7 resultados para Protestantes Ritos e cerimônias fúnebres
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
A dana Guarani parte de um contexto ritualstico e mitolgico desta cultura, que se refaz continuamente no cotidiano de sua educao. A compreenso da dana como conhecimento foi se dando na vivncia etnogrfica e fenomenolgica, em cinco aldeias, quatro delas situadas no Rio Grande do Sul, nas seguintes localidades Lomba do Pinheiro, na aldeia Anhentengu; Canta Galo na aldeia Jataity; Riozinho na aldeia Nhumpor; Camaqu na aldeia Iguapor e numa aldeia de Santa Catarina, denominada de Mbiguau. A dana como parte de um rito atualiza o pertencimento emocional e cultural, possibilitando a passagem da esperana em ao. Os princpios da dana Guarani esto situados dentro de uma educao xamnica, na qual corpo e esprito so fontes de aprendizado sensvel, sensorial e reflexivo para um estar saudvel. A alegria uma condio cultivada no desvelar do conhecimento, que com o passar do tempo torna-se sabedoria arandu - aprendizado que se revela ao longo da vida. A face cotidiana da educao das crianas expressa um tipo de aprendizagem vivencial na qual so valorizados o movimento vital e criativo, o contato corporal e a afetividade. Sade, corporeidade, espiritualidade e sentimento so categorias entrelaadas aos sentidos da dana na aprendizagem Guarani e revelam a produo cultural de um sistema de educao que tem a vida como um valor a ser cuidado. Denomino de ritos tanto os espaos da dana, quanto as relaes entre mes e filhos. Estes ritos so fontes de aprendizados que revelam uma gestualidade emocionada dentro de uma corporeidade vivida e acontecem num equilbrio e desequilbrio dentro de uma dinmica cultural que est em movimento, expressa principalmente nos conflitos dos jovens, nas sadas e nos retornos s suas aldeias e nos diversos sentimentos que possuem em relao existncia Guarani. A dana-rito um espao que muitos Guaranis buscam como um encontro com a fora e a clareza para lidar com as ambigidades presentes. Num pulsar entre a criao e a permanncia da cultura, a dana resistncia e caminho de re-significao da identidade Guarani que acontece dentro de um campo de ao coletiva que abarca a ordem e desordem em sua prpria mitologia.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando Mtodo Criativo e Sensvel e, Anlise de Contedo. Objetiva conhecer como a gestante experiencia utilizar a msica no processo de ensino/aprendizado em pr-natal. Foram sete gestantes primparas, vivenciando terceiro trimestre gestacional no pr-natal. O estudo aconteceu na Unidade Bsica de Sade e, no salo paroquial, ambos em Ponta Grossa, Estado do Paran. Para a coleta, utilizou a dinmica de criatividade e sensibilidade denominada dinmica musical; Entrevista semi-estruturada e Observao. Revelaram-se seis categorias e subcategorias, sendo-as: Desvelando Saberes; Ritos e Mitos da Famlia; Corporeidade e seus Significados; Prazer; Percepes e Sentimentos acerca do Convvio no Grupo de Gestantes e Solfejar das Participantes. Os resultados revelaram que a msica foi um recurso facilitador no processo ensino/aprendizado, favorecendo educador/enfermeiro nas atividades educativas, promovendo ambiente interativo e sonoro, propcio formao de vnculos, bem como educandos/gestantes na compreenso do processo gestacional vivido, sendo sujeitos e no objetos na prtica educativa.
Resumo:
Esta dissertao procura compreender como a performance ritual contribui na elaborao e sustentao do ethos carismtico em duas distintas instituies religiosas: a Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil e a Igreja Catlica Apostlica Romana. Para isso, procuro verificar que recursos de performance so acionados no ritual de cada um destes grupos carismticos. Centro a anlise na compreenso de como os artificios da performance agem sobre os participantes do ritual. A fim de alcanar este entendimento, so usados os pressupostos de teorias sobre ritual e performance. Alm de estudar o fenmeno supracitado nas duas igrejas separadamente, esta dissertao prope uma anlise comparativa entre as mesmas. O trabalho foi construdo com base na pesquisa etnogrfica realizada junto a comunidades carismticas das instituies religiosas em referncia, situadas em algumas cidades da Regio Metropolitana de Porto Alegre.
Resumo:
Este trabalho objetiva, luz do referencial terico da Antropologia, descrever os rituais da Administrao de Recursos Humanos levados a efeito na Rede Brasil Sul de Comunicaes S/A (RBS), enfatizando-se os ritos de passagem e as celebraes. Por rito de passagem da Administrao de Recursos Humanos entende-se o processo de admisso de um funcionrio. O recrutamento e a seleo correspondem fase de separao do rito de passagem; o perodo de experincia do funcionrio que aambarca o treinamento de integrao caracteriza a fase de margem; e a efetivao do funcionrio configura a agregao. As festas de final de ano, os jubilados, os 25 anos da empresa, a festa do Dia dos Jornaleiros, dentre outros eventos comemorativos, enquadram-se na categoria das celebraes. Essas celebraes so realizadas, pela empresa, visando a unio do seu quadro funcional em torno dos objetivos organizacionais. o mito do fundador narrado, dado que, em todos os rituais executados na empresa, implcita ou explcitamente, ele se faz presente. Os simbolos por fazerem parte dos rituais, tambm foram referenciados ao longo da dissertao. Esta pesquisa pode ser classificada como um estudo exploratrio, subtipo exploratrio-descritivo combinados. A anlise e a interpretao dos rituais da RBS extrapolaram para o contexto mais amplo, na medida em que o caso estudado representa uma manifestao particular de um fenmeno geral. No ritual o cotidiano visto com outra roupagem, onde determinados sentimentos de satisfao e de desagrado, apresentam-se manifestos, ao mesmo tempo em que outros aspectos, como a hierarquia e alguns preconceitos, so mascarados ou acentuados, tornando-se socialmente aceitos. Todavia, o ritual representa ainda, o locus capaz de permitir a externalizao da forma de ser e de pensar da classe trabalhadora, no como um foco revolucionrio, mas sim, como um espao fragmentado, onde a rebelio e manuteno do "status quo" coexistem. Ao conhecer-se em detalhes os rituais engendrados pela empresa possvel fazer-se a leitura da sociedade na qual se vive e assim, compreender as representaes dos indivduos enquanto atores dessa construo social.
Resumo:
O estudo enfoca a arquitetura religiosa moderna, no intuito de apreender as permanncias simblicas e as conquistas figurativas alcanadas pelos arquitetos modernistas para dar forma e representao ao templo, em tempo dito dessacralizado porque materialista e espiritualmente plural. Fundamentalmente, compila e sistematiza, por similaridades ideolgicas, funcionais, simblicas, tipolgicas e formais, o legado eclesistico projetado e/ou construdo no mundo ocidental cristo entre os anos 1850 e 1960, grosso modo. Em sincronia, apresenta suas condies de origem, razes e significados e analisa como os pressupostos modernistas aplicaram-se ao fato arquitetural das novas catedrais, igrejas paroquiais, capelas locais e obras eclesisticas vrias, catlicas e protestantes. Revela, tambm, seus produtores financiadores, incentivadores, projetistas e construtores analisando a ateno dada ao tema pelos mais eminentes nomes do perodo e realando agentes inestimveis, desprezados pela bibliografia oficial do Movimento Moderno. Nas entrelinhas ensaia, ainda, discusso crtico-interpretativa de obras paradigmticas ao debate por conjuno especial de fatores, no sentido de identificar as estratgias e signos modernos vlidos prtica arquitetural contempornea.
Resumo:
O modo como o ser humano v, pensa e imagina a natureza muito varivel no tempo e no espao. O meio ambiente um campo que toca profundamente o imaginrio, as representaes e o sistema de valores sociais, obrigando o homem a repensar as relaes entre sociedade, tcnica e natureza e, portanto, tudo o que rege essas relaes na organizao social. Escolheu-se analisar, neste estudo, o grupo de agricultores que pertencem primeira associao de agricultores ecolgicos criada no estado. A AECIA Associao dos Agricultores Ecologistas de Ip e Antnio Prado, foi criada em 1989, por um grupo de jovens que assumiu o desafio da agricultura ecolgica e do associativismo. Esses municpios localizam-se na Serra do Rio Grande do Sul, regio de forte presena da imigrao italiana. Atravs de suas histrias de vida e de alguns indicadores ambientais, analisa-se a percepo que esses agricultores possuem a respeito dos recursos naturais locais (gua, solo, biodiversidade), sua relao com o destino final dos resduos slidos, e suas concepes e expectativas a respeito da certificao e comercializao de produtos orgnicos. Igualmente, dentro de uma perspectiva antropolgica, pretendeu-se trabalhar com o estudo do contexto cultural, em que esses agricultores esto inseridos, analisando-se a questo dos sentidos que so construdos nas relaes sociais e como eles so negociados, a dimenso simblica dos discursos, a valorizao do cotidiano como campo fundamental das relaes sociais, suas relaes de parentesco, processos de mediao, ritos, smbolos religiosos, a forma como as polticas pblicas afetam a vida desses agricultores, sua relao com as diferentes instituies, as ligaes e associaes que eles mantm com os animais e plantas de seu ambiente e o quanto o conhecimento emprico que esses agricultores adquiriram ao longo de sua histria pode estar relacionado aos princpios bsicos da ecologia. Por meio dos diferentes aspectos analisados, podem-se conhecer quais fatores foram fundamentais para a mudana de modelo agrcola experimentada por esses agricultores. Atravs dos relatos, pode-se observar, tambm, quais instituies tiveram papel essencial nessa transformao. Suas vises sobre qualidade de vida, expectativas futuras, o grau de confiana nas instituies e como eles se vem em relao situao das pessoas que vivem melhor e pior no Brasil tambm esto contemplados neste estudo. A relao desses produtores com os recursos naturais da regio e os conceitos e expectativas que eles apresentam frente aos processos de certificao e comercializao de seus produtos so, igualmente, discutidos ao longo do texto.
Resumo:
A Feira do Livro de Porto Alegre um ritual de compra e venda de livros realizado, ininterruptamente h 51 anos, na Praa da Alfndega. Este trabalho objetivou desvendar a cultura organizacional do evento atentando para os fatos administrativos levado a efeito na Praa. Para tanto, os seguintes objetivos especficos foram traados: a) verificar os aspectos culturais compartilhados ou no entre os membros da Comisso Executiva da Feira do Livro; b) identificar os palcos, os atores, os autores e os homenageados presentes na cultura organizacional da Feira do Livro; e, c) identificar e analisar os significados atribudos pelos diferentes atores da Feira (organizadores/ proprietrios de livrarias/ vendedores/ compradores/ escritores) ao livro. O mtodo que permitiu a realizao dessa pesquisa foi o etnogrfico, tendo como tcnicas de pesquisa a observao participante, as entrevistas semi-estruturadas e consulta a materiais documentais. O Referencial que deu suporte as anlises foram provenientes da Antropologia e da Administrao, constituindo, um trabalho interdisciplinar. Tanto os conceitos de rituais (TURNER, 1974; VAN GENNEP, 1978; DAMATTA, 1978-97; PEIRANO, 2001-03 e TEIXEIRA, 1988) quanto o de cultura organizacional (CAVEDON, 2001) permitiram considerar que a cultura organizacional da Feria do Livro de Porto Alegre apresenta aspectos que a homogenezam como aspectos que a heterogenezam, sendo que ambos influenciam sobremaneira nos fatos administrativos levados a efeito na Praa. Alm disso, desvendar os aspectos divergentes dessa cultura permitiu expor as lutas simblicas existentes no grupo de participantes deste evento, de modo que, atentar para a heterogeneidade cultural propicia elucidar a distribuio do poder dentro da organizao. No que tange aos aspectos homogeneizantes perceptvel que os mesmos colaboram para a manuteno do status quo social. No caso especifico do objeto de estudo, por sua intrnseca relao entra a organizao e a sociedade, emerge de forma evidente que tanto a identidade do porto-alegrense influencia na cultura organizacional do rito quanto organizao do ritual auxilia na construo da identidade desses citadinos, uma vez que a identidade se d pela via relacional.