85 resultados para População em Situação de Rua

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A rua tem sido utilizada como contexto de desenvolvimento por crianas e adolescentes. importante questionar como essa trajetria, permeada de eventos de risco, pode afetar ou influenciar o desenvolvimento moral e emocional dessa população. As emoes morais, como culpa, vergonha, orgulho, so constantes e universais. No entanto, as variaes em seu contedo moral resultam da interao com o contexto histrico e cultural. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar e descrever a expresso das emoes morais de crianas e adolescentes em situação de rua a partir da aplicao de uma entrevista semi-estruturada e do instrumento psicolgico Scripted Cartoon Narrative Bullying. Atravs da insero ecolgica no contexto da rua, foram selecionadas 17 participantes, de ambos os sexos, com idades variando entre 11 e 16 anos (M= 14,05 ; DP = 1,24), para participarem da pesquisa. Os resultados apresentam uma descrio da expresso das emoes morais de crianas e adolescentes no contexto ecolgico da rua. Integrando os resultados encontrados pode-se afirmar que as crianas e os adolescentes em situação de rua possuem e expressam emoes morais que refletem suas vivncias cotidianas. Ou seja, a rua e a trajetria de vida dessa população no impede o desenvolvimento moral e emocional, mas essas vivncias oferecem diferentes conceitos e interesses morais e afetivos. Pode-se concluir que esses meninos e meninas apresentam respostas diferentes, de forma mais significativa, na organizao das suas expresses afetivas e emocionais s transgresses. Os achados sugerem que essas respostas e expresses so construdas nas suas experincias sociais, incluindo as de maltrato, violncia e vitimizao.

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O presente estudo visou a investigar a percepo de adolescentes em situação de rua, de profissionais de sade e educadores acerca da condio de sade dos primeiros. A pesquisa foi realizada em duas instituies destinadas a crianas e adolescentes em situação de rua (servio de atendimento sade e abrigo diurno) e teve como participantes doze adolescentes, cinco profissionais de sade e quatro educadoras. Dois estudos foram delineados para analisar as concepes de sade e doena de cada grupo de participantes, a sua percepo acerca da influncia da rua sobre a sade dos adolescentes, as principais doenas enfrentadas, as estratgias utilizadas para cuidar da sade e a rede de apoio. Os resultados sugerem que necessria uma anlise dinmica entre os diversos fatores de risco e proteo relacionados ao contexto, s caractersticas individuais dos adolescentes e rede de apoio existente. Entre os fatores de risco, destacam-se: as condies inadequadas de vida (falta de proteo s variaes ambientais, condies inadequadas de higiene etc.), o uso de drogas e a violncia. J os fatores de proteo citados foram: a busca da rua como uma "estratgia saudvel" diante do ambiente familiar violento, a existncia de uma rede de assistncia a essa população, assim como da resistncia criada pelos adolescentes ao contgio de algumas doenas. A anlise do binmio risco/proteo permite uma viso mais realstica da influncia da situação de rua sobre a sade e, ainda, a superao de uma viso de sade e doena como uma questo esttica, a-histrica e unidimensional. Por fim, ressalta-se a validade da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano e da sua relao com os enfoques da Resilincia e da Psicologia Positiva para o estudo do desenvolvimento humano em contexto, assim como dos processos desenvolvimentais relacionados formao de comportamentos saudveis, mesmo diante das situaes adversas oferecidas pelo contexto da rua.

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Este estudo objetivou um quadro descritivo sobre as atividades cotidianas de crianas em situação de rua, alm de investigar suas opinies sobre o brincar, as companhias de brinquedo, os espaos de brincadeira e os de trabalho. Considerando os limites do estudo em ambiente natural e, principalmente, a dinmica do espao da rua, foram utilizados trs instrumentos, complementares entre si: observao com registro cursivo, entrevista estruturada e jogo de sentenas incompletas. A amostra foi composta por vinte (20) crianas em situação de rua, do Centro de Porto Alegre, com idades entre seis de doze anos. Os dados demogrficos mostraram que estas crianas, em sua maioria, tm contato dirio com a famlia, e j tiveram alguma experincia escolar e com o trabalho. Os dados de observao mostram que estas crianas, no espao de rua, encontram-se em constante movimentao, brincando, interagindo com diversos pares (adultos, adolescentes e crianas) e trabalhando. O seu prprio corpo e os objetos deste espao so seus brinquedos mais freqentes, e a conversa o sentido mais freqente de suas interaes. O jogo de sentenas trouxe dados que mostram que estas crianas, geralmente, conceitualizam o brincar pelo processo de realizao da atividade, e pelos brinquedos que utilizam. Suas companhias mais freqentes so outras crianas, amigos ou familiares. O trabalho uma atividade relacionada prpria situação de vida das crianas. Ele necessrio, promove a subsistncia e caracteriza o desenvolvimento destas crianas, onde coexistem aspectos evolutivos da infncia e da idade adulta. Os resultados deste estudo mostram a importncia de: a) investigar o desenvolvimentos destas crianas de forma contextual, estando-se atento para suas caractersticas pessoais e para interao bidirecional pessoa- ambiente; b) compreender e significar o brinquedo no espao da rua, instrumentalizando profissionais que trabalham com estas crianas, e elas prprias, para valorizar aspectos saudveis do desenvolvimento; c) aprofundar estudos sobre a conceitualizao e significado do trabalho no espao da rua, avaliando os resultados dentro de uma viso ecolgica do desenvolvimento.

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O presente estudo visou identificar a relao estabelecida entre os adolescentes em situação de rua e as instituies de atendimento a eles destinadas. Foram comparados os significados que os adolescentes em situação de rua atribuem s instituies de atendimento com os objetivos destes locais presentes nos documentos ali produzidos e segundo os seus dirigentes e/ou coordenadores. Foram realizados trs estudos interdependentes, sendo o primeiro feito com os adolescentes em situação de rua no centro da cidade de Porto Alegre. O segundo estudo foi realizado com as instituies mais citadas pelos participantes do estudo anterior e o terceiro estudo teve como participantes os dirigentes e/ou coordenadores destas instituies. Os resultados demonstram haver, de uma maneira geral, uma coerncia entre os objetivos institucionais presentes nos documentos analisados, na fala dos adolescentes e dos dirigentes destes servios. Isto ocorre, principalmente, em relao ao objetivo do suprimento das necessidades bsicas das crianas e adolescentes atendidas pelas instituies, havendo algumas incoerncias em relao ao objetivo de reinsero social. Esta apontada como uma das principais dificuldades enfrentadas pelas instituies de atendimento, sendo discutidas as principais implicaes desta dificuldade. A partir da realizao dos estudos, foi possvel constatar, ainda, a existncia de uma trajetria de vinculaao institucional que demonstra a forma como os jovens em situação de rua se relacionam com a rua, as instituies de atendimento e a famlia. Por fim, importante ressaltar o papel da insero ecolgica da equipe de pesquisa nos diferentes contextos investigados, garantindo a validade ecolgica dos dados e apontando uma srie de aspectos que contriburam para melhor compreender a relao estabelecida entre os jovens em situação de rua e as instituies de atendimento a eles destinadas.

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Esta tese apresenta dados de um estudo descritivo exploratrio com crianas em situação de rua da cidade de Ribeiro Preto, interior do Estado de So Paulo. Foi abordada, atravs de uma perspectiva ecolgica, a temtica da infncia, abrangendo seus significados e determinaes para estas crianas, questes de temporalidade e da identificao, descrio e significao de atividades cotidianas em situação de rua. A amostra foi composta por dez crianas com idades entre oito e onze anos, de ambos os sexos. Com base nos pressupostos terico-metodolgicos da Teoria dos Sistemas Ecolgicos e na reviso da literatura nas reas da Histria, Psicologia e Psicopatologia do Desenvolvimento foram criados quatro instrumentos de pesquisa (entrevista scio-demogrfica, jogo de sentenas incompletas sobre a infncia, entrevista semi-estruturada sobre o tempo e gravuras sobre atividades cotidianas em situação de rua), aplicados na prpria situação de rua. Os dados mostram: a) a diversidade da rua enquanto ambiente de desenvolvimento, b) a presena de contatos familiares freqentes na vida das crianas, c) a defasagem escolar caracterstica, d) a infncia definida dentro de parmetros ideais propostos no macrossistema, e) a vivncia do tempo estruturada em rotinas onde a cronologia no se encontra presente de forma incisiva, f) as atividades cotidianas abrangendo diferentes significaes, com expresses de diversos afetos e opinies sobre o viver a situação de rua. A Teoria dos Sistemas Ecolgicos sustenta a anlise destes dados dentro de parmetros de integrao entre as dimenses Tempo, Pessoa, Processo e Contexto, viabilizando a valorizao da criao de instrumentos que favoream a descrio e anlise da realidade pelos prprios participantes da pesquisa e a proposta e sustentao de projetos de interveno nesta realidade.

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O objetivo deste trabalho foi identificar as expectativas futuras de adolescentes em situação de rua, em relao educao, ao trabalho, famlia e moradia, examinando as interconexes existentes entre elas e buscando compreender os fatores relacionados ao processo de construo e desconstruo dos projetos de vida. luz da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano, cada tema foi investigado considerando a dimenso Tempo em toda a sua extenso, buscando fatores no presente e no passado que fornecessem subsdios para entender o processo de construo de projetos futuros. A amostra foi composta por 14 adolescentes em situação de rua, do sexo masculino, com idades entre 12 e 16 anos, encontrados nas ruas de Porto Alegre e identificados por cinco fatores principais: 1) atividades realizadas nas ruas; 2) vinculao familiar; 3) aparncia pessoal; 4) local de permanncia; e, 5) presena/ausncia de um adulto responsvel. Na primeira etapa da pesquisa, foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, baseada nos fatores ecolgicos de Contexto, Tempo e Processo. As entrevistas foram submetidas anlise de contedo. Na segunda etapa da pesquisa, baseada no mtodo autofotogrfico, os adolescentes receberam uma cmera fotogrfica e foram solicitados a registrar 12 fotografias em resposta pergunta "Como voc se v no futuro?". Aps a revelao, as fotos foram entregues aos participantes e, com base nestas, foi realizada nova entrevista. As imagens fotogrficas foram submetidas anlise de contedo, de acordo com o mtodo citado. Os dados mostraram que, em geral, os adolescentes em situação de rua apresentam projetos futuros bem elaborados em relao s reas profissional, familiar, educacional e habitacional. Sobre as expectativas profissionais, os adolescentes almejaram trabalhar em diferentes profisses, buscando principalmente a melhoria financeira e a valorizao social atravs do resultado final do trabalho. Apesar dos conflitos vivenciados no contexto familiar presente, os adolescentes apresentaram o desejo de constituir famlia, buscando um modelo tradicional formado por esposa e filhos. Os participantes depositaram grande importncia na Educao como forma de ascenso profissional, indicando o estudo como principal forma de realizao de seus projetos. Todos os adolescentes referiram a inteno de continuar ou retomar os estudos no futuro. Os adolescentes buscaram a prpria insero social atravs da mudana do local de moradia. Configurou-se, como principal expectativa, a sada das favelas e a ida para os bairros, percebidos como setores mais valorizados socialmente, com menos riscos vida e sade de seus moradores.

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Este trabalho objetivou descrever brincadeiras de crianas que vivem ou trabalham pelas ruas de uma capital brasileira, relacionando esta atividade com a realidade do ser criana e a condio de estar em situação de rua. Atravs de insero ecolgica no contexto da rua, a equipe de pesquisa observou sistematicamente 57 episdios de atividades ldicas de 72 crianas como parte de seu cotidiano. Alm disso, 12 crianas da amostra foram sorteadas e passaram por uma entrevista semi-estruturada que continha 13 questes para o levantamento de dados demogrficos e um jogo de sentenas incompletas sobre o brincar. Tal jogo contou de 25 sentenas divididas em cinco partes: o significado do brincar, preferncias e desejos, grupos/companhias, contexto e trabalho. A maioria dos grupos observados era formada apenas por meninos (89%). A idade mdia dos participantes foi de 11 anos e trs meses (DP=2,38). Os resultados apresentam uma descrio do brinquedo de crianas em situação de rua neste contexto ecolgico. Aspectos relacionados cultura da rua e os aspectos de risco e proteo ao desenvolvimento humano so apontados e discutidos. Percebe-se que brincando na rua, as crianas passam grande parte do tempo longe dos adultos /cuidadores e expostas s mais diversas situaes de risco, como a violncia fsica e emocional. Porm, as crianas criam mecanismos prprios de proteo contra estas adversidades e, assim, continuam brincando. Andam em grupos conhecidos e coesos e sempre matem a ateno no que est acontecendo a sua volta. O seu prprio corpo e os objetos deste espao so seus brinquedos mais freqentes, apesar de no serem os preferidos. As crianas brincam com qualquer objeto, sejam sucatas, lixo, etc., demonstrando capacidade de imaginao, criatividade e, talvez, at mesmo um distanciamento da sua realidade imediata. Tal fato pode reafirmar uma alta capacidade adaptativa para a manuteno de um desenvolvimento saudvel mesmo num ambiente hostil como o contexto da rua. A rua foi o local relatado como o preferido para brincar, em detrimento da casa e da escola. Brincando na rua , estas crianas podem correr, subir em rvores, nadar, enfim, explorar uma variedade de ambientes, porm, a prpria condio de ser uma criana em situação de rua impe limites claros, como a violncia. A rua no deve ser considerada como um ambiente inteiramente desfavorvel, mas como um contexto de desenvolvimento.

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o presente trabalho uma anliseda evoluo,no perodo 1986-1997,da demandade transportesna Regio Metropolitanade Porto Alegre -RMPA, considerando as taxas mdias de viagens dirias dos indivduos, agrupados segundo caractersticas scio-demogrficas e econmicas comuns. A evoluo temporal da mobilidade enfocada pelos deslocamentos necessrios execuo das atividades humanas, as quais vo se modificando com o tempo, sob influncia de aspectos de natureza fsica-espacial e relacionados s caractersticas sociais e comportamentais das sociedades industrializadas, tais como a queda da fertilidade, o crescimento da expectativa de vida, a elevao do nvel educacional, a maior participao das mulheres no mercado de trabalho, a motorizao. Adotando a segmentao como tcnica para anlise de comportamento da gerao de viagens e do Chi-squared Automatic Interaction Detection-CHAID como instrumento de modelagem, foram obtidas as taxas de viagens de grupo de indivduos, com base nos dados da pesquisa de origem e destino, realizada em 1986, na RMPA. Esses segmentos, organizados a partir da combinao de oito critrios sciodemogrficos e econmicos, individuais ou familiares, permitiram analisar o comportament Considerando a ocupao dos indivduos, principal varivel na estruturao da mobilidade de uma população, foi examinada a situação dos trabalhadores e das donas de casa, pelas suas condies diversas quanto regularidade e compulsoriedade das atividades. Observou-se que as taxas mdias dessas categorias eram diferentes, sendo mais altas as dos trabalhadores, enquanto o comportamento de ambas era similar, aumentando com o crescimento do nvel educacional dos indivduos, com a posse de automveis e a presena de crianas nas famlias. Com o mesmo tipo de dados, coletados na pesquisa realizada em 1997, foram calculadas as taxas mdias para os grupos obtidos com a segmentao, sendo possvel cotejar os resultados e compreender a relao entre as mudanas no comportamento da gerao de viagens e nos indicadores scio-demogrficos e econmicos. A hiptese de estabilidade temporal da mobilidade na RMPA, de 86 para 97, no foi confirmada na maioria dos casos. A seguir, esses resultados foram comparados aos obtidos em estudos feitos na Regio Metropolitana de So Paulo, com a aplicao da mesma metodologia e utilizao de dados das pesquisas de origem e destino realizadas em 77 e 87. Foram constatadas as diferenas na evoluo das taxas dos trabalhadores e donas de casa, entre uma regio metropolitana e outra; e destacada a importncia de algumas variveis, presentes nos dois estudos de caso, para explicar a mobilidade. Ressalta-se, por fim, a necessidade de estudos desta natureza, valorizando a execuo de pesquisas e o seu aproveitamento no planejamento de transportes.

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Infelizmente os problemas relativos a recursos hdricos, conseqentes do crescimento urbano desordenado tm ocupado, com uma freqncia cada vez maior, a manchete dos noticirios. A impermeabilizao das superfcies vem provocando o aumento das enchentes nas cidades, e a população a principal vtima de suas aes. Para contornar os problemas relativos aos alagamentos de uma maneira sustentvel, o enfoque adotado a soluo dos problemas o mais prximo possvel de sua origem. Uma medida sugerida o controle das vazes na sada dos lotes, atravs de microrreservatrios de deteno. No entanto, pouco se sabe sobre a ao distribuda dos microrreservatrios na bacia. A partir da constatao desta falta de informao, este trabalho buscou avaliar o efeito do controle na fonte, atravs da utilizao do microrreservatrio de lote, sobre a macrodrenagem urbana. Para isso, optou-se pela montagem de uma bacia hipottica, cujas superfcies de escoamento foram representadas em detalhe (telhado, calada, rua, jardim, microrreservatrio, etc.), e atravs de simulaes numricas avaliou-se o impacto com a utilizao dos microrreservatrios. Foram dimensionados microrreservatrios para vrias combinaes de TRs e vazes de descarga, e testados na bacia. Foi possvel obter nveis de eficincia na bacia na ordem de 50 a 70%, de acordo com a vazo na sada dos lotes, e verificou-se que ao fixar at 3 vezes a vazo de pr-urbanizao na sada do lote possvel obter uma eficincia da mesma ordem daquela obtida ao controlar a vazo de pr-urbanizao. A vantagem obtida ao permitir maiores vazes na sada dos lotes o aumento do dimetro do descarregador de fundo, que para as vazes menores resultaram muito pequenos, e possivelmente inviveis em uma situação real. Uma anlise econmica foi realizada, a partir dos critrios de dimensionamento usados para os microrreservatrios e redes de drenagem, na tentativa de encontrar evidncias indicando uma alternativa de projeto eficiente e ao mesmo tempo econmica. A anlise mostrou que o custo global (microrreservatrios + redes) pode ser, em alguns casos, maior que o custo de implantao de uma rede de drenagem sem microrreservatrios. No entanto, para as vazes de restrio maiores (3 a 5 vezes a vazo de pr-urbanizao) a diferena diminuiu. Portanto, desde que haja capacidade na rede coletora, a utilizao de vazes de restrio em torno de 3 vezes a vazo de prurbanizao parece ser a alternativa mais adequada.

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Sob a influncia de instrumentos analticos ps-estrututalistas, especificamente de abordagens associadas a Michel Foucault, bem como de dimenses dos Estudos Culturais e da etnografia, o trabalho aborda a caracterizao da população presente nas escolas municipais de POA face s Polticas de Incluso adotadas, agrupada prioritariamente nas Turmas de Progresso agrupamento provisrio de estudantes aos quais se atribuem defasagens entre a idade cronolgica e o nvel de conhecimentos adotadas no Projeto Escola Cidad: Ciclos de Formao. Os integrantes dessas turmas eram, na situação estudada, crianas e jovens pobres, multirepetentes, alguns com dficts orgnicos e ou psicolgicos, muitos com carncias materiais e afetivas graves, na maioria das vezes negros, sendo muitos deles oriundos de Classes Especiais. Havia tambm entre eles/as internos/as da antiga FEBEM, meninos/as de rua e na rua em suma eram sujeitos que poderiam incluir-se na categoria dos anormais discutida por Foucault (1997) e/ou dos estranhos tal como foi nomeada por Bauman (1998). Analisam-se, tambm, na tese instrumentos usados nas prticas pedaggicas - as fichas da secretaria, os relatrios de avaliao, os dossis que atuam na constituio e disciplinamento desses sujeitos/alunos e tambm de suas professoras. A percepo de que preciso dar aula para quem no sabe ainda ser aluno e aluna e da negao do papel produtivo da pedagogia neste processo de constituio, sujeio e disciplinamento emerge das discusses conduzidas a partir de constataes feitas relativamente aos grupos estudados.

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A crescente preocupao com a melhor qualidade do meio ambiente, seja por fora da legislao ou pela conscientizao da população, faz com que surjam novas tcnicas que auxiliam as empresas a participarem ativamente da construo de um modelo de produo ambientalmente sustentvel e economicamente vivel. Dentre estas novas tcnicas, destaca-se a aplicao dos conceitos do Ecodesign, que propem a integrao dos aspectos ambientais no projeto de novos produtos, que o tema deste trabalho. A questo de pesquisa, refere-se a como as empresas do setor moveleiro tratam as questes ambientais, sob a tica do Ecodesign. A partir desta questo, foi determinado o objetivo geral de identificar prticas e posturas associadas ao Ecodesign, nas empresas moveleiras filiadas ao Sindicado das Indstrias Moveleiras de Bento Gonalves, no RS. Os objetivos especficos visaram verificar a postura ambiental das empresas pesquisadas, identificar as atuais prticas relacionadas ao Ecodesign e identificar as principais dificuldades de implantao dos conceitos, apontadas pelos gestores das empresas pesquisadas. Como base terica, foi realizado um estudo do Ecodesign, comparando diferentes vises e uma reviso do atual panorama do setor moveleiro, em nvel nacional e mundial. O mtodo escolhido foi o estudo descritivo, com a utilizao de um questionrio composto por questes voltadas a atingir os objetivos propostos, aplicado em 27 empresas do setor moveleiro. Como concluso deste estudo, verificou-se que as empresas pesquisadas possuem uma postura de receptividade mdia frente s questes ambientais, embora no atuem de forma pr-ativa, pois esperam a concretizao de tendncias para agirem. H um grande potencial para implantao de tcnicas que causem menor impacto ao meio ambiente, pois j so utilizadas algumas que podem ser relacionadas ao Ecodesign, mas ainda no so exploradas plenamente pelas empresas.