foram entrevistados familiares de adolescentes HIV positivos, com pronturio ativo no Servio de Atendimento Especializado da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SAE). Os adolescentes selecionados para indicar os participantes do estudo tinham entre 12 e 18 anos de idade, sendo que 6 (seis) foram contaminados pelo HIV por contgio sexual e 2 (dois) por transmisso vertical. As entrevistas foram realizadas, em sua maioria, nas residncias, aps, foram transcritas e seus contedos analisados conforme sugere Moraes (1998). Apesar das famlias pertencerem a diferentes classes sociais, apresentam semelhanas nas necessidades geradas pela infeco de seus adolescentes. Os resultados apontam o surgimento de necessidades psicobiolgicas, psicoespirituais e psicossociais. A descoberta do diagnstico foi caracterizado pela famlia como um momento traumtico, bem como o prognstico de morte prenunciada, que faz a famlia procurar tratamentos alternativos, a fim de manter a integridade fsica do adolescente. As necessidades psicoespirituais so originrias dos sentimentos relacionados descoberta da infeco e com o futuro do adolescente, o que leva os familiares a procurarem um suporte religioso para o enfrentamento da situao instalada a partir da soropositividade do adolescente. As necessidades psicossociais surgem quando os relacionamentos em mbito familiar tornam-se difceis, exacerbando a dificuldade de comunicao entre famlia e o adolescente; e tambm com a alterao dos relacionamentos sociais, devido ao preconceito e excluso social e, ainda da dificuldade de estabelecimento das relaes interpessoais com a famlia extensa, com profissionais de saúde e com o prprio adolescente.

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O objetivo deste trabalho foi associar o nvel socioeconmico com os hbitos de vida, indicadores de crescimento e aptido fsica relacionada saúde em estudantes das redes Privada e Pblica de Ensino de Porto Alegre (RS). A amostra foi constituda de 1566 estudantes com idades entre 7 e 14 anos, sendo 871 do gnero masculino e 695 do feminino. A coleta de informaes referente aos hbitos de vida utilizou o inventrio EVIA (Sobral, 1992) adaptado por Torres e Gaya (1997). Os indicadores de crescimento foram determinados a partir das medidas de estatura e massa corporal. A aptido fsica relacionada saúde foi determinada pela medida de IMC e pelos testes de corrida/caminhada 9 minutos, sentar e alcanar (sit and reach) e abdominais (sit ups). A anlise dos dados utilizou a estatstica descritiva (valores absolutos, percentuais, mdia, desvio-padro) e inferencial (Qui-quadrado). Os dados foram tratados no programa estatstico SPSS 10.0. Para todas as anlises, adotou-se o nvel de significncia de 0,05. Os resultados indicaram que existem diferenas estatisticamente significativas com relao aos hbitos de vida, em termos de organizao do cotidiano e prtica desportiva, a favor do nvel socioeconmico mais privilegiado independentemente do gnero. Os indicadores de crescimento apresentaram ndices superiores aos de referncia NCHS, independentemente do gnero, a favor do nvel socioeconmico mais elevado Em relao a aptido fsica relacionada saúde: as medidas de IMC indicaram diferenas estatisticamente significativas para o gnero masculino a favor do nvel socioeconmico mais privilegiado; o teste de capacidade aerbia apresentou associao estatisticamente significativa para o gnero masculino a favor do nvel socioeconmico baixo e, para o gnero feminino, a favor do nvel socioeconmico mais privilegiado; o teste de sentar e alcanar (sit and reach) apontou associao estatisticamente significativa a favor do nvel socioeconmico mais privilegiado para os dois gneros; o teste de fora/resistncia abdominal (sit ups) apresentou associao estatisticamente significativa a favor do nvel socioeconmico baixo para o gnero masculino.

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A presente dissertao resulta de uma pesquisa em que se discute como determinadas jovens escolares aprendem estratgias para cuidar do corpo, nos dias de hoje. Utilizo a abordagem da anlise cultural, tal como desenvolvida pelos Estudos Culturais e de Gnero, que se aproximam do Ps-Estruturalismo de Michel Foucault, para examinar depoimentos de 18 mulheres jovens entre 13 e 15 anos, estudantes da 8 srie do ensino fundamental e 1 ano do ensino mdio do Colgio de Aplicao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAP/UFRGS). Esses depoimentos foram produzidos no contexto de discusses conduzidas em grupos focais, as quais foram gravadas e, posteriormente, transcritas para anlise. Exploro as falas das jovens tomando como base os conceitos de cultura, discurso, gnero e poder, com o propsito de analisar os diferentes modos pelos quais o cuidado com o corpo significado. Discuto quais so as prticas que as jovens privilegiam quando cuidam do corpo, que discursos se articulam para configurar tais prticas e, finalmente, como o gnero institui e atravessa as relaes de poder/saber no mbito destas formaes discursivas. As anlises desenvolvidas permitem-me dizer que determinados atributos como a forma fsica e a aparncia que ela revela so elevados a marcadores sociais importantes na classificao e na hierarquizao dos estilos de vida contemporneos. As estratgias para cuidar do corpo esto relacionadas com os desenvolvimentos tecnolgicos, cientficos ou mercadolgicos que procuram lhes dar sentido. Alm disso, as aprendizagens parecem resultar de investimentos num conjunto de estratgias direcionadas s mulheres (principalmente). Dessa forma, tais aprendizagens configuram, cada vez mais cedo um jeito especfico de cuidado e controle destes corpos, relacionados alimentao, s dietas, aos exerccios fsicos e ao vesturio. A relevncia das anlises dos depoimentos em torno das questes do cuidado pode ser percebida nas muitas hesitaes demonstradas pelas jovens nesses depoimentos. Em particular, quando pensam em cuidar do corpo - entre o fazer e o no fazer, entre o prazer e o risco. Problematizaes como essas so interessantes na medida em que desestabilizam a unidimensionalidade dos processos de se tornar mulheres e homens jovens. Sugiro, ainda, que pensar nas transformaes no cuidado problematizar o que se espera que seja cuidado, o modo de cuidar e, principalmente, o que efetivamente objeto de cuidado. Enfim, a discusso da temtica do cuidado permite pensar a mudana em ns mesmos na nossa sociedade.

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Este um estudo qualitativo do tipo exploratrio-descritivo. Objetivou conhecer a vivncia da nutriz adolescente e a participao da sua me no seu processo de aleitamento materno. Participaram 15 adolescentes que tiveram seus bebs em Porto Alegre, RS em 2003. Trata-se de um estudo longitudinal. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada e observao no domiclio, e submetidos a anlise de contedo segundo Bardin. A partir da anlise dos dados, emergiram cinco temas: conhecendo as adolescentes; vivenciando a gestao e a maternidade; vivenciando a amamentao; superando as dificuldades da amamentao; e a participao da me da adolescente no aleitamento materno.

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O presente estudo visou a investigar a percepo de adolescentes em situao de rua, de profissionais de saúde e educadores acerca da condio de saúde dos primeiros. A pesquisa foi realizada em duas instituies destinadas a crianas e adolescentes em situao de rua (servio de atendimento saúde e abrigo diurno) e teve como participantes doze adolescentes, cinco profissionais de saúde e quatro educadoras. Dois estudos foram delineados para analisar as concepes de saúde e doena de cada grupo de participantes, a sua percepo acerca da influncia da rua sobre a saúde dos adolescentes, as principais doenas enfrentadas, as estratgias utilizadas para cuidar da saúde e a rede de apoio. Os resultados sugerem que necessria uma anlise dinmica entre os diversos fatores de risco e proteo relacionados ao contexto, s caractersticas individuais dos adolescentes e rede de apoio existente. Entre os fatores de risco, destacam-se: as condies inadequadas de vida (falta de proteo s variaes ambientais, condies inadequadas de higiene etc.), o uso de drogas e a violncia. J os fatores de proteo citados foram: a busca da rua como uma "estratgia saudvel" diante do ambiente familiar violento, a existncia de uma rede de assistncia a essa populao, assim como da resistncia criada pelos adolescentes ao contgio de algumas doenas. A anlise do binmio risco/proteo permite uma viso mais realstica da influncia da situao de rua sobre a saúde e, ainda, a superao de uma viso de saúde e doena como uma questo esttica, a-histrica e unidimensional. Por fim, ressalta-se a validade da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano e da sua relao com os enfoques da Resilincia e da Psicologia Positiva para o estudo do desenvolvimento humano em contexto, assim como dos processos desenvolvimentais relacionados formao de comportamentos saudveis, mesmo diante das situaes adversas oferecidas pelo contexto da rua.

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Este estudo partiu da prtica psicolgica no atendimento de adolescentes em um servio de saúde mental coletiva na cidade de Porto Alegre. O tema investigado o processo da adolescncia em sua multiplicidade e abrangncia, considerando as experincias de engravidar, a construo da sexualidade e os contextos sociais populares. Alm disso, o campo da Saúde Pblica, as polticas pblicas e o lugar ocupado pela saúde mental, constituem os eixos de abordagem. Destacou-se a importncia das relaes de gnero sob o vis da teoria psicanaltica, redefinindo o lugar e a posio subjetiva do(a) adolescente, onde a recapitulao da diferena sexual anatmica produz novos efeitos imaginrios para o masculino e o feminino. H um conjunto de situaes e acontecimentos que so prprios tanto da maturao pubertria e das transformaes biolgicas, quanto dos novos modos de viver essas transformaes, estabelecer parmetros de gnero e habitar um corpo sexualmente maduro com relao aptido reprodutiva. Para a coleta de dados, utilizou-se a descrio de carter etnogrfico como forma de circunscrever os domnios para a observao de campo e, partindo da tcnica do estudo de caso, onde o servio de atendimento psicolgico para adolescentes em uma equipe de saúde mental foi o foco, estabeleceu-se uma triangulao entre diferentes fontes de evidncia, tais como: as narrativas individuais, a atividade nos grupos e a anlise documental. A anlise de contedo tornou-se a estratgia para identificar as categorias emergentes e interpret-las luz da psicanlise. Enfatiza-se os aspectos subjetivos e inconscientes que envolvem a procriao humana, sugerindo o neologismo "engravidamento" como um processo psquico na adolescncia. Como resultado, prope-se a constituio de intervalos temporais (ato, dvida, cogitao e certeza) para o processo de engravidamento e problematiza-se o tratamento do problema como epidemia, principalmente quando o foco volta-se para os bairros populares do meio urbano e para a Saúde Pblica. Discute-se o paradoxo da condio adolescente, quando a adolescente "antecipa-se" a concluir, sem a "verificao" e "precipita-se" na experincia sem "se previnir", revelando-se duas inadequaes nas prticas de saúde: o ideal higienista com a vigilncia do corpo feminino, por um lado e a fragmentao das polticas de saúde, por outro.

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O acompanhamento do crescimento somtico, da aptido fsica e do estilo de vida de crianas e adolescentes, bem como a interao entre estas variveis, geram preciosas informaes para profissionais que atuam na rea da educao fsica e esportes. Diante disto, o objetivo geral deste trabalho descrever o desenvolvimento do crescimento somtico, da aptido fsica relacionada saúde (ApFRS) e do estilo de vida de escolares acompanhados dos 10 aos 14 anos de idade. Os sujeitos do estudo foram 70 escolares (35 meninos e 35 meninas) acompanhados dos 10 aos 14 anos de idade. A pesquisa se caracteriza como descritiva de desenvolvimento com corte longitudinal. Para o crescimento somtico foram analisados a estatura (EST) e a massa corporal (MC). Para a anlise da ApFRS foram medidas a aptido cardiorrespiratria -ApCard- (testes de corrida/caminhada de 9 minutos), a composio corporal (ndice de massa corporal -IMC-, somatrio de dobras cutneas tricipital e subescapular -DC Tr + Sub-, percentual de gordura -%G-, massa gorda -MG- e massa magra -MM-), a fora/resistncia muscular -F/Rmusc- (nmero de abdominais em um minuto), e a flexibilidade -FLEX- (sentar e alcanar). Para identificar o estilo de vida foi utilizado o questionrio estilo de vida na infncia e adolescncia (EVIA). Para a anlise criterial dos componentes da ApFRS, foram utilizados os critrios de saúde propostos pelo Projeto Esporte Brasil, sendo que para o DC Tr + Sub foi utilizado o critrio sugerido pelo Physical Best. Para a descrio dos dados foram utilizadas a mdia, desvio padro e valores percentuais. Para inferir sobre os dados foram utilizadas a anlise de varincia (ANOVA) para dados repetidos, seguida de Post hoc de Bonferroni e o teste t de student para amostras repitidas (diferenas entre as idades), o teste t de student para amostras independentes (diferenas entre os sexos), o teste Qui-Quadrado (associaes entre variveis em escala ordinal e nominal), o teste de correlao de Spearman (relao entre variveis em escala ordinal e de razo), o teste de correlao de Pearson (relao entre variveis em escala de razo), e a anlise de regresso mltipla stepwise (influncia da idade e das variveis antropomtricas nos componentes motores da ApFRS). O nvel de significncia adotado foi de 5%. Para todas as anlises estatsticas foi utilizado o programa estatstico SPSS for Windows 10.0. Como principais resultados, observamos que o crescimento somtico, a ApCard, a F/Rmusc, IMC, e a MM tiveram padro de desenvolvimento crescente dos 10 para os 14 anos nos dois sexos. O DC Tr + Sub, o %G, e a MG apresentaram um desenvolvimento crescente dos 10 para os 14 anos nas meninas e praticamente estvel nos meninos. A FLEX apresentou um padro ondulatrio de desenvolvimento dos 10 para os 14 anos nos dois sexos, com maiores oscilaes nas meninas. De maneira geral, os meninos tiveram maiores mdias que as meninas na EST, na MC, na ApCard, na MM, e na F/Rmusc, enquanto as meninas foram superiores no DC Tr + Sub, no %G, na MG, e na FLEX. Na maioria destas variveis as diferenas eram sutis at os 12 anos, se intensificando nas idades posteriores. O IMC foi a nica varivel que apresentou valores mdios prximos para os dois sexos ao longo dos cinco anos de estudo. O pico de velocidade (PV) em crescimento ocorreu dos 10 para os 11 anos nas meninas e dois anos depois para os meninos. O PV nos componentes da ApFRS, em geral, foram no mesmo perodo ou prximos ao perodo na qual ocorreu o PV em crescimento. Quanto ao atendimento aos critrios de saúde, observamos que ao longo dos cinco anos de estudo, uma grande parcela dos escolares foram classificados fora das zonas saudveis, com valores superiores a 50% em alguns testes em algumas idades. O estilo de vida dos escolares apresentou fortes caractersticas de sedentarismo, com atividades que necessitam de esforo fsico sendo preteridas por atividades que no exigem movimentaes corporais, sendo estas caractersticas mais evidentes nas meninas. Quanto a influncia da idade e de variveis antropomtricas nos componentes motores da ApFRS, observamos que a idades e as variveis ligadas quantidade de gordura corporal so aquelas que melhor explicam a variao dos resultados da ApCar e da F/Rmusc em meninos e meninas. A FLEX por outro lado, parece ser pouco influenciada por estas variveis. Em relao associao entre o estilo de vida e a ApFRS, percebemos que indivduos com hbitos mais ativos tendem a ter melhores nveis de ApFRS,e que por outro lado, indivduos com hbitos de vida mais sedentrios esto mais propensos a terem valores mais baixos nos componentes motores da ApFRS, e mais altos nos componentes associados quantidade de gordura corporal.