11 resultados para Progressão Da Doença
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
A ferrugem da folha a molstia de maior importncia econmica para a cultura da aveia e a resistncia qualitativa, geralmente utilizada para o seu controle, apresenta pouca durabilidade. A utilizao de resistncia parcial, caracterizada pelo progresso lento da molstia, tem sido reconhecida como alternativa para obteno de gentipos com resistncia mais durvel. Os objetivos deste trabalho foram determinar o progresso da ferrugem, o controle gentico da resistncia, e identificar marcadores moleculares associados a essa resistncia, em vrias geraes e anos. Populaes F2, F3, F4, F5 e F6 do cruzamento UFRGS7/UFRGS910906 (sucetvel/parcialmente resistente) (1998, 1999 e 2000) e F2 do cruzamento UFRGS7/UFRGS922003 (1998), foram avaliadas a campo quanto porcentagem de rea foliar infectada, para determinar a rea sob a curva do progresso da doença (ASCPD). Mapeamento molecular, com marcadores AFLP (amplified fragment length polymorphism), foi realizado em F2 e F6, do primeiro cruzamento, identificando marcadores associados resistncia quantitativa (quantitative resistance loci ou QRLs). Resultados de trs anos evidenciaram alta influncia do ambiente na expresso da resistncia, apresentando, entretanto, variabilidade gentica para resistncia parcial nas populaes segregantes. A distribuio de freqncias do carter ASCPD nas linhas recombinantes F5 e F6 foi contnua, indicando a presena de vrios genes de pequeno efeito em seu controle. Estimativas de herdabilidade variaram de moderada a alta. O mapa molecular F2 foi construdo com 250 marcadores, em 37 grupos de ligao, e o mapa F6 com 86 marcadores em 17 grupos de ligao. Cinco QRLs foram identificados na F2 e trs na F6. O QRL identificado na F6, pelo marcador PaaMtt340 apresentou consistncia em dois ambientes.
Resumo:
Objetivos: Descrever o perfil e as complicaes agudas mais importantes das crianas que receberam transplante de medula ssea (TMO) em nosso Servio. Casustica e mtodos: Anlise retrospectiva de 41 pacientes menores de 21 anos transplantados entre Agosto de 1997 at Junho de 2002. Deste total 20 receberam transplante alognico e 21 receberam transplante autognico. Resultados: No TMO alognico a mdia de idade foi de 8,9 + 5,4 anos, sendo 12 pacientes do sexo masculino. As fontes de clulas foram: medula ssea (MO) 12, sangue perifrico (SP) 5, sangue de cordo umbilical no aparentado (SCU) 3. As doenças tratadas foram leucemia linfide aguda (LLA) 7 pacientes, leucemia linfide crnica (LMC) 2; leucemia mielide aguda (LMA) 4; Sndrome mielodisplsica 2; Linfoma de Burkitt 1, Anemia aplstica grave 1; Anemia de Fanconi 1; Sndrome Chediak Higashi 1; Imunodeficincia congnita combinada grave 1. Um paciente desenvolveu doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) aguda grau 2 e trs DECH grau 4. Trs pacientes desenvolveram DECH crnica. Todos haviam recebido SP como fonte de clulas. A sobrevida global foi de 70,0 + 10,3%. A principal causa do bito foi DECH em 3 pacientes e spse em outros 3. Todos os bitos ocorreram antes do dia 100. Um dos pacientes que recebeu SCU est vivo em bom estado e sem uso de medicaes 3 anos e 6 meses ps TMO. No TMO autognico, a mdia de idade foi de 8,7 + 4,3 anos, sendo 11 pacientes do sexo masculino. As fontes de clulas foram SP 16, MO 3, SP + MO 2. As doenças tratadas foram: tumor de Wilms 5; tumores da famlia do sarcoma de Ewing 4; neuroblastomas 3; linfomas de Hodgkin 3; rabdomiossarcomas 2, tumor neuroectodrmico primitivo do SNC 2; Linfoma no Hodgkin 1; LMA 1. A sobrevida global est em 59,4 + 11,7 %. Cinco bitos tiveram como causa a progressão da doença de base, um bito ocorreu devido infeco 20 meses ps TMO e dois bitos foram precoces por spse. As toxicidades mais comuns em ambos os grupos foram vmitos, mucosite, diarria e dor abdominal. Infeces foram documentadas em 58,5% dos pacientes e 46,9% tiveram no mnimo um agente isolado na hemocultura. Os tempos de enxertia de neutrfilos e plaquetas correlacionaram-se com o nmero de clulas progenitoras infundidas. Concluso: A sobrevida de nossos pacientes semelhante encontrada na literatura de outros servios nacionais e internacionais. No encontramos diferena entre os dois tipos de transplante com relao s toxicidades agudas e s infeces.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficcia, a segurana e a farmacocintica da talidomida nos pacientes com cncer colorretal metasttico. Dezessete pacientes com adenocarcinoma colorretal metasttico, previamente tratados com pelo menos um regime de quimioterapia, foram includos no estudo. Os pacientes eram inicialmente tratados com talidomida 200 mg/dia, com um aumento de dose de 200mg a cada duas semanas, at atingir a dose mxima de 800 mg/dia. Os pacientes eram reavaliados a cada duas semanas para toxicidade e a cada 8 semanas para taxa de resposta atravs de exames de imagem. A farmacocintica foi caracterizada em quatro pacientes no nvel de dose de 200 mg/dia.Todos os dezessete pacientes includos foram avaliados no perfil de toxicidade e quatorze pacientes nos critrios de taxa de resposta. A talidomida foi bem tolerada, sendo os principais efeitos colaterais a sonolncia, a tontura, a xerostomia e a constipao. No houve nenhuma resposta objetiva ou doença estvel aps oito semanas de tratamento. A sobrevida global mediana foi de 3,6 meses. A talidomida bem tolerada como agente nico de tratamento, mas no demonstrou nenhuma atividade antitumoral em pacientes com cncer colorretal metasttico, j tratados previamente com outro regime de quimioterapia. Apesar disto, futuros estudos com este agente em estgios iniciais desta neoplasia devem ser considerados, quando as propriedades antiangiognicas desta droga podero ser mais relevantes para a progressão da doença.
Resumo:
Plantas de batata (Solanum tuberosum L.) com sintomas de murcha bacteriana (MB) foram coletadas em 25 lavouras de 10 municpios de quatro regies produtoras do Rio Grande do Sul (RS), de setembro a dezembro de 1999. Quatrocentos e noventa isolados de Ralstonia solanacearum foram obtidos e 96 e 4% identificados como biovares 1 e 2, respectivamente. A anlise dos resultados da PCR-ERIC e BOX de 13 estirpes da biovar 1 e 72 da biovar 2 demonstrou baixa variabilidade gentica. Atravs de RAPD foi possvel associar local de origem do isolado com perfil eletrofortico. Em outro experimento avaliou-se o comportamento de 14 cultivares e clones de batata cultivados nos perodos das safras de primavera de 1999 e 2000, em uma rea naturalmente infestada com a biovar 2, em Caxias do Sul, RS. O nmero de plantas com sintomas foi registrado semanalmente. Os tubrculos produzidos por plantas assintomticas foram coletados e submetidos a testes para detectar a presena de R. solanacearum. A rea sob a curva de progresso da doença foi utilizada para comparar a resistncia dos gentipos de batata MB e o modelo logstico foi o que melhor se ajustou. A cultivar cruza 148 e o clone MB 03 mostraram-se como os mais resistentes, apresentando, no entanto, tubrculos com infeces latentes. As implicaes da incidncia de R. solanacearum em lavouras de batata e de sua variabilidade gentica, assim como da resistncia dos gentipos acompanhada de infeces latentes, no manejo integrado da MB no RS foram discutidas.
Resumo:
Nefropatia diabtica (ND) uma importante complicao crnica do diabetes mellitus (DM), sendo responsvel por uma proporo importante dos novos casos de dilise. Os principais fatores de risco so a hiperglicemia, hipertenso arterial sistmica (HAS), a dislipidemia e o tabagismo. Est claro que a ND apresenta tambm um componente gentico, entretanto os genes envolvidos na sua etiologia ainda no esto totalmente identificados. O sistema renina-angiotensina (SRA) tem um importante papel na gnese e progressão da ND. Recentemente, acumulam-se evidncias que endotelinas tambm podem participar na patognese da ND. As endotelinas so peptdeos com potente ao vasoconstritora e atuam modulando o tono vasomotor, proliferao celular e produo hormonal. Estes peptdeos agem atravs de dois receptores (ET-A e ET-B) que so expressos nas clulas endoteliais e no msculo liso vascular. Ativao destes receptores nas clulas renais levam a uma complexa cascata de alteraes resultando em proliferao e hipertrofia das clulas mesangiais, vasoconstrio das arterolas aferentes e eferentes e acmulo da matriz extra-celular. Essas alteraes hemodinmicas renais esto associadas com o aparecimento e progressão da doença renal no DM. Nveis plasmticos elevados de endotelina-1 (ET-1) tm sido relatados em pacientes com DM, tanto com e sem microalbuminria, sugerindo que a disfuno endotelial relacionada ao DM poderia aumentar a produo vascular de ET-1, que levaria ao dano glomerular. O uso de drogas antagonistas do receptor da ET-1 em situaes de DM experimental tem mostrado propriedades nefroprotetoras, reforando a importncia deste sistema na ND.
Resumo:
As condies ambientais do subtrpico brasileiro favorecem o desenvolvimento da ferrugem da folha da aveia de maneira que a severidade torna-se alta e extremamente danosa. O desenvolvimento de variedades com resistncia parcial (RP), tem sido sugerido como uma estratgia para tornar a efetividade da resistncia ferrugem da folha mais durvel. Este trabalho teve por objetivos determinar a variabilidade, quantificar a herdabilidade e identificar as regies genmicas (QTLs) associadas expresso da RP, em linhagens do cruzamento UFRGS 7 x UFRGS910906, avaliadas na mdia de parcelas. Oitenta e trs linhagens F6:7 e F6:8 e os genitores UFRGS 7 (suscetibilidade) e UFRGS 910906 (parcialmente resistente) foram avaliados, em 2002 e 2003, quanto severidade da ferrugem da folha da aveia no decorrer do ciclo da cultura, em parcelas experimentais. A partir desses dados, foi calculada a rea sob a curva do progresso da doença (ASCPD), a severidade mxima (SM) e o tempo em dias para atingir 12,5% da SM (T12,5). O rendimento de gros (REND) e o peso de hectolitro (PH) das linhagens com RP foram comparados nos tratamentos com e sem fungicida. Uma anlise por intervalo simples foi utilizada para identificar em mapa molecular F6, anteriormente desenvolvido, QTLs associados ASCPD, SM e T12,5. A populao de UFRGS 7 X UFRGS 910906 apresentou variabilidade para os parmetros da RP, com as linhas 211, 238, 241, 243 e 245 apresentando os menores valores de ASCPD, SM e T12,5, nos dois anos. As estimativas de herdabilidade de ASCPD (0,87), SM (0,86), T12,5 (0,76), REND (0,99) e PH (0,64) foram altas. Seis QTLs foram identificados para as caractersticas ASCPD, SM e T12,5, avaliadas com base em parcelas experimentais, nos dois anos de estudo. Os resultados permitem concluir que a avaliao em parcelas da RP ferrugem da folha de UFRGS 910906 efetiva na distino de gentipos resistentes. O nvel de RP conferido por UFRGS 910906 no fornece proteo suficiente para manter o rendimento e qualidade de gros, na presena de alta severidade da molstia. A RP de UFRGS 910906 apresenta um QTL identificado pelo marcador AFLP PaaMtt340 com consistncia de expresso em diferentes ambientes, capaz de ser detectado na avaliao de parcelas experimentais e com potencial para ser explorado atravs do uso de seleo assistida por marcadores moleculares em programas de melhoramento de aveia.
Resumo:
A ferrugem da folha da aveia, causada pelo fungo Puccinia coronata f. sp. avenae, responsvel por grandes decrscimos na produo, afetando tanto o rendimento como a qualidade de gros. O controle atravs do uso de cultivares com resistncia qualitativa tem se mostrado pouco efetivo em termos de durabilidade. Neste sentido, a resistncia quantitativa pode ser uma alternativa de controle vivel, em busca de uma resistncia mais durvel, j que exerce menor presso de seleo sobre a populao patognica. A resistncia quantitativa reduz a taxa de progresso da doença, pela combinao dos diversos componentes que a condicionam, como: longo perodo latente, curto perodo infeccioso, baixa eficincia de infeco e pstulas de comprimento reduzido. No se sabe ao certo o papel individual de cada um destes componentes sobre o progresso da doença no campo, bem como, o nmero de genes que determinam estas caractersticas. Assim, este trabalho visou caracterizar os componentes da resistncia quantitativa (perodo latente, perodo infeccioso, comprimento de pstulas e ASCPD) ferrugem da folha da aveia, em planta adulta e plntulas, tanto em condies controladas como em condies de campo. Para tanto foram utilizadas 83 linhagens recombinantes F6:10 de aveia branca, oriundas do cruzamento de um pai suscetvel (UFRGS 7) com um pai com resistncia quantitativa (UFRGS 910906). As linhagens apresentaram variabilidade para as caractersticas avaliadas, exceto para comprimento de pstulas em planta adulta. Os componentes da resistncia apresentaram distribuio normal, exceto o comprimento de pstulas em planta adulta e o perodo de latncia em plntulas. Isto sugere a presena de vrios genes de pequeno efeito atuando na expresso dos mesmos, no se enquadrando em nenhum modelo de poucos genes. Os resultados sugerem que a resistncia quantitativa ferrugem da folha da aveia resultado da ao conjunta de todos os componentes que a condicionam, e no de apenas um deles. Ainda, mecanismos diferenciados parecem estar atuando em cada gentipo na expresso desta caracterstica.
Resumo:
Base terica: Para pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais (IA2-IIA) e fatores de risco para recorrncia, a radioterapia ps-operatria diminui a incidncia de recorrncia local, embora sem impacto na sobrevida. Os fatores de risco incluem metstases em linfonodos, invaso do espao linfovascular, invaso com profundidade maior do que 10mm, invaso microscpica de paramtrios, histologia no-escamosa e margens cirrgicas comprometidas. Alm disso, essas pacientes possivelmente estejam sob risco de disseminao subclnica da doença, o que no seria afetado pela radioterapia direcionada pelve. Desta forma, esta reviso sistemtica foi realizada com o objetivo de avaliar as evidncias disponveis para a adio de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterpico de pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais com fatores de risco de mau prognstico. Objetivos: Avaliar a sobrevida, a sobrevida livre de progressão e as taxas de recorrncia do cncer de colo uterino em estdios iniciais (estdios IA2-IIA) com fatores de risco para recorrncia, tratado com quimioterapia e radioterapia adjuvantes versus apenas radioterapia adjuvante. Estratgias de busca: Foram realizadas buscas no Cochrane Gynaecological Cancer Group Trials Register (busca realizada em dezembro de 2004), CENTRAL (a partir de 1993), MEDLINE (a partir de 1966), EMBASE (a partir de 1980), LILACS (a partir de 1982), Biological Abstracts (a partir de 1990), CINHAL (a partir de 1984), SciSearch (a partir de 1991) e Cancerlit (a partir de 1963). Tambm foram realizadas buscas em resumos de congressos. Critrios de seleo: Foram includos todos os ensaios clnicos randomizados controlados comparando quimioterapia e radioterapia adjuvantes (grupo interveno) com radioterapia adjuvante apenas (grupo controle) no tratamento do cncer de colo uterino em estdio inicial. Extrao dos dados e anlise: Dois revisores avaliaram de maneira independente os critrios de elegibilidade e de qualidade de cada estudo e extraram os dados. Resultados: Dois estudos randomizados preencheram os critrios de seleo, incluindo um total de 314 pacientes. As pacientes apresentaram diminuio significativa no risco de morte em 48 meses (hazard ratio 0,43, intervalo de confiana IC 95% 0,25 0,76), o que representou uma reduo de 57% no risco de morte e um benefcio absoluto de 17%. Em 48 meses, o risco para sobrevida livre de progressão foi estimado em 0,45 (IC 95% 0,28 - 0,74), o que representa uma reduo de 55% na razo de chances de progressão da doença e um benefcio absoluto de 17%. A recorrncia local em 48 meses foi menor no grupo da interveno (hazard ratio 0,50; IC 95% 0,26 0,98). O risco de recorrncia distncia no foi diferente entre os dois grupos de tratamento (hazard ratio 0,74; IC 95% 0,36 1,52). A recorrncia global favoreceu o grupo de interveno, com razo de chances (RC) de 0,54 (IC 95% 0,33 0,90) em 48 meses. A razo de chances para toxicidade grau 3 foi maior no grupo que recebeu quimioterapia (RC 5,19; IC 95% 2,90 9,29), da mesma forma que a razo de chances para toxicidade grau 4 (RC 4,62; IC 95% 1,96 - 10,86). No foram encontrados dados a respeito de qualidade de vida nos estudos avaliados. Concluso dos revisores: Nesta reviso sistemtica, as evidncias sugerem haver benefcio clnico com a adio de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterpico de pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais e fatores de risco para recorrncia. No entanto, as evidncias so limitadas devido ao pequeno nmero de pacientes includas nos estudos e ao curto perodo de seguimento. H a necessidade de novos ensaios clnicos randomizados nesta rea, com um maior nmero de pacientes, para que os desfechos possam ser adequadamente avaliados.
Resumo:
A doença de Machado-Joseph (DMJ), ou ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3), uma desordem neurodegenerativa autossmica dominante, originalmente descrita em famlias de ancestralidade portuguesa-aoriana. Incordenao generalizada da marcha, dos membros e da fala podem estar presentes nos pacientes afetados por essa doença. O incio das manifestaes clnicas ocorre, em geral, entre os 30 e os 40 anos, apresentando uma progressão bastante lenta. O tempo mdio de sobrevida depois do incio da doença de 14 a 17 anos. O gene associado doença, denominado MJD1, foi identificado em 1994 e localiza-se no cromossomo 14. Este gene se caracteriza por apresentar uma repetio nucleotdica CAG na regio 5` do exon 2. O nmero destas repeties polimrfico na populao, sendo que indivduos normais apresentam de 12 a 37 repeties CAG, enquanto os afetados pela DMJ podem apresentar de 61 a 84 repeties. Um recente estudo mundial de hapltipos demonstrou a presena de dois diferentes hapltipos em famlias de origem aoriana, que so especficos ilha de origem. Em famlias da poro continental de Portugal, os dois hapltipos foram encontrados. A maioria das famlias no portuguesas tambm compartilha o mesmo hapltipo encontrado em famlias originrias da ilha de Flores, mas trs outros hapltipos foram encontrados nessas famlias. At o momento, a hiptese mais forte declara que a difuso da mutao original est diretamente ligada imigrao portuguesa-aoriana No presente estudo, esta hiptese foi testada atravs da anlise de disequilbrio de ligao de trs polimorfismos intragnicos (A669TG/C669TG, C987GG/G987GG, TAA1118/TAC1118). O polimorfismo na posio 669 foi identificado por PCR seguido de SSCP e confirmado por sequenciamento direto. Os polimorfismos nas posies 987 e 1118 foram detectados por PCR alelo-especfico. Os resultados obtidos indicaram que o hapltipo intragnico A-C-A estava associado ao alelo com a expanso na maioria dos pacientes (92%). Estes resultados confirmam achados em outros estudos. Isto indica que uma nica mutao na DMJ foi introduzida em vrias populaes, seguida de um efeito fundador local, e indicando tambm que provavelmente esta mutao muito antiga. E, para finalizar, baseado neste estudo e comparando com dados gerados no estudo mundial de hapltipos, pode-se especular que a origem da mutao associada a DMJ nos pacientes do sul do Brasil proveniente da ilha de Flores.
Resumo:
A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doença cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progressão da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progressão nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doença renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.