6 resultados para Rotatividade de sócios
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Esta Dissertação apresenta, discute e analisa a utilização do método de planejamento da qualidade denominado QFD - Quality Function Deployment aplicado ao segmento de prestação de serviços constituído por clubes sociais e esportivos. O QFD trabalha com um conjunto de matrizes e tem como ponto de partida uma pesquisa de mercado com os clientes alvo da empresa. A seqüência das matrizes propicia a garantia de que as informações serão transportadas por todas as etapas de desenvolvimento do planejamento da qualidade. As matrizes do QFD são elaboradas com o auxílio de uma equipe multidisciplinar, permitindo, portanto, o trabalho em equipe e o intercâmbio de conhecimentos. O objetivo da aplicação do QFD é a produção, ao final, de um Plano de Melhorias.O Plano de Melhorias é composto por um conjunto de matrizes adaptadas ao setor em estudo (clubes sociais e esportivos). Isso representa uma contribuição original à literatura do desdobramento da qualidade. O trabalho é composto por uma revisão bibliográfica, envolvendo a qualidade em serviços, o QFD, trabalho em equipe e compartilhamento do conhecimento, apresentando-se posteriormente o estudo de caso no Petrópole Tênis Clube. A metodologia proposta visa a contribuir para a fidelização dos sócios do Clube em enfoque, já que o mesmo demonstra um cenário onde seus sócios vêm se afastando gradativamente implicando, com isso, dificuldades de oferecer aos mesmos um ambiente com manutenção permanente,novos atrativos e capacitação da equipe que serve à entidade.
Resumo:
O estudo trata da análise da gestão, pelo Estado, das políticas sociais nas áreas do trabalho e da assistência social, tendo como referência a FGTAS e as transformações ocorridas em seu processo histórico, com o propósito de conhecer as repercussões da redefinição do papel do Estado na área social para essa estrutura, enfatizando-se as mudanças ocorridas em função da Reforma de Estado que vem sendo implementada desde o início dos anos 90. O trabalho realizou-se através de uma pesquisa qualitativa, optando-se por uma abordagem dialético- -crítica, configurando-se como um estudo de caso histórico-organizacional da FGTAS. Foram adotadas como técnicas, a pesquisa documental e a análise de conteúdo, criando-se, para tanto, categorias, a partir das quais foram trabalhados os resultados obtidos através das entrevistas com os agentes executores das políticas sociais, que objetivaram traduzir a visão deles sobre os eixos temáticos abordados neste trabalho. Tais resultados demonstraram que, em muitos momentos das entrevistas, as falas dos agentes e dos gestores não foram contraditórias, tendo em vista terem apresentado similitude em seus argumentos e em suas idéias sobre os assuntos tratados. Evidenciou-se, através deste estudo, a fragilidade quanto à concepção das políticas sociais, em particular na área da assistência social. Demonstrou-se, ainda, o processo histórico de desmontagem das estruturas de atendimento à área social pelo setor público estadual gaúcho em razão das sucessivas “reformas administrativas” nessa área, o que tem levado esse setor a não responder às demandas sociais. A fragilidade da identidade institucional da FGTAS ficou evidente. Em função desse conjunto de questões, sugere-se a ampliação dos custos sociais, com a redefinição do papel do Estado nesse setor, o que se caracterizou como a crise na área social. Constatou-se, também, a existência de uma crise de gestão do Estado nessa área, confirmada, em particular, pela própria fala dos gestores, tendo a descontinuidade político-administrativa como um marco característico, em razão da rotatividade de gestores e da ausência de visibilidade de ações concretas no sentido de se contrapor às dificuldades identificadas. A profissionalização da gestão pública foi sugerida dentre outras mudanças, bem como a adoção de algumas das idéias âncoras oferecidas pelas modernas tendências das teorias administrativas, com a intenção de imprimir um novo perfil de gestão pública, capaz de apresentar as condições necessárias para acompanhar as grandes transformações que se fazem presentes na virada do século.
Resumo:
O presente trabalho tem a pretensão de verificar as práticas cooperativas que se fazem presentes em agricultores familiares da região do Vale do Rio Pardo - RS que vêm gradativamente abandonando a cultura do fumo, intensiva em insumos químicos, e inserindo suas propriedades rurais numa lógica de produção ecológica e sustentável, priorizando a diversificação de culturas. Como alternativa de viabilização da nova atividade foi criada a Cooperativa Ecovale. O trabalho analisa a organização desses agricultores que estão vendo na cooperação o vetor para a conquista da sustentabilidade. O trabalho apresenta o seguinte objetivo geral: analisar as práticas sociais cooperativas dos sócios cooperados da Cooperativa Ecovale que estão contribuindo para que esta organização torne-se sustentável. Utiliza-se como referencial teórico os conceitos de desenvolvimento sustentável, da cooperação e do cooperativismo e como método de pesquisa o estudo de caso na Cooperativa Ecovale. Os mapas de associações de idéias foram utilizados como técnica de análise dos dados, o que possibilitou a obtenção dos resultados da pesquisa. Verificou-se que as principais práticas cooperativas existentes nos sócios cooperados estão baseadas fundamentalmente na união, no trabalho conjunto, no aprendizado que vem sendo realizado em grupo, na ajuda mútua e na interação dos produtores com outros grupos de produtores ecológicos. Este conjunto de comportamentos e atitudes por parte dos produtores configura-se como o principal “pilar de sustentação” da organização cooperativa, lançando as bases para a conquista da sustentabilidade da mesma.
Resumo:
Neste estudo buscou-se analisar a organização do trabalho numa cooperativa de dentistas (UNIODONTO), apresentar o conceito de trabalho e os sentidos que lhe foram atribuídos pelos sujeitos da pesquisa, bem como levantar os motivos pelos quais os profissionais entrevistados optaram por esta profissão. Para isto, foi realizado um estudo de caso na Cooperativa, sendo entrevistados 23 sujeitos: 13 cooperados, cinco profissionais em cargos de coordenação e cinco funcionários administrativos. Entre os resultados, destaca-se a alta centralidade do trabalho na vida dos entrevistados que, apesar de terem autonomia para administrarem lazer e atividades profissionais, fazem destas últimas sua prioridade. Apresentaram concepções positivas do trabalho que está ligado ao retorno, tanto financeiro quanto pessoal, e aos tratamentos bem-sucedidos com seus pacientes. Como um trabalho que apresenta sentido é destacado tanto a forma de realização deste, quanto o retorno material. Além disso, deve permitir o crescimento profissional, a valorização, o reconhecimento e, conseqüentemente, a auto-realização do indivíduo por meio das tarefas que executa. Já um trabalho sem sentido é aquele que não traz o retorno esperado, seja financeiro, seja em termos do resultado de seus procedimentos quando estes não correspondem à expectativa dos pacientes. O trabalho cooperativo, aqui centralizado na UNIODONTO, é apontado como uma alternativa mais justa para a profissão, pois possibilita aos odontólogos concorrer como um organização autogerida. Na Cooperativa, as características do trabalho da categoria são preservadas e respeitadas por serem os sócios “gerenciados” por colegas que compartilham dos mesmos objetivos e conhecem a realidade da profissão. A forma de organização do trabalho odontológico é mantida, contribuindo para que executem um trabalho realizador, que os satisfaz, que dá retorno e, conseqüentemente, tem sentido.
Resumo:
A finalidade deste trabalho foi entender como ocorre a sucessão em unidades de produção familiares. Buscou-se descrever a atuação de unidades de produção dentro do agronegócio no município de São Luiz Gonzaga, localizado na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo foi verificar se as características dos sistemas de gestão das unidades influenciam no processo sucessório. Como metodologia, foram realizados estudos de caso em nove unidades de produção familiares. Para coleta de dados, foram utilizadas entrevistas em profundidade do tipo conversa espontânea que assumiram um caráter informal, seguido de um questionário com base na revisão da literatura, aplicado aos gestores e suas famílias (pais e filhos) de cada unidade de produção. Na interpretação dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. A pesquisa revelou a falta de preparação dos gestores no tocante à sucessão dos empreendimentos familiares; bem como a influência das características do sistema de gestão no processo da sucessão. Foi evidenciado nesta pesquisa que gestores com características de liderança autocráticas se sobressaem em produtividade do trabalho, todavia, apresentam dificuldades para transmitirem a gestão. Já os que lideram de forma mais democrática, dividindo as preocupações com a família, se destacam na inovação e motivação do grupo de trabalho, e ainda desenvolvem uma maior tranqüilidade para obter a sucessão. Em unidades de produção com formato de sociedade constatou-se que o comportamento dos sócios influencia no sucesso ou insucesso da organização Foi constatado que o grau de maturidade do processo de transferência da gestão influencia no desempenho das unidades de produção. Esta pesquisa apresenta contribuições para essa importante reflexão teórica sobre a gestão de unidades de produção familiares. Os resultados sugerem algumas críticas aos gestores atuais e propostas práticas para tornar a sucessão menos traumática e mais efetiva.
Resumo:
O objeto desta investigação é o trabalho em equipe desenvolvido no âmbito do Programa Saúde da Família (PSF) na perspectiva de enfermeiras. Têm-se como objetivos conhecer a concepção de enfermeiras que atuam no PSF sobre o desenvolvimento do trabalho em equipe, no que se refere à articulação entre as ações realizadas pelos diferentes profissionais e à interação entre eles, bem como identificar as dificuldades e facilidades encontradas pelas enfermeiras no cotidiano do trabalho coletivo. Caracteriza-se como um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com 23 enfermeiras. A análise dos dados foi realizada com base na análise temática e resultou em três categorias: concepções das enfermeiras sobre o trabalho em equipe; articulação das ações dos profissionais no trabalho em equipe; e interação da equipe. Identificou-se que as enfermeiras têm uma concepção idealizada do trabalho em equipe, caracterizando-o como um processo dinâmico e interativo no qual deve haver a participação de todos os profissionais desde o planejamento até a execução das ações de saúde, assim como a integração da equipe em função de objetivos comuns. Porém, as enfermeiras encontram inúmeras dificuldades que interferem no desenvolvimento do trabalho em equipe e as impedem, muitas vezes, de vivenciar esse ideal na sua prática cotidiana. Tais dificuldades estão relacionadas à alta rotatividade de profissionais no PSF, à falta de pessoal, a condições de trabalho inadequadas e à falta de capacitação dos agentes comunitários de saúde. A articulação das ações ocorre principalmente com os agentes comunitários de saúde e os auxiliares de enfermagem, devido à supervisão que a enfermeira realiza junto aos mesmos. A interação da equipe fica prejudicada pelas dificuldades de comunicação e por conflitos interpessoais, fatores estes causadores de insatisfação dos profissionais com seu trabalho. Foi possível identificar que tanto a articulação das ações quanto a interação da equipe ficam prejudicadas pela excessiva demanda de usuários pelo serviço, o que ocasiona sobrecarga de trabalho e falta de tempo para os profissionais. Dessa forma, as enfermeiras evidenciam limitações para realizarem conexões entre os diversos trabalhos e interagir, referindo que isso fica restrito basicamente aos momentos de reunião de equipe. Com base nos depoimentos das enfermeiras, verificamos que o trabalho em equipe no PSF tem um caráter ativo e dinâmico, e apresenta momentos de integração na equipe, mas também situações em que os profissionais atuam de maneira independente e isolada. No entanto, são evidentes as dificuldades que as equipes encontram em realizar um trabalho efetivamente integrado. Essa realidade, certamente, compromete a qualidade da assistência prestada aos usuários. Sugere-se repensar as condições de trabalho propiciadas aos profissionais que atuam no PSF, as quais necessitam de maiores investimentos e atenção. Além disso, a formação acadêmica deve ser capaz de fornecer subsídios aos profissionais, preparando-os para uma atuação multidisciplinar.