6 resultados para Relações Públicas

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O objetivo geral deste trabalho analisar as relações existentes entre o capital social e as polticas públicas. Especificamente, pretende-se avaliar a capacidade de uma poltica pblica brasileira em induzir a formao do capital social. Sendo esta poltica a Linha Infra-estrutura e Servios aos Municpios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Fundando-se nas concepes de WOOLCOCK (1998), avalia-se que o capital social uma noo terica dinmica e multidimensional, ocorrendo, portanto, vrios tipos (institucional, extra-comunitrio e comunitrio) e dimenses (enraizamento e autonomia) de capital social. Conclui-se que o capital social ainda no um conceito definido. Mas considera-se que um arcabouo terico emergente, com expressiva possibilidade de utilizao nos estudos que procurem entender a importncia das relações sociais no processo de desenvolvimento. Parte-se de uma crtica concepo de capital social presente na obra de PUTNAM (1996). Avalia-se que o capital social no formado apenas pelos atributos culturais, determinados historicamente, de uma dada populao. O Estado tambm cumpre uma importante funo protetora ou coercitiva que contribui para a formao do capital social social. Defende-se, inclusive (e de acordo com EVANS) que o Estado deve ter uma forma de atuao que seja mais ativa para a induo a formao do capital social, principalmente entre populaes mais empobrecidas. So apresentadas experincias latino americanas de polticas públicas, que conseguiram xito na induo a formao do capital social. A anlise destas experincias evidenciaram que, em polticas públicas que visem descentralizao, o Governo central cumpre um papel primordial na proteo ao capital social emergente das populaes pobres, em relao aos interesses dominantes das elites locais. E foi a adequada estratgia operacional destas polticas que permitiu que elas alcanassem tais objetivos Os principais mecanismos operacionais que estas polticas utilizaram para o seu sucesso foram a publicizao, a formao e a capacitao, a proteo aos conselhos gestores locais e a presena de funcionrios pblicos, ao nvel local, que cumpriam a funo da autonomia inserida. A Linha Infra-estrutura e Servios aos Municpios do PRONAF, que o objeto desta investigao, avaliada neste trabalho somente em relao capacidade que possui em induzir a formao dos vrios tipos e dimenses do capital social. As fontes empricas utilizadas foram as vrias pesquisas, estudos e relatrios de campo j elaborados sobre este programa. A hiptese bsica de pesquisa foi comprovada e permitiu concluir que esta poltica pblica tm uma baixa capacidade de induo a formao do capital social, especialmente o tipo institucional. Prope-se a adoo de mecanismos operacionais em polticas públicas descentralizadas, ao moldes da Linha Infra-estrutura do PRONAF, com o objetivo de se buscar induzir a formao do capital social. E, por ltimo, defende-se a importncia da utilizao de polticas públicas descentralizadas e da noo terica sobre o capital social nas estratgias de desenvolvimento rural para o Brasil.

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O objetivo desta pesquisa verificar se a cultura organizacional e os interesses organizacionais atuaram como fonte de resistncia ou de aceitao mudana estrutural implementada na Brigada Militar do Rio Grande do Sul, no perodo de 1994 a 1997. Para este estudo de caso, utilizou-se como amostra integrantes do grupo de Comando, do grupo da Associao dos Oficiais, do grupo da Associao dos Subtenentes e Sargentos e do grupo da Associao dos Cabos e Soldados, totalizando 24 pessoas. Os dados foram obtidos junto a fontes primrias e secundrias, por meio de entrevistas semi-estruturadas e mediante a consulta a documentos institucionais e das Associaes. A anlise dos dados foi efetuada de forma descritivo/interpretativa. Para tanto, utilizou-se, para avaliao dos dados, visando a sua descrio e interpretao, a tcnica de anlise de contedo de Bardin (1979), bem como a tcnica de anlise documental, visando a subsidiar a compreenso dos dados coletados. A mudana estrutural implementada pela Lei n 10.990/97 foi investigada a partir do exame da configurao dos componentes do arcabouo existente no perodo anterior, implementado pela Lei n 7.556/81. A cultura organizacional foi abordada pela identificao dos valores, e as relações de poder pelos interesses compartilhados entre os integrantes dos grupos amostrais. Os resultados do presente estudo revelaram que os valores conduziram aceitao parcial da mudana no arranjo formal ou estrutural por parte dos integrantes dos grupos das associaes e, em maior grau, pelos integrantes do grupo de comando. J a configurao dos interesses mostrou ter existido uma resistncia parcial dos grupos das associaes. Nestes termos, conclui-se que a cultura organizacional atuou como fonte de aceitao mudana estrutural, enquanto que os interesses constituram-se em fontes de resistncia ao processo implantado na organizao no perodo focalizado.

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O objeto deste estudo analisar os resultados do Plano Nacional de Formao Profissional (PLANFOR), com sua forma no Rio Grande do Sul o Qualificar no perodo de 2000 a 2002, envolvendo os gestores das polticas e os alunos adultos dos cursos, conformando um estudo de caso na cidade de Pelotas. A metodologia qualitativa implementada de carter etnogrfico, atravs da conformao de uma amostra com alunos e alunas egressos do curso Integrar, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Alimentao, e do programa Coletivos de Trabalho, executado pelo prprio governo estadual, registrando, em dirios de campo, as visitas aos alunos e s alunas nos seus locais de moradia, e a participao de algumas de suas atividades pedaggicas, organizativas. Tambm so realizadas entrevistas com os gestores estaduais, municipais e instituies executoras dos cursos, e aplicados questionrios nos integrantes dos Coletivos de Trabalho, considerando a concepo e a efetivao das polticas pelos gestores e os efeitos dessas na vida dos desempregados, alunos dos cursos. O levantamento emprico orientou a escolha dos ordenadores tericos, transitando por autores do campo da Educao, Antropologia, Filosofia, Histria e Sociologia, tais como: Georges Balandier, Norbert Elias, Alberto Melucci, Rodolfo Kusch, Robert Castel, respeitando as especificidades das contribuies tericas para o objeto de estudo. Os direitos trabalhistas, a carteira de trabalho enquanto constructos modernos de nosso idiossincrtico Estado de bem estar social representavam uma certa seguridade para o trabalhador, que atualmente se encontra de luto pela perversidade da perda de tal condio, de luto pela carteira de trabalho no- assinada O desempregado, a desempregada, ao participarem dos cursos do Qualificar, vivenciam um processo de fagocitao do estar desempregado, enquanto figura de desordem na ordem do emprego, de luto pela carteira de trabalho - no assinada, para o estar desempregado na luta cotidiana pela garantia de sua sobrevivncia. A condio do ser e do estar mulher representa um agravante da desordem, estando ela potencialmente aberta para alternativas cooperativas, associativas de gerao de trabalho e renda. O ser e o estar pentecostal, umbandista, e, a partir desses credos religiosos, a constituio de ticas religiosas que corroboram com os resultados das polticas públicas; o ser e o estar negro em uma regio de herana escravista, aristocrtica, com a presena marcante do latifndio pastoril; dormir para vencer refeies; participar do Movimento dos Trabalhadores Desempregados na busca de linguagens e smbolos prprios em funo de seu carter indito, tudo isso se constitui como possibilidade de produo e reproduo do ser e do estar desempregado, na perspectiva da tica do cuidado ou na sua ausncia. A efetivao de polticas públicas estatais em Educao Profissional, enquanto uma procura incessante da ordem presente na desordem do desemprego, ocorre em uma conjuntura histrica em que, paradoxalmente, o xito do capital, a complexidade e gravidade dos problemas sociais parecem inibir superaes, reconhecendo a possibilidade de novas relações de trabalho que privilegiem o cuidado, a solidariedade, novas formas do ser e do estar no mundo.

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H diferenas significativas nos nveis de fluncia digital entre os alunos da Rede Pblica de Ensino de Porto Alegre em funo de suas diferentes condies de acesso e utilizao de computadores, conectividade e sociabilidade. Utilizamos uma amostra de 430 casos obtidos em 19 escolas da Rede Pblica de Ensino com o objetivo de mapear as relações tecidas na rede de interaes entre agentes humanos e no-humanos que compem o entorno das Escolas Estaduais de Ensino Mdio. Para reconstituirmos as mltiplas relações que se estabelecem no processo de produo do conhecimento, utilizamos a idia de rede sociotcnica, principalmente, no que se refere a interesses polticos, econmicos e sociais dos grupos envolvidos, evitando, sobretudo, luz de tal abordagem, a dimenso meramente instrumental da cincia. Trabalhamos com mtodos estatsticos para o estabelecimento de indicadores de acessibilidade, usabilidade, interconectividade, sociabilidade e fluncia no uso do suporte informtico. O conceito weberiano de tipo ideal serviu de subsdio construo de parmetros de anlise. Com o uso deste aporte metodolgico-conceitual estabelecemos distncias existentes entre os diferentes pontos dessa rede de interaes. Os indicadores permitiram identificar sete nveis distintos de fluncia digital entre os alunos, sendo dois relacionados acessibilidade (No Fluentes I e II), dois usabilidade do suporte e da Internet (No Fluentes III e IV) e trs relativos ao nvel de domnio que estes possuem com relao utilizao do suporte informtico (Fluente no Suporte Informtico; Fluente Potencial; Fluente no Uso do Suporte Informtico e das Tecnologias da Informao e Comunicao).

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Este estudo ocupou-se da avaliao dos impactos socioambientais gerados pela implementao de polticas públicas de cunho ambiental como o caso do Subprograma Manejo e Controle da Contaminao por Agrotxicos, inserido no Programa para o Desenvolvimento Racional, Recuperao e Gerenciamento Ambiental da Bacia Hidrogrfica do Guaba Pr-Guaba. A proposio metodolgica de um estudo analtico comparativo, considerando o espao temporal entre dois momentos distintos do subprograma, valendo-se da construo de ndices de sustentabilidade para as dimenses ambiental e social. A determinao dos indicadores de sustentabilidade usados como instrumentos de avaliao quantitativa e qualitativa, respeitadas as limitaes impostas pelo estudo e pelo objeto de anlise, demonstrou ser pertinente, mesmo que no tenha permitido uma anlise das mltiplas dimenses de sustentabilidade passveis de considerao em estudos deste tipo. No transcorrer da anlise pde-se identificar elementos que apontam para a priorizao das aes do subprograma no componente conservao de solo e a opo por prticas que podem garantir incrementos de produtividade, refletindo o carter produtivista da proposta, estabelecendo-se uma viso dicotmica entre sociedade e natureza, sem o devido estabelecimento de relações de interdependncia entre os problemas sociais e ambientais. Considerando os aspectos socioambientais, a educao ambiental surgiu como um elemento de destaque na percepo dos atores envolvidos, mesmo diante dos escassos recursos financeiros destinados a este componente. A anlise evidencia a necessidade de incorporao de alguns pressupostos inovadores no sentido de tornar o programa mais eficiente, para que possa desempenhar adequadamente os objetivos que lhe foram atribudos enquanto poltica pblica.

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A presente dissertao aborda as concepes sobre o sujeito professor/a evidenciadas nas falas dos sujeitos da pesquisa, alunos e alunas que freqentam a 6 srie do ensino fundamental em escolas públicas municipais e estaduais de Porto Alegre. Atravs da constituio de um grupo de conversao, metodologia de pesquisa qualitativa, oito participantes puderam interagir em encontros presenciais, mediados por dinmicas que provocaram-nos a falar e expressar suas concepes e vivncias sobre professores/as, interagindo entre si, confrontando argumentos e posies. Optou-se pela metodologia do grupo de conversao, atendendo s intenes da pesquisa, no sentido de possibilitar a escuta e registro das falas dos prprios alunos e alunas. O termo concepo entendido como o conjunto de conhecimentos, explicaes e idias dos/as alunos relativos experincia de vida, adquiridos na escola e em outros meios sociais, sendo expressos aqui atravs de suas falas sobre o sujeito professor/a. Autores como Miguel Arroyo, Gimeno Sacristn, Philippe Perrenoud, Antnio Nvoa e Paulo Freire constituram o repertrio de questes que problematizaram as falas e possibilitaram descrev-las e analis-las. Os integrantes do grupo de conversao expressaram suas concepes, desde o lugar ocupado por eles/as como alunos e alunas, e das experincias vivenciadas, expressando, ainda, diferentes discursos que circulam fora da escola sobre professores/as. Suas falas se referiram s vivncias escolares e ao convvio com professores/as que tm ou tiveram, do sujeito professor concreto e de suas aes. Estabeleceram relações entre estes sujeitos reais com os possveis, aquilo que gostariam de encontrar nas relações com seus professores/as, usando a imaginao e expressando seus desejos. Demonstraram a necessidade e a importncia da relao positiva com o adulto de referncia, atravs da amizade e ateno que esperam tambm dos professores/as. Apontaram o desejo de mais momentos de proximidade com o professor/a, atravs do dilogo e indicaram rejeitar no a figura que impe limites, mas a autoridade que vem revestida de intransigncia, falta de dilogo, completamente alheia ou distante de seus interesses.