20 resultados para Proteínas celulares Teses
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Considerando que as doenas cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenas vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoproteínas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de proteínas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das proteínas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatrios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como proteínas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e proteínas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.
Resumo:
Uma significativa quantidade de proteínas vegetais apresenta-se compartimentalizada nas diversas estruturas celulares. A sua localizao pode conduzir elucidao do funcionamento dos processos biossintticos e catablicos e auxiliar na identificao de genes importantes. A fim de localizar produtos gnicos relacionados resistncia, foi utilizada a fuso de cDNAs de arroz (Oryza sativa L.) ao gene da protena verde fluorescente (GFP). Os cDNAs foram obtidos a partir de uma biblioteca supressiva subtrativa de genes de arroz durante uma interao incompatvel com o fungo Magnaporthe grisea. Estes cDNAs foram fusionados a uma verso intensificada de gfp e usados para transformar 500 plantas de Arabidopsis thaliana. Outras 50 plantas foram transformadas com o mesmo vetor, porm sem a fuso (vetor vazio). Foram obtidas aproximadamente 25.500 sementes oriundas das plantas transformadas com as fuses EGFP::cDNAs e 35.000 sementes das transformadas com o vetor vazio, produzindo, respectivamente, 750 e 800 plantas tolerantes ao herbicida glufosinato de amnio. Aps a seleo, segmentos foliares das plantas foram analisados por microscopia de fluorescncia, visando o estabelecimento do padro de localizao de EGFP. Foram observadas 18 plantas transformadas com a fuso EGFP::cDNAs e 16 plantas transformadas com o vetor vazio apresentando expresso detectvel de GFP. Uma planta transformada com uma fuso EGFP::cDNA apresentou localizao diferenciada da fluorescncia, notadamente nas clulas guarda dos estmatos e nos tricomas. Aps seqenciamento do cDNA fusionado, foi verificado que esta planta apresentava uma insero similar a uma seqncia codificante de uma quinase, uma classe de enzimas envolvidas na transduo de sinais em resposta infeco por patgenos.
Resumo:
Objetivo: A trombose da veia porta uma causa importante de hiper-tenso porta em crianas e adolescentes, porm, em uma proporo importante dos casos, no apresenta fator etiolgico definido. O objetivo desse estudo determinar a freqncia de deficincia das proteínas inibidoras da coagulao proteínas C, S e antitrombina e das mutaes fator V Leiden, G20210A no gene da protrombina e C677T da metileno-tetraidrofolato redutase em crianas e adolescentes com trom-bose da veia porta, definir o padro hereditrio de uma eventual deficincia das pro-tenas inibidoras da coagulao nesses pacientes e avaliar a freqncia da deficin-cia dessas proteínas em crianas e adolescentes com cirrose. Casustica e Mtodos: Foi realizado um estudo prospectivo com 14 crianas e adolescentes com trombose da veia porta, seus pais (n = 25) e dois gru-pos controles pareados por idade, constitudos por um grupo controle sem hepato-patia (n = 28) e um com cirrose (n = 24). A trombose da veia porta foi diagnosticada por ultra-sonografia abdominal com Doppler e/ou fase venosa do angiograma celaco seletivo. A dosagem da atividade das proteínas C, S e antitrombina foi determinada em todos os indivduos e a pesquisa das mutaes fator V Leiden, G20210A da pro-trombina e C677T da metileno-tetraidrofolato redutase, nas crianas e adolescentes com trombose da veia porta, nos pais, quando identificada a mutao na criana, e nos controles sem hepatopatia. Resultados: Foram avaliados 14 pacientes caucasides, com uma mdia e desvio padro de idade de 8 anos e 8 meses 4 anos e 5 meses e do diagnstico de 3 anos e 8 meses 3 anos e seis meses. Metade dos pacientes pertenciam ao gnero masculino. O motivo da investigao da trombose da veia porta foi hemorra-gia digestiva alta em 9/14 (64,3%) e achado de esplenomegalia ao exame fsico em 5/14 (35,7%). Anomalias congnitas extra-hepticas foram identificadas em 3/14 (21,4%) e fatores de risco adquiridos em 5/14 (35,7%) dos pacientes. Nenhum pa-ciente tinha histria familiar de consanginidade ou trombose venosa. A deficincia das proteínas C, S e antitrombina foi constatada em 6/14 (42,9%) (p < 0,05 vs con-troles sem hepatopatia), 3/14 (21,4%) (p > 0,05) e 1/14 (7,1%) (p > 0,05) pacientes com trombose da veia porta, respectivamente. A deficincia dessas proteínas no foi identificada em nenhum dos pais ou controles sem hepatopatia. A mutao G20210A no gene da protrombina foi identificada em um paciente com trombose da veia porta e em um controle sem hepatopatia (p = 0,999), mas em nenhum desses foi identificado a mutao fator V Leiden. A mutao C677T da metileno-tetraidrofo-lato redutase foi observada na forma homozigota, em 3/14 (21,4%) dos pacientes com trombose da veia porta e em 5/28 (17,9%) controles sem hepatopatia (p = 0,356). A freqncia da deficincia das proteínas C, S e antitrombina nos pacientes com cir-rose foi de 14/24 (58,3%), 7/24 (29,2%) e 11/24 (45,8%), respectivamente (p < 0,05 vs controles sem hepatopatia), sendo mais freqente nos pacientes do subgrupo Child-Pugh B ou C, que foi de 11/12 (91,7%), 5/12 (41,7%) e 9/12 (75%), respectivamente (p < 0,05 vs controles sem hepatopatia). Concluses: A deficincia de protena C foi freqente nas crianas e adolescentes com trombose da veia porta e no parece ser de origem gentica. A deficincia de protena S, antitrombina e as presenas das mutaes G20210A da protrombina e C677T da metileno-tetraidrofolato redutase foram observadas mas no apresentaram diferena estatstica significativa em relao ao grupo controle sem hepatopatia. O fator V Leiden no foi identificado. Os resultados deste estudo sugerem que a deficincia da protena C pode ocorre como conseqncia da hiper-tenso porta. Os distrbios pr-trombticos hereditrios no parecem apresentar um papel importante em relao trombose nas crianas e adolescentes estudadas.
Resumo:
Um total de 201 seqncias de DNA, de 50 espcies pertencentes a 32 gneros e 12 famlias, foi investigado atravs do mtodo da mxima verossimilhana para identificar, nas proteínas respectivas, possveis cdons nos quais estivesse ocorrendo seleo positiva. Foram considerados 15 tipos de proteínas relacionadas patognese (PR1-PR15), quanto a 14 modelos diferentes de seleo. Tanto quanto se possa avaliar, no h qualquer estudo disponvel na literatura que tenha examinado de maneira homognea tal nmero de seqncias de forma to abrangente.
Resumo:
O cncer renal corresponde a aproximadamente 3% dos tumores malignos do adulto, sendo a terceira malignidade urolgica mais comum. Os tratamentos sistmicos disponveis para pacientes portadores de carcinoma renal avanado so, via de regra, pouco eficazes e sem um impacto definido na sobrevida. Portanto, torna-se imperioso que novos agentes e/ou estratgias teraputicas para esta enfermidade sejam desenvolvidas. O derivado das epipodolofilotoxinas, etoposide, tem sido utilizado com sucesso no tratamento de vrios tipos de tumores slidos e hematolgicos. Este agente exerce a sua ao antitumoral atravs da inibio da enzima nuclear topoisomerase II. Estudos recentes demonstraram que o efeito citotxico in vitro deste agente bem mais pronunciado quando as linhagens tumorais so expostas droga por um tempo mais prolongado. Isto vem sendo confirmado em estudos clnicos, nos quais foi documentado um aumento significativo no percentual de respostas tumorais objetivas em pacientes com cncer avanado tratados com etoposide em doses repetidas dirias de forma continuada, comparativamente a pacientes que receberam pulsos de doses altas da droga a intervalos mais longos. Infelizmente, estudos iniciais com etoposide no revelaram uma atividade antitumoral significativa em pacientes com cncer renal avanado. Por esta razo, os estudos preliminares explorando o potencial teraputico de seu anlogo teniposide nesta doena tambm no receberam a devida ateno na literatura. Entretanto, este anlogo possui potenciais vantagens teraputicas em relao ao etoposide, uma vez que apresenta um tempo de reteno intracelular mais prolongado em linhagens de tumores slidos in vitro. Estas observaes nos estimularam a reconsiderar o estudo do potencial citotxico do teniposide em modelos experimentais de cncer renal avanado. Nesta dissertao, foram estudados vrios protocolos de administrao de teniposide em linhagens de cncer renal humano, uma vez que esta neoplasia carece de drogas ativas disponveis no armamentrio teraputico. Foram utilizadas as linhagens celulares RXF-393, A-498 e TK-10, as quais foram incubadas com teniposide em concentraes pr-determinadas e tempos de incubao variveis. Alm disto, foram feitos experimentos em que protocolos de administrao de teniposide como agente nico foram comparados a protocolos em que o mesmo foi combinado com agentes que bloqueiam a ao da glicoprotena P, responsvel pelo efluxo ativo da droga do interior da clula tumoral. Alm disso, foram tambm estudados protocolos incluindo a associao de teniposide com agentes que interferem com a sntese do DNA. Para os estudos de avaliao de citotoxicidade dos agentes quimioterpicos, os mesmos foram pr-incubados por 24 h na ausncia ou presena do inibidor da DNA polimerase afidicolina glicinada (0,2 M) ou do inibidor da ribonucleotdeo redutase hidroxiuria (200 M) e aps incubados por diferentes tempos de exposio com diluies seriadas de teniposide. Os efeitos citotxicos foram avaliados atravs do mtodo colorimtrico com sulforodamina B (SRB). Os protocolos de exposio prolongada das clulas ao teniposide mostraram um aumento significativo na sua citotoxicidade nas linhagens RXF-393, A-498 e TK-10, sugerindo que a citotoxicidade do teniposide dependente de tempo de administrao. Neste sentido, uma maior taxa de dano no DNA foi observada nas clulas expostas ao teniposide por tempos de administrao mais prolongados. Curiosamente, os diferentes tempos de exposio ao teniposide no influenciaram de forma clara na formao de complexos DNA-topoisomerase II, nem nas medidas da atividade desta enzima. O uso concomitante de agentes moduladores da glicoprotena P como o verapamil, a ciclosporina A e o tamoxifeno no produziu potencializao do efeito antiproliferativo do teniposide. Por sua vez, os tratamentos com agentes que interferem na sntese de DNA, como a afidicolina glicinada ou a hidroxiuria, potencializaram a citotoxicidade do teniposide em todas as linhagens estudadas, seguindo as caractersticas intrnsecas de cada linhagem. Em concluso, os resultados apresentados nesta dissertao sugerem que o teniposide apresenta um maior efeito citotxico em protocolos de administrao prolongada em combinao com agentes inibidores da sntese de DNA. Frente a estes resultados iniciais, o teniposide ser testado nos protocolos de administrao acima mencionados em um painel contendo um maior nmero de linhagens tumorais in vitro. Uma vez confirmadas as observaes acima descritas, sero iniciados estudos em modelos tumorais in vivo. Estes estudos serviro de base nas decises quanto reavaliao clnica do teniposide em ensaios de fase I em pacientes com neoplasias avanadas refratrias.
Resumo:
As clulas compartimentadas do gnero Araucaria Juss. foram primeiramente descritas como clulas incomuns, caracterizadas pela ocorrncia de parties pcticas no lume celular, formando um sistema de compartimentos. Entretanto, vrias questes sobre essas clulas ainda no haviam sido esclarecidas, por isso, o presente trabalho envolveu a observao e descrio dos estdios de desenvolvimento das clulas compartimentadas nas plantas jovens e adultas da espcie Araucaria angustifolia, sob microscopia ptica e eletrnica, alm de elucidar as funes e a dinmica celular desempenhada pelas mesmas. A diferenciao das clulas compartimentadas ocorria ainda no pice caulinar, iniciando quando a clula aumentava de volume (estdio 1). A mucilagem era continuamente secretada, atravs do Golgi e retculo endoplasmtico rugoso, preenchendo o citoplasma e reduzindo o vacolo (estdio 2). A quantidade citoplasmtica se reduzia, praticamente, em torno do ncleo (estdio 3). Finalmente, a clula era totalmente preenchida de mucilagem, constituda por uma rede lamelar, perdendo sua forma poligonal (estdio 4). Ncleo e citoplasma degeneravam. Com base nesses resultados, constatou-se que as clulas compartimentadas de Araucaria angustifolia eram semelhantes s clulas de mucilagem de algumas famlias de dicotiledneas. A funo de controle hdrico foi comprovada, baseado, principalmente, nos resultados obtidos pelo traador apoplstico HPTS (hidroxi-cido pirenetrissulfnico), que demonstrou a rota de translocao e regulao hdrica na folha. A morte celular programada tambm mostrou-se evidente com a degenerao do vacolo, condensao e descromatizao do ncleo e degenerao geral do sistema de membranas A utilizao de anticorpos monoclonais para determinados epitopos pcticos, so importantes ferramentas nos estudos da dinmica da parede celular. Ao longo do desenvolvimento das clulas compartimentadas (clulas mucilaginosas), havia um gradiente de distribuio com relao a rpida de-esterificao, ao aumento da concentrao de galactanos e ligaes de clcio e diminuio nas concentraes de arabinanos e de proteínas arabinogalactanos (AGPs). Alguns resultados mostraram-se diferentes nas clulas parenquimticas, justificando as diferenas na elasticidade da parede celular nas clulas mucilaginosas de Araucaria angustifolia. Observou-se que proteínas arabinogalactanos e pectinas com alto grau de metil-esterificao estavam presentes na mucilagem. A degenerao das AGPs na maturidade das clulas mucilaginosas, tanto na parede celular, como na mucilagem, poderia estar envolvida no processo de morte celular programada.
Resumo:
O cncer colorretal um tumor maligno freqente no mundo ocidental. o terceiro em freqncia e o segundo em mortalidade nos pases desenvolvidos. No Brasil est entre as seis neoplasias malignas mais encontradas e a quinta em mortalidade. Dos tumores colorretais, aproximadamente 40% esto localizados no reto. A sobrevida, em cinco anos, dos pacientes operados por cncer do reto varia entre 40% e 50%, estando os principais fatores prognsticos, utilizados na prtica clnica corrente, baseados em critrios de avaliao clnico-patolgicos. A avaliao das alteraes morfomtricas e densimtricas nas neoplasias malignas tem, recentemente, sido estudadas e avaliadas atravs da anlise de imagem digital e demonstrado possibilidades de utilizao diagnstica e prognstica. A assinatura digital um histograma representativo de conjuntos de caractersticas de textura da cromatina do ncleo celular obtida atravs da imagem computadorizada. O objetivo deste estudo foi a caracterizao dos ncleos celulares neoplsicos no adenocarcinoma primrio de reto pelo mtodo da assinatura digital e verificar o valor prognstico das alteraes nucleares da textura da cromatina nuclear para esta doena. Foram avaliados, pelo mtodo de anlise de imagem digital, 51 casos de pacientes operados no Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA) entre 1988 e 1996 e submetidos resseco eletiva do adenocarcinoma primrio de reto, com seguimento de cinco anos ps-operatrio, ou at o bito antes deste perodo determinado pela doena, e 22 casos de bipsias normais de reto obtidas de pacientes submetidos a procedimentos endoscpicos, para controle do mtodo da assinatura digital. A partir dos blocos de parafina dos espcimes estocados no Servio de Patologia do HCPA, foram realizadas lminas coradas com hematoxilina e eosina das quais foram selecionados 3.635 ncleos dos adenocarcinomas de reto e 2.366 ncleos dos controles da assinatura digital, totalizando 6.001 ncleos estudados por anlise de imagem digital. De cada um destes ncleos foram verificadas 93 caractersticas, sendo identificadas 11 caractersticas cariomtricas com maior poder de discriminao entre as clulas normais e neoplsicas. Desta forma, atravs da verificao da textura da cromatina nuclear, foram obtidos os histogramas representativos de cada ncleo ou conjunto de ncleos dos grupos ou subgrupos estudados, tambm no estadiamento modificado de Dukes, dando origem s assinaturas digitais correspondentes. Foram verificadas as assinaturas nucleares, assinaturas de padro histolgico ou de leses e a distribuio da Densidade ptica Total. Houve diferena significativa das caractersticas entre o grupo normal e o grupo com cncer, com maior significncia para trs delas, a rea, a Densidade ptica Total e a Granularidade nuclear. Os valores das assinaturas mdias nucleares foram: no grupo normal 0,0009 e nos estadiamentos; 0,9681 no A, 4,6185 no B, 2,3957 no C e 2,1025 no D e diferiram com significncia estatstica (P=0,001). A maior diferena do normal ocorreu no subgrupo B de Dukes-Turnbull. As assinaturas nucleares e de padro histolgico mostraram-se distintas no grupo normal e adenocarcinoma, assim como a distribuio da Densidade ptica Total a qual mostra um afastamento progressivo da normalidade no grupo com cncer. Foi possvel a caracterizao do adenocarcinoma de reto, que apresentou assinaturas digitais especficas. Em relao ao prognstico, a Densidade ptica Total representou a varivel que obteve o melhor desempenho, alm do estadiamento, como preditor do desfecho.
Resumo:
Resumo no disponvel
Resumo:
Os efeitos individuais e interativos dos parmetros ambientais fsicos e qumicos, como temperatura, intensidade luminosa, salinidade e concentrao de fsforo inorgnico dissolvido na gua do mar, na produo de proteínas, carboidratos, acmulo de fsforo tecidual e taxa de absoro do fsforo inorgnico disponvel no meio de cultura em Gelidium crinale (Turner) Lamouroux, foram investigados durante um perodo de sete dias de cultivo laboratorial, em condies controladas. A ao dos parmetros abiticos foi analisada de trs maneiras diferentes. A primeira avaliao integrou a ao de temperatura, intensidade luminosa e fsforo inorgnico dissolvido, mantendo-se fixa a salinidade em 25 ups, onde se constatou que em todos os componentes qumicos algais ocorreram interaes de terceira ordem. O incremento de 2,28 a 2,67 % nos teores de proteínas foram obtidos temperatura de 25 C e 12 mol m-2 s-1 de intensidade luminosa, diminuindo com a elevao da intensidade luminosa para 40 mol m-2 s-1. Para carboidratos, ocorreram interaes significativas entre os trs parmetros, com um aumento de 6,85 % sendo registrado a 25 C de temperatura, 24 mol m-2 s-1 de intensidade luminosa e 10,0 M de fsforo inorgnico. O aumento mximo na taxa de fsforo tecidual (0,56 %) ocorreu em talos cultivados nas menores temperatura e intensidade luminosa e na maior concentrao de fsforo inorgnico dissolvido. Com relao intensidade luminosa, foi observada uma correlao negativa entre proteínas e carboidratos. A segunda avaliao estabeleceu a ao independente e sinrgica de temperatura, salinidade e fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo, fixando-se a intensidade luminosa em 24 mol m-2s-1. A maior produo de proteínas ocorreu em cultivos onde a temperatura foi de 25 C, com uma concentrao de 5,0 e 10,0 M de fsforo inorgnico dissolvido e salinidade entre 15 e 20 ups, cujos valores mdios do incremento variaram entre 2,62 a 2,83 % peso seco de alga, resultando em uma interao de terceira ordem altamente significativa. Para carboidratos a elevao de 6,85 % em sua concentrao est associada maior temperatura (25 C), maior salinidade (25 ups) e maior quantidade de fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo (10,0 M). Contudo, no foi observada uma interao de terceira ordem atravs da anlise estatstica. Para esta biomolcula observaram-se interaes de segunda ordem altamente significativa (P < 0,005) entre temperatura e diferentes concentraes de fsforo inorgnico e entre temperatura e salinidade (P < 0,000). O acmulo de fsforo nos talos da alga foi menor durante os cultivos em que a salinidade foi de 25 ups,nas temperaturas de 20 e 25 C e concentrao de fsforo disponvel de 2,5 M, com percentuais entre 0,08 a 0,11 % em peso de cinzas. O maior incremento ocorreu na menor temperatura, associada baixa salinidade e alta concentrao de fsforo inorgnico no meio. O coeficiente de correlao de Pearson revelou correlaes positivas, altamente significativas (P < 0,001) entre teor de protena, temperatura e disponibilidade de fsforo inorgnico no meio de cultivo. Para carboidratos, as correlaes foram positivas com os trs parmetros abiticos. Para fsforo tecidual somente com o fsforo inorgnico disponvel no cultivo foi que ocorreu uma relao positiva; com os outros dois parmetros esta correlao foi negativa. Entre os componentes qumicos encontrados nas algas, proteínas e carboidratos apresentaram uma relao positiva, porm fsforo tecidual apresentou uma correlao negativa com ambos, embora com proteínas esta relao no tenha sido significativa. A terceira avaliao estudou a ao individual e o sinergismo entre os parmetros ambientais, temperatura, intensidade luminosa e salinidade, a uma concentrao fixa de fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo (10,0 M), sobre a composio qumica, bem como na taxa de absoro de fsforo inorgnico disponvel. Observou-se a ocorrncia de interaes de terceira ordem em todos as variveis estudadas. O teor de proteínas apresentou um aumento de 3,72 % durante o perodo de cultivo, passando de 20,63 % antes do cultivo, para 24,35 % aps o trmino do experimento, principalmente nas condies de 25 C de temperatura, 12 mol m-2s-1 de intensidade luminosa e 15 ups de salinidade. Para carboidratos, nas condies de baixa intensidade luminosa (12 mol m-2s- 1), a uma temperatura de 20 C e salinidades de 10 e 15 ups, foram registrados valores inferiores amostra controle, caracterizando um consumo desta biomolcula por parte das algas. Nestas mesmas condies ambientais, foram registrados os maiores teores de fsforo tecidual, variando entre 0,86 a 1,09 % do peso das cinzas. As maiores taxas de absoro do fsforo do meio ocorreram na salinidade de 25 ups e 25 C de temperatura, diminuindo da intensidade luminosa de 12 mol m-2s-1 para 40 mol m-2s-1. As maiores concentraes de fsforo inorgnico residual na gua do meio de cultivo ocorreram nas salinidades de 10 e 15 ups, em todas as intensidade luminosas e temperaturas estudadas. Atravs do coeficiente de correlao de Pearson, observou-se que os teores de proteínas apresentaram uma forte correlao negativa com a intensidade luminosa e positiva com a temperatura e salinidade, embora com esta ltima no tenha sido significativa. Para carboidratos, as correlaes com os parmetros abiticos foram todas positivas. Correlaes negativa e positiva, no significativas, foram observadas entre esta biomolcula e o teor de proteínas e a taxa de absoro de fsforo disponvel no meio, respectivamente. Por outro lado, com fsforo tecidual, ocorreu uma correlao negativa, altamente significativa. Este estudo mostra o estado fisiolgico de Gelidium crinale e contribui para o estabelecimento das melhores condies de cultivo para produo de protena, carboidrato e fsforo tecidual e indicao do uso racional de nutrientes, fornecendo informaes para a otimizao de processos de maricultura, tanto em termos de cultivo bem sucedido de algas, quanto de reduo no impacto sobre o ambiente.
Resumo:
O caranguejo Chasmagnathus granulata (Crustacea, Decapoda, Grapsidae) apesar de ter evoludo de formas marinhas uma espcie tipicamente estuarina, sendo dificilmente encontrada no mar. Em seu hbitat, o caranguejo permanece longos perodos fora da gua, sendo considerado um animal tipicamente semiterrestre. As respostas fisiolgicas s variaes das concentraes de O2 incluem alteraes significativas na ventilao, na circulao, no metabolismo e nas propriedades de afinidade da hemocianina pelo O2. Estudos anteriores comprovaram que em alguns tecidos especficos da carpa Carassius carassius ocorre reduo significativa da sntese protica mas no crebro no ocorre a mesma resposta metablica, sugerindo ser esta uma das estratgias de conservao de energia. Os resultados obtidos no presente estudo mostram que, aps uma hora de anoxia, a glicose hemolinftica aumentou 3 e 4 vezes em animais alimentados com dieta rica em carboidratos (RC) e rica em proteínas (RP), respectivamente. Aps trs horas de recuperao, os nveis glicmicos retornaram aos valores semelhantes aos do grupo controle em ambos os tratamentos alimentares. Aps uma hora de anoxia, a concentrao de glicose livre nas brnquias anteriores (BA) reduziu significativamente em animais alimentados com dieta RC (70%) e RP (60%). Nas brnquias posteriores (BP) de animais alimentados com dieta RC e dieta RP, a anoxia reduziu 64% e 54% (p<0,05), respectivamente. Estes valores mantiveram-se reduzidos durante o perodo de recuperao, tanto nas BA como nas BP. Em animais alimentados com dieta RP, as concentraes de glicognio reduziram somente aps trs horas de recuperao, tanto em BA como em BP, entretanto,somente nas BA de animais alimentados com dieta RP houve um aumento de 118% (p<0,05) dos nveis de ATP na anoxia e 116% na recuperao aerbica No hepatopncreas, a sntese proteica reduziu 78% e 65% (p<0,05) na anoxia e recuperao em animais alimentados com dieta RP, respectivamente. J nos animais alimentados com dieta RC, a sntese protica no hepatopncreas aumentou em 42%, na recuperao. No msculo de animais que receberam este tratamento alimentar, ocorreu um aumento de 213% (p<0,05) na sntese protica durante o perodo de anoxia e uma reduo de 12% durante o perodo de recuperao aerbica. Em caramguejos alimentados com dieta RP, a sntese protica reduziu na anoxia 57% nas BA e 36% nas BP. Na dieta RC houve um aumento de 13% da sntese protica nas brnquias anteriores e 8% nas brnquias posteriores durante a recuperao. Portanto, a capacidade de sntese protica no caranguejo C. granulata, est relacionada com a caracterstica funcional e a capacidade metablica do tecidos submetidos anoxia e recuperao aerbica. Os resultados do presente estudo demonstram que durante a anoxia e a recuperao aerbica no caranguejo C. granulata ocorrem ajustes metablicos diferenciados. Estes ajustes tambm dependem dos tecidos analisados e das dietas administradas.
Resumo:
Esta dissertao investiga os processos que levam clulas a se organizarem em certas configuraes, focando propriedades topolgicas, geomtricas e aquelas originadas na sua dinmica. Para tanto, comeamos revisando propriedades de topologia de equilbrio de sistemas que minimizam reas de contato entre clulas. Prosseguimos com o estudo de estruturas de clulas biolgicas, incorporando as devidas modificaes provenientes das propriedades biolgicas, sendo introduzida, por exemplo, a Hiptese da Adeso Diferenciada formulada por Steinberg (1975). Suas implicaes so estudadas utilizando o Modelo Celular de Potts ao realizar simulaes de Monte Carlo. Mostramos resultados das dinmicas de reagrupamento celular que um dos processos que ocorre na embriognese e morfognese, em que clulas se redistribuem de modo a formar padres tpicos. feita uma anlise, tanto terica quanto por simulaes, de como interaes adesivas entre tipos diferentes de clulas, e estas com o meio, influenciam a evoluo destas configuraes. A seguir, tornamos evidente analogias entre tecidos e fluidos imiscveis, de modo a explorar no apenas a influncia de coeses e adeses celulares, como tambm propriedades viscoelsticas e de tenses superficiais apresentadas pelos agregados - estruturas macroscpicas constitudas por muitas subunidades celulares. Acompanhando os resultados tericos, apresentamos observaes experimentais de reorganizao celular a partir de agregados aleatrios de clulas de hidras. A reorganizao celular destes agregados estudada a partir das configuraes iniciais aleatrias at o momento em que se estabelece uma esfera com cavidade formada por duas camadas epiteliais, endoderme e ectoderme Neste estgio ocorrem os bursts, eventos de ruptura reversveis do tecido superficial do agregado com expulso do contedo contido na cavidade. proposto um estudo via simulaes deste fenmeno a fim de elucidar as propriedades bsicas de deformaes, adeses e movimentos de clulas num tecido. Ainda no contexto experimental, realizamos outras medidas nos agregados de hidra, como a obteno de tenses superficiais e registro da dinmica de arredondamento. Finalmente, unimos as consideraes sobre topologias de estruturas celulares com as propriedades emergentes de interaes de adeso com mais um elemento, mitose. Apresentamos modelos de crescimento celular e discutimos suas caractersticas para a dinmica populacional de clulas. Ao introduzir dados sobre comportamentos regulatrios de proliferao celular, colocamos nfase no estudo das patologias ao estudar cncer utilizando o Modelo de Gompertz como descrio da proliferao. Realizamos experincias utilizando 6 linhagens cancergenas diferentes e propomos uma interpretao biolgica dos parmetros matemticos que descrevem o crescimento. A hiptese por ns levantada de que a forma da clula influencia no seu comportamento. Verificamos a viabilidade de tal hiptese atravs de uma srie de simulaes por Modelo Celular de Potts. Os resultados gerados se assemelham aos dados experimentais, de maneira que chegamos a concluso final que processos intrnsecos regulatrios de uma clula (no caso o ciclo mittico), propriedades adesivas de clulas, caractersticas fenotpicas e distribuies topolgicas de um tecido, so intimamente interligados.
Resumo:
Estudos com o hormnio hiperglicemiante de crustceos (CHH) tem sido realizados desde 1944 quando foi constatado, pela primeira vez, seu efeito na mobilizao das reservas de glicognio causando hiperglicemia. O objetivo deste trabalho foi investigar a ao do CHH sobre o metabolismo de carboidratos de caranguejos Chasmagnathus granulata intactos submetidos s dietas rica em proteínas (HP) ou rica em carboidratos (HC) e injetados com extrato de pednculos proveniente de animais de ambas as dietas. Aps a injeo de extrato de pednculos, foram avaliados, in vivo: a glicose hemolinftica, a glicose livre hepatopancretica e muscular e o glicognio hepatopancretico e muscular de animais alimentados com dieta HP, injetados com extrato de pednculos provenientes de animais HP (HP/HP), e de animais HC (HP/HC), bem como de animais alimentados com uma dieta HC, injetados com extrato de pednculos oriundos de animais HP (HC/HP) e de animais HC (HC/HC). Alm de animais controle injetados com soluo fisiolgica para caranguejo (SFC). Os resultados obtidos confirmam a ao hiperglicemiante dos extratos de pednculos, independentemente da dieta de origem dos mesmos. Foi observado um padro de resposta diferencial segundo a dieta a qual os animais foram submetidos. Assim, os resultados demonstram que nos animais submetidos a uma dieta HP o CHH agiu aumentando os nveis de glicose circulante a partir das reservas de glicognio dos hepatopancrecitos e do msculo. Mas, nos animais alimentados com uma dieta HC, embora o CHH tenha elevado o nvel de glicose circulante, no foram observadas alteraes nas reservas de carboidratos do hepatopncreas e do msculo. Estes resultados demonstram que o mecanismo de ao do CHH sobre as reservas de carboidratos de Chasmagnathus granulata depende da dieta a qual os animais foram submetidos.
Resumo:
Uma das principais caractersticas do hipocampo aps a isquemia a vulnerabilidade diferencial das clulas da regio CA1 e DG morte celular. Os neurnios granulares do DG so resistentes, enquanto que os neurnios piramidais da regio CA1 so mais sensveis. Nosso objetivo nesse estudo foi investigar o possvel envolvimento da via de sinalizao celular PI3K, uma via que possui efeito proliferativo e antiapopttico, e das proteínas de choque trmico (HSPs) no fenmeno da vulnerabilidade seletiva. Para isso foram usadas culturas organotpicas de hipocampo de ratos Wistar de 6-8 dias. As culturas foram tratadas com o inibidor da PI3K, LY294002 (LY), nas doses 10M e 50M. A morte celular foi quantificada pela medida da incorporao de iodeto de propdeo e da atividade das caspases 3 e 7. Alteraes na fosforilao e no imunocontedo das proteínas foram obtidas com o uso de anticorpos especficos. Os resultados mostraram que a regio do DG parece responder de forma tempo dependente e precocemente presena da droga, sugerindo uma importncia da via nessa regio. Para investigar se a protena AKT, uma cinase ativada por PI3K, estava envolvida na vulnerabilidade seletiva das clulas s condies de privao de oxignio e glicose (POG), medimos a fosforilao e o imunocontedo dessa cinase aps 60 minutos de POG seguida dos tempos de recuperao de 30 minutos, 6 horas e 24 horas. Nenhuma alterao foi observada nesses parmetros, sugerindo que , nesse caso, a fosforilao da AKT no est envolvida na vulnerabilidade seletiva. Quando o imunocontedo da HSP27 e da HSP70 foi investigado aps as condies de POG em ambas as reas do hipocampo, no foi observada nenhuma alterao na HSP27 nos tempos de recuperao escolhidos. Por outro lado, observou-se aumento no imunocontedo da HSP70 em ambas as regies 24 horas aps a exposio s condies de POG, sendo este maior no CA1. Quando as quantidades das HSPs nas duas regies em condies basais foram comparadas, observou-se que ambas esto em maior quantidade na regio do DG. Esta diferena poderia estar relacionada com a resistncia morte celular observada no DG, uma vez que, possuindo maior quantidade HSPs, estas poderiam atuar como protetoras contra a morte. Esses resultados sugerem que a via de sinalizao da PI3K pode estar envolvida na vulnerabilidade seletiva observada no hipocampo em resposta condies de POG, e esta no envolve alteraes na fosforilao da AKT. Por outro lado, HSP27 e HSP70 podem estar envolvidas no fenmeno da vulnerabilidade seletiva, protegendo o DG das leses.
Resumo:
A relao entre as concentraes intracelulares de glutationa (GSH) e dissulfeto de glutationa (GSSG), dita o estado redox celular que, por sua vez, modula a atividade de muitos genes e proteínas sensveis s alteraes de potencial redox. As proteínas de choque trmico (HSP) so fundamentais na defesa contra o estresse oxidativo e em processos de reparo celular. J a bomba GS-X codificada pelo gene MRP1 pode regular o estado redox celular exportando dissulfeto de glutationa (GSSG), prevenindo o estresse oxidativo. Nosso objetivo foi verificar a expresso de HSP70, da bomba MRP1 e sua atividade, bem como o metabolismo da glutationa (GSH) no miocrdio e gastrocnmio de ratos submetidos ao exerccio agudo e ao treinamento fsico de natao. Ratos machos Wistar, separados em controle e exerccio (n=6; treinamento de uma semana, com carga de 5% do peso corporal na cauda, temperatura da gua 30C). Aps o exerccio os ratos foram sacrificados e o msculo cardaco e gastrocnmio retirados. Para anlise do estado redox, foram utilizadas tcnicas bioqumicas de anlise do contedo intracelular de GSH e GSSG; para anlise da expresso de HSP70 e MRP1 foram utilizadas tcnicas de SDS-PAGE e Western blotting. A atividade da bomba MRP1 foi medida por tcnicas espectrofotomtricas em membranas isoladas dos msculos em estudo. Os resultados foram expressos como mdia desvio padro da mdia. Foi utilizado o teste de anlise de varincia complementado com o teste de comparaes mltiplas de Student-Newmann-Keus, para p < 0,05. Na anlise do estado redox celular ([GSSG]/[GSH]), o miocrdio no apresentou mudanas significativas, enquanto que o gastrocnmio do grupo exerccio demonstrou aumento nesta modalidade indicando estresse (controle: 0,424 0,056 e exerccio: 3,775 0,466). Com relao expresso de HSP70 (unidades arbitrrias), o miocrdio no apresentou diferena, enquanto o gastrocnmio do grupo exerccio obteve um aumento significativo (controle 0,602 0,047 e exerccio 0,807 0,224). Na expresso da MRP1, o corao apresentou diferena significativa (controle: 0,360 0,028 e exerccio: 0,800 0,094), enquanto o gastrocnmio no. A atividade da bomba MRP1 foi 21,4% maior no corao, e essa atividade foi diminuda pelo treinamento em 27,76% em relao ao controle. Os dados obtidos indicam que o miocrdio parece estar mais protegido do que o gastrocnmio contra o estresse oxidativo induzido pelo exerccio por apresentar maior expresso e atividade da bomba MRP1, uma vez que esta previne o acmulo de GSSG intracelular bombeando o mesmo para o exterior da clula.