18 resultados para Relações Profissional-paciente

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O presente estudo teve o objetivo de compreender como é a vivência das mulheres com doenças sexualmente transmissíveis e como elas se percebem no mundo, enquanto portadoras dessas doenças. Caracteriza-se como pesquisa qualitativa fenomenológica, com embasamento teórico filosófico em Martin Heidegger. Foram entrevistadas oito mulheres usuárias de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre. Utilizou-se a entrevista semi-estruturada como instrumento para coleta de dados. Dos sujeitos emergiram dados relativos à descoberta e convivência com o diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis; sentimentos de negação relacionados às doenças e questões de relacionamento interpessoal, destacando-se a relação afetiva sexual, com familiares e comunidade, e a relação das mulheres com os profissionais de saúde. Surgiram também questões relativas aos sinais e sintomas das DST’s que imprimem sua marca nos corpos das mulheres sujeitos do estudo. Acredita-se que os profissionais de saúde ao conhecerem e compreenderem os sentimentos e vivências das mulheres podem proporcionar um atendimento mais efetivo as mulheres portadoras de doenças sexualmente transmissíveis

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Foram estudados 24 pacientes que realizaram Psicoterapia Breve Dinâmica, no ano de 1980, no ambulatório do Centro Psiquiátrico Melanie Klein, com os alunos do 2º ano do Curso de Especialização em Psiquiatria. Procurou-se observar: a) quais foram os resultados obtidos por estes pacientes em psicoterapia; b) qual foi a qualidade da relação paciente-terapeuta; c) se houve ou não uma correlção entre os resultados e a qualidade da relação terapêutica; d) e em que grau contribuíram pacientes e terapeutas para as dificuldades encontradas. Verifico-se que, aproximadamente, 1/3 dos pacientes (29,2%), obtiveram resultados "importantes ou substanciais", com a terapia; 1/3 (33,3%), resultados "parciais", e os demais (37,5%), resultados "mínimos ou nulos". A relação paciente-terapeuta foi considerada "boa, em parte" em 25,0% e com "dificuldades importantes" em 47,1% da amostra. Foi encontrada uma correlação direta e altamente significativa entre os resultados obtidos e as seguintes variáveis : a) qualidade da relação paciente-terapeuta; b) idade dos pacientes; c) e número de sessões realizadas. Observou-se, ainda, que os pacientes tiveram uma evolução significativamente mais favorável e com menos problemas, quando os terapeutas eram do sexo oposto. E, inversamente, as dificuldades foram maiores e o aproveitamento menor quando eram ambos do mesmo sexo. Em 16,7% dos casos, as dificuldades encontradas na relação paciente-terapeuta ocorreram por problemas dos pacientes. Mas em 41,7% dos casos, foram encontradas evidências de que ocorreram dificuldades na relação, também por parte dos terapeutas.

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Este estudo foi desenvolvido, visando identificar a correlação entre os sinais e sintomas prévios, apresentados pelos pacientes, e a ocorrência de sinais e sintomas no decorrer do eco-stress farmacológico, bem como a relação com o protocolo escolhido e o desfecho diagnóstico. O trabalho foi realizado em uma unidade de diagnóstico cardiológico, de um Hospital Universitário de Porto Alegre – RS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de cárater exploratório descritivo, em que foi realizado um estudo retrospectivo dos registros dos exames, em duzentos e quarenta e seis fichas dos pacientes, submetidos ao eco-stress farmacológico, no período de junho de 1997 a julho de 1999. Os dados foram classificados, de acordo com os protocolos farmacológicos, utilizados na unidade aonde foi realizada a pesquisa, dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast, dipiridamol e dobutamina. Das fichas, que fizeram parte da amostra, constaram cento e três pacientes (41,9%) do sexo feminino e cento e quarenta e três (58,1%) do sexo masculino. O maior número de pacientes foi submetido ao protocolo dipiridamol ultrafast, com 131 pacientes, seguido de 89 indivíduos submetidos ao teste com dobutamina. A mediana da idade dos sujeitos, submetidos ao eco-stress, foi de sessenta anos. A angina foi o sintoma, relatado com maior freqüência pelos pacientes, na entrevista que antecede o exame, constatado em 66,6% das fichas, seguido pela queixa de dor precordial em 16,8%. Houve correlações estatisticamente significativas entre os sinais e sintomas: angina, dor precordial, cansaço e cefaléia, apresentados antes e durante o exame, no grupo de pacientes que fez o teste com dipiridamol ultrafast. Nos pacientes submetidos ao protocolo com dobutamina, para angina e ocorrência de extrassístoles ventriculares. Não houve correlações estatisticamente significativas para os sinais e sintomas e o desfecho positivo e negativo para isquemia. As diferenças entre as médias dos valores da pressão arterial sistólica, diastólica e da freqüência cardíaca, antes e durante a realização do eco-stress, foram estatisticamente significativas nos protocolos dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast. Estes achados contribuíram para prática da enfermeira que atua no eco-stress farmacológico e poderão ser utilizados por enfermeiras que venham a desenvolver suas atividades em instituições que aplicam este método diagnóstico.

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O estudo tem por objetivo identificar a utilização das tecnologias leves nos processos gerenciais do enfermeiro e sua interferência na produção do cuidado.Entende-se por tecnologias leves as tecnologias das relações, como o acolhimento, o vínculo, a autonomização, responsabilização, entre outros. Trata-se de um estudo de caso de abordagem qualitativa, cujos sujeitos do estudo foram enfermeiros do setor de internação de um hospital geral. A coleta de dados foi realizada através da observação livre, no período de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003 e os dados foram analisados através da abordagem dialética e classificados em estruturas de relevância. A análise de dados permitiu identificar o acolhimento e o vínculo como tecnologias leves presentes no universo gerencial do enfermeiro. No entanto, foram observadas também situações de não acolhimento e ausência de vínculo, tendo em vista que o uso das tecnologias leves acontece de forma distinta para os diferentes sujeitos envolvidos nos processos de trabalho, assim como nos diferentes momentos de interações entre eles Esse fato imprime características dinâmicas, de irregularidade e contraditoriedades nos processos de trabalho em saúde, assim como no cuidado enquanto resultado esperado desses processos. Concluiu-se que o enfermeiro produz e promove o cuidado humanizado ao utilizar as tecnologias leves. São propostas intervenções direcionadas a possibilitar reflexões pertinentes aos processos de trabalho, com o objetivo de subsidiar os processos gerenciais do enfermeiro com elementos úteis à humanização do cuidado. Descritores: cuidados de enfermagem/ organização e administração; serviços de enfermagem; administração de serviços de saúde; relação enfermeiro – paciente.

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O estudo busca compreender o significado do cuidado para a equipe de Enfermagem no estar-com o ser-criança que convive com AIDS - sob o olhar da Teoria de Enfermagem Humanística de Paterson e Zderad. Constitui-se em um estudo qualitativo com abordagem existencial fenomenológica, que utiliza, para coleta de informações, a entrevista semi-estruturada, proposta por Triviños. Para análise das informações, fundamenta-se na abordagem hermenêutica proposta por Motta e Crossetti, à luz de Ricoeur. O estudo se desenvolveu em uma Unidade de Internação Pediátrica e teve, como informantes, quatro enfermeiros e quatro auxiliares de Enfermagem. Desvelaram-se nos discursos três temas e seus respectivos sub temas: Existencialidade do ser-criança que convive com AIDS, com os subtemas Ser-no-mundo-com-o-outro; Expressividade no mundo do cuidado; Temporalidade e historicidade; O estar-com do ser-familiar e O ser-familiar como um ser de cuidado. Expressividade do cuidado: ser, saber e fazer compartilhado e seus subtemas: O cuidar como um ato de vida; Cuidado autêntico; O encontro vivido e dialogado; Cuidar de si como abertura ao encontro de cuidado; A aproximação da maternagem; O aproximar o mundo do hospital do mundo da criança e A atitude de compaixão. O vivenciar e o experienciar a facticidade do ser humano com os subtemas: O conviver com a finitude do ser e A ética no cuidado.

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Este estudo visa a desvelar os elementos teóricos presentes no encontro de cuidado entre o enfermeiro e a criança doente hospitalizada, tendo como referencial teórico a Teoria Humanística de Enfermagem de Paterson e Zderad. Utilizou-se a pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica e a análise hermenêutica de Paul Ricoeur. O estudo desenvolveu-se no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O grupo de participantes do estudo foi composto por oito enfermeiras das unidades de internação e unidade de tratamento intensivo pediátricas (UTIP). Para coleta das informações foi utilizada a entrevista semi-estruturada proposta por Triviños. Na análise das informações e o desvelamento do fenômeno, elementos teóricos do encontro de cuidado ao Ser criança doente hospitalizada, utilizou-se a abordagem hermenêutica de Ricoeur e os passos proposto por Motta e Crossetti. Os elementos teóricos, emergidos do encontro de cuidado desvelaram os seguintes temas e subtemas: do tema SER CRIANÇA NO MUNDO DO CUIDADO emergiram os subtemas: o Ser criança como presença de cuidado; compartilhando experiências no adoecer e no cuidar; e aproximando o mundo do Ser criança ao mundo do hospital Do tema SER ENFERMEIRO NO ENCONTRO GENUÍNO emergiram os subtemas: percebendo o Ser criança doente hospitalizada; vivenciando sua existencialidade; cuidando em “com-unidade” com a família; aproximando-se da função materna; o “estar-com” na intersubjetividade do cuidado; compromisso autêntico e o ser cuidado; e o tema “NÓS”: SER ENFERMEIRO E SER CRIANÇA. O desvelar dos elementos teóricos apontam para diferentes maneiras de pensar o cuidar/cuidado ao Ser criança doente hospitalizada, e levam a um caminho do saber e fazer enfermagem, através do encontro genuíno e pela presença ativa de cuidado.

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Este estudo busca compreender as dimensões do processo de cuidar na enfermagem, sob o olhar das enfermeiras, em uma realidade hospitalar. A investigação caracteriza-se como um estudo qualitativo com abordagem fenomenológica. A pesquisa desenvolveu-se em um hospital geral, de médio porte, localizado em uma cidade da região norte do Estado do Rio Grande do Sul. As participantes foram oito enfermeiras assistenciais; o instrumento utilizado para a coleta das informações foi à entrevista semi-estruturada e para a análise dos discursos utilizou-se a hermenêutica de Paul Ricoeur. As dimensões do processo de cuidar na enfermagem desvelaram os seguintes temas e subtemas: o mundo do cuidado: organização, gerenciamento e competência técnica; o processo de enfermagem; a humanização do cuidado: estar com o ser cuidado no mundo do cuidado, respeitando o ser cuidado na sua singularidade, construindo uma relação dialógica e (des)conhecendo o cuidado humanizado; o estar com o cuidador no mundo do cuidado: o ser aí do cuidador de enfermagem, compartilhando tomadas de decisões, compartilhando saberes e construindo uma relação de cuidado; o vir-aser no mundo do cuidado. Ao compreender as dimensões do processo de cuidar na enfermagem, desvelou-se o mundo do cuidado vivido pelas enfermeiras na instituição pesquisada, caracterizado por ser um ambiente com nuanças próprias, no qual o processo de cuidar se apresentou multifacetado. O encontro de cuidado autêntico entre os seres que ali coabitavam se manifestou a partir da compreensão do ser humano enquanto ser único, capaz de compartilhar suas vivências e experiências no cotidiano de cuidado.

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A presente pesquisa, realizada sob a forma de estudo de caso, objetiva caracterizar as relações existentes entre a estrutura e as estratégias no âmbito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI. A URI caracteriza-se como uma universidade comunitária, multicampi, de característica eminentemente regional e integrada, originada da associação de Escolas Isoladas de Ensino Superior, localizada no Interior do Rio Grande do Sul, com Campi em Erechim, Santo Ângelo, Frederico Westphalen e Santiago, além de extensões em São Luiz Gonzaga e Cerro Largo. As estruturas foram estudadas utilizando-se as variáveis configuração estrutural, níveis de tomada de decisão e complexidade. Já as estratégias foram estudadas no sentido de identificar os tipos predominantes na organização e como estas são formadas. Caracterizada por uma gestão acadêmica única, embora com descentralização administrativa, o estudo conclui que a estratégia inicial de criação da universidade determinou a forma de organização estrutural, e que esta organização, que alocou substantiva autonomia para os Campi, configura-se como uma estrutura organizacional do tipo divisionalizada, com características de burocracia profissional do tipo racionalburocrática. As estratégias podem ser denominadas como do tipo guarda-chuva, em que as linhas gerais são deliberadas, e os detalhes passam a emergir no decorrer do percurso. O estudo propõe uma reconfiguração estrutural e estratégica que respeite as características de individualidade da organização, mas que consiga inseri-la numa perspectiva moderna de organização, buscando criar condições de inserção num novo momento, em que as organizações precisam ser menos hierarquizadas e mais inovativas.

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O desligamento por idade de mão-de-obra qualificada, tema deste trabalho, traz em si inúmeras e complexas variáveis relativas ao modelo educacional da sociedade, voltado para a preparação do exercício profissional; ao capital intelectual, como recurso mais importante e vital para o futuro das organizações no mundo pós-capitalista e pós-industrial; ao aumento do índice de longevidade da população e declínio das taxas de natalidade, indicando significativa elevação da idade média da população economicamente ativa; às dificuldades da previdência social, tornando a demanda por previdência privada cada vez maior; ao debate sempre presente sobre o adiamento ou antecipação da idade de aposentadoria; às repercussões destas e de outras questões correlatas para as organizações; e ao próprio indivíduo que precisa preparar-se psicológica e economicamente para o fato. Mas a força de trabalho qualificada, nesse intricado cenário, deverá encontrar formas para, em sua aposentadoria, poder usufruir das vantagens e benefícios merecidos, em função de sua dedicação e atuação profissionais emprestadas à sociedade. Nessa missão, deverá ter o apoio da própria sociedade, da organização e da família, para conseguir formar a base constituída por previdência social, previdência privada, poupança pessoal e trabalho pontual que lhe permita viver, principalmente, os sonhos acalentados, talvez, por longos e duros anos. Para ajudar nessa tarefa, no que tange à força de trabalho da RBS, o presente estudo dedicou-se, justamente, a refletir e pesquisar sobre quais são as demandas pessoais e organizacionais para um consistente, efetivo e prazeroso processo de desligamento de colaboradores por idade, com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do processo decisório da empresa, quanto à implementação de políticas e práticas de desligamento de colaboradores por idade. Os procedimentos metodológicos utilizados foram de estudo de caso de natureza exploratória A documentação de base para o estudo foi indireta, utilizando-se pesquisa bibliográfica e a base documental da RBS sobre o tema. A documentação, em base direta, foi possibilitada pela aplicação de questionários e entrevistas realizadas junto a três tipos de respondentes – aposentados pela RBS Prev, colaboradores que estão a cinco, dez, quinze e vinte anos da aposentadoria, e gestores da RBS –, elementos de amostras não-probabilísticas escolhidos por julgamento, representativas das respectivas populações. O período de análise considerado iniciou-se em 1997, ano da instituição da RBS Prev, e estendeu-se até junho de 2001, mês em que foi realizada a coleta de dados, através de questionários e entrevistas. A interpretação dos resultados teve por base uma análise de caráter qualitativo, utilizando-se a análise de conteúdo. As referências teóricas abordam as relações de trabalho, contemplando aspectos da administração de recursos humanos, das transformações no mundo do trabalho e do desligamento e manutenção de mão-de-obra jovem e com idade avançada, além do resgate dos valores, das estratégias de recursos humanos e das relações de trabalho da RBS. Os resultados obtidos permitiram perceber a opinião dos aposentados pela RBS Prev, as expectativas dos que estão a cinco, dez, quinze e vinte anos da aposentadoria e a visão dos gestores sobre o processo de desligamento por idade da RBS.

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Nesta dissertação organizo e registro os resultados de minha pesquisa, cujo tema central é a Educação Profissional, mas que me proporcionou incursionar por diferentes aspectos da crise societária contemporânea a fim de compreender a realidade da educação profissional em sua origem e seu desenvolvimento, no contexto da totalidade sócio-histórica em que está inserida. Nesta pesquisa, focalizo a Educação Profissional de nível técnico, investigando as repercussões da Reforma da Educação Profissional brasileira sobre as atividades pedagógicas desenvolvidas na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, situada em Novo Hamburgo – RS. De modo geral, me pergunto sobre como as mudanças ocorridas no mundo do trabalho estão impactando esta escola. Investigo como essa instituição vem se constituindo no âmbito da educação profissional, como está de adaptando ou resistindo às exigências da nova LDB, às demandas oriundas da reestruturação do setor produtivo e às aspirações de seus professores e alunos. Entrevisto professores desta comunidade, procurando apreender, entre outras coisas, como estão concebendo as relações entre educação e trabalho e, em particular, como articulam a necessidade de formação geral e formação específica, especialmente após a promulgação da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) e do Decreto nº 2208/97 que institui a Reforma da Educação Profissional Analiso as propostas desta instituição, através das falas de seus professores, de pesquisa documental e observação participante. O enfoque metodológico que utilizo é de natureza qualitativa e dialética. Analiso as alternativas que esta escola construiu como tentativa de responder às demandas, dirigidas à Escola Técnica, advindas das transformações do mundo do trabalho. Entre estas alternativas, encontra-se a concepção de formação integral. A escolha deste tema surgiu a partir de minha experiência profissional na referida escola, onde exerço atividade docente há 14 anos. Os resultados encontrados evidenciam contradições e disputas, no campo ideológico, entre diferentes projetos e concepções de educação profissional. Diferentes orientações ético-políticas coabitam o cotidiano escolar , as práticas e falas dos professores. Procuro oferecer subsídios que possam contribuir para aprimorar as atividades desenvolvidas na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, à serviço da comunidade, e orientar a formulação de políticas públicas para a educação profissional no Rio Grande do Sul, mas são necessários, ainda, outros estudos. O texto está organizado em quatro capítulos. Na introdução, inicio com uma delimitação dos aspectos da educação profissional que enfoquei e do contexto no qual o problema se insere. Na primeiro capítulo comento os estudos já realizados nesta área, em especial dissertações e teses. No segundo capítulo desenvolvo alguns conceitos e categorias teórico-metodológicas que orientam o estudo. No terceiro capítulo descrevo, interpreto e analiso os resultados encontrados, agrupando-os nos seguintes aspectos: a) mudanças no mundo do trabalho, impactos sobre a escola e demandas das empresas; b) a formação integral atualmente desenvolvida na Fundação Liberato . No quarto capítulo faço considerações finais, apresentando algumas conclusões e sugestões.

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O objeto deste estudo é analisar os resultados do Plano Nacional de Formação Profissional (PLANFOR), com sua forma no Rio Grande do Sul – o “Qualificar” no período de 2000 a 2002, envolvendo os gestores das políticas e os alunos adultos dos cursos, conformando um estudo de caso na cidade de Pelotas. A metodologia qualitativa implementada é de caráter etnográfico, através da conformação de uma amostra com alunos e alunas egressos do curso Integrar, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, e do programa Coletivos de Trabalho, executado pelo próprio governo estadual, registrando, em diários de campo, as visitas aos alunos e às alunas nos seus locais de moradia, e a participação de algumas de suas atividades pedagógicas, organizativas. Também são realizadas entrevistas com os gestores estaduais, municipais e instituições executoras dos cursos, e aplicados questionários nos integrantes dos Coletivos de Trabalho, considerando a concepção e a efetivação das políticas pelos gestores e os efeitos dessas na vida dos desempregados, alunos dos cursos. O levantamento empírico orientou a escolha dos ordenadores teóricos, transitando por autores do campo da Educação, Antropologia, Filosofia, História e Sociologia, tais como: Georges Balandier, Norbert Elias, Alberto Melucci, Rodolfo Kusch, Robert Castel, respeitando as especificidades das contribuições teóricas para o objeto de estudo. Os direitos trabalhistas, a carteira de trabalho enquanto constructos modernos de nosso idiossincrático Estado de bem – estar social representavam uma certa seguridade para o trabalhador, que atualmente se encontra de luto pela perversidade da perda de tal condição, de luto pela carteira de trabalho não- assinada O desempregado, a desempregada, ao participarem dos cursos do Qualificar, vivenciam um processo de fagocitação do estar desempregado, enquanto figura de desordem na ordem do emprego, de luto pela carteira de trabalho - não assinada, para o estar desempregado na luta cotidiana pela garantia de sua sobrevivência. A condição do ser e do estar mulher representa um agravante da desordem, estando ela potencialmente aberta para alternativas cooperativas, associativas de geração de trabalho e renda. O ser e o estar pentecostal, umbandista, e, a partir desses credos religiosos, a constituição de éticas religiosas que corroboram com os resultados das políticas públicas; o ser e o estar negro em uma região de herança escravista, aristocrática, com a presença marcante do latifúndio pastoril; dormir para vencer refeições; participar do Movimento dos Trabalhadores Desempregados na busca de linguagens e símbolos próprios em função de seu caráter inédito, tudo isso se constitui como possibilidade de produção e reprodução do ser e do estar desempregado, na perspectiva da ética do cuidado ou na sua ausência. A efetivação de políticas públicas estatais em Educação Profissional, enquanto uma procura incessante da ordem presente na desordem do desemprego, ocorre em uma conjuntura histórica em que, paradoxalmente, o êxito do capital, a complexidade e gravidade dos problemas sociais parecem inibir superações, reconhecendo a possibilidade de novas relações de trabalho que privilegiem o cuidado, a solidariedade, novas formas do ser e do estar no mundo.

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Esta pesquisa investigou relações entre interesses vocacionais e o desenvolvimento psicossocial e de carreira na vida adulta. A tipologia de interesses vocacionais de J. Holland, hegemônica no campo da psicologia vocacional, considera a escolha da carreira como expressão direta da personalidade. O modelo propõe seis tipos de interesse ou fatores de personalidade vocacional: realista, investigativo, artístico, social, empreendedor e convencional. Holland sugeriu que as preferências vocacionais estão relacionadas à diferenças em capacidades e disposição para fazer transições de carreira. O mercado de trabalho atual requer profissionais adaptáveis e capazes de gerenciar as suas carreiras. Estes comportamentos podem ser descritos através dos conceitos de comprometimento e entrincheiramento de carreira. O comprometimento inclui a identificação com o trabalho e o planejamento da carreira. O entrincheiramento refere-se à imobilização do sujeito numa ocupação devido a falta de alternativas de carreira e ao medo da mudança. Adultos na meia-idade são propensos ao entrincheiramento devido a restrição de suas oportunidades de crescimento profissional neste período. É também nesta época que surgem as preocupações generativas. A generatividade significa o envolvimento do indivíduo com o bem-estar das próximas gerações e o seu desejo de ser lembrado na posteridade. Diferenças de personalidade têm sido associadas à adaptabilidade de carreira e à generatividade. Esta pesquisa investigou relações entre personalidades vocacionais, comportamentos de carreira e generatividade na vida adulta. Participaram do estudo 733 profissionais (415 homens e 318 mulheres) com idades entre 25 e 65 anos e com, no mínimo, 5 anos de carreira profissional. Os sujeitos responderam a medidas de interesses vocacionais, generatividade, comprometimento com a carreira e entrincheiramento na carreira. A generatividade correlacionou positivamente com o comprometimento e negativamente com o entrincheiramento. Tipos convencionais revelaram menor generatividade em comparação com artísticos, sociais e empreendedores. Na adultez média, tipos investigativos mostraram maior entrincheiramento do que empreendedores e realistas. Tipos empreendedores mostraram maior planejamento de carreira do que realistas e sociais. Os resultados indicaram que a adaptabilidade de carreira e a generatividade estão relacionadas a tipos de interesse vocacional, corroborando a importância de fatores de personalidade para o entendimento do desenvolvimento adulto. As implicações teóricas e práticas são discutidas. Palavras-chave: interesses vocacionais, generatividade, carreira.

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Estudei a formação do técnico e do tecnólogo em viticultura e enologia, em nível médio e superior, respectivamente, do CEFET-BG/RS, partindo da tese, surgida das experiências diretas com o objeto de estudo e das pesquisas e literatura em geral, realizadas sobre a educação profissional, que os ensinamentos, práticas, e formação em geral concretizados na escola não eram os esperados, relativamente, como satisfatórios, pelas empresas. Meu estudo, de natureza qualitativa, dialética materialista, Estudo de Caso, partiu da análise do concreto sensível para descobrir a “prioridade ontológica” desse processo de formação dos técnicos e tecnólogos. Detectado o currículo como essa realidade prioritária, busquei sua origem e desenvolvimento contraditório, mostrados no trabalho. Em seguida, com os fenômenos materiais em estudo, apoiada na categoria de totalidade, destaquei suas ligações e relações. Determinei a população e a amostra e decidi realizar a reunião das informações empregando a entrevista semi-estruturada, a observação semidirigida, o grupo de discussão e análise de documentos. A descrição, interpretação, explicação e compreensão das informações a realizei em dois momentos. Um, de natureza empírica, na qual permitiu-me classificar as informações em cinco tipos de categorias empíricas: em relação às condições materiais e técnico-pedagógicas do CEFET; dos professores; dos alunos estagiários; dos egressos e dos empresários. Em seguida dois, rompendo as fronteiras das categorias empíricas, desenvolvi o estudo empregando as categorias do materialismo dialético e do materialismo histórico, que já estavam presentes na primeira etapa de meu estudo, integradas especialmente pelos materiais que havia organizado na fase de projeto da tese. Nessa primeira etapa, como ao longo de todo o processo de pesquisa, ressaltei a presença dominante do modo de produção capitalista que dava o tom fundamental a todos os fenômenos, de modo singular, na organização do currículo.

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A dissertação apresenta a educação profissional em saúde como cenário e nascente de relações de trabalho, de ensino e de cuidado à saúde. A produção de conhecimento engendrada revela uma educação profissional com potência de mutação dos valores da racionalidade hegemônica para os valores de singularização do trabalho e dos trabalhadores. O estudo ocupou-se do ensino técnico em saúde propondo entender que seu processo de formação guarda interferências entre a gestão do sistema de saúde, a organização do processo de trabalho nos serviços deste setor e o ordenamento do ensino para suas profissões. O trabalho de escrita e produção de conhecimento foi inovador e original, posto que proposto como a arte em mosaico. O mosaico revelou-se como dispositivo para a exploração das possibilidades e dos efeitos de encontro entre educação, saúde, trabalho e educação em saúde. A metodologia utilizada foi a cartografia, produzindo-se imagem e informação tanto científico-racional, como sensível-vivencial. A problematização de imagens, conceitos e experiências do trabalho e da educação na saúde detectou importante contribuição da educação profissional na mutação da divisão técnica e social das ocupações neste setor, contribuindo para a mudança nos indivíduos, coletivos e instituições, quando organizados para a produção.

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Esta dissertação coloca-se no campo de discussão sobre trabalho e subjetivação. Neste campo, especificamente, enfoca-se a temática da reabilitação profissional de trabalhadores hospitalares. A escolha do tema foi motivada pela minha trajetória como psicóloga do trabalho vinculada a estes trabalhadores e instigada pelo desafio cotidiano da prática em busca de ferramentas teórico-reflexivas que instrumentalizem e ampliem as possibilidades de intervenção. Esta temática aborda o hospital como um campo de práticas e o adoecimento do trabalhador como acontecimento/ruptura. Este estudo se configurou como uma pesquisa-intervenção junto aos trabalhadores em processo de reabilitação profissional no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Através do grupo, como um dispositivo, buscamos a construção coletiva do conhecimento acerca da vivência da reabilitação profissional, acompanhando os movimentos de fixidez e ruptura nas trajetórias destes trabalhadores. Percorrendo os caminhos apontados por eles, fomos levados à problematização da constituição do sujeito fundamentada, sobretudo, no pensamento foucaultiano e nas contribuições de Butler (1997). Ainda, tomando estas referências, abordamos as relações de trabalho enquanto relações de poder e os modos de sujeição produzidos no âmbito do trabalho. O rompimento com o trabalho pelo adoecimento e seus efeitos na vida dos trabalhadores foram analisados com base na noção de ruptura-acontecimento de Carreteiro (2003). As experiências dos trabalhadores demonstraram que os fluxos desta trajetória organizam-se como jogos num campo de luta onde é possível produzir interdições, rupturas e protagonismos. Estar em reabilitação significa, sobretudo, espera e dependência. Estes sentimentos evocam a trajetória de trabalho e de trabalho no hospital, demonstrando que a dependência já se formulava na disciplinarização trazida pelo trabalho. Sair do lugar de trabalhador em reabilitação significa repensar a condição mesma de trabalhador, de modo a redefinir projetos e modos de viver.