2 resultados para Rato como animal de laboratório Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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XIXA doena do refluxo gastroesofgico (DRGE) comumente afeta o esfago e provavelmente a condio mais prevalente no segmento alto do trato gastrointestinal, acometendo entre 5 e 45% da populao ocidental. A teraputica atual para essa doena alm de medidas gerais e dietticas, inclui tratamento farmacolgico e/ou cirurgia. Ambos podem ser eficazes, mas apresentam elevado custo financeiro. O tratamento com frmacos pode apresentar baixa aderncia medicamentosa e a cirurgia tem baixa, mas no desprezvel, morbidade e mortalidade. Idealmente o tratamento da DRGE deveria ser eficaz, com baixo risco e com baixo custo. Objetivos: 1. Desenvolver um modelo experimental em sunos para o estudo do Refluxo Gastroesofgico atravs da Presso e do Volume de Vazo Gstricos; 2. Avaliar a eficcia do implante endoscpico de PMMA ao nvel do Esfncter Esofgico Inferior (EEI) para aumentar a Presso de Vazo Gstrica, o Volume de Vazo Gstrico e a Presso Basal do EEI; 3. Descrever as reaes histolgicas associadas ao implante de PMMA. Material e Mtodos: Sunos da raa Large White, do sexo feminino com 8 semanas de vida foram estudados no experimento. Foi realizada manometria do esfncter esofgico inferior com registro da presso basal com cateter de perfuso com gua e tcnica de retirada lenta. Calculou-se, tambm, a extenso do EEI. Aps, gastrostomia era realizada com colocao intragstrica da extremidade distal de uma sonda de Foley com trs vias e um cateter de pHmetria esofgica introduzido via oral com o sensor distal posicionado 5 cm acima do bordo superior de esfncter esofgico inferior. Iniciava-se, XXento, a infuso contnua no estmago de uma soluo de HCl a 0,02N com medida e registro simultneos da Presso e do Volume de Vazo Gstricos e do pH esofgico. Definiu-se a Presso de Vazo Gstrica (PVG) e o Volume de Vazo Gstrico quando houve brusca e sustentada acidificao do esfago distal (pH<3). Aps, introduzia-se um tubo metlico (Tubo Introdutor ou TI) via oral e, em seguida, o endoscpio, seguindo ambos at o esfago distal. Cateter de nylon com agulha calibre 16 era introduzido pelo tubo introdutor e o PMMA implantado na rea correspondente ao EEI com uma pistola dosadora volumtrica que permitia a injeo de volumes prdeterminados em 3 ou 4 pontos da submucosa (total por ponto = 0,73 ml de PMMA). As medidas de PVG, VVG e presso basal do EEI foram repetidas aps 28 dias, sacrificando-se os animais e removendo-se esfago mdio e distal, juno esofagogstrica, fundo e corpo gstricos para estudo histolgico. Previamente ao experimento, trs projetos pilotos foram desenvolvidos. O primeiro designado como Projeto Piloto: Refluxo Gastroesofgico por pHmetria de 24H (RGE 24H) buscou a via de acesso transnasal para registro de pHmetria por 24 horas. No segundo, designado Projeto Piloto: Esofagostomia, para confirmao de refluxo gastroesofgico espontneo em sunos da raa Large White, utilizou-se anestesia com associao de tiletamina 125 mg e zolazepam 125 mg em combinao com um sedativo, a xilazina a 2% . A pHmetria foi mantida por 24 horas. Os dados descritos por Kadirkamanathan et al. no foram reproduzidos no nosso laboratório. Optou-se ento pela realizao de um terceiro projeto, Projeto Piloto: Gastrostomia para induzir refluxo gastroesofgico atravs de um modelo experimental e testar a reprodutibilidade da Presso de Vazo Gstrica. Obteve-se sucesso. Resultados: Trinta e sete animais foram estudados em 60 intervenes no Laboratório de motilidade experimental. O projeto piloto RGE:24h foi abandonado aps perda de 5 animais pela anestesia com halotano e, solucionada esta questo, a sistemtica infeco do tecido celular subcutneo nasal, dificultando a manuteno do cateter de phmetria em outros 5 animais. No Projeto Piloto: Esofagostomia, em cinco animais estudados (cada animal em duas ocasies diferentes) no se reproduziram os achados de refluxo espontneo. No terceiro projeto Projeto Piloto: Gastrostomia quatro animais foram estudados em dois momentos diferentes obtendo-se sucesso e reprodutibilidade XXIdos dados. Criado o modelo experimental, quatorze sunos foram submetidos ao experimento com implante endoscpico de PMMA com os seguintes resultados: A mdia dos pesos com 8 semanas de idade foi 14,98 2,43 e 28 dias aps o implante, 20,26 3,68. O ganho ponderal foi considerado normal para a espcie. A Presso de Vazo Gstrica mdia no dia 1 foi 8,08 mmHg e no dia 28, 10,69mmHg (Teste t de Student: t = 2,72 gl = 13 p = 0,017). Os Volumes de Vazo Gstricos mdios foram: 392,86 ml para o dia 1 e 996,71 ml no dia 28 (teste t de Student: t = 11,66 gl = 13 p< 0,001). A Presso Basal do EEI e o comprimento do esfncter, no apresentaram diferenas estatisticamente significativas. PMMA foi identificado como depsitos de grandes vacolos no tecido intersticial ao exame histolgico da juno esofagogstrica associado a histicitos, plasmcitos e presena de clulas gigantes tipo Langhans indicando reao tecidual de corpo estranho em todos os animais. Fibrose e macrfagos com vacolos intracelulares estiveram presentes em menor freqncia. Concluses: 1. O modelo experimental, em sunos, desenvolvido viabilizou o estudo do Refluxo Gastroesofgico atravs da Presso de Vazo Gstrica e Volume de Vazo Gstrico; 2. O implante de PMMA, no presente estudo, aumentou a Presso de Vazo e o Volume de Vazo Gstricos, mas no a Presso Basal do EEI, nem tampouco aumentou o seu comprimento; 3. Depsito de PMMA implantado e evidncia de processo inflamatrio crnico e reao tecidual de corpo estranho foi encontrada no local do implante de PMMA. Macrfagos com vacolos intracelulares e fibrose foram encontrados com menos freqncia.