37 resultados para Modelos de separação de efeitos

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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o objetivo principal da pesquisa analisar a influncia conjunta do tamanho e da velocidade de deformao (ou velocidade de alongamento) nas propriedades mecnicas do ao, procurando determinar a possvel existncia de acoplamento produzido com a variao conjunta dos dois parmetros. A pesquisa inclui a reviso bibliogrfica, a anlise terica do assunto e um estudo experimental com 130 corpos de prova de diferentes tamanhos, extrados duma nica chapa grossa de ao, ensaiados com diferentes velocidades de deformao, obtendo resultados de distintas variveis (resistncia trao, deformao de ruptura, energia consumida por unidade de volume, deformao correspondente resistncia trao e reduo da rea na zona de escoamento). As principais concluses da anlise terica so: a) Levando em considerao que o conceito de comprimento caracterstico do material de fundamental importncia para interpretar o efeito de tamanho, se determina a forma geral da funo f que define o fenmeno, para materiais com um e dois comprimentos caractersticos. b) Por analoga, para analisar o efeito produzido pela velocidade de deformao se pode supor a existncia de uma, o mais de uma, velocidade de deformao caracterstica do material, resultando uma funo f que tem a mesma forma geral que no efeito de tamanho. c) Os atuais modelos que interpretam os efeitos de tamanho e de velocidade de deformao podem ser expressados na forma das expresses gerais encontradas. d) Tambm se determina a forma geral da funo.f que define o efeito conjunto de tamanho e de velocidade de deformao quando no existe acoplamento das duas variveis e no caso geral de um material com um comprimento e uma velocidade de deformao caracterstica Os principais resultados do estudo experimental so: a) A variao das propriedades quando varia o tamanho, a velocidade de deformao, a posio na espessura e a regio da qual extrado o corpo de prova. b) Existe acoplamento dos dois efeitos claramente significativo para a resistncia trao e a deformao correspondente resistncia trao, apenas significativo para a deformao de ruptura e a energia consumida por unidade de volume e no significativo para a reduo da rea na zona de escoamento. c) Do estudo experimental da resistncia trao resulta que o acoplamento dos dois efeitos tal que quando aumenta a velocidade de deformao e diminui o tamanho o efeito conjunto se acentua e quando diminui a velocidade de deformao e aumenta o tamanho o efeito conjunto se atenua. d) Com base nos critrios existentes que analisam os dois efeitos por separado deinido um novo critrio para a resistncia trao, incorporando termos que permitem interpretar o acoplamento dos dois efeitos, obtendo um melhor resultado que reduz a soma de quadrados dos resduos em 20 % . As concluses da tese proporcionam maior informao terica e experimental dos efeitos de tamanho e de velocidade de deformao nas propriedades mecnicas dos materiais que podem contribuir para adotar decises na considerao destes efeitos nas estruturas.

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Em um ambiente tpico de cidade, onde vrios edifcios altos e outros tipos de edificaes encontram-se agrupados em grande proximidade, cada edifcio pode influenciar o campo aerodinmico dos outros e, portanto, as foras do vento agindo sobre os outros ao seu redor. A influncia da vizinhana em determinadas situaes pode ser favorvel, por exemplo, servindo como proteo incidncia direta do vento. Entretanto, h casos em que a ao do vento pode causar efeitos indesejveis: picos de suco localizados, aumento dos valores mdios das foras cortantes, momentos fletores e momentos torores atuantes na edificao. Este trabalho visou analisar a resposta torcional devida aos efeitos estticos da ao do vento em modelos reduzidos ensaiados no tnel de vento, de diversas configuraes arquitetnicas, simulando as principais caractersticas reais do escoamento em que a edificao est imersa. Os resultados experimentais obtidos nos ensaios foram comparados com estimativas tericas indicadas nas normas brasileira, canadense e alem, e por um trabalho de pesquisa realizado por Isyumov, no Canad. A anlise dos resultados demonstrou que a NBR-6123, na sua recomendao das excentricidades das foras de arrasto para clculo do momento toror, subestima a indicao para a excentricidade na situao de edificaes isoladas, porm cobre a maioria dos casos na prescrio da excentricidade para a situao de prdios submetidos aos efeitos de vizinhana.

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Apomorfina um potente agonista dopaminrgico D1/D2, utilizada no tratamento da Doena de Parkinson. Em maio de 2001, apomorfina HCl foi aprovada para utilizao no tratamento da disfuno ertil, aumentando o nmero de usurios potenciais deste frmaco. Estudos sugerem que apomorfina e outros agonistas dopaminrgicos podem induzir neurotoxicidade mediada por seus derivados de oxidao semiquinonas e quinonas, os quais levam formao de espcies reativas de oxignio. Os objetivos do presente estudo foram de avaliar os possveis efeitos genotxicos, antimutagnicos, citotxicos de apomorfina (APO) e de um produto derivado de sua oxidao, 8-oxo-apomorfina-semiquinona (8-OASQ), utilizando o teste Salmonella/microssoma, Mutoxiteste WP2, ensaio Cometa e teste de sensibilidade em Saccharomyces cerevisiae. Em adio, foram avaliados os efeitos de APO e 8-OASQ sobre a memria e o comportamento em ratos (tarefa de esquiva inibitria, comportamento e habituao ao campo aberto) e o comportamento estereotipado em camundongos. Ambos compostos induziram mutaes por erro no quadro de leitura em linhagens de S. typhimurium TA97 e TA98, sendo que 8-OASQ foi cerca de duas vezes mais mutagnico que APO, na ausncia de S9 mix. Para linhagens que detectam mutgenos oxidantes, 8-OASQ foi mutagnico, enquanto APO foi antimutagnico, inibindo a mutagenicidade induzida por H2O2 e t-BOOH em linhagens de S. typhimurium e derivadas WP2 de E. coli. O S9 mix inibiu todos os efeitos mutagnicos, provavelmente retardando a oxidao de APO ou devido conjugao de APO e seus produtos de autoxidao, como 8-OASQ, a protenas do S9. Em testes de sensibilidade com S. cerevisiae, APO foi citotxica para algumas linhagens apenas nas doses mais altas. Para 8-OASQ este efeito foi dose-depende para todas as linhagens, sendo que as mutantes deficientes em catalase (ctt1), superxido dismutase (sod1) e yap1 foram as mais sensveis. APO protegeu as linhagens de S. cerevisiae contra danos oxidativos induzidos por concentraes altas de H2O2 e t-BOOH, enquanto que 8-OASQ aumentou os efeitos pr-oxidantes e induziu respostas adaptativas para aqueles agentes. APO e 8-OASQ induziram efeitos de prejuzo na memria de curta e de longa durao em uma tarefa de esquiva inibitria em ratos. APO, mas no 8-OASQ, prejudicou a habituao a um novo ambiente de forma dose-dependente. Os efeitos de prejuzo de memria no foram atribudos reduo da nocicepo ou outra alterao inespecfica de comportamento, visto que nem APO e nem 8-OASQ afetaram a reatividade ao choque nas patas e comportamento durante a explorao ao campo aberto. Os resultados sugerem, portanto, que os produtos de oxidao de dopamina ou de agonistas dopaminrgicos podem induzir deficincias cognitivas.APO, mas no 8-OASQ, induziu comportamento estereotipado em camundongos machos CF-1. A falta da induo deste comportamento por 8-OASQ sugere que a autoxidao de APO causa a perda na sua habilidade de ligar-se a receptores dopaminrgicos. Pelo ensaio Cometa, 8-OASQ provocou danos ao DNA do tecido cerebral de camundongos sacrificados 1 h e 3 h, mas no 24 h aps sua administrao, enquanto que APO induziu um fraco aumento da freqncia de dano ao DNA 3 h aps o tratamento. Esses resultados sugerem que ambos APO e 8-OASQ desempenham uma atividade genotxica no tecido cerebral.

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A estimulao (manipulao) neonatal tem servido como modelo para observar os mecanismos pelos quais as variaes no ambiente do recm-nascido podem afetar seu desenvolvimento quando adulto. Por outro lado, a separação maternal um modelo que analisa a importncia do cuidado parental para o desenvolvimento da prole. Quando adultos, ratos que foram manipulados periodicamente na infncia apresentam menor reatividade ao estresse, enquanto aqueles que sofreram privao maternal peridica so mais medrosos e podem apresentar dficits de desenvolvimento e aprendizado. Este trabalho teve por objetivo investigar se a manipulao por 1 minuto ou a separação peridica por 180 minutos dos filhotes no perodo neonatal poderiam alterar o comportamento da me destes filhotes. Avaliou-se o tempo em que a me fica em contato com os filhotes, o tempo em que ela fica lambendo-os e a durao do comportamento de amamentao com o dorso arqueado. A durao destes comportamentos foi observada no primeiro, quinto e dcimo dia aps o nascimento, antes, logo aps, 40 e 80 minutos aps a manipulao e a separação, sendo que os filhotes foram submetidos a estes estresses durante os primeiros 10 dias ps-parto. Em conjunto, nossos resultados mostraram que tanto a manipulao por 1 minuto como a separação por 180 minutos aumentaram a durao do comportamento de lamber os filhotes nos primeiros dez dias aps o parto. O aumento deste comportamento ocorreu imediatamente aps o retorno dos filhotes caixa, mas no se manteve alto e voltou ao nvel do grupo controle aps um perodo de tempo. No grupo manipulado houve uma reduo do tempo em que a me fica junto aos filhotes logo aps a manipulao, comparado aos outros grupos. Nossos resultados mostram que tanto a estimulao dos filhotes pela manipulao como a privao materna pelo afastamento prolongado provocam aumento do comportamento maternal, expressado pelo comportamento de lamber, logo aps o retorno dos filhotes ao ninho. As alteraes comportamentais ou de responsividade ao estresse no adulto, induzidas por eventos ambientais durante o perodo neonatal (manipulao ou privao materna) podem ser causadas pelo efeito da interveno direta sobre os filhotes ou pela alterao do comportamento maternal.

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Eventos precoces, particularmente diferentes tipos de estresse, como hipxiaisquemia, infeces, desnutrio/hipernutrio e negligncia materna, podem trazer conseqncias para toda a vida. Tais conseqncias variam conforme a qualidade, a intensidade e a janela de tempo em que o agente agressor atuou, alm da susceptibilidade do organismo que o recebeu. Os mecanismos pelos quais estes eventos levam a tais alteraes ainda no esto totalmente esclarecidos, mas sabe-se que esta fase da vida constitui-se ao mesmo tempo de um perodo de hiporresponsividade ao estresse, assim como uma fase crtica para desenvolvimento de diversos rgos e sistemas. Sabe-se que desafiando a homeostasia do organismo nesse momento, ocorre uma programao de diversos sistemas envolvidos na resposta ao estresse a um novo equilbrio funcional, o que pode alterar a relao sade-doena na vida adulta. Dentre os modelos para o estudo de intervenes precoces, temos a Manipulao Neonatal, que consiste numa separação breve da me, durante o perodo hiporresponsivo ao estresse. Nesse trabalho usou-se a separação por 10 min, nos primeiros 10 dias de vida. A partir desta interveno animais tornam-se menos reativos ao estresse, apresentam comportamento menos ansioso frente a estressores e tm comportamento alimentar caracterizado por um aumento no consumo de alimento palatveis, sem alterao no consumo de rao padro. O controle da alimentao envolve basicamente dois componentes, um homeosttico e outro hednico. A preferncia alimentar alterada dos animais manipulados no perodo neonatal indica possivelmente uma alterao da percepo hednica do alimento. As vias dopaminrgicas mesolmbicas esto associadas a recompensas naturais ou biolgicas como alimentao, sexo, drogadio. Sabe-se que animais manipulados no perodo neonatal apresentam reduo de receptores D3 no ncleo acumbens. A Imipramina um antidepressivo tricclico que age principalmente por inibio da recaptao de serotonina e noradrenalina, e com aes indiretas sobre o sistema dopaminrgico e eixo Hipotlamo Pituitria - Adrenal. Seu uso crnico refora a capacidade do organismo de enfrentar o estresse e de sentir recompensas naturais como a da alimentao. O objetivo desse trabalho foi investigar se o tratamento crnico com Imipramina reverteria o comportamento alimentar alterado de animais manipulados no periodo neonatal. Adicionalmente investigou-se o efeito deste tratamento sobre outras alteraes comportamentais como a menor inibio exploratria no Labirinto em Cruz Elevado e menor habituao no teste do Campo Aberto. No consumo basal de alimento doce, houve aumento de consumo de alimento doce apenas em machos manipulados, sendo que o tratamento com Imipramina diminui este efeito. Os animais machos manipulados no tiveram aumento de consumo em resposta ao estresse de conteno nem exposio a um ambiente enriquecido, porm responderam novidade. Novamente aqui o tratamento com Imipramina reverteu o comportamento, pois os animais tratados apresentaram maior reatividade aos estmulos, igualando seu modo de reagir ao dos animais no manipulados. As fmeas no apresentaram diferenas no consumo de alimento doce no basal, porm o tratamento com Imipramina reduziu a intensidade da resposta aos diferentes estmulos, levando-as a um menor consumo. Nos testes comportamentais, de um modo geral, animais manipulados, tanto machos (no Labirinto em Cruz Elevado), quanto fmeas (no Campo Aberto), mostraram sinais de menor ansiedade, sem efeito da Imipramina. Porm entre os no manipulados, a Imipramina teve efeito ansioltico apenas em fmeas. Tanto o tratamento medicamentoso, quanto a manipulao neonatal levaram a uma menor habituao ao Campo Aberto. Na Preferncia Condicionamada de Lugar houve igual desempenho de todos os animais. O principal achado deste trabalho foi o fato dos animais manipulados no tratados com Imipramina terem apresentado uma reduzida variabilidade nas respostas decorrentes de mudanas ambientais, evidenciado tanto no comportamento alimentar persistentemente mantido no mesmo patamar (independentemente das intervenes), quanto na resistncia a habituao ao Campo Aberto. A Imipramina foi eficaz em reverter apenas a alterao do comportamento alimentar de ratos machos manipulados no perodo neonatal, permitindo-lhes uma maior variabilidade de resposta, o que aproximou o seu comportamento ao dos animais no manipulados.

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As bases moleculares da neuroproteo contra a isquemia mediada por estrgeno continuam obscuras, assim como os mecanismos envolvendo a tolerncia ao dano isqumico subseqente induzida por pr-condicionamento. Neste trabalho foi estudado se as vias de sinalizao celular da PI3-K (fosfatidil inositol 3-quinase) e da MEK/ERK 1/2 estariam envolvidas na neuroproteo induzida por estrgeno, bem como alguns parmetros de estresse oxidativo, especificamente o contedo de radicais livres, um ndice de dano oxidativo a protenas e a capacidade antioxidante total. Tambm foi estudado o possvel envolvimento dos transportadores de glutamato (EAAT1 e EAAT2) e dos receptores de estrgeno (ER e ER) nos efeitos neuroprotetores do estrgeno e do pr-condicionamento. Para este fim, foram utilizados os modelos in vitro de culturas organotpicas de fatias hipocampais e fatias hipocampais preparadas a fresco expostas privao de oxignio e glicose (POG) e o modelo in vivo de hipxia-isquemia neonatal. Em culturas tratadas tanto aguda como cronicamente com 17-estradiol, a morte celular induzida por POG foi diminuda acentuadamente quando comparada com as culturas tratadas apenas com veculo. Este efeito neuroprotetor foi evitado por LY294002 (inibidor de PI3-K), mas no por PD98059 (inibidor de MEK/ERK 1/2). Ambos os protocolos de tratamento com estradiol induziram a fosforilao/ativao da protena quinase B (PKB/Akt) e a fosforilao/inativao da glicognio sintase quinase-3 (GSK-3). Em um estudo similar, o imunocontedo do receptor estrognico ER diminuiu aps POG em culturas tratadas tanto com estradiol quanto veculo, enquanto que o receptor ER aumentou apenas nas culturas tratadas com estradiol expostas ou no POG. No foram observadas alteraes no imunocontedo dos transportadores de glutamato (EAATs) em nenhum dos tratamentos in vitro. Em fatias de hipocampo de crebro de ratas ovariectomizadas que receberam reposio de estradiol, a morte celular foi reduzida em comparao ao grupo de ratas que no recebeu a reposio hormonal. Neste mesmo modelo, observou-se que a POG aumentou a produo de radicais livres nos dois grupos, porm no foram observadas diferenas na capacidade antioxidante total. Por outro lado, a reposio de estradiol evitou a reduo nos contedos de triptofano e tirosina causada por POG. No modelo in vivo, o crebro de ratos neonatos foi protegido contra a hipxia-isquemia pelo prcondicionamento hipxico. Em paralelo, o pr-condicionamento aumentou o imunocontedo dos transportadores de glutamato EAAT2 e do receptor estrognico ER em crtex e diminuiu os nveis de EAAT2 em estriado, mas no afetou os nveis de EAAT1 e ER. J no modelo in vitro de pr-condicionamento, nas culturas organotpicas de hipocampo pr-condicionadas, 15 min de POG induziu tolerncia acentuada a um perodo subseqente de 45 min de POG, porm no foram detectadas alteraes nos transportadores de glutamato nem nos receptores estrognicos. Juntos, os resultados sugerem que na isquemia a neuroproteo induzida por estrgeno pode envolver a via de sinalizao celular da fostatidil inositol 3-quinase (PI3-K), a preveno do dano oxidativo a protenas e a regulao dos receptores estrognicos ER e ER, enquanto que a tolerncia isquemia cerebral induzida por pr-condicionamento pode envolver a regulao dos transportadores de glutamato EAAT2 e receptores estrognicos ER.

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A desnutrio protica provoca efeitos deletrios sobre o metabolismo, principalmente quando imposta em perodos de crescimento e desenvolvimento corporal, em decorrncia de alteraes bioqumicas e hormonais. Muitos estudos, utilizando modelos de desnutrio materna, sugerem uma srie de adaptaes bioqumicas nos filhotes, cujas repercusses na vida adulta podem tornar-se importantes fatores de risco para doenas como Diabetes mellitus tipo ll, hipertenso e doena coronariana. Neste trabalho investigamos os efeitos da desnutrio protica imposta nos perodos pr-gestacional - gestacional - lactacional, bem como nos perodos gestacional e lactacional sobre alguns parmetros do metabolismo heptico, cerebelar e perfil lipdico plasmtico de ratos Wistar de 21 dias de idade. Os animais desnutridos (dieta: 7% de casena) foram divididos em trs grupos: a) pr-gestacional, gestacional e lactacional (grupo denominado PGGL); b) gestacional e lactacional em cuja dieta foi adicionada metionina (denominado GL(+)M); c) gestacional e lactacional sem adio de metionina dieta (denominado GL(-)M) e d) grupo controle (dieta: 25 % casena). Os pesos corporais dos filhotes foram verificados no 1, 7, 14 e 21 dias aps o nascimento e o peso do fgado, crebro e cerebelo apenas no 21 dia de vida ps-natal. Observamos que os ratos desnutridos apresentaram menor peso corporal aps o primeiro dia do nascimento. Aos 21 dias os ratos do grupo PGGL e do grupo GL(+)M no apresentaram diferena de peso entre si, contudo apresentaram peso inferior ao do grupo controle. O grupo GL(-)M apresentou uma diminuio ponderal em todos os parmetros avaliados. Hipoglicemia e hipoalbuminemia foram observadas em todos os grupos de ratos desnutridos. A concentrao de DNA cerebelar de ratos do grupo GL(-)M foi superior observada em todos os outros grupos; no entanto, nestes animais a concentrao cerebelar de protenas foi inferior aos demais grupos experimentais. No fgado, a concentrao de DNA dos grupos PGGL e GL(+)M no diferiu do controle, enquanto o grupo GL(-)M apresentou os menores valores A concentrao de protenas hepticas no grupo controle e no grupo GL(+)M foi semelhante, porm superior observada nos grupos PGGL e GL(-)M. A concentrao heptica de glicognio foi superior nos ratos do grupo PGGL, sendo que nos dois outros grupos de animais desnutridos foi inferior ao controle, porm no se observou diferena entre eles. Todos os grupos desnutridos apresentaram maior concentrao heptica de colesterol, sendo o maior valor encontrado no grupo GL(+)M. Os grupos PGGL e GL(+)M apresentaram os maiores valores de triglicerdeos hepticos e o grupo GL(-)M, o menor valor. No plasma, a maior concentrao de colesterol, HDL-c e LDL-c foi observada no grupo PGGL, enquanto que a concentrao de triglicerdeos do grupo GL(-)M foi superior aos dois outros grupos de animais desnutridos e no diferiu do controle. Os resultados obtidos sugerem que os animais expostos desnutrio protica nos perodos de desenvolvimento podem, na vida adulta, apresentar fatores de risco para vrias doenas crnico-degenerativas relacionadas com a Sndrome Metablica.

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O principal objetivo da tese foi desenvolver um modelo matemtico computacional espacialmente explcito, de autmatos celulares (CA), capaz de simular a dinmica de vegetao campestre sob pastejo, descrita por tipos funcionais de plantas (PFTs), ao invs de espcies. Com dados obtidos a campo, utilizou-se um mtodo recursivo de identificao polittica de PFTs a partir de atributos morfolgicos das plantas, de forma a expressar mxima correlao com diversidade de espcies. A alternncia entre condies experimentais de exposio e excluso de pastejo permitiu produzir variao em padres espaciais e temporais da composio da vegetao descrita por esses PFTs. A seguir buscou-se modelar a dinmica da vegetao. Assumiu-se que a dinmica da vegetao, embora complexa, pudesse ser simulada a partir de mecanismos relativamente simples incorporados a um modelo CA formado por uma grade de clulas (comunidades). Cada clula tem uma dada composio de PFTs a qual se altera a cada passo no tempo conforme a composio da prpria clula e da vizinhana e matrizes de transio determinadas empiricamente com os dados experimentais. A dinmica simulada da composio de comunidades excludas do pastejo mostrou determinismo no sentido de um PFT nico, caracterstico daquelas comunidades. A mesma tendncia no foi observada nas simulaes de comunidades sempre pastejadas. Os resultados indicam uma razovel concordncia entre a dinmica simulada e real, para as comunidades excludas; e uma discordncia para as comunidades sempre pastejadas. Sugere-se que diferenas no arranjo espacial inicial das comunidades motivam falhas do modelo sob pastejo. O Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), na Frana, vem desenvolvendo um modelo simulador multi-agente espacializado como objetivo de representar realisticamente o manejo da vegetao campestre natural sob diferentes regimes de pastejo. Ele foi concebido como uma ferramenta de pesquisa para explorar o comportamento animal em pastagens heterogneas Nesse modelo implcito e determinstico, uma definio funcional de trs diferentes comunidades vegetais foi introduzida objetivando simular a dinmica de pastagens multi-espcies. Isto foi feito pela intercambio de parmetros do modelo com atributos funcionais da comunidade. Do ponto vista conceptual o modelo apresentou boa resposta e parece adequado para simular a dinmica de uma vegetao campestre por atributos funcionais. O modelo apresentou um bom ajuste aos dados experimentais para alto nvel de utilizao, mas no to bom para mdio e baixo nvel de pastejo, ou seja, comunidades vegetais mais heterogneas. Refora-se a idia de que mais modelos que levem em conta a estrutura horizontal da vegetao so necessrios.

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O 33-ditrifluormetildifenil disseleneto (DFDD) um composto organoselenado anlogo ao disseleneto de difenila (DPDS). No entanto, diferentemente do DPDS, maiores estudos em relao s atividades biolgicas do DFDD ainda permanecem escassos na literatura. Com o objetivo de ampliar o conhecimento dos efeitos biolgicos do DFDD, nesse estudo investigou-se a interferncia desta molcula no neurocomportamento em camundongos. Alm disso, as atividades genotxicas deste organoselenado em linhagens de Salmonella typhimurium, Saccharomyces cerevisiae e em clulas de mamferos em cultura (clulas V79) tambm foram avaliadas. Nos ensaios neurocomportamentais em camundongos, o DFDD apresentou uma interessante atividade bloqueadora da estereotipia induzida por apomorfina, que um modelo animal de esquizofrenia, sem agir sobre outros parmetros importantes como a memria, ansiedade, explorao e locomoo detectados nas tarefas de esquiva inibitria, campo aberto e habituao a um novo ambiente. Demonstrou-se tambm neste trabalho que o DFDD no foi mutagnico no Teste Salmonella/microssoma tanto na presena quanto na ausncia de ativao metablica. Entretanto, em linhagens de S. cerevisiae, o DFDD induziu mutaes forward e reversa, porm lcus no-especfico. Diferentemente do seu anlogo estrutural DPDS, o DFDD no foi capaz de induzir mutaes frameshift em S. typhimurium ou S. cerevisiae mesmo quando as linhagens foram tratadas em condies de crescimento. Deste modo, sugere-se que o DFDD no capaz de se intercalar entre as bases do DNA e que, possivelmente, este efeito seja provocado por um impedimento alostrico causado pelos grupamentos CF3 presentes neste organoselenado. Alm disso, o DFDD mostrou-se um fraco agente citotxico e genotxico em S. cerevisiae e clulas V79. Por outro lado, como foi demonstrado no Teste Salmonella/microssoma, o DFDD apresentou um efeito protetor contra a mutagenicidade induzida por perxido de hidrognio. De maneira interessante, utilizando um ensaio in vitro, mostrou-se que o DFDD possui uma atividade catalase-like at o momento no apresentada por nenhum outro composto organoselenado. No presente trabalho tornou-se evidente tambm que o DFDD atua de maneira distinta do seu anlogo DPDS em vrios modelos experimentais e que, provavelmente, os grupamentos CF3 presentes no DFDD sejam de fundamental importncia para as interessantes atividades demonstradas por este disseleneto.

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O presente trabalho apresenta uma reviso bibliogrfica sobre a influncia da vegetao nos taludes naturais e artificiais. A pesquisa procurou enfocar a captao e a liberao da gua pelos vegetais, a influncia das razes pivotantes e fasciculadas como reforo do solo, analisar os efeitos benficos e adversos da presena da vegetao nos taludes e a recuperao ou estabelecimento de vegetao no solo. Apresenta ainda um estudo de casos de modelos geomecnicos onde avalia a utilizao dos tipos de vegetao, levando em conta o comprimento das razes aplicado para cada situao especfica de corte ou de aterro. O trabalho mostra diversos aspectos relacionados estabilizao de taludes atravs da vegetao, que so contraditrios na literatura. Diversos pontos so levantados para estudo adicional posterior em relao interceptao da chuva, infiltrao e sobrecarga. Os efeitos mecnicos das razes so evidenciados e sua influncia em taludes rasos demonstrada.

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O presente trabalho uma anlise experimental que procura investigar os efeitos dos fatores carga por eixo, presso de inflao e tipo de pneu sobre o desempenho de pavimentos. Os dados e informaes existentes sobre o quadro de cargas por eixo praticada pela frota de veculos pesados razovel. A ao conjunta dos referidos fatores ainda uma questo pouco explorada. Assim, para compensar a escassez de dados sobre presso de inflao e tipo de construo de pneus utilizados na frota de carga, programou-se uma pesquisa de campo na rodovia estadual RS/240. As informaes oriundas da pesquisa demonstram que h um acrscimo generalizado no valor da presso dos pneus e um aumento de uso dos pneus de fabricao radial em relao aos pneus convencionais. Os dados de campo subsidiaram a programao de um experimento fatorial cruzado executado na rea de Pesquisas e Testes de Pavimentos da UFRGS/DAER. A variao dos nveis dos fatores deu-se atravs de um simulador linear de trfego atuando sobre uma pista experimental com 20 m de comprimento por 3,5 m de largura. Tendo como resposta estrutural do pavimento a mxima deflexo superficial recupervel medida com uma viga Benkelmam, determinou-se como significantes os efeitos dos fatores carga por eixo e presso de enchimento dos pneus. Os clculos estatsticos indicam tambm que no h diferenas significativas entre os pneus tipo 9.00R20 e 9.00x20 e que todas interaes no exercem efeitos significativos sobre a varivel de resposta. Em seqncia, determinaram-se as reas de contato do rodado duplo do simulador de trfego com a superfcie do pavimento ensaiado para as combinaes dos nveis dos fatores. Pode-se, ento, comparar rea de contato medida com rea circular calculada, considerada em muitos modelos de dimensionamento de pavimentos. Relacionou-se a variao da presso de contato com a deflexo recupervel e procedeu-se uma comparao da mesma com a presso de inflao nominal dos pneus. Apresenta-se um modelo de anlise do desempenho do pavimento em funo da carga por eixo e da presso de inflao, nos limites do experimento. Os dados decorrentes do experimento viabilizaram a determinao dos Fatores de Equivalncia de Cargas para os nveis dos fatores, considerando-se o pavimento ensaiado. Avaliou-se, via evoluo das deflexes e dos Fatores de Equivalncia de Cargas, a reduo da vida do pavimento, obtendo-se, para a combinao de nveis mais crticos de carregamento, resultados significativos de at 88 % de reduo. Prope-se, por ltimo, uma formulao para o Fator de Equivalncia de Cargas que considere tambm a ao da presso de inflao.

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A adenosina tem sido descrita como tendo importante efeito neuromodulatrio em SNC, inibindo a liberao de neurotransmissores excitatrios atravs da ativao dos receptores A1. Agonistas de receptores A1, bem como adenosina e seus anlogos, tem sido descritos como supressores de crises epilpticas. Uma das vias de produo de adenosina a hidrlise extra-celular completa do ATP envolvendo as enzimas ATP difosfoidrolase (CD39) e 5-nucleotidase (CD73). Embora esta associao enzimtica j esteja bem descrita, o envolvimento da enzima fosfodiesterase no pode ser descartado, uma vez que esta hidrolisa nucleotdeos como ATP e ADP, alm de outros substratos. Recentemente, foi demonstrado em nosso laboratrio um aumento das atividades ATP difosfoidrolase e 5-nucleotidase em sinaptossomas de ratos aps a induo de 2 diferentes modelos de epilepsia de lobo temporal. Neste trabalho, ns investigamos o efeito de crises agudas e crnicas induzidas pelo agente pr-convulsivante pentilenotetrazol (PTZ) sobre a hidrlise dos nucleotdeos ATP, ADP e AMP em soro de ratos, uma vez que formas solveis de nucleotidases j esto descritas. No modelo agudo os animais receberam apenas 1 injeo de PTZ ou salina, sendo mortos por decapitao em diferentes tempos aps a injeo da droga. A hidrlise dos nucleotdeos ATP, ADP e AMP apresentaram aumento significativo de 40 50% nos ratos tratados em relao aos ratos controle at 24 aps a ltima injeo. Em 48 horas, este efeito foi abolido. J, a hidrlise do substrato artificial p-Nph-5-TMP usado como marcador para a fosfodiesterase, no apresentou nenhum aumento significativo em ratos tratados quando comparado aos animais controle. No modelo crnico (kindling), os animais recebiam doses inicialmente subconvulsivantes que resultam em crises progressivamente mais intensas ao longo das subseqentes estimulaes. Para descartar o efeito da injeo aguda, os ratos foram mortos 48 horas aps a ltima estimulao. Com exceo do substrato artificial para a fosfodiesterase, a hidrlise dos nucleotdeos testados aumentou de maneira significativa (cerca de 40% - 45%) em soro de ratos submetidos ao modelo de kindling. Estes resultados demonstram o envolvimento de nucleotidases solveis no controle dos nveis do neurotransmissor ATP e do neuromodulador adenosina, sendo estas respostas presentes tanto em situaes patolgicas agudas, como em situaes patolgicas crnicas que envolvem o fenmeno de plasticidade sinptica.

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O cncer renal corresponde a aproximadamente 3% dos tumores malignos do adulto, sendo a terceira malignidade urolgica mais comum. Os tratamentos sistmicos disponveis para pacientes portadores de carcinoma renal avanado so, via de regra, pouco eficazes e sem um impacto definido na sobrevida. Portanto, torna-se imperioso que novos agentes e/ou estratgias teraputicas para esta enfermidade sejam desenvolvidas. O derivado das epipodolofilotoxinas, etoposide, tem sido utilizado com sucesso no tratamento de vrios tipos de tumores slidos e hematolgicos. Este agente exerce a sua ao antitumoral atravs da inibio da enzima nuclear topoisomerase II. Estudos recentes demonstraram que o efeito citotxico in vitro deste agente bem mais pronunciado quando as linhagens tumorais so expostas droga por um tempo mais prolongado. Isto vem sendo confirmado em estudos clnicos, nos quais foi documentado um aumento significativo no percentual de respostas tumorais objetivas em pacientes com cncer avanado tratados com etoposide em doses repetidas dirias de forma continuada, comparativamente a pacientes que receberam pulsos de doses altas da droga a intervalos mais longos. Infelizmente, estudos iniciais com etoposide no revelaram uma atividade antitumoral significativa em pacientes com cncer renal avanado. Por esta razo, os estudos preliminares explorando o potencial teraputico de seu anlogo teniposide nesta doena tambm no receberam a devida ateno na literatura. Entretanto, este anlogo possui potenciais vantagens teraputicas em relao ao etoposide, uma vez que apresenta um tempo de reteno intracelular mais prolongado em linhagens de tumores slidos in vitro. Estas observaes nos estimularam a reconsiderar o estudo do potencial citotxico do teniposide em modelos experimentais de cncer renal avanado. Nesta dissertao, foram estudados vrios protocolos de administrao de teniposide em linhagens de cncer renal humano, uma vez que esta neoplasia carece de drogas ativas disponveis no armamentrio teraputico. Foram utilizadas as linhagens celulares RXF-393, A-498 e TK-10, as quais foram incubadas com teniposide em concentraes pr-determinadas e tempos de incubao variveis. Alm disto, foram feitos experimentos em que protocolos de administrao de teniposide como agente nico foram comparados a protocolos em que o mesmo foi combinado com agentes que bloqueiam a ao da glicoprotena P, responsvel pelo efluxo ativo da droga do interior da clula tumoral. Alm disso, foram tambm estudados protocolos incluindo a associao de teniposide com agentes que interferem com a sntese do DNA. Para os estudos de avaliao de citotoxicidade dos agentes quimioterpicos, os mesmos foram pr-incubados por 24 h na ausncia ou presena do inibidor da DNA polimerase afidicolina glicinada (0,2 M) ou do inibidor da ribonucleotdeo redutase hidroxiuria (200 M) e aps incubados por diferentes tempos de exposio com diluies seriadas de teniposide. Os efeitos citotxicos foram avaliados atravs do mtodo colorimtrico com sulforodamina B (SRB). Os protocolos de exposio prolongada das clulas ao teniposide mostraram um aumento significativo na sua citotoxicidade nas linhagens RXF-393, A-498 e TK-10, sugerindo que a citotoxicidade do teniposide dependente de tempo de administrao. Neste sentido, uma maior taxa de dano no DNA foi observada nas clulas expostas ao teniposide por tempos de administrao mais prolongados. Curiosamente, os diferentes tempos de exposio ao teniposide no influenciaram de forma clara na formao de complexos DNA-topoisomerase II, nem nas medidas da atividade desta enzima. O uso concomitante de agentes moduladores da glicoprotena P como o verapamil, a ciclosporina A e o tamoxifeno no produziu potencializao do efeito antiproliferativo do teniposide. Por sua vez, os tratamentos com agentes que interferem na sntese de DNA, como a afidicolina glicinada ou a hidroxiuria, potencializaram a citotoxicidade do teniposide em todas as linhagens estudadas, seguindo as caractersticas intrnsecas de cada linhagem. Em concluso, os resultados apresentados nesta dissertao sugerem que o teniposide apresenta um maior efeito citotxico em protocolos de administrao prolongada em combinao com agentes inibidores da sntese de DNA. Frente a estes resultados iniciais, o teniposide ser testado nos protocolos de administrao acima mencionados em um painel contendo um maior nmero de linhagens tumorais in vitro. Uma vez confirmadas as observaes acima descritas, sero iniciados estudos em modelos tumorais in vivo. Estes estudos serviro de base nas decises quanto reavaliao clnica do teniposide em ensaios de fase I em pacientes com neoplasias avanadas refratrias.

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A estimulao neonatal tem sido utilizada como modelo experimental para examinar os mecanismos pelos quais variaes precoces do ambiente do animal afetam o desenvolvimento de sistemas neurais, dando origem a alteraes comportamentais e neuroendcrinas duradouras. Buscou-se estudar os efeitos do estresse neonatal sobre duas abordagens: comportamental e imunoistoqumica. Na primeira, foram avaliados em ratos adultos (90-110 dias) dois paradigmas de medo: inato (campo aberto, N=48) e aprendido, (condicionamento clssico N=48); enquanto na segunda abordagem realizou-se a tcnica imunoistoqumica (N=15) na substncia nigra compacta (SNCo) e rea tegmental ventral (VTA) para deteco da enzima precursora da dopamina, a tirosina hidroxilase (TH). Foram utilizados ratos da variedade Wistar, que do 1 ao 10 dia de vida foram submetidos a 3 tipos de interveno: manipulao (retirados do ninho por 3min sendo tocados gentilmente por 1 min); separação (retirados do ninho por 3h, e mantidos a temperatura de 33C); e grupo controle (sem intervenes do experimentador ou do tratador). O condicionamento clssico (treino) foi constitudo por 10 pareamentos de 1 estmulo incondicionado (EI, choque eltrico 0,8mA) com 2 estmulos condicionados ou neutros (EC, som e luz) em 2 sesses de 5 pareamentos cada. A durao de cada emisso do EC foi de 5s sendo no ltimo segundo associada ao EI. O teste foi realizado 24h aps o treino, e consistiu de emisses de EC com mesma durao e intervalo por um perodo total de 30 min. No experimento 2, foi utilizado um campo aberto de 1m2 no qual os ratos permaneceram por 5 min. Em ambos experimentos os comportamentos eram registrados em vdeo e analisados atravs do programa Noldus. Os resultados (XEPM) foram analisados por uma ANOVA, post-hoc Newman Keuls ou Kruskal Wallis post-hoc Dunn (p<0,05). Nos experimentos comportamentais foram observados os seguintes resultados: no medo aprendido houve diminuio da durao (s) do comportamento de imobilizao (49154); da durao de rearing (5813) e da latncia para extino do condicionamento do grupo manipulado (591434) comparado ao controle (71873; 226; 1020843 respectivamente) e no campo aberto houve aumento da durao e freqncia da locomoo e rearing (97.68; 4.31 e 64.35; 312), diminuio da durao de autolimpeza (4.21) e aumento da freqncia de entradas no centro do campo aberto (4.30,8) no grupo manipulado comparado ao controle (697; 303 e 486; 21.52; 195; 2.20.6, respectivamente). Na anlise Imunoistoqumica no foram detectadas diferenas significativas entre os grupos quanto imunomarcao de TH nas reas estudadas. Foi confirmada a diminuio da inibio comportamental no campo aberto como conseqncia da manipulao. A manipulao neonatal tambm reduziu as respostas do medo condicionado, ratos manipulados no perodo neonatal expressam, quando adultos, menor expresso de medo aprendido e tem a extino da aprendizagem aversiva mais acelerada. Curiosamente no foram observados efeitos da separação materna sobre as repostas de medo inato ou aprendido. Embora a dopamina do sistema mesocorticolmbico module as respostas comportamentais alteradas, nenhum dos modelos de interveno estudados afetaram a intensidade de marcao deste neurotransmissor.

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A simulao computacional de processos uma ferramenta valiosa em diversas etapas da operao de uma planta qumica, tais como o projeto, a anlise operacional, o estudo da estratgia de controle e a otimizao, entre outras. Um programa simulador requer, freqentemente, o clculo das propriedades termofsicas que fazem parte das equaes correspondentes aos balanos de massa, energia e quantidade de movimento. Algumas dessas quantidades, tpicas de operaes baseadas no equilbrio de fases (tais como a destilao fracionada e a separação flash), so as fugacidades e entalpias das fases lquida e vapor em equilbrio. Contudo, o uso de modelos e correlaes cada vez mais sofisticadas para representar acuradamente as propriedades termofsicas dos sistemas reais fez com que grande parte do tempo gasto numa simulao de processos seja devida avaliao destas propriedades. Muitas estratgias tm sido propostas na literaturas a fim de se reduzir a carga computacional envolvida na simulao, esttica e dinmica, dos problemas de Engenharia Qumica. Esta diminuio do tempo de processamento pode muitas vezes ser determinante na aplicao ou no da simulao de processos na prtica industrial, como, por exemplo, no controle automtico. Esta dissertao aborda uma das alternativas para a reduo do tempo computacional gasto na simulao de processos: a aproximao das funes que descrevem as propriedades termofsicas atravs de funes mais simples, porm de fcil avaliao. Estas funes, a fim de se garantir uma aproximao adequada, devem ser corrigidas ou atualizadas de alguma forma, visto que se tratam de modelos estritamente vlidos em uma pequena regio do espao das variveis, sendo, por isto, chamados de modelos locais. Partindo-se do estado atual desta tcnica, proposta nesta dissertao uma nova metodologia para se efetuar esta aproximao, atravs da representao global da propriedade mediante mltiplas funes simples, constituindo, desse modo, uma rede de modelos locais. Algumas possibilidades para a gerao efetiva destas redes so tambm discutidas, e o resultado da metodologia testado em alguns problemas tpicos de separação por equilbrio de fases.