39 resultados para Resistência à insulina Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Neste trabalho investigou-se as caractersticas do receptor insulina e a capacidade de captao de glicose nas brnquias do caranguejo Chasmagnathus granulata aclimatado a diferentes tempos (24, 72 e 144 horas) de estresse hiper e hiposmtico. Primeiramente, o cDNA do receptor para insulina foi parcialmente clonado e seqenciado em brnquias posteriores de Chasmagnathus granulata. A seqncia peptdica mostrou a presena de 39 aminocidos e foi designada CGIRLTK (C. granulata insulina receptor-like tyrosine kinase). Esta seqncia apresentou significativa homologia com o domnio tirosina quinase da subunidade b dos receptores para insulina de mamferos (69%) e de Drosophila (74%). Stios de ligao insulina foram caracterizados nas membranas plasmticas das brnquias atravs do estudo de ligao com 125I-insulina. A atividade tirosina quinase foi determinada pela capacidade do CGIRLTK de fosforilar o substrato sinttico poly (Glu; Tyr 4:1). A captao de glicose foi avaliada pela captao de [14C] 2-deoxi-D-glicose pelo tecido branquial. Nas brnquias posteriores a insulina bovina estimulou significativamente a fosforilao do CGIRLTK nos animais aclimatados a 20 de salinidade (controle), j nas brnquias anteriores este estmulo no foi observado. O estresse hiperosmtico (34 de salinidade) levou a uma diminuio do nmero e da afinidade dos receptores insulina nas brnquias posteriores, bem como a uma reduo na atividade tirosina quinase. A captao de glicose no mudou durante os tempos de estresse osmtico estudados Esses resultados mostram que o estresse hiperosmtico modifica a sinalizao da insulina, causando um estado de resistência insulina nas brnquias posteriores. Nenhuma mudana foi observada na concentrao dos receptores insulina nas brnquias posteriores de caranguejos aclimatados durante 24 horas ao estresse hiposmtico (0). Contudo, foi observada uma reduo na afinidade dos receptores pela insulina bovina. A fosforilao do CGIRLTK diminui s 24 horas de estresse e retornou aos valores basais s 144horas. A captao de glicose no foi alterada significativamente. Os resultados sugerem que o estresse hiposmtico modifica as caractersticas do CGIRLTK nas brnquias posteriores de C. granulata de forma tempo-dependente. Essas mudanas so parte dos ajustes necessrios sobrevivncia baixa salinidade. Nas brnquias anteriores, durante aclimatao ao estresse hiperosmtico, foi observada reduo da concentrao e da capacidade de fosforilao dos receptores insulnicos. Contudo, a insulina bovina no estimulou a fosforilao nas brnquias anteriores durante o estresse Nenhuma alterao foi observada na concentrao e na afinidade de receptores insulina nas brnquias anteriores aps 24 horas de estresse hiposmtico. A fosforilao do receptor insulina diminuiu aps 24 horas de estresse e voltou aos valores basais aps 72 horas. A capacidade de captao de glicose, por sua vez, no foi modificada em funo de mudanas na osmoliridade do ambiente. Assim como no estresse hiperosmtico, a insulina bovina no estimulou a fosforilao nas brnquias anteriores no estresse hiposmtico. Os resultados deste trabalho demonstram que o estresse osmtico modifica as caractersticas do CGILRTK e conseqentemente a transduo do sinal insulnico nas brnquias. As respostas s alteraes de salinidade dependem do tipo de estresse ao qual o animal submetido e da brnquia estudada (anterior ou posterior). As mudanas observadas no sinal insulnico fazem parte dos ajustes necessrios para a regulao osmtica frente s mudanas ambientais de salinidade.

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Introduo: A retinopatia diabtica (RD) a principal causa de novos casos de cegueira entre norte-americanos em idade produtiva. Existe uma associao entre RD e as outras complicaes microvasculares do diabete melito. A associao da RD com a fase inicial da nefropatia, a microalbuminria, no est esclarecida em pacientes com diabete melito (DM) tipo 2. Polimorfismos de genes (ENNP1; FABP2) relacionados resistência insulnica, entre outros, poderiam estar associados RD. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar fatores genticos e no genticos associados RD avanada em pacientes com DM tipo 2. Mtodos: Neste estudo caso-controle foram includos pacientes DM tipo 2 submetidos avaliao clnica, laboratorial e oftalmolgica. Foi realizada oftalmoscopia binocular indireta sob midrase e obtidas retinografias coloridas em 7 campos padronizados. Foram classificados como casos os pacientes portadores de RD avanada (formas graves de RD no proliferativa e RD proliferativa) e como controles os pacientes sem RD avanada (fundoscopia normal, e outras formas de RD). Foram estudados os polimorfismos K121Q do gene ENNP1 e A54T do gene FABP2. Na anlise estatstica foram utilizados testes paramtricos e no paramtricos conforme indicado. Foi realizada anlise de regresso logstica mltipla para avaliar fatores associados RD avanada. O nvel de significncia adotado foi de 0,05%. Resultados: Foram avaliados 240 pacientes com DM tipo 2 com 60,6 8,4 anos de idade e durao conhecida de DM de 14,4 8,4 anos. Destes, 67 pacientes (27,9%) apresentavam RD avanada. Os pacientes com RD avanada apresentaram maior durao conhecida de DM (18,1 8,1 vs. 12,9 8,2 anos; P< 0,001), menor ndice de massa corporal (IMC) (27,5 4,2 vs. 29,0 9,6 kg/m2; P= 0,019), alm de uso de insulina mais freqente (70,8% vs 35,3%; P< 0,001) e presena de nefropatia diabtica (81,1% vs 34,8%; P< 0,001) quando comparados com os pacientes sem RD avanada. Na avaliao laboratorial os pacientes com RD avanada apresentaram valores mais elevados de creatinina srica [1,4 (0,6 -13,6) vs 0,8 (0,5-17,9) mg/dl; P<0,001] e de albuminria [135,0 (3,6-1816,0) vs 11,3 (1,5-5105,0) g/min; P<0,001] quando comparados com pacientes sem RD avanada. A distribuio dos gentipos dos polimorfismos do ENNP1 e FABP2 no foi diferente entre os grupos. A anlise de regresso logstica mltipla demonstrou que a presena de nefropatia (OR=6,59; IC95%: 3,01-14,41; P<0,001) e o uso de insulina (OR=3,47; IC95%: 1,60- 7,50; P=0,002) foram os fatores associados RD avanada, ajustados para a durao de DM, presena de hipertenso arterial, glicohemoglobina e IMC. Quando na anlise foram includos apenas pacientes normoalbuminricos e microalbuminricos, a microalbuminria (OR=3,8; IC95%: 1,38-10,47; P=0,010), o uso de insulina (OR=5,04; IC95%: 1,67-15,21; P=0,004), a durao do DM (OR=1,06 IC95%: 1,00-1,13; P=0,048) e a glicohemoglobina (OR=1,35; IC95%: 1,02-1,79; P=0,034) foram os fatores associados RD avanada, ajustados para a presena de hipertenso arterial e IMC. Concluso: Pacientes com DM tipo 2 portadores de formas avanadas de RD apresentam mais freqentemente envolvimento renal pelo DM, incluindo o estgio de microalbuminria. Uma avaliao renal com medida de albuminria dever ser incorporada como avaliao de rotina nestes pacientes.

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O Diabetes Mellitus uma sndrome metablica caracterizada por hiperglicemia crnica e, esta por sua vez, contribui para o desenvolvimento das complicaes secundrias freqentemente observadas nos pacientes diabeticos. O estresse oxidativo decorrente dessa hiperglicemia um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia dessas complicaes. Vrios estudos comprovam o efeito nocivo in vivo e in vitro de concentraes altas de glicose sobre diferentes tecidos e rgos. Enzimas sulfidrlicas como -aminolevulinato desidratase (-ALAD), lactato desidrogenase (LDH) e succinato desidrogenase (SDH), so altamente sensveis a elementos pr-oxidantes. Uma freqente coexistncia entre Diabetes mellitus e porfiria tem sido observada em humanos e em animais experimentais, o que pode estar ligado inibio da -ALA-D observada em diabticos. Este estudo tem como objetivos induzir estresse oxidativo in vivo com exerccio fsico intenso ou dieta contendo altos nveis de sacarose e in vitro e com altas concentraes de acares redures e avaliar seus efeitos sobre os nveis de lipoperoxidao, fragilidade osmtica dos eritrcitos, atividade de enzimas antioxidantes (catalase e superxido dismutase) e enzimas sulfidrlicas (-ALA-D, LDH e SDH), verificar o efeito de um antioxidante seleno-orgnico (ebselen) e a suplementao de selnio sobre a atividade destas enzimas, bem como avaliar o possvel papel teraputico do ebselen sobre a fragilidade osmtica dos eritrcitos. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolado so mais sensveis ao choque osmtico que eritrcitos de pacientes com diabetes controlado e eritrcitos de pessoas saudveis. Alm disso, uma funo protetora do ebselen contra a fragilidade osmtica, indica que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolada esto expostos a um aumento na produo de radicais livres in vivo. O ebselen tambm apresentou propriedade de inibir a glicao in vitro. O exerccio fsico intenso associado deficincia de selnio, capaz de diminuir a atividade das enzimas sulfidrlicas. No entanto, exerccio fsico moderado de menor intensidade melhora a sencibilidade insulina em camundongos com resistência insulina, previne contra fatores nocivos comumente encontrados no diabetes como ganho de peso corporal e acmulo de gordura abdominal no capaz de afetar atividade da -ALA-D. Atravs dos 2 modelos experimentais utilizados, modelo de induo de peroxidao lipdica em eritrcitos incubados com concentraes elevadas de acares redutores in vitro e modelo de induo de resistência insulina em animais treinados e sedentrios, pode-se concluir que: A incubao de eritrcitos in vitro com altas concentraes de glicose ou frutose leva a um aumento na lipoperoxidao e contribui para a diminuio da atividade de enzimas tilicas provavelmente por oxidao dos seus grupos SH. O exerccio fsico associado com baixos nveis de selnio na dieta prejudica a atividade de enzimas tilicas como -ALA-D e SDH. O exerccio fsico de intensidade moderada aumenta a sensibilidade insulina em camundongos com resistência insulina induzida pela dieta com sacarose e previne contra o ganho de peso corporal e aumento do ndice de gordura abdominal.

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Introduo: O xido ntrico (NO) e o fibrinognio so importantes marcadores de disfuno endotelial e de disfibrinlise, respectivamente, sendo essas alteraes relacionadas resistência insulnica. A Sndrome dos Ovrios Policsticos (PCOS), caracterizada por irregularidade menstrual e anovulao crnica, est associada com resistência insulina e hiperinsulinemia em porcentagem considervel dos casos. A disfuno endotelial, decorrente da resistência insulnica e de alteraes nos nveis de NO e de fibrinognio, poderia conferir a essas pacientes um maior risco de doena macrovascular. Objetivo: Avaliar nveis sricos de xido ntrico e de fibrinognio em pacientes com PCOS e compar-los aos de pacientes com Hirsutismo Idioptico (HI). Materiais e mtodos: Estudo transversal. Foram avaliados nveis de xido ntrico e de fibrinognio e suas associaes com variveis antropomtricas, metablicas e hormonais em 26 pacientes hirsutas com PCOS e 20 pacientes do grupo controle com HI (ciclos regulares e ovulatrios, nveis normais de andrognios e hirsutismo isolado). Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto histria familiar de diabete e gravidade do hirsutismo pelo escore de Ferriman-Gallway. No houve diferenas significativas nos nveis de NO e de fibrinognio entre os grupos PCOS e HI. Entretanto, nas pacientes com PCOS, insulina e HOMA (Homeostatic Model Assessment) foram negativamente correlacionadas com nveis de NO (r=-0.42 p<0.03).Considerando-se todas as pacientes, idade, ndice de massa corporal (IMC) e circunferncia da cintura tiveram correlao positiva com nveis de fibrinognio. Concluso: Os resultados mostram associao negativa e no dependente do IMC entre NO e resistência insulnica, mas no com nveis de andrognios, apenas nas pacientes com PCOS. Assim, as estratgias clnicas que objetivam a reduo da resistência insulnica podem trazer benefcios s pacientes com PCOS no somente para a preveno de diabetes e de dislipidemia, mas tambm para a reduo do risco de disfuno endotelial nessas pacientes.

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A hiptese do fentipo econmico prope que a associao epidemiolgica entre a restrio de crescimento intra-uterino e subseqente desenvolvimento de Diabete Mellitus Tipo II (DM II) e a Sndrome Plurimetablica resultam dos efeitos da m nutrio durante perodos crticos do crescimento e do desenvolvimento, que produz mudanas permanentes no metabolismo da glicose. Estas mudanas incluem capacidade reduzida para a secreo de insulina e resistência a insulina que, combinada com os efeitos da obesidade, do envelhecimento e da inatividade fsica, so fatores muito importantes no desenvolvimento do DM II. As ratas foram divididas em cinco grupos. Dois grupos receberam durante a gestao as seguintes dietas: grupo desnutrido e normonutrido: 7% e 25% de protena e 10% de lipdio (leo de soja), respectivamente. Aps o nascimento as ratas continuaram com a dieta ofertada s mes at os 4 meses de idade. Grupo hipoprotico e normoprotico hiperlipdicos: 7% e 25% de protena e 15% de lipdio (leo de soja) durante a gestao e a lactao. Aps o perodo lactacional as ratas dos grupos hiperlipdicos foram submetidas a uma dieta contendo 25% de protena e 42% de lipdio (40 de banha de porco + 2% leo de soja) at aos 8 meses de idade. O grupo que foi submetido a dieta comercial recebeu esta dieta durante a gestao e o perodo ps-natal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar: I. Massa corporal; II. Relao tecido adiposo visceral/100 g massa corporal; III. Glicemia; IV. Concentrao heptica de triglicerdeos; V. Captao de 2-deoxiglicose em fatias de msculo sleo; VI. Teste de Sensibilidade Insulina (TSI); VII. Teste de Tolerncia Glicose (TTG). Verificamos no presente trabalho que no grupo desnutrido: (i) a massa corporal foi menor em todas as idades avaliadas; (ii) a captao de 2-deoxiglicose em fatias de msculo foi 29,8% maior; (iii) no TTG a glicemia foi menor aos 30, 60 e 120 minutos aps a injeo i.p. de glicose; (iiii) no TSI a glicemia foi menor aos 30 e 60 minutos aps a injeo i.p. de insulina em relao ao grupo normonutrido. Verificamos, tambm, no presente trabalho que no grupo hipoprotico hiperlipdico: (i) a relao do tecido adiposo total e visceral/100 g massa corporal foi maior nas duas idades estudadas; (ii) a captao de 2-deoxiglicose em fatias de msculo apresentou uma reduo de 15,35%; (iii) a concentrao plasmtica de glicose foi 11,8% maior; (iiii) no TTG a glicemia foi maior, aos 30 e 60 minutos, aps a injeo i.p. de glicose; (iiiii) a concentrao heptica de triglicerdeos foi maior em relao ao grupo que foi submetido dieta comercial Prvios estudos mostram que o insulto provocado pela restrio protica durante o perodo fetal e lactacional aumenta a ao da insulina apesar de sua prejudicada secreo, mantendo assim uma tolerncia normal glicose. Mas, a ingesto de uma dieta hiperlipdica leva a um modesto prejuzo na ao perifrica da insulina sem afetar a tolerncia glicose, em conseqncia da aumentada secreo de insulina. No entanto, a exposio crnica das duas intervenes dietticas resulta em uma interao sinrgica, levando a um importante prejuzo na ao perifrica da insulina em combinao com prejudicada resposta secretora de insulina, resultando em intolerncia glicose. Com estes resultados pode-se inferir que o gentipo econmico, a desnutrio durante a gestao e a lactao, uma dieta hiperlipdica e o estilo de vida sedentrio so fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade e conseqentemente da resistência insulina e do DM II.

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Neste trabalho prope-se um sistema para medio de torque em dispositivos girantes, que utiliza extensmetros de resistência eltrica colados nos prprios elementos constituintes do arranjo mecnico sob anlise. Um conjunto de circuitos eletrnicos foi especialmente desenvolvido para o sensoreamento das pequenas deformaes que ocorrem nos disposotivos girantes. O sistema opera sem contato eletro-mecnico entre a parte estacionria e a parte girante. Para tanto desenvolveu-se tambm uma metodologia de projeto e construo de transformadores rotativos que so utilizados para transferncia da energia que alimenta os circuitos eletrnicos solidrios ao elemento mecnico instrumentado. Tambm foi necessrio utilizar um transmissor em freqncia modulada do sinal eltrico proporcional ao torque medido. Uma anlise comparativa, dos resultados obtidos entre os sistemas existentes e aqueles alcanados com a tcnica proposta neste trabalho, demonstra sua aplicabilidade em diversas situaes prticas.

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O tema abordado pela presente tese o Senso comum pedaggico: prxis e resistência. uma reflexo pedaggica provocada pela questo-problema teoria e prtica. O problema evidenciado quando projetos poltico-pedaggicos com objetivos inovadores e revolucionrios no conseguem transformar-se em processos de mudana social. So discursos revolucionrios gerando prticas polticas tradicionais. A reflexo tem como referncia tcnica o projeto de pesquisa A relao teoria e prtica no cotidiano dos professores. A hiptese que direciona a pesquisa faz pressupor que o senso comum, ao inspirar e orientar a conscincia prtica, desconsidera o discurso; por isso, o discurso que no se sedimenta como conscincia se torna ineficaz. Por outro lado, o senso comum tende a resistir aos processos de transformao social, principalmente quando regidos pela via da reflexo. A tese procura, num primeiro momento, perceber como o senso comum se faz presente na histria da filosofia, enquanto reflexo filosfica. Numa segunda abordagem, so avaliados os sentidos que compem o senso comum pedaggico. Trata-se da forma como so construdos a partir do cotidiano cultural e de como podem ser ressignificados. So os sentidos, elaborados no cotidiano cultural, que formam a conscincia prtica e que orientam o pensar e o agir prtico. O modo de ser das pessoas, quando agem sob a orientao do senso comum, denominado de pedaggico. o carter pedaggico que o faz transformador ou resistente. A capacidade de se autotransformar ou de resistir aos processos de mudana social permite analisar o senso comum tambm pelo vis da prxis pedaggica. Para transformar a prtica pedaggica, faz-se necessrio operar a transformao do ncleo do senso comum. S a prxis pedaggica consegue operar a transformao, atravs da ressignificao dos sentidos nele presentes Penetrar o ncleo do senso comum, de forma espontnea e mecnica, ressignificando-lhe os sentidos, no significa, ainda, a construo da sujeitidade e da autonomia das pessoas. Somente o processo reflexivo conduzido pela prxis pedaggica consegue operar a transformao das conscincias, politicamente ingnuas e pedagogicamente submissas em conscincias crticas e autnomas. O objeto fundamental da prxis a transformao social das pessoas e das estruturas. Prxis atividade que se modifica a si mesma medida que transforma os outros e as estruturas sociais. A prxis pedaggica enquanto opera a transformao das relaes na sala de aula, nas instituies, nos movimentos poltico-sociais e nas relaes do cotidiano. Em razo da extenso do objeto pedaggico foram observados os movimentos sociais como o MST, as relaes entre os grupos subalternos, alm da escola e, especificamente, da sala de aula. Sob o prisma da prxis pedaggica, a tese procurou, tambm, discutir a questo da formao continuada dos professores. Por ltimo, trouxe para o debate a construo e a conduo de um projeto poltico-pedaggico, entendido como possibilidade e fator de coerncia entre as intenes educacionais e a prtica pedaggica.

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A ferrugem da folha a molstia de maior importncia econmica para a cultura da aveia e a resistência qualitativa, geralmente utilizada para o seu controle, apresenta pouca durabilidade. A utilizao de resistência parcial, caracterizada pelo progresso lento da molstia, tem sido reconhecida como alternativa para obteno de gentipos com resistência mais durvel. Os objetivos deste trabalho foram determinar o progresso da ferrugem, o controle gentico da resistência, e identificar marcadores moleculares associados a essa resistência, em vrias geraes e anos. Populaes F2, F3, F4, F5 e F6 do cruzamento UFRGS7/UFRGS910906 (sucetvel/parcialmente resistente) (1998, 1999 e 2000) e F2 do cruzamento UFRGS7/UFRGS922003 (1998), foram avaliadas a campo quanto porcentagem de rea foliar infectada, para determinar a rea sob a curva do progresso da doena (ASCPD). Mapeamento molecular, com marcadores AFLP (amplified fragment length polymorphism), foi realizado em F2 e F6, do primeiro cruzamento, identificando marcadores associados resistência quantitativa (quantitative resistance loci ou QRLs). Resultados de trs anos evidenciaram alta influncia do ambiente na expresso da resistência, apresentando, entretanto, variabilidade gentica para resistência parcial nas populaes segregantes. A distribuio de freqncias do carter ASCPD nas linhas recombinantes F5 e F6 foi contnua, indicando a presena de vrios genes de pequeno efeito em seu controle. Estimativas de herdabilidade variaram de moderada a alta. O mapa molecular F2 foi construdo com 250 marcadores, em 37 grupos de ligao, e o mapa F6 com 86 marcadores em 17 grupos de ligao. Cinco QRLs foram identificados na F2 e trs na F6. O QRL identificado na F6, pelo marcador PaaMtt340 apresentou consistncia em dois ambientes.

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A brusone, causada por Magnaporthe grisea, a doena mais importante do arroz. Uma vez que, o uso de cultivares resistentes o mtodo mais efetivo para o controle da doena, a pesquisa visa a identificao de novos genes que confiram resistência mais durvel. O objetivo deste trabalho foi a identificao de cultivares que contenham os genes de resistência Pi-1, Pi-2 e Pi-11 utilizando marcadores moleculares. RG64, um marcador RFLP baseado em PCR, foi utilizado para verificar a presena do gene Pi-2 em 250 cultivares de arroz. Trinta e trs cultivares apresentaram o mesmo perfil eletrofortico da linha-quaseisognica (NIL) C101A51, que contm o gene Pi-2. Verificou-se que 28 cultivares foram resistentes aos isolados inoculados, indicando que RG64 possui alta eficincia para a seleo de cultivares que contm o gene Pi-2. Trs marcadores microssatlites (RM) foram utilizados para verificar a presena do gene Pi-1 em 104 cultivares de arroz. Trinta cultivares, analisadas com RM254, apresentaram o mesmo perfil da NIL C104LAC, que contm o gene Pi-1. Verificou-se que 19 cultivares foram resistentes aos isolados inoculados. Trs marcadores microssatlites foram utilizados para verificar a presena do gene Pi-11 em 104 cultivares de arroz. Oito cultivares, analisadas com RM210, apresentaram o mesmo perfil da NIL IR1529, que contm o gene Pi-11, mas somente uma foi resistente. Com exceo do RM254, os demais marcadores microssatlites tiveram baixa eficincia de seleo de cultivares com o mesmo perfil das NILs. Estes resultados indicam que o uso de marcadores moleculares pode ser til para acelerar o processo de lanamento de cultivares com resistência brusone. No entanto, ainda preciso aumentar a eficincia de seleo, atravs de marcadores microssatlites com localizao cromossomal mais prxima dos genes Pi-1 e Pi- 11. Em um futuro prximo, isto poder ser possvel com a disponibilizao de mapas moleculares de maior resoluo.

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Nesse trabalho abordam-se de maneira geral a diversas caractersticas e propriedades dos materiais que influem na penetrao da gua em fachadas de alvenaria. Analiza-se os principais mecanismos de infiltraao da gua bem como o comportamento da gua sobre a superfcie das fachadas. Uma anlise tambm feita com respeito a determinao do grau de exposio da fachada. Com o fim de avaliar o desempenho de fachadas de alvenaria, com relao a sua resistência a penetrao da chuva, utiliza-se a metodologia de desempenho. Faz-se uma aplicao prtica para as condies de Porto Alegre, apresentando-se os resultados obtidos.

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A presente dissertao discute a resistência mudana em tempos de reestruturao produtiva do trabalho, desde a perspectiva de trabalhadores que ocupam postos ditos de gesto e de execuo. Trata-se de um estudo de caso realizado em uma empresa de mdio porte considerada de terceira gerao do setor plstico, situada em Caxias do Sul/Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram dez trabalhadores da linha de produo e dois gestores. A coleta de dados deu-se atravs de entrevistas semiestruturadas, fontes documentais e iconogrficas, e observao assistemtica do cotidiano do trabalho dos trabalhadores. A anlise dos dados priorizou o entendimento qualitativo da realidade apresentada luz do referencial terico pertinente e discutiu trs eixos centrais, assim apresentados: as facetas da reestruturao produtiva do trabalho na empresa A; os modos de resistência mudana provenientes da reestruturao produtiva do trabalho desde a perspectiva dos gestores e os modos de resistência mudana provenientes da reestruturao produtiva do trabalho desde a perspectiva dos trabalhadores que ocupam postos ditos de execuo. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a resistência mudana um comportamento que se faz notar tanto nos trabalhadores que ocupam postos ditos de execuo quanto nos gestores que so incubidos de implementar as mudanas. A resistência aparece como um enigma central no cotidiano do trabalho da empresa A, atingindo os modos de ser e de viver dos trabalhadores. A resistência inserida no contexto de reestruturao produtiva do trabalho na empresa A se mostra de forma sutil, diferentemente da forma visvel e de oposio comumente encontrada na literatura clssica.

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O desempenho do sistema msculo esqueltico pode ser afetado por muitos fatores durante o exerccio. Em indivduos saudveis, o sistema muscular o principal fator limitante da atividade aerbia. O desempenho fsico durante o exerccio em pacientes com Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) pode estar limitado por fatores como fraqueza dos msculos ventilatrios, alterao da mecnica da caixa torcica e tambm pelo metabolismo anaerbio. O objetivo do estudo foi avaliar se existe correlao entre a resistência muscular ventilatria com a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC. Para determinar a capacidade de resistir trabalho da musculatura ventilatria, realizamos o teste incremental destes msculos proposto por Martyn e col. A capacidade ao exerccio foi determinada pelo teste da caminhada de seis minutos. Foram avaliados onze indivduos com diagnstico clnico de DPOC (VEF1 1.01+/-0.52 L / idade 67+/-12anos). A distncia percorrida no teste de caminha em metros se correlacionou positivamente com resistência ventilatria, expressa em peso (r=0.72) e com VEF1 (r=0.75). Com base nestes resultados conclui-se que a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC correlaciona-se com resistência da musculatura ventilatria.