5 resultados para Literatura infanto-juvenil Adaptações
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
O principal objetivo dessa Dissertao o de investigar e mostrar a literatura infanto-juvenil e o que ela produz, juntamente com outras instncias, principalmente a mdia, como parte de uma rede de inteligibildade sobre o ser gordo, que opera como um dispositivo da magreza nas sociedades ocidentais contemporneas. A pesquisa tem como suporte terico autores da vertente psestruturalista dos Estudos Culturais, especialmente dos estudos foucaultianos em suas conexes com a educao. A expresso recorrente na pesquisa, ser gordo, utilizada devido ao entendimento de que o que est em jogo no apenas o corpo gordo, e sim, toda uma formao discursiva que, para alm de referir-se apenas ao corpo gordo, tambm abarca um modo de vermos e pensarmos a alma desses sujeitos. O corpus da pesquisa foi composto pelo: a) conjunto de materiais coletados da mdia impressa e televisiva sobre a temtica (reportagens, peas publicitrias, srie televisiva, etc.); b) 18 obras de literatura infanto-juvenil que tematizam o ser gordo; c) manifestaes do grupo de crianas que leu os livros e se expressou atravs de falas, textos e desenhos. A pesquisa pretende mostrar o dispositivo da magreza em ao na rede de inteligibilidade composta pelos discursos que circulam na mdia impressa e televisiva, nas regularidades encontradas nas tramas dos livros infanto-juvenis, como tambm nas falas coletadas no trabalho de campo. As anlises procuram mostram essa operacionalizao do dispositivo da magreza atravs do isolamento dos sujeitos considerados gordos como um problema, da produo de uma determinada identidade fixada para esses sujeitos, da produo de formas de controle sobre eles, como tambm da produo de saberes da biomedicina e do campo da esttica.
Resumo:
O propsito desta Dissertao problematizar as diferentes representaes, advindas de materiais da Literatura Infanto-juvenil, e como essas operam discursivamente na constituio das identidades masculinas e paternas. Para essa anlise foram utilizados, como referencial terico, os Estudos de Gnero, os Estudos Culturais, alm de aportes psestruturalistas. Dessa forma, os livros de Literatura Infanto-juvenil so compreendidos aqui como artefatos culturais e, por esse motivo, foram definidos como corpus desta pesquisa. Assim, reuniu-se um grupo de trinta livros, datados de 1988 a 2004, cujas temticas envolviam as representaes paternas e suas relaes com as famlias. As representaes de identidades por eles produzidas, atravs dos discursos que os atravessam, veiculam relaes de poder que legitimam algumas verdades mais que outras. Vale ressaltar, ainda, que o uso dos livros, na contemporaneidade, continua sendo incentivado em lares e instituies escolares, procurando desenvolver em crianas e jovens o gosto pela leitura. A pesquisa se estruturou nas seguintes sees: captulo 1, Caminhos e possibilidades da paternidade, no qual os conceitos Gnero, Estudos Culturais, Infncia e Literatura, Identidade, Masculinidade, Paternidade so articulados; captulo 2, Os pais nas tramas infantis, quando so apresentadas as anlises dos trinta livros; captulo 3, Dos silncios que gritam, no qual se enfatiza as descontinuidades e os silncios entre as representaes de identidades paternas; e a concluso com Pais provisrios: das posies e identidades assumidas, quando se percorre, atravs de um olhar geral, pelas anlises elaboradas no decorrer do texto. Dessa maneira, as problematizaes buscaram enfatizar no s as recorrncias sobre as representaes paternas e masculinas, mas tambm os deslocamentos e rupturas presentes nos materiais. Assim, as anlises esto pautadas em o quanto ideais de uma masculinidade hegemnica, baseada na cultura patriarcal, so apresentados como naturais no somente aos homens mas tambm s mulheres e, por conseguinte, aos pais e mes. Tambm se ressaltou a norma heterossexual, um dos pilares dessa masculinidade vista como referente, com sua forte presena nos textos. Alm disso, perceberam-se alguns deslocamentos no que diz respeito novas formas do exerccio da paternidade, bem como no exerccio da maternidade. Outros aspectos foram relevantes para esta pesquisa, quais sejam: pais cujas identidades no foram pautadas nas tramas; e de que forma se do os processos de demarcao das diferenas e construo da percepo de si e daqueles vistos como os outros.
Resumo:
O presente estudo, discute a proposio de um modelo construtivista de interveno pedaggica referenciado ao treinamento de rendimento aplicado ao tnis de competio para escales infanto-juvenil. Para tanto, realizamos uma investigao terico-especulativa tendo como objetivo: 1) Apresentar as principais vertentes filosficas no mbito da expresso da corporalidade. Como tal, discorremos sobre a concepo clssica do dualismo axiolgico expresso na filosofia platnica; o dualismo metodolgico cartesiano; o modelo no dualista das concepes existencialista e a concepo ps-marxista expressa na perspectiva do materialismo histrico dialtico. 2) Delimitar as principais vertentes que configuram formas diferenciadas sobre a compreenso da natureza ldica do jogo, da competio e o papel do desporto na configurao de um a forma de vida essencialmente de valor educativo. Discutimos nessa perspectiva as principais correntes sobre a natureza do jogo e do desporto expressas principalmente em Huizinga e Caillois, e conclumos por delimitar o desporto enquanto um jogo de gon, ou seja, configurando-o como uma forma de jogo. O jogo desportivo. 3) Delimitar as principais concepes de interveno pedaggica no mbito do treino desportivo de competio. Apresentamos duas categorias principais, as quais denominamos de Reprodutivista-tradicional e Construtivista. Discorremos sobre ambas de forma comparativa com o intuito de expressar suas mais relevantes diferenas axiolgicas. 4) Finalmente, descrevemos como essas duas concepes pedaggicas, filosoficamente de orientaes diferenciadas, orientam os programas elaborados pelos pedagogos do desporto. Desta forma, conclumos, assumindo como pressuposto central que a concepo construtivista de interveno pedaggica sugerida nessa investigao, que adotou como referncia o tnis de competio, configura-se como plenamente compatvel com uma postura verdadeiramente educativa e formativa de crianas e Jovens. Portanto, esperamos que esse estudo possa oferecer contribuies no sentido de que se possa conhecer melhor alguns aspectos do desporto de competio e seus reflexos positivos no processo de educao e formao de crianas e jovens. Enfim, que as informaes obtidas neste trabalho, possam ser utilizadas como indcios, antes de concluses, e que atinjam os indivduos e as instituies ligadas as prticas desportivas de competio.
Resumo:
As pesquisas sobre as motivaes que levam crianas e jovens prtica de atividades fsicas e desportivas vm recebendo crescente destaque na literatura desportiva. O presente trabalho teve por objetivo central explorar e avaliar um grupo de 6 (seis) das mais relevantes dimenses motivacionais associadas prtica regular de atividades fsicas, que melhor descrevem os jovens tenistas brasileiros da faixa etria de 13 a 16 anos: Controle de Estresse, Sade, Prazer, Competitividade, Sociabilidade e Esttica. Mais especificamente, o estudo procurou verificar se h diferena estatisticamente significativa entre as dimenses motivacionais dos tenistas segundo as variveis controladas: Sexo; Categorias (at 14anos e at 16 anos); Ranking (tenistas integrantes do ranking (IR) e tenistas no integrantes do ranking (NIR)); Experincia em competies (tenistas estreantes em competies (ER) e tenistas no estreantes em competies (NER)). Para tanto, aplicou-se o Inventrio de Motivao Prtica Regular de Atividades Fsicas (IMPRAF-126; Balbinotti, 2004). O IMPRAF-126 respondido numa escala do tipo Likert de cinco pontos (1 Isto me motiva pouqussimo a 5 Isto me motiva muitssimo) para verificar, em valores nominais, as dimenses que mais motivam os tenistas prtica de atividades fsicas regulares. O IMPRAF-126 foi aplicado em 226 jovens tenistas de ambos os sexos, com idades entre 13 e 16 anos. Todos os tenistas participam das competies promovidas pelas Federaes Gacha e Catarinense de Tnis. Constatou-se que a dimenso que mais motiva os tenistas prtica regular de atividades fsicas o Prazer seguido por um grupo, indissocivel estatisticamente, formado pela Competitividade e a Sade. Seguem-se a este grupo a Sociabilidade, a Esttica e o Controle de Estresse. Avaliando as motivaes dos tenistas com as variveis controladas, percebe-se que o Controle de Estresse motiva significativamente mais os tenistas do sexo masculino em comparao com as tenistas do sexo feminino. Tenistas da Categoria at 16 anos se motivam significativamente mais que os da categoria at 14 anos pela Sociabilidade. A Competitividade motiva significativamente mais aos tenistas IR do que aos tenistas NIR. Os tenistas NEC se motivam significativamente mais que os tenistas EC pela Competitividade. Os resultados deste estudo sugerem que a prtica dos jovens tenistas brasileiros se origina predominantemente pelas suas motivaes intrnsecas. Recomendamos que novos estudos com tenistas e com atletas de outros esportes, sejam realizados para aprofundar os conhecimentos sobre a motivao dos jovens prtica de atividades fsicas.