5 resultados para Música Filosofia e estética

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Neste trabalho realizada a anlise dos fundamentos estticos presentes nos escritos de Luiz Cosme em correlao com os aspectos tcnicos e compositivos encontrados em sua produo musical. O exame dos fundamentos esttico-musicais presentes na obra terica de Luiz Cosme realizado com base no seu vnculo com os princpios dos msicos nacionalistas e do Grupo Música Viva. Cosme se posicionou independentemente com relao aos dois grupos, ao incorporar valores de ambos em seus trabalhos. Alm das discusses imediatamente ligadas ao modernismo musical brasileiro, Luiz Cosme valeu-se do pensamento de Henri Bergson para formular seus conceitos musicais com base na diferenciao entre a durao objetiva e a durao subjetiva. Na obra musical de Luiz Cosme, so empregados diferentes procedimentos de estruturao do material sonoro. O compositor valeu-se de estruturas diatnicas tonais e modais, processos hexacordais com base na escala de tons inteiros, estruturas cromticas tonais e atonais e processos dodecafnicos de organizao das alturas. A produo musical de Cosme pode ser dividida em trs gneros musicais música vocal, música de cmara e música orquestral que se ramificam em trs fases diferenciadas. O caracterstico na produo de Cosme est em que os processos de estruturao sonora se propagam em todas as fases compositivas, sendo que cada novo mtodo incorporado aos anteriores, sem necessariamente substitu-los. Com isso, percebe-se que a música de Luiz Cosme caracteriza-se pela diversidade de materiais, elaborados com distintos processos de estruturao. Esse fator o coloca como um compositor nico no meio musical brasileiro da primeira metade do sculo XX, que se empenhou em desenvolver seus prprios princpios estticos e formulaes tericas, com base no conhecimento da tradio que o cercava, assim como se dedicou a desenvolver um estilo peculiar que o posicionou como um msico independente no modernismo musical brasileiro.

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A partir da compreenso da historicidade de duas teorias sobre os fundamentos da Educao Musical (EM) a Filosofia da Educao Musical (FEM) e a Nova Filosofia da Educao Musical (NFEM) a tese busca tensionar e ampliar as concepes sobre a natureza da experincia com música, polarizadas entre as duas filosofias como educao estética e como atividade procedural. A crtica se d quanto pretenso de projeto das filosofias, que pretendem fixar uma natureza para a experincia musical e justificar sua incluso nos currculos escolares, a partir de pressupostos cognitivistas. Embora apresentem-se em uma oposio entre uma concepo de educao da sensibilidade estética (FEM) e outra praxial (NFEM), a historicidade que as constitui revela em ambas as filosofias a influncia de pelo menos trs idias sobre a experincia musical: a metfora das formas sonoras em movimento (Hanslick, 1989); a analogia com a linguagem, do ponto de vista da comunicabilidade de significados e do ponto de vista do anlogo formal da vida afetiva (Langer, 1980); a multidimensionalidade, surgida nas filosofias a partir da influncia da teoria do significado musical (Meyer, 1956, 1967). Estas trs idias constituem a base dos ideais pedaggicos das filosofias analisadas e produzem diferentes efeitos em cada uma delas, provocando a polaridade entre produto musical e processo musical e entre audio e performance.

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Esta dissertao articula arte e filosofia como uma forma de olhar a arte contempornea brasileira, a partir da anlise e interpretao da potica, Uma Extenso no Tempo, de Artur Barrio. Tem como finalidade fundamen-tar que esse trabalho artstico tornou possvel uma experincia estética incomum: a experincia estética do sublime, quando presentificou o impresentificvel. Na elaborao do trabalho trs questes estruturam esse problema de fundamentao. A primeira a questo da definio: busca dar sentido a noo de categoria estética do sublime e, alm disso, identifica o cruzamento desse conceito filosfico com a prtica artstica no contexto da Histria da Arte, bem como sua vinculao com algumas outras categorias estéticas. A segunda a questo da distino: sobre os fenmenos que distinguem os paradigmas epistemolgicos do perodo Moderno e do Contemporneo (que compreende o Ps-Moderno) e que marcam as transformaes que ocorrem com as prticas e teorias artsticas e com a noo de sublime no sculo XX. E a terceira a questo das condies de possibilidade: sobre as condies que tornam possvel identificar como sendo a experincia estética sublime, essas sensaes e sentimentos decorridos da potica selecionada. Esse olhar sobre a arte contempornea possibilitou compreender que estamos hoje, diante de uma arte que no est mais empenhada em apenas nos fazer ver, e sim nos fazer sentir e refletir, nos fazer vivenciar outras percepes, mas necessrio que se d um mergulho nessa arte, o que nos faz mergulharmos em ns mesmos.

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Somos envolvidos ao longo de nossas vidas com as coisas do mundo numa relao direta com os nossos sentidos que emprestam significaes nossa existncia e, esto ligados ao nosso corpo, as percepes, aos sentimentos. Estamos envolvidos numa avassaladora estimulao visual que no desenvolve o olhar, mas condiciona para uma restrita percepo do mundo em que vivemos. Nossa lngua e nosso olfato se perdem nos gostos e odores quimicamente preparados. O tato se amortece nesta civilizao de plstico e, nosso ouvido anestesiado numa cacofonia diria. O processo de desenvolvimento do estsico ser um convite para a transformao do cotidiano a partir da sensibilizao construda nos pequenos gestos e expresso nas emoes sabidas pelo corpo, sentidas frente a beleza do mundo. Um novo olhar, subjetivado, vai alm da presena do sensvel que, educado pela estesia deflagrador de outros processos cognitivos que permitem singularizar o mundo tornando-o visvel para si e para os outros. Oportunizar a educao dos sentidos para a apreenso do mundo, frente a beleza e o prazer sentido nas coisas do cotidiano. Pensar o espao da estética como uma indagao da experincia vivida e, como reflexo que possibilite a formao de um sentimento pessoal que oriente nossa ao no mundo. O objeto especfico deste trabalho ser o fator fundamental de todo o processo de comunicao: o sentido. Isto equivale dizer que, a vivncia em arte, nos instala na origem da inteligncia formadora do universo simblico e em reconhecer o que estes representam para ns no mundo. Trata-se pois, da busca por uma cincia que rena a ordem de uma racionalidade secular e a sbita intemprie de nossa origem. Prope-se, a descrever a formao do sentido e falar da gradual emergncia da capacidade de entender, ordenar e comunicar e, descrever a formao da cultura ou, se quisermos, o processo do esprito a partir da no uniformidade originria. Ser necessrio que nos disponhamos a um olhar transcendente, totalizante, tendo este um lugar ao mesmo tempo na origem, na durao e no fim deste espetculo que de todos os modos infinito, complexo.

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A Cidadania, tal como a entendemos hoje, um conceito e uma prtica extremamente recentes na histria da humanidade. Fundamentado na noo do comparatista Edward Said (1995) de que a Literatura Comparada procura ver, em conjunto e em contraponto, vrias culturas, literaturas e reas do conhecimento, o presente estudo explora e desenvolve o conceito estabelecido pela autora deste trabalho de Estética da Cidadania moderna em oposio Estética da Cidadania tradicional aristotlica. O conceito de Estética da Cidadania analisado, no romance Relato de um certo Oriente, do escritor brasileiro, nascido em Manaus, Milton Hatoum (2003). O termo estética est relacionado condio literria do texto, enquanto que o termo cidadania expressa uma preocupao tica, prpria ao domnio filosfico. Assim, Literatura e Filosofia no se confundem, mas relacion-las pode ser til para ampliar a compreenso de ambas. A relao entre as duas reas se d atravs do exame da voz e dos comportamentos dos personagens da narrativa, onde possvel desenvolver e exemplificar o conceito de Cidadania Moderna. O conceito de moderno est aqui empregado no sentido de Charles Taylor (1997). Atravs da anlise das concepes morais dos personagens centrais e da tica prpria aos grupos aos quais eles pertencem possvel exemplificar a manifestao dos princpios ticos que permitem o exerccio da Cidadania, preconizados por John Rawls (2000). Estes princpios so tambm os trs objetivos da Filosofia Poltica, a saber: reduzir as diferenas morais e filosficas, compatibilizar os planos de vida e estabilizar o esquema de cooperao.